Princess Haylley's Diary - Volume II escrita por Haylley Ashiz


Capítulo 1
Endless Train




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Quinta-feira, 5 de junho de 2014

Não sei nem porque estou fazendo o segundo volume do meu próprio diário, mas a minha história é tão louca que vale a pena contar.

Nas férias de verão, tudo tinha voltado ao normal. Bem, nem tudo. Elen, Ariana e Fifth Harmony foram morar com a gente, e a nossa vida nunca mais voltou a ser aquele tédio. Quando chegamos no castelo, a primeira coisa que fizemos foi arrumar um cômodo (de muitos) para Elen, Ariana e Fifth Harmony ficarem. Elen e Ariana ficaram com o quarto de hóspedes e Camila, Lauren, Normani, Ally e Dinah ficaram com a sala de reuniões, que estava inutilizada até hoje. Claro, compramos camas e decoramos os quartos (essa foi a melhor parte).

Uma das passagens secretas acabou virando um tipo de "sala de shows", onde quase todo dia tinha um show diferente.

Na primeira semana de férias, Demi levou a gente a um parque de diversões para comemorar o meu aniversário e o de Elen. Sempre que era o meu aniversário ou de Gabita, Demi levava a gente para um lugar legal pra comemorar. Como estávamos em Hogwarts no meu aniversário, estamos comemorando hoje, e acabou caindo no mesmo dia do aniversário de Elen.

Mas acontece que lá no parque não tinha estacionamento.

— Aonde nós vamos deixar o carro, então? — perguntei, no banco do carona.

— Não faço ideia — respondeu Demi, procurando um lugar para colocar o carro.

— Que tal ali, atrás daquele negócio? — disse Elen, atrás de mim. Ela apontava para uma velha construção.

— É, acho que pode ser. Demi, ali! — exclamei.

Depois de finalmente termos estacionado o carro, descemos e eu fui ver o que era aquela construção. Era estranha, grande e fazia barulho de trem. Sei lá, era como se um trem estivesse ali dentro.

— Por que será que isso aqui tem barulho de trem? — pensei alto.

— Ninguém sabe... — disse Elen.

Demos a volta naquela coisa, e lá estava o parque. A bilheteria estava praticamente do outro lado do parque, e chegamos lá cansadas de andar e correr.

— Onde nós vamos primeiro? — perguntou Gabita, animada.

— Roda gigante? — disse Lauren.

— Montanha-russa? — sugeriu Ally.

— Carrossel? — disse Camila.

— Casa dos espelhos? — falou Dinah.

— Trem fantasma! — exclamou Normani.

— Onde? — perguntei.

— Perto de onde nós estacionamos — replicou Normani.

— Aquilo é um brinquedo? — inquiriu Ariana.

— Acho que sim, né — disse Normani. — Não tinha barulho de trem?

— Okay, mas quem é que vai andar isso tudo de novo? — eu disse.

— Olha, carrinhos! — exclamou Gabita, apontando para dois carrinhos de golf estacionados em um canto.

— Boa ideia — eu disse.

Mas, como sempre, tinha alguém para atrapalhar:

— Hey, esses carrinhos não estão em uso!

— Por quê? — questionou Elen.

— Por que eles são muito perigosos — disse ele.

— Como assim, perigosos? — indagou Ariana.

— Isso mesmo. Agora, por favor, peço que se retirem.

— E quem você pensa que é pra mandar na gente? — eu disse, em um tom de desafio.

— Sou um guarda do parque tentando manter a sua segurança.

— Como carrinhos de golf podem ser perigosos? — perguntou Ariana.

— E eu sei lá — repliquei.

— Temos que descobrir — disse Ariana.

— O guarda saiu dali, vamos! — exclamou Elen.

Olhei para trás e o cara tinha saído de lá. E dá pra imaginar o que nós fizemos, né? Saímos correndo na direção dos carrinhos. Demi pegou o volante de um e Ally do outro. Acabamos assim: Demi, Gabita, Elen, Ariana e eu num carrinho e Fifth Harmony no outro.

— Não, esperem! — berrou o guarda, mas a esse ponto Demi já tinha pisado no acelerador e o carrinho saiu em disparada.

— Demi, qual a velocidade? — perguntei.

— 800 km/h! — ela berrou.

Em segundos, chagamos naquela construção de novo.

— O que tem nesses carrinhos...?! — eu disse, tonta.

— Onde estou...? — questionou Gabita.

— No parque de diversões, agora sai daí — retruquei, puxando-a para fora do carro.

Momentos depois, Fifth Harmony chegou no carrinho-foguete. Todas as entradas da construção tinham tábuas, correntes e cadeados, mas o trem lá dentro parecia estar sempre funcionando. Aquilo me fez pensar se esse suposto trem fantasma realmente fazia parte do parque.

— Tá fechado — eu disse.

— Mas quem disse que não podemos entrar? — disse Dinah.

Então, tiramos algumas tábuas do portão e arrumamos um jeito de entrar. Lá dentro havia um trem verde, que andava, andava e andava. Parecia que a locomotiva não ia chegar nunca.

— Mas o que é isso? — perguntou Ariana.

— Acho que é o tal trem fantasma... — respondi.

— Oba! Passeio no trenzinho! — exclamou Gabita.

— Essa garota tem algum problema? — disse-me Elen.

— Deve ter — eu disse.

— Vamos lá, gente, vai ser legal! — disse Gabita, puxando-me pela mão.

O trem parou. Um de seus vagões abriu as portas e nós entramos. Lá dentro era escuro e muito frio, e Gabita, burra como sempre, fechou a passagem e foi aí que ninguém viu nada mesmo.

— Pô, Gabita, vacilou! — exclamou Ariana.

— Cadê a luz? — perguntou Demi.

— Apagaram o Sol? — gritou Gabita.

— Era só o que me faltava... — disse Elen.

Daí, eu lembrei que esse mundo não é normal e bati palmas. A luz fraca de uma lâmpada que piscava acendeu. Não havia mais ninguém além de nós dez.

— Isso tá ficando estranho... — comentou Camila.

— E tem alguma coisa que não fica? — comentei.

— Não podemos ficar paradas aqui, temos que avançar — disse Ariana.

Tirei a espada da mochila; a mesma espada com a qual matei Pinkamena, que agora eu levo para todo canto.

Andamos até o próximo vagão, e adivinha o que tinha lá?

— Argh, zumbis! Eu odeio zumbis! — gritei.

Os zumbis eram burros, então foi fácil matá-los, e até divertido. Tinham fantasmas no outro vagão. No terceiro, não havia nada além de uma risada louca e abafada e uma caixa de papelão.

— Que é isso? — indagou Elen.

— Você ouviu alguma coisa, Shadow? — disse uma voz de dentro da caixa. — Eu acho que não, haha!

— Quem está aí? — chamou Ariana.

Silêncio. Fui até a caixa para abri-la. Uma garota com seus cabelos ruivos não lá muito arrumados e um gato preto estavam lá dentro.

— Quem é você? — ela me perguntou, enquanto ela e seu gato me encaravam com seus olhos amarelos.

— Eu sou Haylley, e você?

— Meu nome é Astra, haha! — ela riu — Mas podem me chamar de "da Lua", como todos meus amigos faziam antes de me deixarem aqui!

— Socorro, mais uma! — exclamou Ariana.

— Há quanto tempo está aqui? — quis saber Elen.

— Sei lá, anos, talvez... — respondeu Astra.

— E você tem quantos anos? — perguntei.

— 20, eu acho, hihi... o Shadow aqui tem três, não tem? — Astra levantou-se da caixa, tirando o gato de lá de dentro.

— Miau — disse o gato, estendendo-me a pata para eu o cumprimentar.

— Muito prazer...? — eu disse, pegando a patinha peluda do bichano.

— O prazer é meu! — exclamou Shadow.

— Ele fala! — eu disse a Astra. Ela fez que sim com a cabeça, sorrindo.

— É claro que eu falo! — disse Shadow. — Mas eu não nasci sabendo.

— Como aprendeu, então? — perguntou Ariana.

— Ô, da Lua, pode me soltar, por favor? — pediu o gato.

— Vai, gatinho! — exclamou Astra, soltando o bichano no chão.

— Obrigado. Agora, sentem-se, vou contar-lhes uma história.

— Eba! Historinha do gatinho!

Não dando muita atenção à Gabita, o gato se sentou e começou:

— Há dois anos, nós viemos para este parque com alguns "amigos" da Astra. Eles nos trouxeram pra cá e falaram que ia ser divertido matar os monstros, já que é tudo ilusão.

— Ilusões? — eu disse.

— Sim, mas o famoso Trem das Ilusões não é tão seguro quanto parece. A cada vagão que você passa, é menos sanidade mental que você tem. Então, mais um vagão, mais um pouco de loucura na sua cabeça. É o caso dessa maluca aqui.

— Mas e você? — perguntou Ariana. — Não ficou maluco também?

— Ao contrário dos humanos, os animais ficam mais inteligentes a cada vagão, e mais espertos também. Deve ser essa magia inexplicável do trem. Agora, onde parei? Ah, sim! Os tais amigos da Astra morreram e nós nunca achamos a saída. Depois disso eu acho que o brinquedo foi fechado, porque ninguém nunca mais apareceu. Acharam muito perigoso ou sei lá.

— E como que a gente faz pra sair daqui? — inquiriu Elen.

— Você acha que se eu soubesse, ainda estaríamos aqui? — retrucou Shadow. — Precisamos procurar a saída. É o único jeito.

Que ótimo. Procurar a saída de um trem sem fim.

Nos levantamos e seguimos em frente. Astra e Shadow se juntaram ao grupo e nos ajudaram a passar pelos monstros, já que eles já tinham feito isso inúmeras vezes.

Depois de um vagão com minotauros de fogo, chegamos ao mesmíssimo vagão com a porta por onde entramos.

— Hey! — exclamou Astra. — Isso não estava aqui antes!

— Nós entramos por aqui — eu disse.

Shadow pulou para fora do trem assim que abri a porta.

— Liberdade! — gritou o gato, rolando na terra.

No momento em que descemos, o trem desapareceu. Foi aí que vimos que não havia mais construção, nem parque, nem nada. Estávamos no meio de uma floresta, com o carro ali ao lado.

— O que acabou de acontecer? — indagou Camila.

— Nos perdemos, isso aconteceu — respondeu Dinah.

— Vamos tentar ir para casa — eu disse.

Então, entramos no carro e Demi começou a andar.


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