Tormenta escrita por Katherine


Capítulo 28
2 Temporada - Capítulo 9




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/730853/chapter/28

 

 

Carly Cullen.

Em menos de dez minutos toda a minha família já farejava envolta da casa, atrás do cheiro de seja lá quem fosse. Jasper havia dito que não conseguia reconhecer e que era bastante diferente do cheiro de um vampiro normal, mas não se caracterizava em um hibrido como Renesmee. Então, as suspeitas de que fosse um dos híbridos bruxos e vampiros que quisessem jogar meu filho em uma fogueira se confirmaram – estremeci com esse pensamento, colocando a mão sob o meu ventre. Edward me encarou com um olhar repreendedor e eu me encolhi mais ainda no banco do motorista, enquanto observava-os atrás de alguma pista. Demetri certamente seria útil naquele momento. O aparelho celular de Alec tocou encima do banco passageiro, indicando que Jane estava do outro lado da chamada. Tomei o mesmo em mãos, atendendo a ligação.

— Jane? Sou eu.

Oi, Carly. Alec está aí? Preciso muito falar com ele— suplicou.

— Vou chama-lo – falei.

Mas, antes mesmo que pudesse fazer ele já estava parado ao meu lado. Lhe entreguei o telefone, desejando ter uma super audição.

— Oi, Jane – falou, levando o aparelho ao ouvido – Isso é sério? Espere, explique isso direito.

Observei em volta e meus pais estavam com os olhos atentos em Alec, dedicando toda a sua atenção na conversa. Um sorriso animado cresceu nos lábios dele, e meus pais se abraçaram.

— Tudo bem, venham o mais rápido que conseguirem – falou – Esperamos vocês, irmã.

— O que foi? – perguntei assim que ele desligou o aparelho. Percebi que todos estava nos observando de perto. Quis levantar, mas precisei de ajuda, àquela altura a barriga já estava muito pesada – Fala!

— Jane acha que existe uma forma de quebrar a maldição – falou.

Recebi um belo chute em resposta.

— Alguém gostou de saber disso – brinquei – Isso é mesmo sério?

Ele assentiu.

— Ela estava eufórica e eu não consegui entender direito, mas sim, ao que tudo indica existe uma forma. E é difícil, mas não impossível.

— Isso é ótimo.

— Sim, é mesmo ótimo – Calisle aproximou-se – Mas, preciso que você descanse, filha. Não temos tanto tempo.

Concordei.

— Me avise quando Jane chegar – pedi à Alec enquanto subia as escadas e ele assentiu.

Mas, eu nem se quer consegui dormir. Estava sozinha no quarto escuro, com as janelas abertas enquanto todo mundo permanecia eufórico do lado de fora do quarto. Já era quase manhã quando ouvi a voz de Jane próximo ao quarto, e antes mesmo que fossem chamar eu já estava de pé, com as mãos na porta. A Volturi sorriu para mim, com os olhos presos no enorme volume que fazia por baixo da blusa, caminhou apressadamente em minha direção, envolvendo os braços ao redor do meu corpo.

— Como você está? – perguntou.

— Vou ficar bem se me disser que isso é mesmo real. Podemos quebrar a maldição? – quis me certificar.

Observei que Demetri, Félix e uma senhora se encontravam também presentes na sala de estar.

— Bom, Alec e eu podemos – falou – É um pouco complicado pois não depende somente de nós dois.

— Como assim? – perguntei enquanto me sentava com ela ao meu lado.

Jane tocou a minha barriga.

— A magia pode ser revertida no momento em que o bebê nascer. Mas, precisamos de muita força e poder, o que nós não temos.

— Na verdade, nenhum bruxo vivo tem – a senhora que eu desconhecia concluiu – Apenas os que já se foram. Precisarão deles para que isso dê certo.

— Trata-se de magia negra – Jane continuou – Então, não podemos ter certeza que vai dar certo, mas podemos tentar.

— E caso não consigam?

— Lutaremos – Alec disse – Com quem for.

Suspirei.

— Podemos tentar e quem sabe dê certo – Jane falou – O meu poder junto com o de Alec pode acabar com um exército inteiro de seres, seja lá qual for a espécie, e eu juro que estou louca para arrancar algumas cabeças. Mas, o que quero dizer é que, é muito mais fácil acabar com este mal de uma vez por todas.

— Seria ótimo – concordei.

— Tudo vai ficar bem, de qualquer forma – meu pai garantiu, tocando os meus cabelos – Além disso, teremos que transformar você no momento exato, tente não se preocupar com tudo. Estamos cuidado para que nada fuja do controle.

— Mas ainda há esperança – a senhora continuou – Então, precisamos treinar.

Jane se levantou, assentindo para ela e ambas seguiram junto com Calisle para um outro cômodo. O irmão gêmeo tomou o seu lugar no sofá, ficando ao meu lado. Me acomodei melhor em seu abraço.

— Jane fará isso sozinha? – ele assentiu – Por que?

— Não é possível que mais de uma pessoa consiga – suspirou – E além disso, Jane é melhor em magia do que eu.

Franzi o cenho.

— Nunca me contou isso.

— É como o nosso dom. Jane não sabe controlar, é necessário que ela se chateie com alguém para que a pessoa esteja se contorcendo no chão e eu não, posso controlar o meu dom. Mas, com magia é diferente. Eu não tenho controle, Jane sim.

— Você acha que pode dar certo?

— Não quero te assustar, Carly. Mas não acredito que nossos ancestrais possam estar ao nosso lado. Já fizemos muitas coisas erradas nessa vida, eles não esquecem simplesmente. Há uma possibilidade sim, mas não acho que Jane vá conseguir.

Concordei ao engolir seco.

Fechei os olhos, na tentativa de aproveitar os últimos momentos de paz que ainda viriam.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Tormenta" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.