Tormenta escrita por Katherine


Capítulo 29
2 Temporada - Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Carly.

— Você precisa se alimentar – o alertei.

Alexander virou-se em minha direção com um olhar repreendedor. Seus olhos estavam mais escuros do que o normal, a última vez que havia caçado tinha sido em Volterra. Não estava apenas preocupada com ele e com sua alimentação, sabia que o vampiro tinha controle o suficiente para passar até mais tempo do que isso sem colocar uma gota de sangue na boca. Estava preocupada também com o seu dom, e como reagiria se precisasse lutar. As coisas aconteceriam rápido demais e poderiam fugir do controle.

— E você precisa descansar – rebateu – Feche os olhos e durma, por favor.

Me estiquei na cama, na tentativa de sentar, mas ele teve que me ajudar. Minha barriga estava coberta por hematomas e eu me sentia cada vez mais fraca, mesmo tomando um pouco de sangue, parecia já não funcionar mais. Nosso pequeno ser estava ficando cada vez mais forte.

— Eu não consigo – suspirei, deixado que seus dedos gelados passeassem em meu ventre – Acha que Jane está pronta?

— Sim. Jane e todos os outros também estão prontos, nós vamos conseguir, Carly. Eu prometo.

— Não acho que vá passar de hoje – murmurei, na tentativa de que ninguém que estivesse na casa pudesse ouvir além dele – Me sinto... diferente. E se ela não conseguir?

— Ele virá na hora que decidir – depositou um beijo no local onde suas mãos estavam caminhando, recebendo um chute que me fez estremecer, em troca – Estamos todos prontos. De um jeito ou de outro tudo ficará bem, teremos tudo sob controle.

Assenti.

— Obrigada – agradeci, tocando o seu rosto – Você é incrível.

Ele beijou a minha mão, que estava alojada em sua pele de mármore.

— Você está pronta?

— Estou.

— Não precisa ter medo – garantiu – Você tem deixado Jasper maluco.

Eu ri, rolando os olhos.

— Sempre fiz isso.

Não demorou muito tempo até que decidisse sair do quarto. Não estava com tanta mobilidade, então tudo o que conseguia fazer era ir do quarto para a sala. Além do mais, fazia frio lá fora. Alguns membros da família se encontravam ali, em seus respectivos a fazeres. Alice caminhou até o sofá, sentando-se ao meu lado. Sorri em sua direção. Desde que descobri que estava gravida, não havíamos ficado sozinhas um segundo sequer, e eu amava conversar com ela.

— Como está se sentindo hoje? – perguntou.

Toquei minha barriga coberta pela blusa.

— Acho que será hoje – dei de ombros.

Pude sentir todos os olhares da sala sendo direcionados na minha direção, até mesmo de algumas pessoas que antes não se encontravam ali.

— Mesmo?

— Estou bem – os tranquilizei – É só um pressentimento.

Carlisle estava ao meu lado em uma fração de segundos.

— Está sentindo alguma dor?

— Não, nada além do normal. Estou bem, mesmo.

Renesmee sentou-se ao meu lado com os olhos embargados de lagrimas. Uns dos terríveis sintomas que a gravidez trazia era a vontade incontrolável de chorar, mesmo que eu fosse do tipo durona, não suportava ver ninguém daquela forma, ainda mais minha irmã.

— Não, Renesmee – a abracei com força – Não faça isso.

— Não é uma despedida – disse, se afastando – Eu só... Seja forte, Carly. Por favor!

Toquei o seu rosto brevemente.

— Eu sou! – Tranquilizei-a.

Rose adentrou na sala de estar sorrindo de maneira reconfortante, com Jane ao seu lado.

— Nunca estive tão carregado – Jasper deixou os ombros caírem – Por Deus, se controlem!

Alice depositou um beijo em seu ombro, o abraçando.

— Já pensaram no nome? – Tia Rose perguntou.

Meu olhar se encontrou com o de Alec, que estava em uma das poltronas da sala. Ele sorriu para mim.

— Sim – confessei.

— O que? Como assim? – minha mãe se aproximou – Você não nos disse nada!

— É um segredo – sorri.

Olhei para o meu pai que bufou, com expressão frustrada no rosto.

— Você não pode fazer isso.

Todos o olharam sem entender.

— Carly e Alec não me deixam saber— ele disse.

— Você saberá junto com todos os outros, pai – o provoquei.

Conversamos sobre o nome do bebê por mais alguns minutos, mesmo que Alec e eu já tivéssemos feito a nossa escolha. Depois de algum tempo decidi ir para o quarto e tentar tomar um banho para que pudesse ficar menos tensa o possível, mas não ajudou muito. Alice e minha mãe vieram atrás, até porque, eu não conseguia me mover como deveria.

— Vamos ajudar você – Alice disse, ligando a banheira para que a agua começasse a escorrer.

— Obrigada – agradeci.

Enquanto observava a banheira se encher aos poucos e misturar-se com a espuma por conta dos sais que haviam sido depositados ali, senti uma pontada aguda na região um pouco abaixo ao meu ventre, que fez com que eu despejasse todo o sangue que havia ingerido em poucas horas. Antes mesmo que eu pudesse tentar me recompor, Alexander e Edward estavam um a cada lado para que pudessem me ajudar, no canto do banheiro Carlisle me olhava atentamente.

— Ei, tudo bem – a voz de meu pai tranquilizou – Tudo bem.

Me levantei aos poucos com a ajuda dos dois, sentia tudo doer. Meus pés não ficaram firmes no chão por mais de meio segundo. Novamente a pontada voltou, mas desta vez não havia nada que pudesse despejar.

— Está na hora – ouvi Carlisle dizer.

Minhas pernas foram retiradas do chão, e podia sentir estar flutuando. As vozes e gritos ficaram distantes quando senti algo concreto me sustentando. Uma forte luz fazia com que eu não conseguisse ficar de olhos abertos. Não conseguia saber quem estava comigo, todos falavam juntos. Todos ao mesmo tempo. Gritei de dor, e no mesmo momento senti minhas roupas serem rasgadas.

— Carly – ouvi Alexander chamar – Carly!

Abri os olhos, na tentativa de vê-lo.

— Fica acordada. Por favor. Fica acordada, tá bem?

— Tira ele – grunhi – Agora.

Senti uma picada no braço, e então fiquei na dúvida se era veneno ou anestésico.

Apertei a mão de Alec com força, quando mais um grito escapou da minha garganta. E como se nada tivesse acontecido, a dor foi embora, eu não sentia o meu corpo. O anestésico que Carlisle havia injetado estava fazendo efeito.

— Carly – meu pai chamou – Está sentindo?

Neguei com a voz fraca.

— Não.

Em menos de um segundo ouvi um choro preencher o quarto improvisado. Forcei meus olhos. Encontrei Alec sorrindo, mas ele não me olhava. Meu pai estava com a mesma expressão. O Volturi se afastou, largando a minha mãe e em seguida voltando ao meu campo de visão com um pequeno pacotinho nos braços.

— É um menino – disse, com um enorme sorriso.

Seus olhos eram azuis e os cabelos escuros como os de Alexander. Exatamente como havia imaginado.

— Lindo – sussurrei. Meu pai tinha os olhos presos no pequeno garotinho em meus braços e novamente eu me lembrei do motivo pela qual havia escolhido o nome do bebê que havia sido depositado em meus braços, sessando o choro – Anthony.

O leitor de mentes me encarou, com os olhos arregalados.

— O quê? – perguntou – O nome é... filha!

— Anthony – Alec afirmou.

Um barulho alto surgiu da parte da frente da casa, fazendo com que o pequeno garotinho se assustasse, chorando. A porta foi aberta em um rompante.

— Eu não consegui – Jane grunhiu – Eles chegaram, Alec.

E de repente, tudo ficou escuro.


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Notas finais do capítulo

Anthony.. lindo, não?
Comentem o que acharam!!!



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