Tormenta escrita por Katherine


Capítulo 21
2 Temporada - Capitulo 2




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A sensação de estar sendo seguida ainda não havia passado. Talvez fosse o medo, ou a adrenalina de estar se escondendo em uma cidade completamente desconhecida por si, sozinha, longe de qualquer pessoa que um dia já pode ser considerada membro da família Cullen. De qualquer forma, Carly não havia se intimidado, afinal de contas, era apenas um terrível e estranho sentimento. Passou todo o sábado entre o centro da cidade e o campus, onde passaria os próximos anos de sua vida. Era pouco tempo, mas já podia se considerar bastante familiarizada com o local. No fim da noite, a ruiva voltou para o seu quarto na universidade. As aulas não haviam começado, faltavam cerca de duas semanas, portanto Carly ainda não havia conhecido sua colega de quarto, se é que havia uma, pois em frente a porta só o seu nome estava escrito. Seu quarto ficava no ultimo andar, lhe dando uma vista privilegiada do campus e de alguns prédios e comércios que ficavam por ali perto. Parou por um momento para pensar em sua família. Não havia tido contato com ninguém desde o dia em que deixou Forks pela ultima vez. Preferia não pensar nas consequências que aquela escolha tinha lhe causado, pois confiava de olhos fechados em Renesmee e sabia que o que ela estava falando poderia sim de fato se concretizar. Carly não queria ser causa se lembranças dolorosas para sua os Cullen, então fez o que foi sugerido e, fugiu, pra longe, sem previsão nenhuma para voltar. Pior do que qualquer outra coisa era a falta que Alexander fazia. Todo o seu esforço para nem se quer pensar nele estava funcionando, mas de volta e meia um sufoco tomava conta de seu corpo, tão desesperador quanto o ar roubado de seus pulmões. A dor era física, e era a única prova que fazia ela perceber que tudo foi real.

— Chega! – disse para si mesmo, levantando de sua pequena cama em quanto passava as mãos nervosamente pelo rosto, a fim de tentar afastar esses pensamentos – Chega de tormenta.

Resolveu então que estava na hora de tomar um banho, e somente a água gelada caindo em sua cabeça conseguiria acalmar os seus nervos.

A louca função de encontrar Carly ainda era a prioridade para os Cullen, e todos eles, até mesmo Jacob, haviam viajado junto com a família em busca da missão. Peter continuava dando noticias, enquanto Isabella, Edward e Alexander corriam juntamente com Jasper e Alice. Os outros optaram por outro meio de viagem, um pouco mais demorado.

— Estamos na cidade – Jasper disse ao telefone.                                      

— Eu estou atento – Peter lhes disse – Não faz tanto tempo em que a ruiva subiu para o seu quarto.

Jasper lançou um olhar para Alexander e Edward que confirmaram que haviam escutado, e que prosseguiriam com o próximo passo.

— Não temos palavras para agradecer, meu amigo. Para o que precisarem, o nosso Clã sempre estará disposto a ajudar.

— Agradeço, Jasper.

— Em vinte minutos chegaremos – disse por fim, antes de desligar.

Os olhos de Alice Cullen perderam o foco por um momento, atraindo a atenção de alguns presentes. Quando retomaram os mesmos caíram sobre o Volturi, lhe lançando um sorriso carinhoso e compreensível.

— Você será capaz disso? – ela perguntou, com a voz carregada de amor.

Bella e Edward se entreolharam.

— Do que está falando? – a mulher perguntou ao marido que acariciou a pele exposta de seu braço.

O Volturi e o leitor de mentes trocaram olhares significativos por um momento, antes de Alice, ainda mais entusiasmada, se jogar nos braços de Jasper em comemoração. Logo em seguida o casal saiu apressadamente rumo ao campus. Edward lançou um sorriso para Bella, dizendo que conversariam depois e também seguiram o Jasper e Alice. Alexandar foi logo atrás, não estando certo ainda do que estava prestes a fazer.

Não encontraram com Peter, o mesmo já havia ido embora pouco antes de chegarem, pois o seu cheiro ainda estava ali. Ninguém teve reação ao chegar em frente a faculdade. Deveriam procurar o quarto ou ir civilizadamente até a coordenação para que chamassem por ela? Era noite, isso certamente não funcionaria.

— Alec, – Edward chamou, atraindo a atenção do genro – Dou permissão. Faça o que achar que deve ser feito!

— O que? – Isabella perguntou ao marido.

Mas antes mesmo que pudesse responder o Volturi não estava mais em seu campo de visão.

— Eu vi – Alice disse, aproximando-se de Bella, tocando levemente o seu braço – Eles serão felizes. Todos seremos felizes!

— Não consegui entender – franziu o cenho – O que quis dizer com ‘dou permissão’?

— Exatamente o que está pensando – respondeu, beijando os cabelos da esposa.

Alexander Volturi estava sentado em uma cama simples de faculdade analisando cada detalhe do quarto, em quanto ouvia o barulho da respiração de sua amada no cômodo ao lado, onde a mesma tentava ao máximo se desfazer de pensamentos com a ajuda de um banho gelado. Quando pareceu por fim ter funcionado, Carly desligou o chuveiro, vestindo uma roupa qualquer, afinal, deitaria para dormir logo. Mas, quando a porta foi aberta, sua respiração falhou ao vê-lo ali, com os olhos fixos no chão e cabeça baixa. Ela podia jurar que havia ficado mais pálida do que o próprio naquele momento. O rosto do garoto levantou aos poucos, finalmente podendo ver quem ele mais queria tocar naquele momento (e para sempre).

— Alec – a voz rouca escapou de sua boca – O que está fazendo aqui?

Ele levantou, caminhando até ela.

— Carly, o que está fazendo aqui? – repetiu a pergunta – Fugindo? De quem? E, por quê?

Ela engoliu seco. Ele estava tão perto.

— Como você me achou? – ela perguntou.

— Você não me respondeu – acusou.

— E você não responde nenhuma das minhas, então... – deu de ombros – Alec, preciso que entenda. Me afastar seria a melhor escolha para todos nós.

— Não, não mesmo! – sua voz ficou ainda mais grave – Fale por você, Carly. Todos estão surtando com a sua ausência.

— Renesmee viu coisas, e eu não podia...

— Então foi isso, você fugiu por que Renesmee viu “coisas”? – perguntou.

Ela suspirou.

— Eu confio no que a minha irmã me diz, Alec.

— Sei disso, eu também confio – falou – Até mesmo as previsões de Alice são incertas, Carly. Renesmee descobriu esse dom agora, e não sabe como controla-lo. Quem garante que de fato suas visões se concretizarão?

Houve um silencio.

— Por que você veio? – quis saber.

— Viemos buscar você – ele disse – Só me escuta, tudo bem? Já falamos disso antes, mas preciso que entenda de uma vez por todas. Ao ficarmos juntos pela primeira vez, assumimos riscos, Carly. E agora temos que arcar com esses riscos, sem fugir ou esconder esse tipo de coisas um do outro. Somos um casal, não somos?

Ela assentiu lentamente.

— Então, eu preciso que confie em mim!

— Não há ninguém em que eu confie mais do que confio em você, Alec – ela confessou, sentindo seus ombros caírem.

Os dois se aproximaram ainda mais, abraçando-se, mas ainda com os olhares presos um no outro.

— Preciso pedir algo – ele disse.

— O que você quiser – falou.

— Vamos embora daqui – Carly se afastou, dando um passo para trás – Eu não posso largar Volterra e simplesmente ir morar com os Cullen e seguir a vida que sua familia segue, quero que entenda isso antes de qualquer coisa. Mas, não tem nada no mundo que eu queira mais do que ficar com você. Então, podemos dar um jeito em tudo isso, tá legal? Existem ótimas faculdades próximas à Volterra e você facilmente conseguiria entrar em uma delas com louvor. Jane e Caroline estão lá, com saudades de você. E também tem...

 - Você – ela concluiu, mordendo o lábio inferior.

— Eu – concordou – O que eu quero dizer é que podemos construir uma vida juntos. É só você dizer que sim.

Ela franziu o cenho.

— Isso é um pedido de casamento? – perguntou brincando.

— É – ele concordou – Lamento que seja dessa forma, mas... Carly você aceita se casar comigo?


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