A Pequena princesa escrita por HeartOfCourage


Capítulo 2
Aula de italiano


Notas iniciais do capítulo

Oi galera, já estou postando um novo cap, yeah! Consegui escrever um novo porque estou de férias e porque esses primeiros dois são praticamente uma integração a história, portanto parecia-me injusto fazer esperar demasiado os meus leitores. Dito isso, desejo-vos uma boa leitura!



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Londres, 5 Março 1888  

Acordei com alguns raios de sol que batiam na minha cara, dando-me uma sensação muito agradável. Senti uma energia e boa disposição crescerem dentro de mim. Cumprimentei a empregada que veio me acordar, sem realmente olhar para ela, pois ainda estava cega por causa do meu estado sonolento. Sinceramente, nunca vou entender a gente que consegue acordar e fazer logo mil coisas.  

Prosseguindo, estava tão feliz que os Deuses se tenham lembrado de mim e tenham tido um pouco de pena, que puseram finalmente o sol em Londres. Essa sensação de bem estar afastou por um momento a saudade da minha vida antiga. Fui para a janela e tive só um segundo para apreciar a fonte de luz do nosso planeta, pois logo uma série de nuvens nojentas o cobriram e ameaçaram começar uma chuva. Droga. Cacete. É pedir muito um dia de sol nessa porcaria de cidade?  

Suspirei e comecei a me vestir e a preparar-me psicologicamente para esse longo dia.  

Assim que saí da minha porta, me deparei com a Miss Hera. Maravilhoso, simplesmente maravilhoso.  

—Oh, minha querida senhorita Chase, desejo-lhe um sincero bom dia. Espero que se tenha repousado suficientemente para esse dia que, seguramente, demonstrará as suas excelentes capacidades, as quais foram acenadas pelo seu pai.  

Sério? Eu tenho que aturar isto logo de manhã? Porquê essa aí não me deixa em paz, porquê? Poderia demonstrar a essa cabra a minha capacidade de a assassinar. Sabe, com uma morte bem lenta e dolorosa.  

Relutante, acenei e sorri, desejando-lhe um bom dia. Assim que essa triste cena se concluiu, direcionei-me para a sala principal, sendo seguida pela vaca, onde todos estavam a minha espera para me apresentarem ás outras garotas. Só espero, do fundo do meu coração, que não sejam todas patricinhas.  

Assim que entrei, vi umas 20 garotas sentadas e uma em pé, que olhava para mim com um olhar cínico e de superioridade. Ela tinha lindos cabelos vermelhos e olhos verdes claros, e uma série de sardas pelo rosto claro. Algo, tipo o meu infalível intuito, me dizia que ela era a melhor aluna do colégio e, muito provavelmente, a mais patricinha também.  

—Senhorita Annabeth, essa é a senhorita Rachel Elizabeth Dare, a melhor aluna da instituição.- vociferou Miss Hera. Eu não disse?  

—Senhoritas, presento-vos Annabeth Chase, filha do capitão Chase, que partiu para uma expedição na India que poderá com certeza se revelar lucrativa, ...- e foi assim que Miss Hera presentou o meu pai á aquelas garotas. E eu continuo me perguntando, PORQUÊ A MIM?  

—... portanto espero que façam integrar de bom agrado a senhorita Chase, para que se sinta em casa nesse internato.- concluiu Miss Hera. O seu monologo durou mais do que a missa de um padre, credo.  

Assim que ela terminou, todas se levantaram e, sob as ordens da Miss Hera, nos direcionamos para a sala de jantar, para tomar o café da manhã, que se revelou um momento embaraçoso, pois reinava o silencio e haviam uns olhares ocasionais na minha direção. Quando acabamos de comer, soube que teríamos aula de italiano durante a manhã. 

Sentei-me no primeiro lugar vazio da aula, que ficava no meio perto da parede, e comecei a guardar o meu material enquanto esperava que a professora chegasse. 

Assim que ela entrou, nos levantamos todas dos nossos respetivos lugares, sentando-nos novamente quanto ela deu a autorização. 

Buongiorno, Bom dia senhoritas.- começou ela. Depois olhou para mim. 

Ma che gioia, una nuova allieva! Annabeth Chase, giusto? Sono la professoressa Milani, originaria dall' Italia. Direi di cominciare con una paio di domande per capire il suo livello linguistico, se non le dispiace signorina. (Que felicidade, uma nova aluna! Annabeth Chase, certo? Sou a professora Milani, e tenho origens italianas. Poderíamos começar com algumas perguntas para perceber quais são as suas capacidades linguísticas, se não for de incomodo.)- disse ela. 

Eu acenei com a cabeça, timidamente por causa da atenção estar toda em cima de mim. 

—Bem - começou a professora com um sotaque italiano - você conhece a Divina Comédia de Dante Alighieri? Se sim, gostaria que nos falasse sobre o Canto XXVI do Inferno. Em italiano, claramente. 

Il canto XXVI dell'Inferno della Divina Commedia parla dei consiglieri fraudolenti, coloro che usarono l'ingegno per fare del male. Tra loro incontriamo Ulisse, che... ( O canto XXVI do Inferno da Divina Comédia fala sobre os conselheiros fraudulentos, os quais usaram a inteligência para fazer maldades. Entre eles encontra-se Ulisses, que...)- o meu belíssimo discurso foi interrompido quando alguém, e sim, a Rachel, decidiu intervir. 

—Professora, peço desculpa pela interrupção, mas gostaria de corrigir a nossa colega Annabeth. As personagens que se encontram não são Ulisses e os conselheiros fraudulentos, mas Pier della Vigna e os suicidas. -concluiu aquela víbora. Ofendi-me profundamente por ela ter interrompido o meu dialogo, mas ela com certeza iria tomar uma bela lição. Soltei um riso maléfico interiormente. Mal sabia ela com quem se foi meter, coitada. Passei vários meses em Itália e estudei o italiano desde sempre, pois sinto-me muito fascinada pela cultura a pela rica e maravilhosa literatura, apaixonada como sou de livros. 

—Senhorita Rachel, com certeza as suas intenções foram as melhores, mas você se confundiu com o Canto XIII.- o meu dia começava a melhorar. 

—Sim, a senhorita Chase tem razão.- afirmou a professora Milani. 

Pela aula soltaram-se uma série de risadinhas, enquanto o amasso de cabelos vermelhos e a garota ao seu lado, provavelmente a sua amiguinha, olhavam raivosamente para mim. Notei que, em particular, havia uma garota, muito bonita por sinal, com cabelos pretos e olhos de um azul elétrico, que parecia extremamente radiante com o acontecido. Com certeza seremos grandes amigas, sinto que ela é diferente das outras que conheci até agora. 

Tudo durou uns segundos depois, quando Miss Milani chamou a atenção, sem antes soltar um sorriso de canto, e continuamos a lição. Provavelmente ela não ia muito de acordo com Rachel, alias, duvido que seja muita a gente que realmente gosta dela, visto o seu comportamento. Quando a aula terminou, todas deixaram a aula e se direcionaram na sala de estar, para repousar um pouco e para treinar a etiqueta e aprender como dialogar como uma verdadeira senhora, sendo supervisionadas pelas irmãs Olympus. 

Antes de deixar a aula, informei-me pela professora qual foi a matéria tratada desde o começo do ano, para saber exatamente quais argumentos estávamos tratando. Feito isso, direcionei-me para a sala de estar. Uma vez que cheguei a porta, parei uns segundos para pensar. Já estavam todas dentro e uma vez que atravessaria a porta, iria fazer amizade e estabelecer uma certa impressão à todas. Só espero que tudo corra bem e que encontre logo pessoas legais para conversar, porque uma vez que se cria uma má impressão, é muito difícil reverter a situação, e eu não quero passar um ano de solidão nesse lugar. 

Suspirei e, com um pouco de coragem, abri a porta.


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Notas finais do capítulo

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