Dance Club - Life Is a Suprise escrita por JPoseidon


Capítulo 28
Season 3 / chapter 8 - "At least it is happening?"


Notas iniciais do capítulo

Oi galera! Depois desse inesperado hiatus de pouquíssimos dias, venho com boas novas: hoje sai todos os capítulos que restam! Espero que gostem e aproveitem, nos vemos no próximo. ♥



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Capítulo 8 – “At least, it is happening?”

Acordei e encarei o teto. Era incrível, eu estava viajando com meus amigos para uma viagem contra o tempo para poder conseguir irmos para a Competição. E aquilo estava sendo algo louco e um passo de risco que eu iria lembrar pelo resto da minha vida – literalmente.

Corri para o banheiro, sabendo que em breve teria que competir com meus irmãos para ter espaço, então era melhor ser rápido e tomar meu banho logo, senão eu nem conseguiria tomar sequer um banho.

Quando já havia saído com toda a roupa vestida e feliz pelo dia, meus irmãos estavam levantando e tentando se empurrar para um ou o outro vencer a corrida até o banheiro.

— Isso não vai dar certo. Só vão de ‘pedra, papel e tesoura’. – Indiquei e eles olharam para mim, encarando-me como se estivessem pensando em aceitar. Então eles começaram a competir, e após três vezes, Alvin venceu, e rindo, entrou no banheiro, fechando a porta com um olhar de “Chupa, Simon!”.

— Péssima idéia essa do jogo. – Simon disse, emburrado, sentando novamente na cama.

— Cala a boca e lide com isso. – Falei, vendo-o fazer biquinho. – Mais infantil que isso, só isso mesmo.

— Pelo amor de Deus, você acordou preparado para me irritar? – Eu assenti, vendo-o revirar os olhos.

— Te amo, pateta! – Eu disse, vendo-o rir. Peguei nossas malas e acenei para ele. – Nos vemos daqui trinta minutos.

...

Sentei no carro, já satisfeito e completamente sem a menor vontade de comer depois do café da manhã bem caprichado.

Deitei a cabeça no banco e sorri para o teto, feliz de saber que aquele dia seria somente uma apresentação, então já iríamos para a próxima cidade.

— Qual é a música que vamos cantar dessa vez? De início, no caso. – Dianna perguntou. Nossos amigos no Skype nos outros carros estavam conversando sobre isso. Sim, estávamos em uma transmissão compartilhada, para assim poder conversar.

— Eu estava pensando em New Year’s Eve de Paul Waves. – Lea comentou, Enzo ergueu o dedo pela tela, sem poder falar muito para não desviar os olhos da estrada.

— Eu considerei Chocolate de The 1975. – Max falou e vimos China batendo palmas.

— Essa é maravilhosa! – Ela exclamou.

— Pode ser essa. – Comentei e Simon concordou.

— Então temos que fazer algo mais animado, senão geral do pubb vai dormir. – Alvin comentou e eu ergui o dedão, concordando. Eu havia percebido que estava com dor de cabeça, então só estava limitando a minha fala para uma palavra ou acenos de concordância.

— Pode ser algo acapella, que tal? – Sugeriu Liz e todos concordaram.

...

Era meio dia e eu já sentia a dor longe. Agora era só incômoda, então nada que música não me ajudasse. E eu ainda estava me questionando como um pubb estava cheio em pleno dia. Anos depois eu saberia que aquele horário era ótimo para tomar uma cerveja e comer algumas coisas antes de ir pro trabalho.

Me sentei do lado de Max e ele segurou meu ombro, erguendo um remédio para dor.

— Está tão na cara?

— Você está literalmente com a cara toda enrugada. – Ele sorriu, e eu ri, assentindo.

— Então vou tomar quando terminarmos a apresentação.

Alvin se sentou do meu lado, desligando o celular com um sorriso enorme, que quase chegava nas duas orelhas.

— Max?

— Que tem eu? – Max perguntou e Alvin riu.

— Não você, o Player. – Corrigi.

— Sim. – Alvin disse breve. Com certeza não queria compartilhar o momento ainda.

— Com vocês, o pessoal da escola Liberty! – O dono do pubb disse e uma salva de palmas ecoou pelo local.

Hey now, call it a split, ‘cause you know that you will

Oh, you bite your friend like chocolate

De volta aos carros, eu ria com as piadas de Alvin e China, esses dois eram ótimos piadistas. Se eles estivessem no mesmo carro todos estariam condenados a não conseguir controlar o riso. Já era difícil pra gente com os dois separados, imagine juntos.

Quando eles se cansaram de fazer piadas, ficamos no silêncio gostoso, a estrada com o sol fervendo aquecendo o vento que entrava pelas janelas abertas. Passando por pequenos estabelecimentos, seja hotéis e escolas até parque e praças. Na avenida principal havia muita pouca gente, talvez porque aquele dia estivesse começando a terminar, o que ainda era estranho dado o sol quente... talvez nem tanto, estava muito quente mesmo e nem eu queria estar parado ali fora com a cabeça esquentando.

A transmissão de Skype havia sido finalizada e agora eles cantavam a música Chocolate. Eu estava só aproveitando a voz deles me acalmando e fazendo a dor de cabeça ir suavizando aos poucos. Adormeci no ombro de Simon.

...

Sentei no parapeito da janela do quarto, vendo a rua abaixo pouco iluminada na noite. Olhei para a esquina ali perto, onde tinha uma padaria e uma daquelas coisas de alugar bicicleta. Sorri, descendo do parapeito e voltando ao meu quarto, colocando meu casaco e guardando minha carteira no bolso. Peguei o celular e liguei pro meu pai, descendo as escadas do estabelecimento. Caiu na caixa postal e eu deixei uma mensagem.

“Ei pai, como você está? Espero que bem. A viagem está sendo muito divertida. Estamos conseguindo arrecadar o que nos falta e de certa forma nos tornando conhecidos, já que basicamente somos gravados sempre e o pessoal posta e em alguns casos até nos marca. Nem sei como conseguem nossas redes sociais tão fácil assim. Enfim, agora estou sem sono já que dormi mais cedo, então vou na esquina do hotel que estamos para comer alguma coisa e ficar de bobeira passando de bicicleta até que eu fique com sono. Te amo, seu filho, Theo.”

Pedi um croissant de presunto e queijo e paguei em seguida. Saí do local e atravessei a rua, colocando uma moeda na máquina e tirei uma bicicleta, sentando em seguida, finalmente mordendo meu pão, saboreando o gosto delicioso.

Comecei a pedalar, sentindo a leve garoa molhando as partes descobertas da minha pele. O chão da avenida brilhava com as luzes vermelhas e verdes dos faróis e algumas placas iluminando também minha pele. Comecei a entoar a música de Chord Overstreet, Hold On. Eu me sentia livre, como se finalmente eu soubesse meu lugar. E eu finalmente sabia mesmo, eu não era meu nome, eu não era meus sentimentos e muito menos minhas memórias, eu não era também meus irmãos, eu não era de mim, eu era de várias estrelas, eu era eu e eu ainda não sabia totalmente quem era como pessoa naquele mundo, mas não queria saber ainda. Eu inspirei fundo e sorri. E por um momento, era como se tudo estivesse encaixado e certo. Por um momento, eu pisquei. E por um momento eu não percebi o carro vindo em velocidade absurda. Sequer deu tempo de sentir o choque contra meu corpo, sequer deu para sentir dor ou alguma coisa, eu só sentia a paz de por um momento eu entender alguma coisa sobre mim mesmo.

Mas ao fundo, eu escutava o derrapar de um carro, escutava sirenes se aproximando e sobretudo, escutava a chuva aumentando, molhando meu corpo caído olhando pro céu. Eu não estava me movendo e nem queria. Sabia que poderia ser pior. E então adormeci, sentindo lágrimas quentes caírem dos meus olhos.


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