Dance Club - Life Is a Suprise escrita por JPoseidon


Capítulo 14
Season 2 / Chapter 4 - "Fuck you, Kyle."


Notas iniciais do capítulo

OI POVO LINDO! Depois do dia de hoje eu to no chão, DESCENDENTES EU TE VENERO ♥

Depois de acordar e vir direto para o computador escrever, fui pro vô comer e escrevi, planejei a história e cheguei em casa de noite, depois de passar no shopping, escrevi e vi o filme, e AGORA AQUI ESTAMOS COM A SAÍDA MAIS RÁPIDA DO CAPÍTULO (eu esperava pelo menos duas semanas pra acabar)...

Enfim gente amo vocês! ♥

Link pra música pra segunda parte da apresentação: https://www.youtube.com/watch?v=AXf4krO_zGc



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Enzo 

Ele não acreditava que já faziam três semanas desde o seu casamento, o homem estava feliz e as coisas entre eles dois vinham sendo mais quentes e apimentadas. Agora ele saía de sua última aula, lembrando da noite anterior com o marido, que sabia o levar a loucura, só esperava que os vizinhos não tivessem escutado. Assim que ele cruzou as portas do auditório ele viu uma roda baixa ao redor de uma das alunas, Angus. 

"Meu Deus, o que aconteceu?" Ele perguntou, largando a bolsa transversal em um dos bancos e correndo em direção do palco, subindo as escadas e se ajoelhando ao lado da garota. "Ei, ei, tá tudo bem? Que pergunta imbecil... Reformulando, o que aconteceu?" 

"Enzo, eles enviaram uma carta, e não posso mais ir pra casa sozinha que eles me seguem e jogam ovos na porta de casa, uma vez acertaram minhas costas. Eu não sei mais o que fazer." Angus admitiu, revelando o que parecia que vinha acontecendo há um tempo. Luana a abraçava, enquanto Marley (Marilene, como o professor sempre tinha que se lembrar) fazia um cafuné na amiga, e Yumi, junto de Liz, tinham uma das mãos nos ombros de Angus, acariciando ali, vendo-a limpar as lágrimas. 

"Ei, respira fundo. Posso ler?" O professor aconselhou, pedindo pela carta, vendo Angus lhe entregar, logo começou, se assustando com o que lia. 

 

Ei, macaquinha. Tudo bem? Esperamos que sim, pra assim podermos estragar tudo. ♥ 

Você provavelmente deve estar pensando no que está acontecendo, deixa que eu te conto: nós vamos te destruir. Ninguém mandou tentar sair da nossa escola, agora é nossa vez de caçarmos a bruxa. Você será derrubada, e nós vamos estar ali pra garantir que não levante. 

Mais um dia normal pra sua mísera vida, mas seu tormento começa agora, ninguém mandou nos abandonar, você sabia que isso aconteceria. 

Traveco, você nem sabe o que estamos planejando... só espero que saiba e tenha em mente que seu grupo agora é um alvo. 

Assinado, 

Você sabe quem. 

 

Enzo ergueu os olhos para a garota e a abraçou, apertado e forte. 

"Eu não tinha ideia que as perseguições eram nesse nível de preconceito extremo, claro que também não pensei que eram leves, mas ainda sim, isso aqui tá ultrapassando limites, eles estão explicitamente incitando que vão e podem agredir vocês." Ele declarou. "Não tem muito o que fazer, porque só tem a caligrafia do cara, e referência à uma escola, mas não necessariamente a sua anterior... os policiais não levam a sério as coisas sem provas. O que podemos fazer, gente?" 

"Não tem muito o que fazer, infelizmente, agora é a gente se manter ligado, e usar das câmeras da escola como provas, se eles forem filmados." Lea disse, ajudando Angus a se levantar. 

"Só não podemos viver com medo, apesar de ser o que eles querem." Dianna disse, apertando a mão de Angus, que assentiu e bateu nas próprias roupas, tirando o pó. 

"Eles vão se arrepender de mexer com a gente, se alguma coisa acontecer me avisa." Sam avisou e Angus sorriu em agradecimento. 

"Vocês querem fazer aula ou cada um vai pra casa descansar?" Enzo perguntou, achando que o sensato era dispersar os alunos, mas ele preferiu questionar eles antes. 

"Deus me livre ir para casa, vamos ter essa aula. É bom ter algo me fazendo relaxar e ficar focada, em casa eu só pensaria nisso, porque mamãe volta só lá por umas oito da noite. E não quero ficar sozinha hoje, isso pode dar brecha."  Angus admitiu, o medo na voz. Enzo assentiu, se aproximou da lousa escondida e a puxou, pegando um dos canetões que tinha no bolso de trás e começou a escrever, vendo todos os alunos voltarem para o chão, menos Angus, que foi pegar sua garrafa de água. 

 

Naya 

"Você sabe que amanhã vamos viajar para a Seleção, né?" Enzo questionou e ela assentiu. "E mesmo assim você vai fazer o teste?" Ela assentiu de novo e ele sorriu, admirando a coragem dela. "Como se sente?" 

"O coração tá palpitando." Naya deu de ombros, como se estivesse tudo bem, fazendo ele sorrir, assentindo. "E professor, não se preocupe, você já reparou que eu estou sempre aqui olhando vocês ensaiando, e eu sempre pratico com a Liz, então sei os passos." 

"Beleza, pode começar." Ele deu a deixa e ela sorriu, tossindo por um segundo, tanto preparando a voz, como dando a deixa para os garotos da banda começarem a tocar. 

Boys 
Boys 
Boys, boys 
Boys 

Stealing kisses from your misses 
Doesn't make you freak out 
Got you fussing, got you worried 
Scared to let your guard down 
Boys, boys 
Boys, boys 

Tell the neighbors I'm not sorry 
If I'm breaking walls down 
Building your girl's second story 
Ripping all your floors out 

Saw your face, heard your name 
Gotta get with you 
Girls like girls like boys do 
Nothing new 
Isn't this why we came? 
Gotta get with you 
Girls like girls like boys do 
Nothing new 
Girls like girls like boys do 
Nothing new 

Naya saiu do palco, descendo até Liz, encostando sua testa na da loira, pegando-a pela mão e levando até o palco, dançando com ela, subindo numa bicicleta e pedalando pelo palco, isso enquanto caíam pétalas de rosas vermelhas do céu do local, Naya agradeceu com um aceno para Lea e Dianna, que haviam preparado a surpresa juntas de Naya. 

Liz tinha um sorriso contido no rosto, vendo que Naya estava se esforçando para fazer aquilo dar certo. Assim que desceram da bicicleta, finalizando a música, ela tirou uma aliança de compromisso do bolso da roupa de cheerleader e encarou a loira, sorrindo, mordendo o lábio inferior. 

"Liz, você é minha pessoa favorita no mundo todo, e por mais que eu tente negar, de nada adianta, eu e você somos um casal, só falta oficializar. Chega de lutar contra o que eu sinto. Aceita namorar comigo?" Naya finalmente soltara do peito o que vinha segurando há um mês. As suas dúvidas ainda estavam lá, principalmente a dúvida de se ela sentia algo por garotos, mas ela tinha certeza que sentia algo por Liz, e isso era o que importava no momento. 

"Com certeza!" Liz puxa Naya pela mão onde as alianças estavam, abraçando-a e colando seus lábios. Elas estavam tão felizes.  

"Ela tá dentro." Enzo falou para os demais, enquanto Naya e Liz se beijavam sob o olhar orgulhoso e sorriso de todos ali dentro. 

... 

A avó abrira a porta da casa e entrava, quando viu Liz ao lado de Naya, ambas sentadas no sofá, esperando por elas. 

"Oi, vó." Disse, Naya, receosa, os olhos levemente úmidos por chorar há pouco. 

"O que houve, minha querida?" A mais velha perguntou, ligando a luz da sala, se aproximando e sentando do outro lado da neta. 

"Eu quero, preciso, te contar algo." Ela admitiu e a avó assentiu, olhando para as mãos dadas de Liz e Naya. 

"Sim...?" 

"Eu acho que gosto de garotas..." Ela disse tão baixo que parecia que a avó estava imaginando a menina falar isso, senão fosse pelo silêncio da sala, ela acharia que estava delirando. 

"Acha ou tem certeza?" A cara da mais velha de e daí? assustou Naya, fazendo-a arregalar os olhos. 

"Não sei, eu estou em dúvida." Ela assumiu, vendo a vó assentir. 

"Lésbica, bi, poli...? Tá em dúvida mesmo?" A mais velha perguntou, fazendo Liz sorrir, e Naya a olhar como se estivesse doente. 

"Como você sabe disso, vó?" Ela questionou e a mais velha deu de ombros. 

"Eu trabalho em um bar, você esperava o quê?" Ela sorriu para a neta, que novamente arregalou os olhos. 

"E como eu não sabia disso?" A mais velha deu de ombros. 

"A gente não é de conversar, por isso, talvez." A avó sorriu, apertou o ombro dela e a puxou pelo pulso para ficar de pé. "Querida, seja lá como se descobrir, eu estou aqui para e por você." 

"Tem mais uma coisa... eu e Liz estamos namorando." Naya falou e a avó sorriu. 

"Finalmente!" Ela exclamou, abraçando as duas. "Antes de tudo, eu só queria te pedir uma coisa, eu sei que nunca falei nada preconceituoso, mas se eu falar, me avisa e briga comigo, me dê uns tapas. Agora, quem quer chocolate quente?" 

*** 

Angus 

"Está com medo?" 

"Me cagando, essa é uma resposta aceitável." Angus disse, levando o cereal para a boca. "Mas vamos mudar de assunto, por favor?" Luana, junto das outras meninas assentiram. 

"Qualquer assunto?" Marley perguntou, não querendo cair em um silêncio constrangedor, vendo Angus sorrir, concordando. "Então, por que continuou com Angus? Se não for incômodo falar sobre..." Angus sorriu mais ainda, claramente fez pela pergunta que representava que elas haviam avançado mais um degrau da amizade. 

"Angus, apesar de ser tido como um nome masculino, significa único. E eu nunca senti essa necessidade, esse nome sempre descreveu quem eu sou, esse nome sou eu. Por isso mantive Angus como meu nome social." Ela disse, distraída do antigo assunto. Angus prendeu os cabelos longos enquanto examinava seu pijama, feliz de suas amigas terem ido dormir com ela naquela noite. Somente Liz não fora, pois havia ido com Naya para casa da latina, contar à avó dela sobre seu relacionamento. "E nome não deveria indicar gênero, e foi complicado eu entender isso durante os momentos que eu me descobria e me questionava olhando para o espelho. Durante muito tempo foi fácil manter isso escondido e guardado dentro de mim, afinal, ser criança é mais fácil, pois a gente não se importa tanto, mas isso até chegar aos dez anos de idade e as distinções entre os gêneros começarem a cutucar os meninos e as meninas, e quem não é nem um, nem outro." 

"Que assunto incrível!" O positivismo de Luana encantava todas ali, encantava todo mundo, a garota tinha um positivismo que dificilmente era derrubado, e só havia uma vez que ele havia sido durante aqueles meses, numa briga com o pai dela. O pai de Luana significava tudo para ela. 

"Pois é, dá pra pensar e falar bastante, mas a gente tem que ir logo para a escola, a viagem é daqui uma hora." Angus lembrou e todas correram para os quartos, procurando suas roupas, enquanto cantavam e dançavam. A mãe de Angus olhando tudo, feliz, era bom ver sua filha alegre novamente, mas ela sabia que ela corria perigo de novo, e não deixaria que encostassem um dedo na sua pequena. 

... 

Angus sentou no banco do ônibus enquanto o mesmo dava partida, ela não conseguia parar de pensar sobre o que estava acontecendo. Quando finalmente achava que tinha se livrado deles, lá estavam os imbecis de novo, iniciando uma nova perseguição. Ela ainda lembrava quando estava na segunda semana de aula e após uma semana de bondade, assim que ela estava dentro do grupo de dança da escola, eles começaram com as brincadeirinhas de mal gosto, seguido dos apelidinhos preconceituosos. 

"Olha a macaca vindo ae!" Eles riam, apontavam para ela e ela corria para o banheiro, onde sabia que ficaria segura até a virada de aulas. Ela tinha medo, tinha medo porque aquilo a seguia onde quer que fosse. E ela havia começado naquela escola já se portando devido como a caixinha feminina impunha: vestido, salto baixo, batom e maquiagem. Angus nunca fora uma grande admirado de maquiagem, mas amava o fazer para quando subia aos palcos. 

"Cuidado com a trap*" Ela podia escutar isso sempre que alguém entrava no banheiro. Ela olhava para a tranca, o medo correndo pela sua veia. E assim se seguiam os dias naquele inferno, até decidir mudar de escola. Mas quantas vezes ela não pensou em acabar com a dor de uma vez? Talvez ela fosse realmente tão doente quanto eles diziam, talvez ela fosse tão dispensável assim. 

Às vezes lhe dava um surto de coragem e ela corria pela escola, os olhos estampavam sua raiva e ela berrava, mandando todos calarem a boca. Alguns tentavam a ajudar, mas eram impedidos pelo grupo de dança, que comandava aquela escola. 

Angus saiu dos pensamentos assim que Luana se sentou do seu lado e sorriu para ela. 

Seria uma viagem rápida, afinal, dessa vez tudo voltara ao normal, as Seleções seriam agora perto de cada Cidade recrutada, enquanto as Regionais seriam em pontos específicos de cada Estado, até que a Nacional, a última parada para competir, era em Nova York. E então chegava a Internacional, com representantes de cada país (somente cinquenta, pouquíssimo, pensava ironicamente, Angus), naquele ano na Grécia. 

Sem perceber, ela adormeceu apoiada no ombro de Luana. 

 

Justin, Spike. 

O garoto ainda se lembrava das palavras frescas em sua mente após o abraço de Potato. 

"Se lembre, você sempre terá seu lugar reservado." Potato sorria e Enzo assentiu. 

"Querendo, só me avisar." Enzo afirmou, entrando no ônibus, vendo Potato apertar a mão do amigo e beijar sua bochecha, subindo em seguida. 

Ele se lembrava do pacto que tinha feito com o professor um tempo atrás, ele focaria no futebol, pois isso era o que ele amava, mas sempre que precisassem dele, e sempre que ele pudesse, ele gostaria de fazer parte do grupo. Agora, como aquele ano o grupo de dança havia conseguido o mínimo de participantes para se candidatar, não precisavam mais pegar pessoas para preencher o grupo aleatoriamente. 

Spike balançou a cabeça, dispersando os pensamentos e entrou em casa, sorrindo para a mãe, que agora havia começado a usar algo para cobrir a cabeça, cujo cabelos caíam com uma frequência absurda. 

"Está pronta para ir?" Ele perguntou e ela assentiu, pegando a bolsa e respirando fundo, afinal, tudo era mais cansativo após as sessões de quimio. Aquele dia eles iriam novamente à mais uma sessão, mas com um médico diferente, aparentemente o outro havia saído. 

"Sim, vamos." Ela abriu a porta e deu a chave para ele, que a trancou em seguida. 

... 

"Olá." Disse o médico gentilmente, rapidamente escondendo o susto com a aparência fantasmagórica da mulher. "Como se sente hoje?" 

"Horrível. Não tem porque mentir, não é?" Ela disse, e ele engoliu em seco, Spike percebendo a culpa no olhar do homem, mas não comentou nada, só observando. 

"Eu sou o doutor Ryan, e você?" Ele perguntou, tentando mudar de assunto. 

"Samantha." Ela respondeu, em seguida o cortando. "Olha doutor, só podemos fazer isso logo? Eu quero ir para casa e poder me deitar, eu to me sentindo dolorida em tudo e minha cama apazigua isso." 

O médico assentiu e começou os preparativos das coisas. Ele preparava tudo em um cuidado analítico, quase como se relutasse em fazer aquilo, até que repentinamente ele largou as coisas e se virou para os dois, engolindo em seco. 

"Eu não deveria estar falando isso, mas tudo bem, vocês sabem que a indústria farmacêutica não conta toda a verdade?" Spike negou, ele realmente não sabia, já sua mãe assentiu, o surpreendendo. "Câncer tem um outro método, mas nunca quiseram aceitar ele pois o custo sairia muito barato, e isso prejudicaria o bolso deles, mas eu me tornei médico para ajudar, não causar dor. Quimio pode ajudar, mas no processo faz muito mal... Esse outro método não é só mais barato, como também mais eficiente e benéfico. Se você permitir, podemos começar a testar ele. Não é minha primeira vez o fazendo, testes foram feitos comprovando que ele é eficiente, e também já fiz isso outras quatro vezes. Não ficam felizes, mas não me importo, portanto que eu possa exercer minha função." O homem desentalou tudo da garganta e sua mãe assentiu, junto de Justin. O homem se virou, foi até sua bolsa transversal e tirou de lá uma pasta com vários arquivos, junto de um pen-drive com todas as informações. "Qualquer dúvida, vocês terão isso e saberão que não estou mentindo. Pesquisando na internet fica muito difícil de achar, mas não impossível. E outra, professores de biologia e matemática normalmente trabalham correlacionando seus trabalhos com isso, então em sua maioria, eles sabem." 

A pasta foi entregue para Spike, que começou a ler, enquanto o homem passava todas as informações para sua mãe, que anotava. Logo o procedimento começaria. 

 

Yumi 

A garota fechou a porta respirando fundo, olhando para a parede antes de seguir o grupo. Havia trinta minutos que estavam ali no local, esperando o tempo passar em meio do silêncio opressor. Agora eles seguiriam para o teatro abaixo do hotel. Era um teatro mediano, feito somente para avaliar eles, nos restantes dos dias do ano era um teatro desfrutado por alunos de Teatro. 

Ela encarou o grupo adversário que já havia chegado, agora só faltava mais um grupo chegar e o estabelecimento se encheria com as mais diversas pessoas que viram de perto e de longe para os ver. 

Não demorou muito para o terceiro grupo chegar e se posicionar no lado direito do palco, enquanto o ex-grupo, Dear Witness, de Angus ficava no meio.  

"Olá a todos." Disse o apresentador, vendo todos aplaudirem. Assim que começaram a cessar, ele continuou. "Hoje temos três grupos que vocês escolheram quem vencerá e quem ficará em segundo ou terceiro lugar, claro, juntamente dos jurados." 

A plateia explodiu em alegria novamente, enquanto isso, todos os grupos saíam do local para começar os preparatórios. Assim que eles chegaram na parte coberta, o grupo antigo de Angus sorriu maldoso, piscando para eles, mas o líder do grupo não se tentou em se aproximar e os provocar. 

"Olha só, o grupinho de perdedores." Ele sorriu. "Me chamo Kyle. E aparentemente vocês são todos da mesma farinha. Tudo um bando de bichas." 

"Como se isso fosse ofensa." Lea riu, seguida do grupo. Kyle pareceu tremer na base, fazendo Lea o encarar, sorrindo vitoriosa. 

"Até mais, perdedores." Ele falou, lançando um olhar de ódio, fazendo Angus se encolher levemente, se sentindo sob o olhar de uma fera, afinal a garota sabia o quão perigoso aquele moleque era. 

... 

Os dois grupos haviam se apresentado e agora era a vez deles. Dear Witness fora o que recebera milhares de aplausos, inclusive de pé. Eles eram incríveis, isso era inegável, eles tinham umas danças cheias de acrobacias, e haviam terminado com dois sendo lançados de canhão até o outro lado do local. Como fizeram aquilo? Eles não sabiam. 

Yumi quase desmaiou quando viu o menino pousar perfeitamente no chão, como se não houvesse sido jogado no ar por metros de altura. A garota preparou que iria levar seus instrumentos para tocar, enquanto escureciam o palco, então ela entrou no mesmo, olhando para baixo, vendo as pessoas e imaginando a história de cada uma. 

Todos se posicionaram e a banda foi montada, hoje quem tocaria não seria o pessoal da produção, mas sim elas, Yumi, Liz, Marley, Angus e Luana. Elas se revezariam entre dançar, tocar e cantar com alguns. Elas respiraram fundo e piscaram umas para as outras, lembrando mentalmente das músicas. Hoje o tema era romance. 

As luzes acenderam, focando na banda que começou a tocar. 

A música Craving You foi cantada por Angus e Marley. Todos se juntaram em pares e começaram a se mover como se fosse uma valsa lenta, com passos ousados e representando uma sexualidade viciosa. 

Every time we have to say goodbye 

I'm counting down until we say hello 

Every touch is like the strongest drug 

I don't know how much longer I can go 

  

I never had something that I can't walk away from 

But, girl, my self-control's so paralyzed 

When it comes to you, no, I ain't got no patience 

There's something 'bout you girl I just can't fight 

  

You're like that cigarette 

That shot of 100 proof 

No matter how much I get 

I'm always craving 

That feeling when we kiss 

The way your body moves 

No matter how much I get 

I'm always craving you 

Craving you 

Os corpos se colavam e desciam ao chão, arrastando os cabelos. Potato sorriu para China, levando-a em direção do chão, puxando-a antes de encostas a cabeça no mesmo, somente deixando os cabelos da garotas arrastarem-se no chão. E a dança terminou com as garotas no colo dos garotos, no caso de algumas, no colo de outras garotas. 

A próxima música seria um mashup de Selena Gomez com Justin Bieber. Uma música triste em junção de uma que acreditava na relação que eles mostravam, mas que ruia. Cold Water e Same Old Love se juntavam fazendo-os girar pelo palco, as luzes brilhando em suas roupas, hoje azuis com pontos representando estrelas, junto de borboletas presas à parte da barriga, demonstrando os sentimentos de quando se apaixona. 

I don't believe, I don't believe it 

You left in peace, left me in pieces 

Too hard to breathe, I'm on my knees 

Right now 

  

I'm so sick of that same old love, that shit, it tears me up 

I’m so sick of that same old love, my body's had enough 

Oh, that same old love 

Oh, that same old love 

I’m so sick of that same old love, feels like I've blown apart 

I’m so sick of that same old love, the kind that breaks your heart 

Oh, that same old love 

Oh, that same old love 

 

I won't let go 

I'll be your lifeline tonight 

I won't let go 

I'll be your lifeline tonight 

As danças representavam brigas e discussões, caras de cansaço mostravam que estava difícil prosseguir com aquilo. Era uma relação acabada. 

As luzes se apagaram, revelando que a terceira música começaria. 

A música I Do, a mesma que cantaram no casamento do professor ecoou das vozes das outras garotas, que agora batiam o pé com força no chão, criando um impacto para as batidas. Agora as roupas ficavam brancas devido à luz, e os passos incrementavam uma cena de um casamento. Tatanka e Curtis eram os noivos, e ela sorria para ele, os olhos brilhando, apertando suas mãos. 

Suas vozes se juntaram com as da banda, a música ficando ainda mais bonita, fazendo algumas pessoas do local se emocionarem. 

Não demorou para acabar, todos do local se levantando e batendo palmas. 

 

Sam 

O garoto se levantou, seguindo todos para o palco, respirando fundo, sabendo que primeiro seria anunciado o perdedor da noite. E ele sabia, não havia sido eles. 

"Estão preparados para saber os resultados?" O homem instigou a plateia, que aplaudiu. "Então vamos começar." 

O silêncio varreu o teatro, fazendo todos não abrirem a boca nem para respirar, parecia que respirar poderia os tirar da revelação. 

"O time que ficou em terceiro é..." O anúncio tirou o peso do ombro de todos, não haviam sido eles os perdedores, nem Dear Witness. "Agora vamos para a verdade..." 

O local não tinha um som, somente a respiração do homem com o microfone podia ser ouvida, e muito baixa. 

"DEAR WITNESS VENCEU!" A plateia aplaudiu e Sam encarou o cara, puto. 

"Nós amamos o segundo lugar, não é possível." Sam reclamou, vendo seus colegas pularem de alegria, pelo menos haviam passado. Ele sorriu por todos, vendo-os alegres. Então puxou Kurt pela cintura e o deu um beijo, Kurt sorrindo com os olhos fechados, aproveitando o momento. 

"Perdemos, mas eu sinto como se tivéssemos ganhado." Kurt admitiu e Sam riu, assentindo. 

"Ainda sim me irrita a gente sempre ficar em segundo lugar, nós fomos muito bem." Sam disse e Kurt lamentou com a cabeça, encostando suas testas. 

"Eles tinham canhões." Kurt justificou e o loiro deu de ombros. 

"Amam uma atenção, só pode." Kurt riu, assentindo. 

O grupo do lado deles sorriu vitorioso, os olhando com aquele desprezo e superioridade que Sam tinha vontade de socar. Ele queria pegar o líder e lhe dar uns murros, só para passar a superioridade dele. 

"Chupem, perdedores." O líder disse, rindo. Sam revirou os olhos e junto de seu grupo, saiu do palco comemorando. 


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Notas finais do capítulo

*trap: termo pejorativo e transfóbico, significando homem que se veste de mulher para atrair cara.

Outra coisa: isso do câncer é um caso sério e já muito discutido, se quiserem pesquisem, é insano...

E boa noite, bons sonhos! Boa semana e que tenham boas aulas/trabalho. ♥



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