Cartas de um Carteiro escrita por Duki


Capítulo 2
CAPÍTulo 1 - Presente Inesperado


Notas iniciais do capítulo

Decidi postar dois capítulos no mesmo dia, já que, se pararmos pra pensar, esse é o verdadeiro início de tudo.

Vamos lá então

Tenham um boa leitura!



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Quarta-Feira, 09:22 AM

— Correio! — Uma voz conhecida por Alex é ouvida do lado de fora de sua casa, chamando a atenção do jovem, que havia acabado de lavar o rosto e ainda usava apenas o short de seu pijama.

— Já vou! — O moreno grita de volta, procurando sua chave na mesa do computador, logo indo abrir a porta. —Pronto...— Fala rapidamente, porém logo se interrompe ao ver quem era o carteiro na frente de sua casa.

—Entrega para Eduardo Santana...— O homem alto, de longos cabelos loiro escuro preso em um rabo de cavalo, de vestes amarelas e chapéu na cabeça, para de falar assim que avista o jovem. — Olha só quem eu encontrei. — Brinca, dando o pacote para Alex, uma caixa de tamanho médio muito bem embrulhada, e o comprovante de entrega para o jovem assinar. — Se molhou muito ontem? — Indaga, tentando puxar assunto.

— Sim... — Responde dando um leve sorriso, devolvendo a papelada já assinada para o homem. — Espero que hoje não chova, vou ficar até mais tarde na escola de novo. — Mais um sorriso, seguido de um pensamento confuso. “Porque disse isso pra ele?”

— Parece que alguém gosta mesmo de estudar. — Comenta o carteiro, que guardava os papéis em sua bolsa.

— Até que não. Mas tenho que terminar um longo trabalho de História que deixei atrasar. — Alex explica enquanto checa a encomenda de seu pai.

— Então é isso. Bem, preciso ir, ainda tenho muitas entregas pra fazer. Tenha um bom dia. — Se despedindo do jovem, o homem segue seu caminho, terminar de fazer as entregas do dia.

º º º

Mesmo dia, 05:30 PM

— Vai ficar até mais tarde de novo Lexy? — O jovem, de pele clara, cerca de 1,67 de altura e 62 quilos, distribuídos pelo corpo malhado, cabelos ruivos curtos e bagunçados e olhos castanhos, questiona assim que termina de guardar seu matéria escolar na mochila, de cor verde.

— Sim, tenho que terminar logo esse trabalho de História. — Confirma o moreno, já se encaminhando para o corredor.

— Posso ficar com você... Se quiser. — John propõe, esperando uma resposta positiva do amigo.

— Se não for atrapalhar em nada. — Ele responde, se virando para o ruivo.

— Claro que não, vamos! — O jovem dá um tapinha no ombro direito de Alex, caminhando na frente do mesmo em direção à biblioteca.

º º º

Mesmo dia, 06:30 PM

Os dois jovens ficaram até o último momento que podiam na biblioteca, Alex finalmente conseguira terminar seu trabalho de História graças a John, que mesmo fazendo muitas brincadeiras e atrapalhando Alex as avezes, é muito bom em História e ajudou muito o moreno.

Eles já haviam guardado seus materiais e seguiam para o lado de fora do prédio, John fazendo suas brincadeiras e Alex apenas aguentando tudo sem reclamar. O Diretor da escola, um homem já de idade, baixo e um pouco acima do peso, cabelos brancos e pele pálida, os seguia.

— Tenham uma boa noite meus jovens. — Ele fala assim que os jovens atravessam o portão de ferro. — Vejo vocês amanhã. — Completa, já passando o cadeado no portão.

— Até amanhã senhor Johnson. — Diz Alex.

— Porque ele acha que gostamos dele? — John questiona assim que tem certeza de que está longe o suficiente do diretor.

— Talvez porque somos legais com ele. — O moreno comenta quase certo de que tinha razão.

— O único que é legal com ele na escola é você Lexy! — Afirma o ruivo, dando uma gargalhada.

— Lexy? — A voz masculina interrompe a conversa dos dois amigos. — Pensei que fosse um garoto. — O loiro, de cabelos presos em um rabo de cavalo, brinca.

— E sou! — Alex afirma fazendo cara feia. — Esse idiota que não sabe diferenciar gêneros. — Ele dá um leve soco no braço de John.

— Sou bom em História e não Biologia. — Afirma o ruivo sorrindo, mas logo pergunta curioso. — Quem é seu amigo?

— Ah... Eu... Eu não sei. Ele me ajudou ontem quando saía da escola, e levou uma encomenda pro meu pai. — O moreno tenta explicar, porém John fica sem entender nada.

— Meu nome é Anderson. — O mais velho se apresenta. — Sou um dos carteiros da cidade. — Completa cumprimentando os dois.

— Sou Jonathan e esse é Alex. — O ruivo diz, apontando para o amigo do lado.

— Prazer. — Cumprimenta.

— Acho melhor vocês irem. — Propõe o homem após soar um forte trovão. — Parece que vai chover de novo hoje.

— Tem razão... Vamos Lexy? — John chama o outro, que confirma com a cabeça.

— Aqui, acho que vai precisar disso. — De dentro da mochila que carrega consigo, o homem tira um guarda-chuva preto pra uma pessoa e entrega a Alex. — Sua casa é longe daqui, leve isso pra não se molhar.

— Não posso aceitar. — Tenta argumentar, porém o homem já havia lhe dado o objeto e caminhava na direção contrária a ele e John.

— Cara estranho. — Comenta o ruivo com certo receio sobre o Anderson.

— Ele só quer ajudar... Eu acho. — Alex olhava para o objeto em suas mãos, não entendia muito bem o porquê do homem ter lhe dado aquilo, mas com certeza usaria caso demorasse pra chegar em casa.

º º º

Mesmo dia, 08:15 PM

— Que bom que seus pais deixaram você dormir aqui hoje. — Alex comenta, enquanto continua a escrever uma de suas histórias em seu notebook.

— Também acho... Pela velocidade que a chuva chegou, acho que não teria dado tempo nem de pegar um ônibus pra casa. — Confirma o ruivo, que jogava algum jogo em seu celular. — Droga, perdi de novo! — Resmunga já irritado.

— Acho que deveria parar com esse jogo. Você não consegue vencer nunca! — Parando de digitar no computador, Alex zomba do amigo.

— O que você me dá se eu vencer a próxima? — Questiona se sentando e encarando o outro.

— Nada... Porque? Quer alguma coisa? — Um olhar curioso é direcionado a John, que fica apreensivo antes de responder.

— Talvez... — As palavras saem quase que sozinhas da boca do jovem. — Digo... Você nunca quis saber como é.... Bem... Deixa pra lá. — Ele volta a se deitar na cama com seu celular, iniciando mais uma partida em seu joguinho.

— Saber como é o que? — Alex pergunta.

— Não é nada, esquece. — Repete mais uma vez, porém o moreno insiste.

— Começou agora termina... Anda, diz logo. Saber como é o que?

— Ficar com alguém do mesmo sexo, pronto... Agora não me enche mais! — Com um rápido movimento John se levanta da cama, seguindo pra fora do quarto.

º º º

A noite continuou mais tensa que o normal, e por isso os jovens logo foram dormir sem muito conversarem.


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