Segredos de Família escrita por before the end


Capítulo 4
Adeus


Notas iniciais do capítulo

Olha eu de novo... Aqui temos um novo capitulo para vocês, queria saber se vocês estão achando da historia. O que poderia melhorar e se teriam alguma ideia do que está acontecendo (É sempre bom saber HaHaHa)... Como perceberam a historia está dando seus primeiros passos e a partir daqui prestem atenção aos sinais (Eu estou ajudando muito), Mas comentem o que acham mesmo,isso me incentiva muito :D Boa leitura.



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— Me desculpe! – Digo tentando ajuda-lo a catar seus livros do chão. – Tenho andado com a cabeça cheia hoje... – Dou uma risadinha forçada, com o meu semblante pesado pelo que acabei de ver no meu sonho.

— Não se preocupe! – Ele se abaixa e pega o resto dos livros. – Te compreendo, esse é o meu primeiro dia de aula minha cabeça está cheia também! – Ele diz despreocupado.

— Então! Não fomos apresentados... – Entrego os livros para ele. – Me chamo Cebola, Prazer em conhece- lo.

— Aslas, prazer em te conhecer Cebola! – Ele dar uma pequena risada me cumprimentando.

— Aslas?! – Tento ri, mas não consigo. – Nome um pouco estranho não?

— Cebola também não é um nome muito comum. – Rimos... Tentando me acalmar um pouco e esquecer aquele pesadelo em busca de uma resposta diferente pergunto:

— Por que você está no ensino médio? Você não parece ter idade para esta turma?

— Muitas pessoas podem pensar isso, sou novo mesmo! – Ele começa a ri. – Acontece que me destaquei muito esses últimos anos na minha antiga escola. Fiz uma prova para ver minha capacidade e descobrir que estava muito atrasado em relação a minha antiga turma, conversei com meus pais e eles decidiram então me mudar de Colégio e avançar algumas series.

 - Não foi para te ofender a pergunta, Só achei estranho. – Digo preocupado.

— De boas, tenho que ir agora. – Ele termina acenando para mim. – Até mais.

— Até – respondo olhando o garoto sair da sala, não consigo imaginar que meu sonho possa realmente está acontecendo assim. A minha mesma conversa que houve em meu pesadelo, estava se tornando realidade. Eu me esparrei nele!? O que isso que disser?! Não.... Não pode ser... Será que a Maria pode estar mesmo correndo perigo?! Pego meu celular e ponho o fone de ouvido para relaxar, olho a minha playlist e tento escolher alguma outra música sem ser a lenta que ouvir no meu pesadelo, para ser especifico To All of You de Syd Matters, porém não consigo, é a única que aparece para mim, escuto essa música até chegar ao corredor com a cabeça baixa, avisto a Mô conversando com o cascão a única coisa que eu não queria ela puxar conversa e vou em outra direção tentando fugir deles.

— Ei Careca! Estamos aqui! – Cascão grita no meio do corredor e me congelo no meu lugar sentindo a movimentação ao meu redor eles se aproximam de mim.

— Está tentando fugir da gente?! – A Mô da uma risada acariciando meus cabelos. – Somos mas espertos viu...

O-oi! – Tento cumprimentar meus colegas e eles com um oi respondem de volta... – Que é isso! Apenas iria... Iria... Beber água ali atrás... Só isso! – Tento puxar algum assunto tentando esquecer aquilo, todavia não posso, Maria poderia realmente está correndo perigo. Não posso negar isso, até agora tudo que eu sonhei aconteceu a conversa com Aslas e a música e agora observando meus colegas eles também estão falando dos mesmos assuntos do pesadelo, ponho as mãos na minha cabeça preocupado.

— O que está acontecendo comigo?! – Exclamo alto, meus amigos e todos do corredor param para observar o garoto estranho gritar no meio do colégio.

— Careca está tudo bem com você? – Cascão coloca as mãos no meu ombro direito. – Quer que eu pegue um copo d’agua?! Gostaria de sentar?! - Levando a cabeça e vejo o rosto da Mô preocupada.

— Cebola lembrar o que você me prometeu?! Se tem algo te incomodando pode falar com a gente.

— Não é só uma enxaqueca, podem confi... – Nesse momento meu celular vibra e um silencio paira naquele local... Meu coração começar a acelera de tal forma que ouço meus batimentos, respiro fundo e o pego no meu bolço... leio a única notificação que dizia “você tem uma nova mensagem” a abro devagar e leio quase sussurrando.

“ Oi querido! Irei me atrasar um pouco aqui e não irei chegar a tempo de a Maria voltar do seu passeio, você poderia chegar mais cedo em casa para ficar com ela? Obrigada, beijos, te amo! De sua Mãe S2 ”

— Pessoal vou ter que ir embora, agora. – Digo a todos tremendo, essa era a última gota para saber que meu pesadelo estava realmente tornando-se realidade. – Minha mãe vai se atrasar no compromisso dela e pediu para eu ficar em casa com a Maria.

— De boas Careca! – Respondeu o Cascão – Pode ir...

— Cascão preciso de você comigo, por favor! – Exclamei ao cascão que me observa assustado. – Você vem comigo, agora!

— Por que?! – Perguntou. – Cara o que está havendo?

— Não posso explicar aqui, mas você tem que ir agora lá em casa, não podemos perder tempo! – Puxo-o pelas mãos tentando tira-lo do lugar.

— Eu vou com vocês! – A Mô se pronuncia. - E nem adianta negar que eu vou assim mesmo! – Teimosa deste sempre.

— Não Mônica. – Digo. – Não está correto, você precisa confiar em mim fique aqui, você tem que fazer o trabalho com a Magali esqueceu?

— Estou preocupada com você! – Ela diz. – Não vou te abandonar, você precisa de mim.

— Você tem razão... – Admito. – Mas o que é aquilo?! – Aponto para o nada e a Mônica se vira, puxo o Cascão e saio daquele local deixando-a sozinha a me observar fugir. Não quero parecer injusto em não levar a Mô comigo, entretanto ela não estava na minha casa no meu pesadelo, e tenho medo de com isso possa coloca-la em perigo, ela é muito especial para mim.

***

Corro de volta para casa com o cascão ao meu lado, e como previsto as gotas de chuvas começam a cair sobre minha cabeça, tinha que chegar o mais rápido possível para salvar a Maria. Minha casa que não era muito distante do colégio, todavia cada segundo era importante para ajudá-la, queria ganhar tempo. Viro a esquina e me deparo com a rua onde eu resido e vejo que a porta de madeira da minha casa estava realmente aberta, tudo estava ocorrendo novamente paro e fico observando a casa no meio da chuva.

— Por que a porta está aberta? – Cascão pergunta.

— Não sei não Cascão? – Respondi com lágrimas nos olhos. – Eu não sei! – De repente ouço uma voz no fundo chamando meu nome. Era a Mônica toda molhada por causa da chuva, ela havia nos seguido. – Isso não estava no meu sonho! Que garota teimosa.

— Sonho que sonho careca? – Cascão olha para mim preocupado.

— Temos que entrar! – Exclamei. – A Maria Cebolinha precisa de mim. 

Continuo a correr em direção a minha residência largando minha mochila no meio da rua. Ao entrar na sala vejo os moveis revirados novamente, o sofá na cozinha e a mesa de centro estava quebrada, talvez poderia ter acontecido uma lutar naquele local, começo a caminha pela sala e vejo a Maria sentada no sofá assistindo seu desenho favorito... Logo após a criatura teria aparecido e ela teria corrido para cozinha e pego a frigideira fugindo para seu quarto, não tenho certeza é muitas variáveis.

— Careca o que ouve aqui?

— Eu não sei cara! – Ao terminar ouço um barulho vindo do andar de cima. – Maria! - Corro sendo guiado pelo som e chego ao corredor que dava aos quartos. Os sons se tornou mais nítido vindo do quarto da Maria Cebolinha, acelero meus passos e me deparo com a sua porta e pressiono novamente o meu ouvido nela para ter certeza que aquilo estava acontecendo. E ouço uma voz assustada falando “sai” daquele cômodo, e era a Maria. Com os olhos cheios de lágrimas abro a porta sem pensar duas vezes e me deparo com a Maria no canto do quarto segurando a frigideira da cozinha e apontando para a mesma criatura sombria flutuando em sua direção, que era envolvida em sombras negras e com sues cabelos grandes e negros flutuavam no vazio, arregalo meus olhos e grito seu nome.

— Maria! – Ela e a sombra se viram para mim, a criatura vem em minha direção e então vejo seus olhos totalmente negros, Maria sai do canto da parede de onde estava e corre para tentar me socorrer.

— Cebola! Cuidado! – Ela grita tentando me ajudar, só que agora não havia nenhum sinal do colégio soando nos meus ouvidos, não havia a Mônica para me passar segurança... Aquilo estava realmente ocorrendo de verdade, e eu estava paralisado em frete daquela porta vendo a sombra vindo em mim... pensava que aquele hora havia chegado o meu fim, e de uma hora para outra, tudo ao meu redor ficou em câmera lenta, conseguia ver as gotas de chuvas caindo uma por uma da janela da Maria, ela própria correndo em minha direção com seus cheios de lágrimas, e a criatura bem na minha frente apontando suas garras para mim... e como um flash toda a minha vida passou diante dos meus olhos se enchendo de lágrimas ainda mais... Todas as minhas aventuras... Meus momentos com minha família... Amigos... Com a Maria... Com a Mô... Sim, eu havia me entregado a morte.

— Adeus... – Sussurrei abrindo meus braços esperando o meu pesadelo torna-se realidade até que o Cascão puxou minhas mãos e me jogou no chão, então caio de costa e tenho um choque de realidade, vejo tudo voltando a seu tempo real, e o cascão fechando a porta e se colocando na frente fazendo apoio.

— Cebola o que é isso?! – Ele gritou.

— Cascão saia da frente a Maria está aí dentro. – Levantei tentando tira-lo da porta, entretanto pude ver em seus olhos que ele estava realmente assustado, e assim como eu, não sabia o que fazer.

— Não.... Não... – Ele sacodiu a cabeça em constante negação. – Aquilo vai nos Matar.

— Cebola o que é isso?! – Nesse momento a Mônica surgi, toda molhada da chuva ofegante. – O que aconteceu lá embaixo?!

— Mônica! – Diz o cascão distraindo-se com a chegada da morena, essa era a oportunidade perfeita, empurro o cascão que cai liberando a porta. Então empurrando a maçaneta abro a porta rapidamente para tentar salvar a Maria. Era tarde demais, ela não estava mais ali, nem aquela sombra, não havia nada, apenas uma janela aberta com as cortinas balançando. Caio de joelhos e coloco as mãos no chão aos prantos.

— Me desculpe Maria cebolinha! – Sussurro para mim mesmo, sabia que a culpa não era do Cascão por ter ficado na frente da porta, nem da Mônica por ter aparecido aqui, enquanto no sonho ela não estava presente, todavia a culpa era toda minha por não ter chegado a tempo, nunca irei me perdoar por não consegui salva-la, e nem ter lhe dito adeus.

Continua...


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Notas finais do capítulo

E então?! O que acharam?!