Love lives by side - Em revisão escrita por Iset


Capítulo 13
Segunda temporada - Tempo de viver


Notas iniciais do capítulo

Bom gente e fantasminhas também entramos na nossa segunda temporada e Alec nos acompanhara na narrativa por alguns capítulos, espero que gostem. Capítulo dedicado a Sackthais, que é leitora nova mas já deixou review pra fazer a escritora feliz.... Vejo voces nos créditos!



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Love Lives by side - Segunda temporada

 

Tempo de viver

 

Não, definitivamente aquela situação não era nada confortável para mim, por mais que eu tentasse disfarçar meu incômodo era impossível não perceber meu nervosismo e irritação naquela noite. Carolina na manhã seguinte estaria a caminho de Nova York, na companhia daquele garoto.

“Que droga! Onde o Tom estava com a cabeça em deixar a menina viajar com aquele rapaz?” - Penso.

— Hey, relaxa cara. Que está acontecendo? Você está bem? - Questiona Trevor.

— Desculpa Trevor, mas eu preciso ir pra casa. - Respondo.

— Pra casa? Está maluco a noite mal começou. Olha só aquelas duas da mesa perto do bar, estão olhando pra gente. Vamos lá dar um oi e vemos se passa essa sua carranca.

— Trevor eu quero mesmo ir pra casa, nem deveria ter aceito. Se quiser ficar com o carro eu pego um táxi.

— Não, bom cara sei que está sendo uma barra ficar longe do Max, mas você precisa seguir em frente. Não só pelo Max, mas por você.

— Eu só não estou me sentindo bem hoje okay? Só isso.

— Alec você não pode enganar seu melhor amigo. Desde que você voltou pra Jacksonville, não é mais o mesmo cara. Você vive pro Max e okay isso é bonito, mas cara você não  é só pai. É um homem também. E talvez o destino tenha levado o Max pra você voltar a se abrir pro mundo e não para se afundar em fotos e canecas de café. Relaxa curte a noite. Vamos encher a cara, nos divertir.

— Eu sinto muito a falta do Max, ele mantinha a minha mente em alerta agora se eu não estou trabalhando, não tenho o que fazer eu ando pensando em coisas que não deveria. Eu acho que estou ficando maluco.

— E que coisas são essas? Cara olha você não é mais um garoto que apanhava do pai, é um homem, um pai, Max precisa de você, pelo amor de Deus tira essas idéias da cabeça. - Ele diz preocupado, e não era pra menos, depois da morte da minha mãe e irmão eu tentei o suicídio por duas vezes, mas isso foi há muito tempo. Eu era apenas um garoto tentando matar uma dor.

— Não eu não  estou falando disso. - Digo.

— Oh menos mal, você ainda toma os remédios? Parou com aquela mania de guardar tudo?

— Eu ainda tomo remédios pra dormir, mas eu estou bem. Você ainda nem foi a minha casa, mas eu joguei boa parte daquilo fora e o estranho é que não sinto falta.

—Isso é ótimo cara, fico feliz. Mas o que está te incomodando? Se abre vai.

— Eu acho que eu gosto de alguém, só que é loucura. Não deveria sentir isso. Eu não sei o que fazer.

— Ela é casada? Porque se for, hoje em dia isso não quer dizer muito.

— Não, não é isso. - Respondo sem dar detalhes, afinal como contar ao seu melhor amigo que a irmã dele de apenas 17 anos vem mexendo com todos os seus sentidos?

— Ah meu Deus você não é gay é?

— Não, Trevor eu não quero falar disso eu nem devia ter comentado eu vou pra casa. Quer ficar com o carro?

— Não, eu vou com você, vamos comprar umas cervejas e assistir algum filme, tipo um filme bem hétero com muito tiro e sangue.

— Trevor, eu não sou gay certo?

— Ufa, sabe a fama dos arquitetos, você não gosta de NBA e fica lendo o tempo todo... Aí você vem com esse papo esquisito de loucura gostar de alguém, num tempo onde todo mundo resolveu sair do armário. Que me matar do coração? - Diz ele com um certo alívio.

Saimos do bar com algumas cervejas e maços de cigarro e vamos pra casa assistir televisão. Costumávamos fazer isso quando éramos garotos e meu pai não estava em casa,  claro que na época tínhamos que bater no videocassete toda a vez que a fita travava. Agora as coisas eram bem melhores, você pode alugar um filme na tela da sua tv, mas confesso que sinto falta de revirar as videolocadoras procurando um título ou daquela emoção do lançamento que você queria ver estar sendo devolvido do momento que você já tinha desistido de procurar por ele e estava pronto pra ir embora. Os jovens de hoje não tem mas esse tipo de coisa, as crianças não conseguem esperar por nada, tudo é medido em ghz de velocidade.

— Então e a mulher que você tá a fim, é gata? - Diz ele acendendo um cigarro e dando um gole na cerveja enquanto eu passo os canais.

— Eu não estou a fim de falar nela e no mais graças a Deus ela já está em outra. Esse parece bom, Depois da terra, já viu?

— Tá mas é gostosa tipo a Casey ou não? Por que com todo o respeito a sua ex mulher é de parar o trânsito. Falando em gostosa, puxa a vida você viu a minha irmãzinha? Tremenda gata. Se ela puxou a mãe, entendo perfeitamente porque o coroa queria largar a gente aqui e ir pro Brasil de vez. Caramba ninguém merece ter irmã gostosa.

— Não devia falar assim da Carolina. - Digo incomodado.

— Porque não?

— Porque ela é sua irmã e é uma menina.

— Menina? Ah Alec pegou a doença do pai é? Menina é a minha Jéssica de 11 anos. Carol é uma mulher e eu não sou cego. E no mais não tô dizendo que quero comer a minha irmã, isso sim seria horrível. Só disse que ela é gostosa e cozinha bem o tal do Noah deu sorte. Não acha? - Ele pergunta com um ar desconfiado.

— Tem alguma coisa que me incomoda naquele garoto. - Digo.

— O que? Ele ser a sua cara quando tinha a idade dele ou o fato dele ta pegando a minha irmãzinha?

— Ah… Claro que não… você tá maluco?

— Você acha que eu sou burro Alec? Você ficou se mordendo de ciúmes quando o garoto tava lá em casa e eu vejo jeito que olha pra ela e ela olha pra você. Você fala esse lance sobre gostar de alguém, não é gay e ficou todo nervosinho porque chamei a Carol de gostosa. Isso é o que? Posso não ter um diploma, mas sou formado na arte do amor e sexo. Você pegou a minha irmãzinha não é?

— Não, Trevor…. Eu… - Sinto uma pressão  enorme sob meu peito, minha mente está confusa não consigo dizer nada, era tão óbvio assim?

— Hey relaxa! Eu não vou botar o dedo na sua cara e dizer que é um corruptor de menores não. Mas o pai vai, você conhece o papazila, faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.

— Não está acontecendo nada entre mim a Carolina ta? Pode ficar tranquilo. Ela tem um namorado não tem?

— Aham, sei… Alec qual é achei que fossemos amigos. Tá certo que nos afastamos nos últimos anos, mas você ainda é meu melhor amigo. O que  tá rolando? Me fala.

— Nós nos beijamos ta bom? Ela vinha aqui em casa, foi ela que me fez eu me livrar daquelas coisas. Nós conversávamos sobre literatura, música, sobre qualquer coisa e era bom, muito bom. Ela me faz eu me sentir bem, eu me sinto feliz quando estou perto dela, me sinto vivo de novo. Mas eu sei que é loucura e eu dei um basta antes que as coisas fugissem do controle. Certo? Não  há mais nada, se é que um dia houve. Fica tranquilo.

— Vocês transaram?

— Não, acha que eu sou maluco? Ela tem dezessete anos é pouco mais que uma criança. Que droga Trevor, acha que eu sou um pervertido? - Digo irritado.

— Hey calma ta bom? Eu não acho nada, você é que tá tentando se convencer que ela é uma criança coisa que ela não é, e se culpando por algo que você não escolheu. Eu conheço você, sempre respeitou as mulheres e sei que não magoaria o pai, deve estar gostando mesmo dela pra tê-la beijado. Eu não te julgo por isso e você também não deveria.

— Eu… Desculpa. Eu não sei como eu fui deixar isso acontecer, mas eu não consigo parar de pensar nela, de sentir a falta dela, é insano eu sei parece…

— Alec, olha eu te entendo cara e essas coisas a gente não controla, mas eu acho melhor esquecer isso e seguir em frente. E eu não to falando pela questão de idade, mas pelo pai. O papazila te considera um filho, acho que ele gosta mais de você do que de mim, pra ele isso ia soar muita perversão. Ele vai te matar. Sabe como ele é.

— Eu sei e como eu te disse isso já acabou. Eu vou tirar ela na cabeça assim como ela fez comigo. Eu não quero mais falar disso.

A noite passa em silêncio envolta de goles de cerveja, depois vinho e fumaça de cigarro. Quando desperto de manhã estou no sofá, minha cabeça dói, levanto lavo o rosto e aqueço uma caneca de café. Olho no relógio já passam das seis, certamente a essa hora a Carolina já devia estar no aeroporto, abro o armário e dou de cara com a caneca que costumava servir café a ela. Lembro do olhar dela enquanto sentia o aroma esvair da xícara, passei a usar um café mentolado, não era o meu preferido, comprei por engano na verdade, mas eu percebi que ela gostou bastante, então nunca deixei faltar.

“Por Deus porque não consigo parar de pensar nela?”

Fecho os olhos por um instante tentando por a mente no lugar. Ela estava tocando a vida dela, ia viajar com o tal Noah, se não eram namorados ainda como ela disse, provavelmente voltariam sendo. Ela se esqueceria de mim, nossos momentos juntos seriam apenas lembranças, eu deveria fazer o mesmo. E nada como o vinho para ajudar a esquecer. Desisto do café e vou até meu armário, pro meu azar há  apenas uma garrafa de cabernet que eu guardava a uns dez anos para uma ocasião especial, era um vinho para ser degustado e não pra embriagar um solitário. Desço até o porão e procuro uma das garrafas de “vinho ruim” e encontro outra idêntica aquela que abri para Carolina. Foi nosso primeiro beijo,  erro talvez, mas com certeza um dos melhores momentos da minha vida.

A quanto tempo eu não me sentia daquele jeito? Que droga! Não bastava eu me sentir atraído por ela ainda tive que me apaixonar? Eu devido ter dado um basta antes. Devia ter parado com aquilo no momento que percebi que ela me fazia sorrir, que tudo ao lado dela parecia melhor. Que quando estávamos juntos eu não conseguia pensar em mais nada, nem mesmo no que os vizinhos iriam pensar,  era nosso mundo, nossos momentos. Santo Deus eu a amo! Eu não deveria,  mas eu a amo!

“DROGA, DROGA, DROGA…”

Olha pra você Alec, um fracassado de quarenta anos, divorciado, que fuma escondido do filho porque não conseguiu largar o vício, preso a um emprego que você odeia para poder pagar as contas e que nem consegue olhar pra cara do próprio pai, acabou de perder a guarda do filho e está prestes a beber um vinho barato no café da manhã.

É difícil chegar perto dos quatenta anos e saber que nunca viveu da forma que quis, sempre tentando agradar os outros, sempre tentando ser mais forte do que realmente sou.

Sim eu sou um fracassado, mas eu amo aquela garota, talvez não a mereça, talvez seja loucura, mas não posso deixar ela ir, não posso deixar que ela viaje sem saber. Talvez seja a minha oportunidade o meu tempo de viver, de amar de ser inconsequente, como dizia naquele livro que li apenas porque a Carol adorava.

“ O seu infinito pode acontecer em dias numerados”

Pego o celular e me dou conta que eu não tenho o numero dela. Visto uma jaqueta pego as chaves do carro e saio em alta velocidade em direção ao aeroporto. Quando chego estaciono em qualquer lugar e adentro rapidamente em direção ao balcão de informações.

— Por favor a onde sai o vôo pra Ny?

— Portão 3 senhor.

Saio desesperado correndo pelo aeroporto esbarrando nas pessoas, quando chego a fila posso ver Carolina caminhando e conversando despreocupadamente com Noah que sorri pra ela e segura em sua mão. Eu fico estático.

— Senhor, senhor? Sua passagem por favor. Diz a aeromoça que realiza a conferência no portão de embarque.

— Desculpa eu, achei que tivesse visto alguém. Com licença.

Eu não tinha direito de fazer aquilo, eu disse pra ela me esquecer, que seus sentimentos eram apenas idealizações adolescentes,  pensando que isso faria eu também deixar de acreditar no que estava diante dos meus olhos.

“ Ah talvez seja melhor assim” - Penso sentindo meu peito apertar.

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Bom gente então o que acharam da narrativa do Alec? E estou falando sério fiquei muito confusa se mudava ou nao o Pov da fic por um tempo, entao me digam porfavor o que acharam.... pode ser um gostei ou um nao gostei apenas mas falem please?!

Ah e mudando de assunto eu stalkeio meus leitores e vi que alguns de vocês curtem história entao convido a lerem minha outra fic que fala sobre o faraó Tutmés III, se passa no Egito durante a XVIII dinastia.
Link: https://fanfiction.com.br/historia/728133/Tutmes_III_-_Egyptian_Heart/



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