Pessoas Mudam Pessoas escrita por Ayumi


Capítulo 9
Namorando o Reymond idiota?


Notas iniciais do capítulo

Novo capítulo. Não teve nenhum ontem, pois além de eu ter dormido na casa da minha amiga. Eu estava estudando inglês e matemática. Sim eu sou de humanas.



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Meu pai de algum jeito arranjou tempo para convidar sua filha para dançar valsa. Então eu aceitei alegremente por ter um momento com ele. Eu aprendi a dança valsa por conta das aulas particulares. O homem falava: “Você tem que agir mais como uma dama”. Eu nunca realmente agi como uma dama, na verdade eu finjo na hora da dança visto que eu tenho que ser “delicada”. Para resumir a valsa é conhecida por sua contagem de três batimentos.

— Filha haja o que houve hoje... Desculpa-me... Seu pai é um tolo obediente. — ele me diz tristemente enquanto me gira.

— Pai você vive sendo um cachorrinho da Amélia. Perdoa-me, mas ninguém merece ser tratado assim, muito menos o senhor. — eu paro de dança suspirando.

Repentinamente uma pessoa esbarra em mim, nas minhas costas  mais especificamente, então, me joga para frente, meu pai me segura antes que eu desse de cara com o chão. Eu viro-me com fogo nos olhos, quando o homem vira o rosto, percebo que nossos rostos estão muito perto para meu gosto.

Não, não... O destino só pode está brincando com a minha cara ou eu estou agora em casa tendo um pesadelo.

Ambos arregalamos os olhos e franzimos as sobrancelhas por estar incrédulos. Ele arranha a garganta tentando não parecer surpreso.

— Perdoe-me dama. Você está me seguindo? — Reymond dá um pulo para trás.

—Eu não seria deselegante o suficiente para seguir o senhor. Desculpe-me, mas eu não faria isso. — sorriso forçado querendo dizer: "O que está fazendo aqui?".

Fito o idiota e percebo que está com um terno tradicionalmente preto, mas seu cabelo está com uma pomada. Também vejo que seu sorriso comparado na escola parece mais reluzente, porém o cérebro continua o mesmo. A beleza dele é inútil... É não que eu o ache bonito, mas estou dizendo que a aparência não diz nada. As outras acham ele lindo, eu não.

Antes que eu desligasse meu modo “atriz”, em nossa direção vem Amélia e o senhor que nos recepcionou na entrada do salão. A manipuladora segura meu ombro e o senhor o do Scott enquanto isso eles sorriem. Como se fosse sorrisos de cúmplices. 

Minha cara está: “O que está havendo aqui?”. Uma linha de expressão deve estar na minha face nesse momento.

— Já se conhecem filho? Vocês estão no mesmo internato. — indaga o senhor.

Filho? Não acredito que eu estou na festa do pai de Reymond. Quais são as chances? Eu sou azarada... Quer dizer muitíssimo. Uma festa dos Reymond. Quem diria.

— Não... É desculpe-me minha indelicadeza bela dama. — ele segura minha mão e a beija.

— Oh! Sou tão tola. Perdoe-me minha arrogância lorde. —  exagero para demonstrar meu desespero.  

 Pov. Scott Reymond (ponto de vista)

Eu não estava a fim de ir à festa da empresa, mas eu fui convidado obrigatoriamente a vim pelo meu pai. Ele falou que tinha uma surpresa muito agradável e isso me convenceu.

Eu aposto que fui o ultimo a chegar ao salão de festa, logo quando entrei, eu fiquei sentado em um lugar afastado, porém uma mulher convida-me para dançar e meu pai sempre diz: “Nunca recuse um pedido de uma valsa para não magoar a dama”. Enquanto dançávamos ela pisou no meu pé e instintivamente eu pulei á medida que ia para trás. Quando me viro para dizer desculpa vejo Black Rose na minha frente.

Não posso negar que ela está muito bela, mas eu sinto uma necessidade de pegar uma camisa grande e cumprir suas costas e o decote. Com certeza muitas pessoas já olharam para seu corpo. A culpada é sua mãe... Porque um vestido tão aberto?

— Minha face fica aqui em cima lorde. — Black Rose percebeu que me olhar parou em seu decote. Eu sinto um calor e olho para seu rosto.

— Não fomos apresentados sou Scott Reymond. Bom você chama-se Lisa Black Rose. Eu já ouvir falar da senhorita, é a dama que se destaca entre as de mais. — curvo-me e mostro meu encantador sorriso.

— Oh! Reymond como sempre encantador. Minha filha precisa de um homem esplêndido igual ao senhor — sua mãe se aproxima de mim.

Agora que ela chegou perto percebo que as duas são parecidas, mas obviamente que a minha gata é mais bonita. Nem tem comparação.

Essa gata já está caidinha por mim faz tempo, mas não admite.

— Todos querem vê-los dançar uma delicada valsa. Os convidados já saíram da pista para deixá-los a sós — pronuncia meu pai se afasta. — Só observando o novo casal.

Todos saem da pista de dança e só sobra eu e Rose, as luzes do interior do salão se apagam, só sobra luzes ofuscantes em nós.

— Senhorita me acompanha nesta dança? — uso minha voz sexy enquanto me curvo.

Pov. Lisa Black Rose (ponto de vista)

O homem de terno disse: “Casal”? Não... Foi impressão. Eu sei que eu entendi errado, pois estou nervosa.

Sinto-me em um palco apresentando uma peça enquanto os convidados são a plateia. O idiota coloca as mãos abaixo do meu ombro, logo sinto um arrepio. É culpa desse vestido. E agora aquele superficial fica me olhando fixamente com um sorriso de vitorioso, aposto que está se divertindo com toda situação.

Na valsa você tem que olhar fixamente sem desviar os olhos. Ele segura minha mãos e fomos de um lado para o outro. Como se estivéssemos deslizando. Admito que ele seja um bom condutor.

Eu quero tanto desviar, mas não posso. Sem mais nem menos, Scott segura minha cintura fortemente, me trazendo mais para perto. Esbugalho meus olhos, ele percebeu minha surpresa.

— Está nervosa? Não é só você que fica, pois o encantador Reymond joga esse feitiço em todas. — ele sussurra em meus ouvidos.

— Cala a boca. — resmungo baixo.

Minhas orelhas parecem estar quentes e eu sinto que meu rosto está pegando fogo. Afasto-me dele, pois meus pais vêm em minha direção junto com o pai do idiota. Todos batem aplaudem.

— Bravo, esplêndido — dizem ao mesmo tempo todos do salão.

— Este casal é formidável. Todos nós surpreendemos com a sua elegância e delicadeza senhorita Black Rose. Eu realmente não esperava tanto... Pensei que era só um rostinho bonito, porém vejo que é o par perfeito para meu filho. Os dois são oficialmente... — Amélia sorri e meu pai envergonhado abaixa a cabeça. — Namorados.

 A palavra: “namorados”... Ecoam em meus ouvidos várias vezes. Parecendo que não queria entrar na minha cabeça. Eu instintivamente coço meus olhos.

Lisa isso não é um pesadelo. Você está aqui vivendo esse momento em que de novo é obrigada a namorar uma pessoa.  

— Não! — berro e assim olho para a manipuladora com muito ódio. Ela tosse sorrindo.

— Não... Claro que não. Isso é esplêndido. Vocês são perfeitos juntos. Robert Reymond eu e meu marido esperamos alcançarem vários frutos na nova empresa de luxo. — ela aperta a mão do pai do idiota.

Essa festa foi tudo um pretexto para eu e Scott namorar, assim somos apresentados e envolvemos um com o outro obrigatoriamente. Eu sei que o superficial não sabia de nada, pois está paralisado, ou melhor, mais em choque do que eu.

Vejo fotógrafos entrando em ação e tirando fotos comigo e Scott, pois ele e eu tivemos que fazer uma pose de casal. Scott até agora está calado, só passou o braço em volta da minha cintura e sorriu.

Repentinamente depois das fotos, Reymond segura meu braço fortemente e arrasta com ele. Assim corremos e todos nos olham espantados por fugir da festa. Subimos uma escada e então entramos um cômodo escuro. E eu o caminho todo só dizendo: “Não... Podemos estar acontecendo”.

— Como? Não! Por quê? — tiro um dos meus saltos e levanto-o para jogar no idiota.

— Está maluca? Não joga em mim. Eu não tenho culpa. — ele vem em minha direção e segura meus punhos.

— Por que não se impôs para impedir essa palhaçada? — grito.

Reymond antes de responder acende a luz com uma palma. Eu olho por todo  cômodo e percebo que é seu quarto, pois por ser tão narcisista tem um quadro grande com sua foto.

— O que eu podia fazer? Droga. E você também não fez nada. — ele grita se aproximando de mim. — Pode grita o quanto quiser, pois esse cômodo é feito de um material que isola o barulho externo.

— Você é um garanhão como pode aceitar namorar obrigatoriamente comigo? Seu idiota. — bato em sua cabeça e saio do quarto rapidamente, antes que ele me seguisse.

Eu entro um cômodo silencioso, então entro e percebo que o armário desse quarto é espaçoso. Eu fico sentada com a cabeça escondida. Eu ouço um gruído de choro, assim olho para meu lado e vejo uma criança chorando.

— Mamãe! — diz o menino me abraçando.

—Como é? — pressiono meus olhos. — Gêmeo do Reymond? Não basta um tem que ter dois.

— Eu estou com pesadelo mamãe... Eu sou o guardião Mason Reymond, mas muitos monstros invadiram meu quarto e eu não consigo luta sozinho, pois só tenho nove anos. Agora estou escondido no armário para eles não me acharem... É possível derrota-los. — ele me aperta tanto, que estou quase ficando sem ar.

Por que raios o irmão do Scott está achando que eu sou a mãe dele? Talvez eu pareça ela de algo jeito... Sei lá.

— Tudo bem! Vamos matar todos esses monstros! — sorri segurando sua mão.

 — Sim... Mas eu estou com sono. Poderia contar uma história para eu dormir? — ele boceja.

Abro o armário e finjo estar matando monstros. E uma encenação bem idiota, mas estou fazendo isso para alegrar o pequeno.

— Adeus monstrengos.

Mason bate palmas todo sorridente, depois bate uma palma para acender a luz.

— Foi incrível mamãe!

— Claro deite-se pequeno anjinho — arrumo a coberta e me sento na beira da cama.

Repentinamente a maçaneta da porta se mexe e o idiota aparece olhando para nós, confuso.

— Mamãe vai contar uma história irmão! — fala sorrindo.

Reymond se aproxima do irmão, assim coloca a mão na sua testa.

— Por que está chamando Black Rose de mamãe? Você não chama nem mesmo a nossa madrasta de mãe. Você só chama de Eliza.

— Aquela mulher não é minha mamãe. — o olhar de Mason recai sobre mim, ainda emburrado aponta para mim. — Ela é. Agora conte uma história?

Eu não consigo resistir ao seu olhar carente.

— Era uma vez um homem chamado Gepeto que fazia bonecos de madeira. Vivia sozinho e o seu sonho era ter um filho... — as pálpebras pesam, ele tenta resisti, mas não aguenta e adormece.

O idiota aponta seu olhar para porta. Então o sigo e saímos do quarto. Eu encosto as costas na porta enquanto respiro aliviada.

— Por que ele me chamou de “mamãe”? — faço aspas assustada.

— Eu não faço a mínima ideia. — seu olhar é confuso. — Ele nunca dormiu tão fácil assim. Você é uma bruxa?  Ou uma fada que tem um pó mágico que faz uma criança agitada desabar de sono? — conclui com um sorriso irônico.

— Cala a boca! Como é possível? Deixa para lá. Vou embora e assim posso me matar!  — viro-me contra ele para andar, mas Scott segura meu braço, assim só viro meu olhar.

— Desculpa por esse dia, mas para mim também Foi inesperado. Eu não fazia ideia que iria aparece nessa festa e muito menos que iramos ser obrigados a namorar. Eu sei que você me odeia e despreza muito. Se ajuda pode me bater e falar palavras rudes o quanto quiser. — antes de completa, ele me puxa para perto e me abraça fortemente, minhas pernas ficam moles por sua atitude.

— Eu... Eu te odeio. Eu vou ir para ca-casa! — o empurro e sinto minha voz falhar.

— Está tensa Rose? Então minha presença apavora você? — ele ri todo confiante.

Mas se ele pensa que eu vou me humilhar assim. O idiota está enganado. Eu também sorrio malignamente e me aproximo de seu rosto, olhando fixamente em seus olhos, parecendo que vou beijá-lo, mas no fim dou beijo na sua bochecha e saio correndo.

— Quem ficou tenso agora? — digo morrendo de ri.

Encosto em uma parede quando estou longe de Reymond. Meu rosto está tão quente e meu coração parece que é uma bomba relógio e qualquer momento vai explodir. Eu não entendo porque me sinto assim, pois eu já cortei o café da minha vida. O que eu tenho que fazer para parar esse sentimento?

Pov. Scott Reymond (ponto de vista)

Aquele Rose estava brincando comigo. Eu pensei que iria me beijar meus lábios, mas no fim foi na bochecha. Eu me sinto feliz mesmo assim. E agora percebo que estou tocando meu rosto.

Sinto-me estranho por ser à primeira vez que entro em um namoro, mesmo obrigado, eu me sinto entusiasmado. A única parte ruim é que Lisa não vai se importar se eu beijo outra garota.

Reymond é confiante o suficiente para enfrentar tudo. Tudo menos meu pai, pois ele é uma pessoa rígida, importante e tem um coração de gelo. Ele virou político e dono de várias empresas. Ele também quer que eu vire dono de uma empresa, mas meu sonho real é ser um cirurgião. Eu quero salvar vidas. Obviamente vou me destacar por ser uma beldade e tem mulheres que vão especialmente querer que eu as atenda, mas eu quero ajudar as pessoas realmente.

Segunda-feira começará a falação sobre o meu namoro. Todas vão pirar, mas Becker vai querer enforcar Rose. Becker é maluca por mim, ela me persegue desde meus 14 anos na minha antiga escola. Eu só mudei de escola por causa dela. Seu rosto era estranho confesso, mas ela fez plástica. No meu ponto de vista não ajudou muito, porém eu nunca disse para fazer nada.

Ano passado eu entrei em um internato pensando que iria me livrar dela: “Nunca mais vou ver aquela maluca”. E adivinha? No primeiro dia de aula, vou até a sala do diretor e no meio da conversa, entra Becker chamando o diretor de “papai”, assim ela começou a me “manipular”, entre aspas, pois eu faço o que eu quero. Eu digo manipular, pois ela acha que estamos namorando e acha que eu sou dela, mas não sou também. E para não ser um ano entediante e para mostrar para Samanta quem estava no poder eu beijo as garotas desse então. Esse lance foi ficando divertido e eu acabava esquecendo-se dos meus problemas. Nesse ano eu sinto que não vai ser chato de forma alguma.


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