Hell Of A Girl escrita por liamara234


Capítulo 4
Nova York


Notas iniciais do capítulo

Lumus!
Duas semanas sem postar e cá estou eu para deixá-los louquinhos com esse casal que amamos!
Boa Leitura!



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Hermione tentava se concentrar nos casos atrasados que se acumulavam em sua mesa naquele dia. Depois de quase um mês de ter flagrado Córmaco a traindo em seu próprio apartamento, ela costumava se trancar em seu escritório de advogacia e só sai quando já era noite. 

O tempo parecia se arrastar e foi com esperanças que verificou a hora pela décima vez. Ainda era duas e quinze da tarde, apenas quinze minutos que havia chegado do seu horário de almoço e se controlou para não arremessar o pequeno relógio de cima da mesa. 

Não teve mais nenhum contato com Córmaco - e Hermione não sabia se isso era bom ou não -, e nem se ocupou em atender as ligações de sua ex-sogra. Luísa era uma senhora boa e gentil, mas falar com ela seria como retornar a sua antiga vida com Córmaco e a morena estava, a todo custo, decidida a se desprender de qualquer coisa que a ligasse ao ex.

Frustrada, deixou de lado os documentos que não consegui ler e passou as mãos no cabelo.

A porta de sua sala se abriu e Hermione erguer depressa a cabeça para sua secretária. Júlia estava segurando a porta com uma mão e tinha o corpo parcialmente a mostra.

— Hermione - Júlia disse baixinho. - Tem uma mulher aqui querendo vê-la. Ela não marcou hora, mas disse que era importante... posso deixá-la entrar? 

 Hermione franziu a testa, mas se levantou da cadeira e ajeitou seu blazer. 

— Vou recebê-la, Júlia. Deixe-a entrar, por favor.

A garota assentiu e deu passagem para uma mulher alta, de cabelos loiros claramente tingidos e corpo escultural. Usava um vestido particularmente justo e elegante. 

 - Obrigado, Júlia, agora pode ir - Hermione liberou sua secretária que fechou a porta com um baque seco. 

Olhou para a mulher. 

— Hermione Granger - ela estendeu a mão e a mulher a apertou. - Em que posso ajudá-la? 

— Creio que em nada... - ela olhava fixamente para Hermione com um ar arrogante. - Apenas quis conferir o meu serviço. 

A morena não estava entendendo nada e tentou se soltar. 

— Seja mais clara, por favor. 

— Oh, como quiser - a loira se sentou em umas das poltronas de frente a mesa e cruzou a pernas sedutoramente, adotando um sorriso debochado nos lábios vermelhos. - Vamos lá! Deve me conhecer... não sabe como Córmaco falava de você. 

Ela gargalhou e Hermione finalmente entendeu. Sentiu seu rosto ficar vermelho e circulou a mesa, erguendo a loira pelo braço a força. 

— O que pensa que está fazendo aqui? - elevou a voz. - Córmaco que a mandou? 

— O idiota do Córmaco nem sabe que estou aqui - ela se soltou bruscamente do aperto da morena. - Pelo o que ele me disse - caminhou até ficar de frente a uma Hermione furiosa. - Você não passa de uma nerd certinha demais para ele. 

— De uma parte ele estava certo - Hermione a encarou e não sabia como estava conseguindo fazer aquilo sem cair no choro. Deus, estava falando com a amante do seu ex! - Sou boa demais para ele. 

— Com certeza isso não é - a loira riu. - Córmaco já foi mais avaliativo nas escolhas dele.

Então aquela não tinha sido a primeira vez que Córmaco a traíra. Era uma estúpida por achar que ele fosse um homem de caráter. Mais ainda por pensar que nunca aconteceria com ela. 

Fitou a loira e sem pensar, lhe acertou uma forte bofetada no rosto. Ela era tão baixa quanto seu ex e a ousadia dela de ir ao seu local de trabalho apenas para humilhá-la mais passou dos limites. 

Sua mão formigava e foi com satisfação que viu a marca de seus dedos no rosto branco da outra mulher. 

— Vadia! - a loira levantou uma mão para Hermione - já que a outra tocava o lado do rosto vermelho -, mas a morena conseguiu segurar seu pulso antes. 

— Não se atreva a tocar em mim com sua mão imunda! - Hermione gritou e se distanciou dela. Abriu a porta com raiva e chamou por Júlia, que a olhou assutada de sua mesa. 

— Chame, agora, a segurança! 

Assentindo, a garota pegou o telefone do guancho e, quando a loira tentou sair da sala de Hermione, dois homem enormes apareceram e logo a encararam. 

— Levem essa mulher para fora e barrem qualquer tentativa dela de entrar. Estamos entendidos? 

— Sim, senhora - responderam juntos e arrastaram a mulher para a saída sobre protestos da mesma. 

 A morena correu para sua sala e trancou a porta; estava ofegante. 

 Sentia o suor escorrendo por seu rosto e resolveu encerrar seu dia de trabalho, afinal, não faria nada depois daquilo. Pegou sua bolsa e, ao cruzar com Júlia, a pediu para cancelar todos os seus compromissos para aquela tarde.

 ***

 Rony caminhava sem vontade nenhuma para o balcão do aeroporto e cogitou a ideia de sair correndo, mas com Gina ao seu lado, segurando seu braço e quase correndo, era difícil concretizar sua vontade. 

A ruiva falava coisas na qual Rony não prestava atenção e só acordou quando sentiu seu corpo bater contra alguma coisa. Piscando, olhou em volta e viu várias pessoas carregando suas enormes malas. Ah, ele lembrou, estou no aeroporto. 

— Bom dia, em que posso ajudá-los? - a atendente sorriu. 

Gina bateu a mão no balcão e nem se importou com os olhares curiosos que atraiu. 

— Bom dia, - respondeu afobada. - Quero comprar uma passagem para fora de Londres. 

— Gina... - Rony tentou falar. 

— Shhh, quieto! - a ruiva o repreendeu, depois, se virou de novo para a atendente. - Tem que ser para qualquer lugar bem longe daqui. 

— Está querendo se livrar de mim, Ginevra? - Rony perguntou indignado.

— Talvez - respondeu ela. - Só não vou mais ficar escutando você se lamuriando pelos cantos por causa da Lilá. 

— Gina! - ele gritou olhando para as pessoas que observavam a demora. 

— Senhores, por favor...

— Já sei! - a Weasley mais nova sorriu. - Ele vai querer uma passagem para Nova York. 

— Nova York? - Rony se assustou. 

— Providenciando agora - a mulher respondeu. - Passaporte, por favor. 

— Mais é claro - Gina pegou o passaporte das mãos do irmão a força e o que resultou foi uma breve troca de tapas. - Me dá isso, cabeção! 

— Faça uma ótima viagem - a moça sorriu e entregou o passaporte junto com uma passagem. - Dirija-se ao portão 6 em meia-hora. Tenha um bom dia. 

— Você me paga, Ginevra! - Rony a ameaçou quando saíram da fila. - Não podia ser para um lugar mais perto não? Aliás, pelo o que eu saiba, eu é que deveria escolher para onde iria, não você! 

— Quanto blá-blá-blá! - a ruiva resmungou. - Se eu não tivesse vindo com você, com certeza você nunca viria. Deveria me agradecer por isso! Deixou a outra passagem que comprei passar do tempo de validade e joguei dinheiro fora! 

— Se está reclamando, então eu devolvo o dinheiro depois. 

— Não foi isso o que eu quis dizer - sentaram em uma das cadeiras que completavam um corredor cheio delas de frente ao portão informado. - Só quero que supere o que a Lílá fez. 

— Estou trabalhando nisso, sabia? - Rony sussurrou. - Não está sendo fácil saber que ela terminou nosso noivado, para casar com outro. 

 - Essa viajem vai fazer bem a você - Gina o empurrou pelo ombro. Odiava ver o irmão triste. - Vai que encontra uma pessoa legal lá. 

— Você sonha demais, Gina. 

— Pelo que sei, querer o melhor para o irmão não é pecado! 

Passageiros com destino a Nova York, dirijam-se ao portão 6. 

— Bom, já que estou aqui, vou até o fim, então. - Rony murmurou depois de escutar o chamado. 

— Esse é meu garoto! - levantaram e abraçaram-se. - Ah, já lhe hospedei em um hotel em Nova York. O endereço eu te passo por mensagem. 

— Obrigado Gina. 

 Última chamada para os passageiros com destino a Nova York, por favor, dirijam-se ao portão 6. 

— Tenho que ir, thau. 

— Thau - Gina disse e observou o irmão. Rony pegou sua mala e respirou fundo, caminhando até o portão 6. 

 *** 

 — Mamãe, eu vou ficar bem - Hermione falava pelo celular com sua mãe enquanto arrastava sua mala pelo chão do aeroporto. Depois de conversar com uma amiga sobre o acontecido no dia anterior em seu escritório, concordou que precisava tirar umas férias. 

— Eu voltarei logo - tentava convencê-la. - Não se preocupe e mande uma beijo para o papai. Amo vocês. 

E desligou. 

Guardou o celular no bolso da jeans que usava e chegou ao balcão sem saber muito qual passagem comprar... mas precisava ser para bem longe. 

Olhando o telão de viagem acima, na parede externa, escutou uma voz soar pelo aeroporto. 

Última chamada para os passageiros com destino a Nova York, por favor, dirijam-se ao portão 6. 

Nova York... será? 

— Pois não? - a atendente perguntou. 

— Uma passagem para Nova York, por favor - Hermione soltou de uma vez e sua consciência gritou: Quê? 

— Hum... só um estante - ela teclou no computador e a ansiedade em Hermione cresceu mais e mais. - Hoje é seu dia de sorte. Um passageiro acabou de cancelar o voo. 

Depois de resolver todas as burocracias, Hermione chegou a tempo de entrar no avião. As outras pessoas terminavam de guardar suas malas nos compartimentos acima de seus acentos e ela se apressou a fazer o mesmo. 

Verificando aonde se sentaria, pegou sua mala e tentou colocá-la no maleiro. Conseguiu colocar uma - a mais pequena -, mas a segunda seria um problema. Juntou todas as suas forças, mas era alto e grande demais. 

— Precisa de ajuda? - Hermione escutou e virou o rosto, dando de cara com um homem alto e ruivo. 


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Notas finais do capítulo

Ihhhhhhhh... quem será? hahaha
Nunca voei de avião e espero nunca chegar a fazer isso, tenho pavor altura.
Comentem, quero saber se a fic tá boa! Amo vocês!
Malfeito Feito.
Nox!



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