Cicatrizes - Em busca do amor perdido escrita por Débora Silva


Capítulo 7
Capítulo 6 - "Me perdoa"




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MEIA HORA DEPOIS...

M. Inês desceu assim que a irmã ligou e disse eu já havia chegado, ela entrou no carro cumprimentou Tina com um beijo no rosto e colocou o cinto, foram para um restaurante conhecido por elas, o caminho foi silencioso e Tina esperou ate estar no restaurante.

Tina estacionou e desceu junto a sua irmã, entraram e logo foram encaminhadas a sua mesa, M. Inês sentou e olhou sua irmã que esperava ela falar. M. Inês sorriu.

— O que quer saber? – Apoiou os dois cotovelos na mesa, deixando suas mãos abaixo do queixo.

— Quero saber como esta se sentindo? – Estendeu a mão para sua irmã.

M. Inês suspirou e deu a mão a ela.

— Estou mais ansiosa por saber se dessa vez, sim a minha Laura ira voltar para mim. – Tina arregalou os olhos.

— Como assim minha irmã?

— Hoje o detetive me ligou, assim que falei com você e ele acha que é a minha Laurinha, Tina, minha irmã, você sabe que eu já não me agarro a esperanças nenhuma, mas dessa vez é diferente eu sinto aqui. – Tocou o coração. – Que é a minha filha. – Os olhos se encheram de lagrimas.

— M. Inês me conta isso direito. – M. Inês contou a ela o que sabia, ou melhor, o que o detetive havia lhe dito. – Minha irmã, eu imagino como deve estar seu coração, primeiro Marcelo e logo o telefonema do seu detetive. – Suspirou absorvendo toda aquela informação.

— Marcelo não me importar, eu o quero longe de mim, ele e aquela família dele. – Falou com rancor.

— Eu poderia dizer o que penso de tudo isso mais não te quero brava. – Falou com um leve sorriso.

— Você não me provoca ou eu vou embora! – Tina levantou as mãos em rendição.

— Não esta mais aqui quem falou. – Riu e M. Inês olhando a cara que ela fez não se aguentou e riu também.

Elas pediram algo para comer e ali ficaram conversando por mais algumas horas e logo M. Inês voltou ao hospital e seguiu sua rotina diária, com seus pacientes, ocupando a mente para não pensar e não ficar ainda mais ansiosa do que já estava naquele dia.

[...]

MAIS TARDE DAQUELE DIA...

Era por volta das seis da tarde, M. Inês estava na lanchonete do hospital tomando um café e comendo um sanduíche a noite só estava começando e seu plantão só acabava as meia noite daquele dia. Ela comia tranquila ate ouvir seu nome ser chamado na emergência.

Ela suspirou nem havia conseguido terminar de lanchar, levantou e deixou o lanche com uma das mulheres para que ela levasse ate seu escritório para comer depois, saiu dali apressada ouvindo seu nome no alto falante pela terceira vez, apressou o passou e empurrou as portas da emergência com as duas mãos e adentrou no recinto.

Uma das enfermeiras veio ate ela e lhe entregou a ficha, ela passou os olhos e sentiu que hoje não era seu dia, olhou para a enfermeira e suspirou.

— O que aconteceu para ele voltar? – Olhou a garota a sua frente.

— Febre alta doutora! – Indicou a M. Inês onde ele estava.

Ela andou ate o quarto e entrou, o olhou ele estava adormecido mais tinha os lábios sem cor e estava um pouco pálido, ela olhou a ficha dele e ali indicava que ele não havia tomado uma das medicações antes de ir embora.

Ela tocou a testa dele e o viu arder em febre, ela amaldiçoou aquele dia e começou seu trabalho, o medicou e olhou a ferida, estava avermelhada indicando uma nova infecção, pensou se ele não estava assim pelo fato dela não ter o suturado com o tanto de anestesia necessária. Ela se culpou naquele momento.

Ela limpou o local do ferimento e depois de mais alguns minutos ela saiu dali e entregou a ficha para uma das enfermeiras e a mandou colocar mais uma medicação nele.

— Dra. Tem uma moça na recepção querendo noticias do pai! – M. Inês assentiu.

Pediu forças para olhar aquela garota novamente, mas andou ate a recepção e quando Marina a viu levantou de imediato e parou frente a ela.

— O que fez com meu pai? – Acusou. – Ele passou mal e só chamava por você! – M. Inês levantou uma das sobrancelhas e cruzou os braços.

— Primeiro você baixa a voz pra falar comigo, não te conheço e nem você a mim, então me respeite! Se é que você foi educada pra respeitar alguém. – A enfrentou. – Segundo, seu pai não tomou a medicação que era pra tomar e por isso teve febre mais eu já o tratei e ele vai passar a noite aqui. – Marina encolheu os ombros.

— Me desculpe, eu estou nervosa é a primeira vez que o vejo assim! – M. Inês suspirou.

— Por mais que esteja nervosa, não deve acusar as pessoas! Eu vou deixar que o veja por cinco minutos mesmo você sendo tão mal educada. – M. Inês a olhou nos olhos. – Vamos, por aqui. – Marina assentiu e a seguiu.

M. Inês a deixou no quarto e saiu, foi ate sua sala e sentou, Caíque bateu na porta e entrou, sorriu e foi ate ela.

— Fiquei sabendo que seu "Ex" deu entrada novamente. – M. Inês suspirou.

— Filho, eu li a ficha e ele saiu daqui sem tomar uma medicação e foi por isso que voltou, foi você quem o atendeu depois que eu sai da sala. – Ela o olhou. – Você não viu que faltava uma medicação? – Caíque sentou-se na mesa ao lado dela.

— Mãe, eu pedi a enfermeira para medicá-lo e fui atrás da senhora, falei a ela para dar tudo que estava prescrito pela senhora. – Estendeu a mão a ela que pegou. – Se ouve um erro, eu posso assumir! – M. Inês levantou e o abraçou.

— Meu amor, calma, não é pra tanto, ele já esta medicado e vai passar a noite aqui! E se alguém tem que assumir o erro, sou eu, pois foi eu que deixei o caso! – O soltou e tocou o nariz dele. – O seu plantão já acabou o que faz aqui ainda? – Ele a beijou no rosto.

— Só vim te dar um beijo de boa noite, sei que vai demorar ainda para ir para casa e queria te ver antes, já que não vai me por na cama hoje! – Brincou a fazendo rir.

— Tadinho do bebê da mamãe! – O abraçou e o encheu de beijos. – Agora vai pra casa e não esquece de jantar, Escobar já esta te esperando com a janta pronta. – Piscou para ele. – Já me certifiquei de que jante tudinho! – Eles riram e se abraçaram forte, era tudo um do outro.

— Eu te amo mamãe muito! – Sorriu e ela acariciou o rosto dele.

— Eu também te amo muito meu filho! – Caíque a deixou e saiu de sua sala.

M. Inês sentou rindo e ficou ali analisando alguns documentos ate dar a hora de sua ronda em seus pacientes. Caíque saiu do elevador e como estava distraído com seu telefone se chocou com Marina e seu celular foi ao chão.

— Ai meu Deus me desculpa! – Ela falou afoita pegando o telefone dele do chão.

— Tudo bem, eu estava distraído! – Sorriu. – Você é a filha do... – Esqueceu o nome.

— Marcelo Barbosa! – Ela sorriu e entregou o celular a ele.

— Isso, minha mãe me disse que ele já esta bem, você sabe que não pode ficar de acompanhante né? – Explicou a ela.

— Ela é brava né? – Suspirou lembrando-se de M. Inês. – Eu sei que não posso e já estava indo embora mais esqueci a chave do carro lá no quarto dele.

— Quando se refere a brava, fala da minha mãe? – Ela assentiu.

— Sim, ela me deu um chega pra lá que se tivesse um buraco eu me enfiava dentro na mesma hora. – Confessou.

Caíque riu.

— Você deve ter tirado ela do serio, dona M. Inês não é grossa com ninguém. – Sorriu. – Mas agora vou te deixar seguir seu caminho, eu preciso ir... – Não sabia o nome dela.

— Marina Barbosa! – Sorriu estendendo a mão a ele.

— Caíque Bittencourt. – Sorriu e segurou a mão dela. – Foi um prazer te conhecer.

— Me desculpe mais uma vez pelo celular ter caído no chão e se quebrou de algum modo me diga que eu mando concertar! – Soltou da mão dele e aproveitou o elevador e entrou nele.

— Pode deixar. – Sorriu e ficou a olhando ate que as portas se fecharam e ele saiu andando ate seu carro e sorriu imaginando a mãe sendo grossa.

[...]

Marina foi ate o quarto do pai, pegou as chaves e quando virou para sair M. Inês abriu a porta e parou a olhando. Marina ficou com certo temor e falou de imediato.

— Eu já estou indo, só vim pegar as minhas chaves. – Mostrou as chaves a ela.

— Eu não falei nada! – M. Inês se defendeu. – Só vim fazer minha ronda. – Mentiu.

Marina assentiu, olhou o pai e depois voltou seus olhos para ela.

— Cuida dele pra mim! – Sorriu meiga para M. Inês.

— Pode deixar, eu vou cuidar. – Deu um meio sorriso.

Marina saiu do quarto e M. Inês se aproximou da cama o examinou e olhou a medicação, tocou o pulso dele e quando foi tirar sua mão ele a segurou abrindo os olhos. Ela o olhou a mão dele e subiu o olhar ate encontrar os dele.

— Me perdoa! – Falou num sussurro.


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