Cicatrizes - Em busca do amor perdido escrita por Débora Silva


Capítulo 30
Capítulo 29 - "A maldade não tem fim!"




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M. Inês riu do modo dele e o olhou, quando o beijou a campainha tocou e ela o soltou levantando para atender, Escobar já estava em seus aposentos e foi até a porta ouvindo as reclamações de Marcelo e riu. Abriu a porta e foi surpreendida por Regis que sorriu e nem pensou em mais nada apenas a beijou na boca.

M. Inês rapidamente o afastou e seus olhos foram direto na direção da sala e Marcelo já estava de pé sem reagir, ela voltou seus olhos a Regis que a devorava com um simples olhar, era apaixonado por ela e tinha ficado muito tempo longe.

— Eu só soube de tudo agora e eu corri para cá, como você está, meu amor? - acariciou seu rosto e ela tirou a mão dele. - O que... - ele nem teve tempo de terminar e apenas sentiu dois braços o arrancarem para fora da casa.

— Marcelo... - levou a mão na boca e correu até eles.

— Fica longe da minha mulher! - o soltou do lado de fora e apontou o dedo. - Não chega mais perto dela me ouviu?

— M. Inês é a minha mulher, não seja tolo! - revidou. - Estamos juntos a cinco anos! - jogou na cara dele e olhou para M. Inês. - O que está acontecendo? Você voltou pra ele antes de conversar comigo?

— Regis... - ela tentou falar.

— Você não precisa dar explicações a ele, M. Inês! - a olhava e logo olhou Regis. - Não sei o que vocês dois tinham, mas acabou! - Regis o encarou com ódio.

— Isso não é você quem tem que me dizer!

— Parem vocês dois! - ela falou firme. - Marcelo entra e você Regis, passa aqui amanhã que vamos conversar! - nada mais disse e entrou para casa deixando os dois ali.

Marcelo o encarou mais uma vez como se o ameaçasse e entrou para dentro de casa batendo a porta, Regis ficou ainda mais puto da vida, mas foi embora e ela teria que explicar o que era aquilo tudo. Marcelo já dentro de casa a olhou e disse serio:

— Eu não vou permitir que você fale com esse cara! - ela o olhou.

— Isso não é você quem decide! - ele bufou. - Eu vou falar com ele sim, eu devo uma explicação e espero que você fique do meu lado e me entenda...

— Ele te beijou na minha frente! - a interrompeu. - Eu não posso permitir um encontro de vocês dois.

M. Inês suspirou e se aproximou dele com toda calma do mundo e tocou o rosto dele.

— Ele me beijou porque querendo ou não ainda temos um compromisso e antes dessa loucura toda acontecer e eu te aceitar novamente, ele era meu... - não sabia definir a relação que tinham. - Nos estávamos juntos, mas agora eu estou com você e é uma loucura então preciso que me entenda e que não brigue com ele e nem o soque nem nada desse tipo, eu te amo e quero estar com você, mas pra isso precisamos fazer as coisas certas e você vai estar aqui quando eu falar com ele.

— Eu vou morrer de ciúmes! - bufou e ela sorriu de leve alisando o peito dele.

— Não precisa porque eu te amo e é com você que eu quero estar e me casar! - passou um dos braços pelo pescoço dele e o trouxe para um beijo totalmente correspondido.

— Eu te amo! - falou dando vários beijinhos nela.

— Eu amo você mais ainda e quero fazer amor para comemorar o meu noivado como deve ser! - ele riu e nada mais disse apenas a suspendeu do chão e a levou para o quarto aos beijos.

[...]

SEIS MESES DEPOIS...

A vida parecia estar entrando nos eixos mesmo com o sumiço de Úrsula, eles trataram de viver cada dia, mas sem deixar de tomar cuidado já que sabiam que ela poderia aparecer a qualquer momento e destruir tudo. Marcelo colocou a aliança no dedo de M. Inês e ela teve uma conversa um tanto difícil com Regis que não aceitou perder assim tão fácil e por esse motivo decidiu não mais trabalhar com ela o que deixou Marcelo radiante.

Marina com o passar dos meses foi melhorando radicalmente e agora após seis meses de tratamento ela tinha alto o que deixou a família radiante e Caíque decidiu que era hora de assumir um relacionamento sério com ela. Laura se dividia entre trabalhar e cuidar de suas duas mães, pois não permitiu que Anastácia se afastasse dela e sempre que podia ela estava ali em sua casa junto a M. Inês.

[...]

AGORA...

M. Inês estava de plantão naquela noite já vinha a algum tempo sentindo um mau - estar e só adiava de fazer o era preciso apenas para confirmar suas suspeitas, estava tão corrida em sua vida pessoal que nem se preocupou em se cuidar e isso não era motivo de tristeza para ela, mas sim de comemoração.

Ela estava tão radiante com a chegada do casamento que depois do tratamento que fez para ajudar a curar a filha nem se preocupou em se cuidar apenas queria ser feliz e se estivesse mesmo grávida seria a certeza de que Deus ainda tinha muitas surpresas por seu caminho.

M. Inês estava tão perdida em seus pensamentos que nem percebeu o telefone tocando, estava tão distraída que apenas se deu conta de onde estava quando sua secretaria entrou em sua sala sem bater com a cara um pouco assustada.

— Me desculpe, doutora, mas é que teve um grande acidente de trânsito e precisam da senhora na sala de emergências.

M. Inês sentiu um aperto no coração e levantou de imediato saindo dali, entrou no elevador e quando saiu já pegou suas luvas e entrou na emergência encontrando um caos de gente correndo para todos os lados, o cheiro de gasolina era tão forte que ela enjoou no mesmo momento, mas engoliu aquele cheiro e se pôs a trabalhar.

Foram horas ali até que foi chamada para atender uma mulher com o estado crítico, ela entrou na sala e a viu, pegou a ficha de imediato e se aproximou da cama. Anastácia a olhou ainda estava consciente e pediu a mão de M. Inês querendo falar.

— O que aconteceu? - os olhos estavam preocupados.

— Ela... Ela está de volta... - tossiu e M. Inês sentiu o coração disparar. - Cuida da nossa filha... Meu marido...

— Temos que leva - lá para a sala de cirurgia agora! - um outro médico falou e M. Inês se afastou um tanto paralisada.

— Meu marido... Meu marido... - Anastácia se agitava gritando e sentindo muita dor, tinha uma fratura na cabeça, uma perna fora do lugar e um estilhaço do carro em seu abdômen. - Foi ela... Foi ela... - repetia enquanto era levada para a sala de operação.

— Doutora, você pode opera - lá? - o médico a encarou e ela o olhou engolindo seco.

— Eu não estou bem, você pode fazer isso? - ele assentiu e saiu.

M. Inês sentou no banco que ali tinha e sem conseguir mais segurar vomitou todo seu jantar ali mesmo no piso daquela sala e uma das enfermeiras veio e a amparou, ela estava nervosa e todo aquele caos a deixou alterada demais.

— A doutora está bem? - serviu um copo com água.

— Eu coisa ficar! - bebeu a água e seu celular tocou. Ela atendeu e se levantou saindo dali apressada indo para a sala de espera.

Laura quando a viu correu até a mãe e a abraçou forte.

— Mãe, o meu pai... A minha mãe...

— Calma, meu amor, a sua mãe está em cirurgia e seu pai, ele não o vi na emergência. - a segurava firme em seus braços, mas sentia que iria desmaiar a qualquer momento.

Marcelo se aproximou e tocou as costas de M. Inês.

— Você está bem? - Laura a soltou e a olhou. - Amor? - ela apenas segurou nele sentindo o mundo ficar preto e desmaiou...

[...]

ALGUM TEMPO DEPOIS...

M. Inês despertou um tanto assustada e sentiu um cheiro de perfume que a fez enjoar no mesmo momento, ela abriu e fechou os olhos levando a mão a cabeça que doía um pouco.

— Você pode diminuir a luz um pouco, por favor? - olhou na direção da enfermeira que estava de costas.

— Mas é claro doutora! - a voz saiu bem debochada e M. Inês tentou olhar quem era mais a vista estava um tanto embaçada.

A luz foi diminuída e o salto ouvido enquanto caminhava em direção a M. Inês que sentia aquele cheiro ir até a sua garganta e a enjoar mais e mais, fechava os olhos e respirava fundo tentando controlar, mas era em vão.

— Eu vou aplicar uma medição que te fará dormir para sempre! - M. Inês por fim reconheceu aquela voz e abriu os olhos de imediato. - Durma com Deus desgraçada! - Úrsula aplicou o medicamento em seu soro e o ar faltou no mesmo momento para M. Inês que nem teve tempo de impedir e ela se foi rindo.

M. Inês apertou como pode o botão de emergência, mas o ar quase não chegava a seus pulmões e apenas pode ver os médicos adentrarem o quarto e ela perder o conhecimento e tudo ficou preto...


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