Bulletproof Army escrita por Jéssica Sanz, Jennyfer Sanz


Capítulo 35
EPILOGUE: Churrascão de família


Notas iniciais do capítulo

Eu não sou normal... Esse título...
Preciso dizer que eu ri muito escrevendo esse trem.



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Ainda naquela noite, Sunghee e Yoongi fizeram questão de ir à Casa Daegu com a pequena ver como estavam as crianças. Eles estavam bem, mas muito assustados com a tentativa de ataque, e também porque sabiam que três reféns haviam sido levadas. Os dois tranquilizaram a todos dizendo que tinha ocorrido tudo bem, e que as duas passariam a noite na Casa do Juízo. Seohyun para ficar um pouco com o filho, e Nana para ficar um pouco com o noivo. O mesmo para os pais do Tae. Já os pais da Casa Daegu passaram a noite com os filhos.

No dia seguinte, voltaram para o julgamento de Chung Ho, que foi uma parte muito tranquila da história toda. Foi muito fácil condená-lo à inexistência. Quem deu conta do serviço foi o casal mais amado do Juízo, e não podia ser diferente. Namjoon começou a festa dando umas descargas elétricas, só para ele ver como era. Depois, Jin usou a espada no peito dele.

— Foi mais ou menos assim que eu me senti quando descobri que você matou os meus amigos. Show, né?

Depois disso, as coisas começaram a se ajustar. A inexistência de Chung Ho era o que faltava para a Casa Daegu ganhar uma filial em Omelas, o que facilitou muito o trabalho e possibilitou que os juízes mais ocupados participassem das atividades com mais frequência. A filial também foi o local do próximo evento que movimentou o Segundo Mundo: o casamento de Jimin e Nana. Mas, antes disso, ninguém deixou Hoseok em paz enquanto ele não conseguiu uma bomba de energia e uma cartela de Pílulas do Oculto Visível para atender ao pedido geral.



Yonseo tinha avisado que ia chegar com marido e filho para o almoço do aniversário de Baekhyun, que seria na casa do CBX, onde ele estava se recuperando com visitas frequentes da família Oh. “Mas e a Minji?”, você me pergunta. A Minji não fez nenhuma visita, já que tratou de se instalar de vez na casa e ajudou os dois a cuidarem do Baekhyun, que foi muito mimado durante todo o processo.

Yonseo estava sentada no sofá lendo um pouco de Jung enquanto Sehun terminava de arrumar a mochila de Hansung lá dentro.

— Annyeong.

Yonseo deu um tremilique e levantou a mão.

— Eu juro que eu te daria um tapa se você não estivesse em um plano diferente.

— Aish — murmurou Taehyung, quando recebeu o tapa.

— Está dado — disse Géssyca. — Não precisava chegar silenciosamente e sussurrar no ouvido da sua irmã, bae.

— Não é muito mais divertido assim? — perguntou ele, dando de ombros.

— Não, não é — disse Hoseok. — Eu já volto.

— Onde ele foi? — perguntou Yonseo.

— Foi buscar o resto do Juízo — esclareceu Géssyca.

— Desde quando Hoseok tem energia pra ficar trazendo gente assim?

— Desde quando ele tomou uma bomba de energia — explicou Taehyung.

— Vamos, bae? — perguntou Sehun, entrando na sala com o filho, que logo cobriu a boca com a mão.

— Ainda não.

— Você disse que estava pronta!

— Eu estou pronta, mas… A gente vai levar mais uma galera. E nem todo mundo chegou.

— Quase ninguém chegou — disse Hoseok, entre Yumii e Jungkook.

— Uau, bae, você está uma arraso nessa roupa preta — disse ele.

— Não posso dizer o mesmo de você, coração.

— Pelo menos ele não tá surrado — disse Yonseo. — Isso seria bem pior.

— Quem tá aqui? — perguntou Sehun.

— Samchon! — berrou Hansung, finalmente com alguma reação. Taehyung tentou fingir que não estava emocionado por finalmente conhecê-lo.

— Annyeong, Han. Ouvi falar muito de você.

Hansung começou a bater os pés, animado.

— Isso é muito legal!

— Ele é a sua cara — confessou Géssyca ao marido.

— Hoseok — chamou Yonseo. — Ué, cadê ele?

— Foi buscar mais — explicou Yumii.

— Eu preciso de uma pílula para o Sehun.

— Aqui — disse Hoseok, do outro lado da sala. Soltou a mão de Michung e Jimin e começou a mexer no bolso.

— Annyeong, Michung! — disse Yonseo. — Há quanto tempo!

— Realmente. E… Ah, meu primo. Faz realmente muito tempo.

Hansung tirou a garrafinha de água da lateral da mochila e estendeu para Hoseok, como sempre faziam. Foi divertido ver Sehun tomando água naquela garrafinha colorida, e logo ele deu um passo pra trás.

— Eita. Me sinto no MV do Michael Jackson.

— Calma que ainda vai brotar muita gente morta — disse Hoseok, antes de sumir de novo.



Minji abriu a porta e viu a família Oh. Sehun ainda estava segurando a garrafinha em forma de urso que ofereceu a ela.

— Que isso?

— Só toma.

Minji já tomou supondo o que veria, mas teve que segurar o palavrão.

— Caramba, Yonseo, podia ter avisado que ia trazer o Segundo Mundo todo.

— Eles também não me avisaram, eu acabei de descobrir.

Hansung começou a rir, divertido.

— Bom, vamos entrando. Acho que precisaremos do quintal, não tem espaço pra todo mundo na sala. — Minji saiu do caminho e gritou para dentro. — Meninos, tem um bando de gente morta na nossa porta. Espero que não se importem.

A família Oh entrou primeiro, e os outros foram entrando aos poucos, em pares, exceto Jimin, que era a vela do dia.

— Você não mudou nada, Agust.

— Engraçadinha — murmurou Yoongi, passando por ela.

Alguns minutos depois, estavam todos reunidos no quintal, sentados em roda no chão. Os três meninos tomaram as pílulas no meio do caminho. Logo, os visitantes notaram que eles estavam desconfortáveis, principalmente com Jungkook.

Começaram as apresentações que ainda eram necessárias. Como começou a ficar bagunçado, sugeriram que cada um tivesse seu momento de apresentação, afinal, faltava muita gente se conhecer. Eles falaram rapidamente quem eram na fila do pão. Depois, foi necessário todo um discurso para lembrar Baekhyun de que ele não tinha culpa de nada. Dessa forma, começou uma divertida contação de histórias. As mortes foram narradas de forma natural e cômica, o que deixou tudo melhor. Além das mortes, situações do Segundo Mundo, a criação da Casa Daegu, as batalhas contra Abraxas e Chung Ho, a chegada de Yumii e a visita de Baekhyun, da qual ele nada lembrava.

— Eu dei um soco nele mesmo — dizia Jungkook. — Mas eu não queria ter feito isso.

— Ah, no seu lugar eu teria feito pior, apeoji. Maior cara de pau dele dizer que é sua culpa.

— Eu estava bêbado! — protestou Yoongi, em sua defesa, tentando não rir da situação.

— Tá vendo o homem que você escolheu, né? — provocou Géssyca.

— Nem parece que hoje tem centenas de filhos adotivos — lembrou Yonseo.

— Tá, mas continua — disse Sunghee, usando o mesmo vestido que a mãe.

— Então. Ele começou a rir da minha cara, tipo, como é que você tem coragem de me atacar?

— Foi mais porque você perdeu sua razão — explicou Yoongi. — Na minha alcoólica opinião. Não que isso importe também.

— Moral da história, o hyung… na época ele era meu hyung… ele me jogou no chão e pegou a cadeira. Mano, quando ele pegou aquela cadeira eu só pensei “morri”.

— Teria sido uma sorte — confessou Xiumin.

— Talvez — disse Jungkook. — Mas ele não jogou em mim. Jogou no espelho.

— Maior sacanagem — reclamou Jin. — Meu espelho, minha cadeira… Detonaram minha casa todinha. Eu adorava aquela cadeira…

— Eu também adorava a Ranger que você jogou no mar, meu bem — falou Namjoon, todo irônico.

— Você tinha morrido! Pra que ia querer uma droga de caminhonete?

— Foca, gente — disse Sehun. — Continua, Jungkook.

— Tá, aí ele saiu, todo P da vida. Eu fiquei lá, jogadão, lembrando de todas as coisas boas que aconteceram naquela casa...

— Ela tá com um casal de velhinhos agora — informou Yonseo.

— Que menina prestativa — disse Michung, rindo do fato de Yonseo ter tal informação.

— Aí você saiu da casa? — perguntou Chen.

— Como se vocês dois não soubessem, né… Tá, saí e liguei pro V.

— “V” — debochou Taehyung. — Ah tá.

— Liguei desesperado e perguntei onde ele tava, e o cabrunco me disse que tava na casa dele.

— Nem olha pra mim, foi o líder exemplar que mandou eu mentir pra você.

— E eu caí igual um patinho.

— Bem metido, você, também — reclamou Namjoon. — Dissemos pra não ir pra lá.

— Tá, mas eu tava sozinho naquela droga de casa toda esculhambada, tinha brigado com o Yoongi…. A falta de sensibilidade de vocês é impressionante.

— Eu entendo seu lado — confessou Namjoon. — Você estava precisando de nós. Nós fomos idiotas…

— Nós? — interrompeu Taehyung.

— Eu fui idiota — consertou-se Namjoon — em não perceber isso. Desculpão.

— Beleza, tio. É nóis. Então, eu fui igual um idiota me meter nas quebrada onde vocês dois moravam. Que lugarzinho depressivo, hein...

— Ai, não fala assim — murmurou Yonseo, rindo.

— Tá. Aí eu fui lá e… os parça na minha cola, né…

— Nós mesmos — confirmou Chen. — Melhores espiões, tu nem viu, né?

— Não vi mesmo. Eu só vi a ausência das criaturas mentirosas que não estavam lá, e a presença da Yon e do ajussi… Que diazinho merda, na moral…

— Não precisa entrar em detalhes — disse Yonseo. — Sabemos o que você viu.

— Aí eu comecei a mandar várias mensagens pro Tae...

— Foi mal, não vi, tava pichando os muro.

— E sendo pego pela polícia — lembrou Namjoon. — Mas fomos astutos e conseguimos escapar.

— Isso foi bem mais tarde — corrigiu Taehyung.

— Mais tarde? — perguntou Minji. — Tipo que horas? Chegou um registro lá na delegacia. Os caras falaram que pegaram uns moleques vândalos pichando os portões e que quase conseguiram algemar, mas eles fugiram e deixaram a mochila pra trás.

— Ah, que saudades da mochila de latas — disse Taehyung. — Potinho da felicidade.

— Posso continuar? — perguntou Jungkook. — O catiço nem visualizou, aí eu continuei andando sem rumo.

— Fez o favor de cair no Ninho — disse Xiumin.

— Igual um patinho. De novo. Pior dia. Olha, a pior parte de ter sido surrado foi lembrar da Yon. Tipo, eu tinha visto a menina uns minutos atrás, e do nada eu estava na mesma situação que ela.

— Coincidência? — perguntou Baekhyun — Destino? Abraxas? Essa sexta no KBS Repórter.

— Bem tocante você ter lembrado de mim — disse Yonseo. — Sério mesmo.

— Bom, os caras acabaram comigo, e eu fiquei lá jogadão parte 2, e saí andando parte 2. Aí, lá fui eu atravessar a rua, de boas. Tinha um carro vindo devagarzinho lá no fundão, tipo, certeza que dava pra atravessar.

— Ô se dava — disse Baekhyun.

— Quando eu olho, o carro deu uma acelerada. Aí eu só pensei “morri”, parte 2. Mano, tava tudo tão ferrado que eu nem liguei. Baekhyun me fez o maior favor do dia. Na moral, pensa comigo: eu não tava mais falando com a Yumii, os hyungs tavam morrendo, os outros saíram de casa, o último maluco ficou bêbado e botou a culpa em mim, os dois mentem e me jogam nas quebrada sem motivo, eu vejo a mina tomando surra, eu tomo surra também… Que dia legal, né não? Aí eu falei, “vai, filho, acaba com isso logo”. Aí ele veio devagarzinho e depois eu voei. Mano, que voo bonito! Quem precisa de asas quando se tem o Baekhyun? Aí eu caí, deu uns rolamento igual um acrobata… Aí ouvi ele parando o carro, batendo a porta… Ele abaixa perto de mim. Não que eu estivesse muito lúcido, não tava nem perto disso… Mas eu lembrei da minha lindeza e tentei falar o nome dela.

— Sucesso — disse Baekhyun. — Só que não.

— Você nem sabia que eu tava grávida né?

— Não. Você não me disse…

— Como eu ia te dizer se você cortou contato, criatura?

— Tá mas nem pra mim você disse — argumentou Jin. — Pessoalmente.

— Tá bom que você ia matar a gente se eu dissesse. Não caio nessa, Kim Seokjin.

— Quem tá com fome? — perguntou Yonseo. — Vou pegar os rangos. Vem me ajudar, Hoseok.

— Como é que ele vai te ajudar? — perguntou Baekhyun, sem entender.

— Ué, que tipo de visita você acha que somos? — perguntou Jin. — A gente não chega na casa dos outros de mãos abanando. Trouxemos nosso próprio churrascão direto do Segundo Mundo. Vocês querem ajuda?

— Não precisa — disse Hoseok, antes de ir com Yonseo para a cozinha.



— Você está bem estranho hoje — disse Yonseo a Hoseok. — É por causa da carga?

— Não, não. Estou lidando bem com isso. Mas não me sinto tão bem no Primeiro Mundo como antigamente.

— Por quê?

— Yon… Já reparou que a nossa história se repetiu com o 7, mesmo depois da morte de Abraxas?

— É, mas foi porque ele deixou tudo programado, não?

— Eu ainda não tenho certeza, mas apostaria que não. A Eva me contou um pouco mais do que eu realmente gostaria de saber. E eu acho que estamos fazendo tudo errado.

— Não entendi. O que ela te disse?

— Ela disse que a inexistência não existe. Na verdade, o melhor nome para isso é reencarnação. O que significa que Abraxas, Chung Ho e todos os outros criminosos que nós punimos de maneira semelhante estão aqui, vivendo numa boa, e nós não temos nem como localizá-los.

— É por isso que o mundo não vai pra frente. Acho que alguém tem que fazer alguma coisa pra mudar isso.


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Notas finais do capítulo

Será que Temer foi coreano na vida passada?



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