Bulletproof Army escrita por Jéssica Sanz, Jennyfer Sanz


Capítulo 36
ALTERNATIVE END: The Restart


Notas iniciais do capítulo

Finalmente, nosso final alternativo. A partir dele, terá a shortfic extra, com seus seis capítulos. Os seis serão postados no sábado.
Esse é um capítulo curtinho, mas é bem... Vocês vão ver.



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O garoto foi para trás da linha e se preparou. Eva fez a contagem regressiva, e o garoto fez o percurso. Hoseok se segurou para não rir quando ele passou pelo silêncio dos espectadores lá em cima, mas o fato de ele estar indo muito bem o ajudou a conter-se. A tensão se espalhou pelo Juízo conforme ele se aproximava. Passou com tudo pela largada.

— Você fez vinte e seis segundos — informou Eva. — Vitória dos rebeldes. O campeonato termina com a vitória dos rebeldes, que passam a ser o novo Juízo.

Uma gaiola mágica se formou ao redor de cada um dos juízes, servos e reféns.

— Ah, não! — gritou o jovem de vestes brancas que apareceu do nada. — Não, não, não, para tudo!

— Mas o que é isso, agora? — perguntou Chung Ho furioso. — Dá licença, eu ganhei, o acordo era que....

— Ah, cala a boca, tio, na moral! Eu não aguento mais ouvir tua voz.

— Você não devia estar projetando — disse Eva.

— Ah, qual é? Só o seu amado Hoseok pode mudar de mundo de vez em quando?

— É muito perigoso, e você sabe — explicou Eva.

— Sem querer interromper… — disse Jin. — Mas quem é você?

— Oxe, não tá me reconhecendo? É claro que minha nova forma nova não ajuda muito, mas…

— Abraxas? — perguntou Jin, com um fio de voz. Aquela não parecia uma boa situação.

— Mais ou menos…

— Cadê seu irmão, falando nisso?

— Ah, ele se trancou no quarto dizendo que ia estudar pra P3 e quem sabe sair do primeiro ano, mas com certeza tá hackeando algum sistema dos Estados Unidos. O que é excelente. Dessa forma, ele não vai me atrapalhar. — O garoto fez surgir um tablet e começou a mexer nele. — Vamos ver… Alguma coisa deu errado, mãe…

— Eu não sou sua mãe, Abel.

— Você sempre vai ser minha mãe. Esse povo não sabe a sorte que tem.

— “Abel” — disse Namjoon. — Que nomezinho original. Seu irmão se chama Caim?

— Sim, ele se chama Caim, algum problema?

— Então você não é Abraxas? — perguntou Jin. — Desculpa, tô querendo entender.

— Metade. A metade boa. — Os meninos murmuraram expressões de surpresa. — Meu nome de verdade é Abra, mas derivou para Abel. E Csas derivou para Caim. Somos gêmeos, sabe? Para minha sorte, encarnamos separados dessa vez.

— E onde você esteve o tempo todo em que o outro estava tentando acabar com a gente? — perguntou Yoongi.

— Isso é mais complicado. Ah, achei. Um errinho besta na linha do tempo, mãe. Mas não dá pra consertar. A gente vai ter que voltar.

— Voltar? — perguntou Eva, incrédula. — Você não pode estar falando sério…

— Você deu sua palavra para esse cara — Abel apontou, e só então os Juízes perceberam que ele e os outros tinham virado estátuas. Provavelmente porque até a paciência do bom Abraxas tinha limites. — Se você deixar as coisas como estão, isso aqui vai virar um caos. Ele vai mandar todos os juízes de volta, vai dissolver a Casa Daegu, vai ser um inferno! Isso não pode continuar daqui. A gente vai ter que voltar.

— Mas não dá pra voltar um pouquinho, Abel. Vamos ter que voltar tudo.

— Que seja. Não tem outra maneira.

— Abel? — perguntou um menino idêntico, só que de preto, que igualmente surgiu do nada. — O que você tá fazendo?

— Oi, Caim — disse Eva, sorridente ao tentar disfarçar.

— O que ele tá fazendo, mãe?

— No tablet? Jogando Guitar Hero, é óbvio.

— Ah tá. Abel jogando. Se você dissesse que ele tá lendo apostila de física quântica eu acreditaria. Me dá esse tablet.

— Ah, vou… Vai sonhando.

Caim pegou o tablet da mão de Abel facilmente, já que ele era muito ingênuo.

— Ei! Isso é meu!

— Você… Você está mexendo na… Não acredito! Sem pedir minha opinião?

Caim jogou o tablet no chão e pisou em cima dele. Abel ficou parado sem fazer nada.

— O que você fez? — murmurou ele.

— Vê se aprende que eu também tenho voz nisso aqui. Você não vai mexer na linha. Isso significaria me unir a você de novo, e isso limita muito as minhas ações. Quem ganhou, Eva?

— Os rebeldes — respondeu ela.

Caim descongelou Chung Ho e os outros.

— Agora a escolha é sua — disse Caim. — O que você vai fazer com essas pessoas?

— Não o influencie — ordenou Eva.

— Eu não preciso fazer mais nada — respondeu Caim. — Eu já o moldei do jeito certo.

— Eu quero que eles sofram — respondeu Chung Ho. — Que sofram muito.

— Viu o que eu disse? — perguntou ele a Eva, sorridente. — E como você pretende fazer isso?

— Eu tenho uma sugestão — disse Eva.

— Você não! — protestou Caim. — A decisão é dele.

— Eu vou ter que pensar sobre isso — disse Chung Ho. — Deixe eles mofarem nos calabouços enquanto isso. Junto com os reféns e os servos.

— Foi uma boa decisão — disse Eva, e controlou as prisões, fazendo-as sumir para o calabouço. — Amanhã de manhã faremos a cerimônia para empossar os novos Juízes.

— Eu vou levar vocês para bons aposentos — disse Caim, feliz. — É por aqui. Já pensou em começar arrancando as asas deles? Isso dói muito.

— Acho uma boa ideia — disse Chung Ho, subindo as escadas.

Os espectros se dispersaram. Apenas Eva e Abel ficaram no hall.

— E agora, mãe? — sussurrou ele, extremamente triste.

— Eu não sei — disse ela, começando a rachar. — Mas agora eu estou tendo o mesmo destino que o tablet. O tablet rachou. Ele não existe mais, mas eu vou continuar.

Depois disso, Eva terminou de rachar. Abel abaixou a cabeça para não ver a mãe se dissolver, e olhou para a tela rachada.

— O tablet não existe mais — repetiu ele. — Só que… A inexistência não existe. O tablet está no Primeiro Mundo, então. Será que ele tem os apps? Será que eu consigo fazer alguma coisa, ainda?



~ Continua em Bulletproof: The Restart ~


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Notas finais do capítulo

Não sei que dorgas eu usei pra fazer essa doideira. A ideia de Caim e Abel eu tive no ônibus, fiquei com cara de espanto e Jenny ficou olhando pra mim tipo "O que aconteceu, migs?"
Como prometido, hoje também tem o extra do blog. Vocês já podem conferir:

http://jessicasanzescritora.blogspot.com.br/2017/06/extra-como-era-versao-original-de.html

E nos vemos no Restart.



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