Bulletproof Army escrita por Jéssica Sanz, Jennyfer Sanz


Capítulo 33
Prove que eu estou errado


Notas iniciais do capítulo

Este é o penúltimo capítulo oficial. Depois só os extras e tchau... (Ou será que não? #jogueiesaí)



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— QUE ARRASOOO! Esse cara me imitou tão mal… Imitou todo mundo porcamente.

Foi Jungkook que notou a voz no meio das outras. Lá em cima, entre os espectros e alguns outros hóspedes, estava ele. Jungkook sentiu o incômodo dele quando fitou seu olhar, então  sorriu e acenou levemente, passando a ele a sensação de que eram grandes amigos que não se viam havia muito tempo. Chamou Yoongi logo depois, cutucando-o, e apontou para ele.

Yoongi teve um pequeno delay. Afinal, tinha acabado de sair de uma batalha na qual um falso Baekhyun estivera presente. E, do nada, ali estava ele. E Yoongi não soube o que sentir. Era o assassino de Jungkook. Poderia considerá-lo seu próprio assassino… Ou não.  Byun Baekhyun era tão vítima quanto eles. Ele estava com os cabelos na cor favorita de Jin, e parecia temer completamente a reação que Yoongi teria.

Yoongi riu.

— Obrigado pela visita.

— Aquele do lado dele não é o cara do BigBang? — murmurou Michung, mas ninguém ouviu.

— Visita? — perguntou Baekhyun, só então notando as rachaduras em seus pulsos, para onde olhou. — Que isso?

— Baekhyun! — gritou Yoongi, chamando-o com tom de advertência, enquanto apontava para ele tentando parecer ameaçador.

— O que foi? — o menino tentou esconder a preocupação.

— Trate de cuidar dela.

A tensão sumiu visivelmente quando os ombros dele caíram devagar.

— É claro — disse ele, sereno, como se aquilo fosse óbvio, e era. — Pode contar comigo.

— Definam a categoria do próximo duelo.

Yoongi voltou sua atenção para o campeonato, não sem antes dar uma última olhada nos cacos que caíam no chão.

 

 

— Pode me deixar um pouco sozinha com ele?

— Claro. Eu preciso dar uma olhada no T.O.P.

— Que intimidade é essa?

— Mian. Ele pode ser meu paciente… Mas ainda é meu utt.

— BigBang acabou há 14 anos!

— Não precisa jogar na minha cara. Se você faz tanta questão, eu vou ver como Choi Seunghyun está.

— Vaza, Sehun. Vai ver seu utt e me deixa com o meu.

Sehun esboçou um sorriso. Os dois pacientes estavam em péssimo estado, mas tinham com quem contar. Ao menos Baekhyun, disso ele tinha certeza. Então, saiu do quarto.

Minji voltou sua atenção para Baekhyun. Segurou a mão dele.

— Aish, garoto… Por que você me dá tanto trabalho? — Ficou olhando para seu rosto pálido e hesitando antes de resolver sentar-se na cama, com cuidado. — É claro que eu não tenho nenhuma obrigação de estar aqui. Eu não sou da sua família. Eu não sou tão próxima quanto Chen ou Xiumin. Eu não sou nem mesmo uma irmã como Yonseo. Mas eu estou aqui por você. Eu insisti que me deixassem ficar. Eu não ia ficar bem sabendo que você está aqui nessa situação, de qualquer jeito. Eu não sei por que você faz isso comigo. Você sabe que fez coisas ruins que deveriam ser difíceis de perdoar… Mas não foram. Eu não sei o que é isso que eu sinto por você. Eu só sei que eu não quero te perder. Novamente eu fui estúpida por deixar que o tempo me afastasse de alguém importante. E só perceber quando é tarde demais. Me dê mais uma chance, jebal…

— Uma chance pra quê? — A voz dele estava meio rouca. Minji ficou levemente sem reação. Só conseguiu murmurar o nome dele antes que ele abrisse os olhos. — Bom, eu vou tentar responder seus questionamentos. Pra começar, você não é ninguém oficialmente importante só porque não quer. Você não sabe o que sente, eu te digo que é amor, e é de longa data. E também recíproco. Por último… Você reclama que eu te dou trabalho, mas você vai ver só. Assim que eu melhorar, vou cuidar de você. Por quanto tempo você permitir. Porque eu te amo, e você está errada em achar que é a única estúpida dessa história. Nós dois erramos juntos ao ignorar um ao outro, e é juntos que iremos reparar nosso erro e apagar todos os seus resquícios. Então eu te pergunto… Como você usará sua segunda chance?

 

 

— Vai lá, gente — disse Hoseok. — Quem tá confiante?

— Eu! — disse Michung.

— Mais alguém? Alguém? Qualquer pessoa…

Michung bateu no ombro de Hoseok.

— Para de palhaçada, Jung Hoseok. Por acaso você acha que eu não tenho capacidade para vencer uma batalha?

Hoseok olhou para Jimin e Jungkook, que ainda estavam um pouco afetados.

— Eu confio em você. Não confio neles...

— Eu posso ir — disse Géssyca. — Vou propor violino e dança.

— Não acho uma boa ideia — disse Namjoon. — Se você pegar um categoria impossível para eles, ele pode ficar com raiva e descontar na última categoria, se ganhar o sorteio.

— Eu não tenho a eternidade toda… — reclamou Eva.

— Deixa comigo, bae — disse Michung.

Hoseok ainda estava relutante quando Jimin resolveu interceder a favor dela.

— Ela é uma empata.

— Mas nem você consegue lê-los, hyung, imagine ela...

— Eu sinto quando a situação está favorável. Hoje de manhã, na sacada, eu percebi que você estava em frente a uma situação difícil, mas também senti que precisava de espaço. Foi por isso que eu não interferi. Confie em mim, eu não vou colocar tudo a perder. — Michung não deu tempo para ele protestar novamente. Virou-se para Eva. — A categoria será corrida.

— Corrida? — perguntou Chung Ho. — Dentro do círculo?

— Dá pra fazer — disse Eva. — Escolham seus representantes.

Michung andou até o pequeno círculo da sua equipe, e um rapaz foi para o círculo da equipe inimiga. Ele era o único, exceto Chung Ho, que ainda não tinha competido.

— As regras. Esta batalha, especificamente, não será no círculo. Será em uma circunferência irregular. — O círculo sumiu, e uma linha foi traçada. Ela passava reta pelo solo entre uma escada e outra, e pelo corredor superior. Depois, ela se alargou, formando uma faixa. — Este é o percurso. Peço aos espectadores que mantenham uma boa distância da área iluminada. Caso contrário, a batalha será recomeçada. Para evitar trapaças e acidentes, cada um competirá em seu próprio momento, havendo contagem de tempo. Aquele que completar o percurso em menor tempo vence a batalha para sua equipe. Os desafiantes da rodada começam. Este é o ponto de partida e chegada — uma linha branca traçou-se na faixa, bem no meio do caminho entre uma e outra escada. — .Não é permitido usar poderes ativos ou passivos para interferir na velocidade. As asas devem permanecer escondidas. Aquele que não estiver competindo deve permanecer no seu círculo. A primeira competidora pode se posicionar.

Michung foi para trás da linha. Eva colocou um sinalizador de contagem regressiva para o início e um cronômetro. Foram contados três segundos antes da largada. Michung estava parada havia um bom tempo, e ela odiava ficar parada, ainda mais sabendo que havia algo importante acontecendo. Ela concentrou toda a energia acumulada em suas pernas. Lembrou-se de todo o tempo de sua vida que passou deitada em uma cama de hospital. Lembrou-se de todo o tempo de sua morte que passou sentada em salas de reuniões ou julgamentos. Imaginou que cada segundo parada era carga para que ela usasse no momento certo, e aquele era o momento.

Dada a largada, ela disparou, chegando ao pé da escada em menos de um segundo. Subiu-a rapidamente e virou para a esquerda no corredor superior. Passou por todos os espectros que gritavam para ela com motivação. Foi em linha reta até o final do corredor superior, virando bruscamente para a parte dos fundos e depois mais uma vez para o da esquerda. Logo, chegou à outra escada e desceu-a pulando vários degraus de vez e alcançou a linha branca com tudo. Só então, começou a desacelerar com cuidado para não impactar as pernas. O Juízo e o espectadores comemoraram.

— Você fez vinte e sete segundos — informou Eva. — Pode voltar para o círculo. O segundo competidor deve fazer menos de vinte e sete segundos para dar vitória à sua equipe. Pode se preparar.

O garoto foi para trás da linha e se preparou. Eva fez a contagem regressiva, e o garoto fez o percurso. Hoseok se segurou para não rir quando ele passou pelo silêncio dos espectadores lá em cima, mas o fato de ele estar indo muito bem o ajudou a conter-se. A tensão se espalhou pelo Juízo conforme ele se aproximava. Passou com tudo pela largada.

— Você fez vinte e seis segundos — informou Eva.

 

 

— Pera aê, tia — o homem de cabelos rosados desceu as escadas. Ele era um dos hóspedes, e até mesmo os Juízes acharam que ele estava sendo levemente atrevido, o que não era algo ruim. Era apenas surpreendente que um simples hóspede estivesse se manifestando numa batalha como aquela.

— Quem é você? — perguntou Eva, como se ela não soubesse.

— O cara do BigBang — murmurou Michung.

— Isso não importa. O que importa é que esse parça que competiu pelos rebeldes passou por fora da faixa quando estava na parte de cima. Ele correu na parte interna da linha, por isso fez mais rápido.

— Isso é mentira — disse o rapaz, indignado.

— Não é — interferiu Jimin. — Todo mundo no corredor superior viu.

— As regras não dizem que não é permitido passar por fora da faixa — argumentou Chung Ho.

— Sinto muito se essa foi a sua interpretação — disse Eva a Chung Ho. — Mas o discurso de regras disse que a faixa é o percurso, e que quem completar o percurso em menos tempo vence. E se ele passou por fora da faixa, não chegou nem mesmo a completar o percurso.

— Então dê a ele uma nova chance — disse Michung.

— Nova chance? — protestou Géssyca. — Ele devia ser desclassificado!

— Ele quebrou a regra, — informou Eva — é o suficiente para uma desclassificação.

— Eu sou uma juíza, e devo ser justa — disse Michung. — O argumento adversário diz que as regras não estavam claras o suficiente, embora eu ache que estejam. Então, partindo do princípio de que ele não sabia que estava indo contra as regras, eu sou a favor de conceder a ele uma nova chance.

— Se é assim, então o competidor dos rebeldes poderá fazer o percurso novamente. Dessa vez, sem quebrar as regras. Mais uma vez, deve fazer menos de vinte e seis segundos para dar vitória à sua equipe.

O garoto se posicionou novamente. Após a contagem regressiva, ele fez o percurso todo novamente. Ainda estava descendo as escadas quando chegou aos vinte e seis segundos, e a comemoração já chegou ao Juízo e ao público. Quando ele passou pela linha branca, o cronômetro parou.

— Você fez em trinta e trinta e três segundos — informou Eva. — Com isso, a vitória desta batalha é do atual Juízo.

A faixa sumiu e o círculo voltou. Michung voltou para sua equipe, onde foi calorosamente recepcionada. Hoseok deu alguns passos ao encontro dela e abraçou-a longamente. Ela sentiu o coração dele batendo rápido.

— Eu sabia que você era capaz.

— Sabia, é?

— É como eu disse. Eu não confiava neles. Você viu no que deu.

— Para o último duelo, vocês devem indicar seus competidores antes da definição da categoria, que será escolhida pelo vencedor do sorteio.

Chung Ho foi para o círculo de sua equipe, enquanto todos os juízes davam seus votos de sorte e força à Diamond Maknae. Depois, ela foi para seu próprio círculo. Eva foi para o centro do círculo, onde surgiu um baixo pilar com uma roleta dividida em dois lados. Ela rodou, e a seta parou apontando para o lado dos rebeldes.

— Pelo sorteio, a categoria deve ser escolhida pelos rebeldes. Pelo bem da justiça nessa competição, eu sugiro uma Batalha de Espadas, já que os dois competidores são bons esgrimistas.

— Essa é uma boa sugestão. Eu irei quase atendê-la.

— Quase — murmurou Eva, sem entender.

— A categoria será Batalha de Espadas até a Inexistência.

— Essa batalha é impossível — protestou Sunghee.

— Você está com medo? — instigou Chung Ho.

— Não que eu não tenha certeza de que posso ganhar de você, mas se você ganhasse, eu até iria preferir a inexistência. Só digo que você está trapaceando, porque é uma batalha impossível. E quero saber se você me concederá a vitória se eu provar.

— Eu, conceder a vitória a você? Claro que não!

— Eu concedo — disse Eva. — Se, durante a luta, você provar que seu oponente escolheu uma batalha 100% impossível com o objetivo de trapacear, porque isso configura a possibilidade de desclassificação dele. Então… As regras. Cada um terá sessenta segundos para escolher uma única espada de seu arsenal para usar durante a batalha. A espada não pode ter poderes ativos ou passivos. Outras armas não podem entrar na batalha. Não é permitido sair do círculo durante a batalha. Não é permitido usar as asas. Vence aquele que matar seu oponente pela segunda vez, ou quem provar que o oponente está quebrando as regras ou trapaceando de qualquer forma durante este duelo. A contagem começa agora.

Os dois voltaram para suas bases. Sunghee abriu as asas e subiu para o corredor superior, onde tinha deixado suas armas. Ela estava prestes a pegar a própria espada, quando Jin ofereceu a sua.

— Sua eomma me deu essa espada no jardim subterrâneo, assim que eu cheguei neste mundo. Ela ainda estava em coma, e eu usei a espada para acordá-la. Essa também foi a arma que eu usei para tirar as asas de Abraxas. Acho que ela pode te dar sorte.

Sunghee se levantou e pegou a espada. Desembainhou-a, vendo o desenho da rosa na lâmina.

— “A espada vorpal” — disse ela, citando Carroll. — A lâmina é branca, assim como a rosa desenhada nela. Talvez eu devesse pintá-la de vermelho.

— Me parece uma boa ideia, Alice.

Jin abraçou Sunghee por poucos segundos. Depois, ela foi para o círculo.

 

 

Chung Ho atacou primeiro, mas Sunghee interceptou o ataque com sua espada. Isso deu início à batalha que parecia não ter fim. A cada momento, um dos dois parecia estar na vantagem. Parecia impossível que algum dos dois fosse, alguma hora, dar uma brecha para que o outro ficasse claramente com a possibilidade de vitória. Mas aconteceu quando Chung Ho começou a colocar um pouco mais de força em seus golpes. Isso foi cansando e enfraquecendo Sunghee, que já não era tão maknae depois das revelações de Eva.

— Você gosta de Alice no País das Maravilhas, então? — provocou ele.

— E Alice Através do Espelho — completou ela, tentando manter a respiração bem controlada, mas ele aproveitou-se de uma pequena brecha para chutá-la na barriga.

Sunghee caiu deitada no chão, e a espada caiu de sua mão. A distância era de apenas alguns centímetros, mas ainda assim era impossível para ela pegar estando deitada. Ela começou a se levantar, apoiando os cotovelos no chão, mas Chung Ho anunciou.

— “Cortem-lhe a cabeça”.

O golpe foi certeiro e não deve como dar errado. Com força, velocidade e precisão, ele atingiu o pescoço de Sunghee.


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Notas finais do capítulo

~Tela azul~



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