Bulletproof Army escrita por Jéssica Sanz, Jennyfer Sanz


Capítulo 26
"Cai a chuva e molha o meu amor"


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo tem musiquinha ♥ ♥ ♥ Pero no es de BTS.
Mentira, tem um pouquinho de Rain, mas é só um pouquinho, nem vou colocar link. Você pode abrir se quiser, mas sugiro que deixe seu fôlego para a música que aparece na íntegra. O hiperlink vai estar lá. Só abre na hora que a música começar na cena, por favor, hein...

Ah, e eu vou ter que diminuir a frequência só um pouquinho. Não tenho produzido nada ultimamente. Prefiro ir devagar do que parar.



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Depois que Yoongi e Géssyca foram embora, Jimin levou Jungkook de volta ao hall. Nas paredes, havia fotos grande de todas as crianças reunidas em recitais e montagens com textos contando a história da Casa Daegu.

— Não posso te contar a história, porque eu quebraria a promessa — disse Jimin. — Mas você pode conhecê-la por si mesmo.

Jungkook leu as placas. Como o próprio Yoongi havia confidenciado, a vontade de ensinar partiu de sua primeira aluna, Sunghee. Ele decidiu que precisava de mais alunos, e lembrou-se logo da ilha da ajumma. Pediu segredo a Jimin e Seohyun, e eles prometeram. No começo, as aulas de piano eram dentro das instalações da ilha. Algumas crianças se interessaram em aprender, e Yoongi fez sua primeira turma. Aos poucos, conhecendo as crianças, foi chamado para jogar basquete com os meninos na quadra, e ensinou algumas coisas que eles não sabiam. Decidiu então formar um time. Piano e basquete foram as primeiras turmas de cada ala. Ao ver o que as crianças aprendiam, outras se interessavam. O conhecimento foi passado pelas próprias crianças, Yoongi apenas acompanhou. Enquanto isso, decidiu que deveria aprender novas coisas para ensinar. Então foi atrás de novas habilidades. Jimin abriu uma turma de dança contemporânea e uma de Taekwondo. Yoongi ensinou composição, ritmo e poesia. Assim começaram a se formar diferentes grupos de interesse que dividiam o mesmo espaço, criando a necessidade de uma instalação à parte apenas para o projeto. Yoongi buscou a ajuda de arquitetos e conseguiu voluntários para ajudar na construção. Ele mesmo trabalhou duro para ajudar a erguer a Casa Daegu. Em uma das fotos de registro, Jungkook o viu colocando tijolo sobre tijolo. A parte de fora foi pintada de branco e depois recebeu a arte das crianças das turmas de desenho, pintura e grafite. As crianças menores registraram, na base, as palmas das mãos com tinta. A Casa Daegu foi planejada para abrigar os alunos de todas as turmas em duas alas, com salas especiais para cada um: salas de dança com espelhos e barras, auditórios pequenos e grandes, quadras poliesportivas, piscinas e campos na área externa, além de várias outras salas com isolamento acústico. Recebeu vários anexos ao longo dos anos para se adaptar à demanda que crescia, pois a cada vez que completava um ano, a Casa celebrava as atividades com um fim de semana esportivo, com pequenas competições simbólicas dos esportes, e era encerrada com um recital da Ala A. Isso fez com que pessoas de fora visitassem a ilha e conhecessem o projeto. Por isso, além dos filhos-sem-mãe que ficavam cada vez mais interessados em fazer parte (por causa das novas modalidades que sempre se encaixavam no perfil de um grupo), famílias começaram a incentivar suas crianças a unir-se ao projeto. A Casa Daegu passou a recepcionar, então, crianças de fora da ilha. As turmas começaram a aumentar, e algumas tiveram que se dividir para dar conta da demanda. Também cresceu a proporção dos recitais anuais, que passou a ser uma semana esportiva em vez de apenas três dias, terminando com três sessões do recital durante o fim de semana, além de exposições dos trabalhos manuais no hall.

Jungkook não conseguia acreditar naquilo tudo.

— Hyung… Por que ele fez isso? Por que o Yoongi Hyung ficou dez anos escondendo algo simplesmente incrível? Por que ele deixou a gente pensar coisas horríveis dele, se era isso que estava fazendo?

— É muito complicado. Ele não gosta de aumentar as expectativas. Começou como algo muito simples que tomou grandes proporções. Então, no começo, ele não tinha nenhuma intenção de mostrar. Era algo dele, ele criou e não queria que virasse algo do Juízo. Por isso, criou a promessa. Mas, obviamente, com o passar dos anos, ele começou a desejar que todos se envolvessem. Ele quebraria a promessa para envolver vocês nesse recital, mas agora… Ele não quer mais.

— Acha que ele vai mudar de ideia?

— Me diz você, Jungkook. Tá na suas mãos, você sabe. Sem querer colocar pressão, mas estamos preparando tudo para recepcionar vocês este ano, e faz muito tempo. E tem a Nana…

— Você tá afim dela.

— Dez anos de crush, meu amigo!

— E o que ela tem a ver com isso? Ela quer que o hyung traga o neto dela…

— Sim. É o Nam Hyung.

— Pera, a sua crush é a avó do Namjoon Hyung?

— É sim, algum problema com isso?

— E você sabia desde o começo?

— Eu não tô te entendendo, Jeon Jungkook… Vai me proibir de ter relacionamentos também?

— Nem brinca com isso. Vamos pra casa.

— Vamos sim.

— Mas sério, me conta essa história direito.

— Que história? Olha, a Nana casou muito jovem. Quando ela teve o appa do Nam Hyung, a imunidade dela baixou, e ela pegou uma doença muito ruim da qual não conseguiu se salvar. O appa do hyung não teve eomma, por isso ele era tão duro.

— Muito louco. Aigoo, eu vou demorar para me acostumar com isso.

— Aish, me erra, Jungkookie!

Estavam todos sentados à mesa do jantar. A conversa já estava a todo vapor quando Jin e Namjoon chegaram.

— Boa noite — disse Jin, sempre sorridente ao se sentar na cabeceira.

— Boa noite — disse Namjoon, já se servindo antes mesmo de sentar do lado direito da mesa.

— O humor de vocês parece muito bom hoje, oppas — comentou Sunghee.

— É, de fato — apareceram as covinhas quando Namjoon sorriu. — Nós temos uma notícia maravilhosa para contar.

— Não me diga que finalmente resolveram aquele problema.

— Que problema?

— Aquele que eu disse hoje de manhã, orabeoni.

— Ah, nós estamos trabalhando nisso, mas ainda é muito cedo. A questão é outra. — Jin colocou a mão sobre a mesa, estendendo-a na direção de Namjoon. Ele a segurou. — Eu e Namjoon queremos comunicar a vocês oficialmente que estamos namorando.

Todos demonstraram surpresa. Mas não uma surpresa de estranhamento. Era uma surpresa de alívio.

— Aigoo, até que enfim! — murmurou Taehyung, suspirando.

— Parabéns, oppas — disse Michung. — Estava demorando. Tipo, demorando muito.

— Pois é, Mi. Eu estava até com medo que eles ficassem a eternidade sem saber que se amam! — disse Géssyca.

— Vocês não estão nem um pouco surpresos? — perguntou Namjoon.

— Hum… Não — disse Jimin. — Como eu posso dizer? Vocês foram os últimos a saber.

— Só não vê quem não quer — disse Hoseok, colocando um pouco de comida na boca.

— Que vocês foram feitos um pro outro — disse Yumii, dando de ombros.

— Mas… se vocês sabiam… — murmurou Jin — por que deixaram a gente sem essa informação?

— Porque vocês precisavam descobrir sozinhos — informou Jimin. — Isso fazia parte do encantamento. Mas esquece isso, gente, é passado, aproveitem a eternidade que vocês tem a partir de agora.

— Ele falou, tá falado, bae — disse Namjoon, entrelaçando sua mão na dele. Jin sorriu com a feliz resolução, e começou a pensar em Yoongi, em como ele o havia despertado. Sabia como ele provavelmente estava se sentindo. E, como enfatizara sua irmã, algo precisava ser feito.

— Então, Yoongi — disse Jin. — Você sumiu hoje à tarde, foi fazer o quê?

Yoongi tentou esconder um sorriso nas bochechas cheias de comida.

— O de sempre — disse, dando de ombros. — Estive com minhas garotas.

Jimin sentiu Jungkook tentando não sorrir, agora que sabia a verdade, mas também sentiu uma pequena decepção se instalando em Sunghee. Ela tinha esperanças de que ele quisesse mudar, mas parecia que não.

— E foi legal? — intrometeu-se Namjoon, que também conhecia a situação.

— Foi sim. Fazia tempo que eu não me divertia tanto. E também… — Yoongi colocou uma garfada na boca, mastigou e engoliu antes de fazer sua confissão. — Eu tive uma catarse.

— Uma o quê? — perguntou Taehyung, confuso.

— Uma catarse! — exclamou Michung, feliz com a notícia. — Sério mesmo, oppa?

— Sim.

— Arrasou. Bate aqui! — os dois riram levemente ao fazer o cumprimento. Michung conseguiu sentir que Yoongi estava bem mais leve.

— Mas isso é o quê mesmo? — perguntou Hoseok.

— Coisa nossa, oppa.

— Ah, tá, claro. Tudo bem. Agora minha esposa e meu amigo escondem segredos de mim. Okei, eu vou superar — disse Hoseok, fingindo que ia chorar, e causando um pouco de humor na mesa.

Jimin olhou para Sunghee, que também riu da situação. Ela era esperta, e sabia o que era uma catarse. Conseguiu deduzir que as coisas não eram tão ruins quanto ela pensava. Isso deixou Jimin feliz. Ao menos, ela não achava que ele era um idiota. Talvez as coisas estivessem se encaminhando.

Jungkook já tinha um plano para reparar seu erro, mas antes precisava dar um passo crucial. Já era quase a hora de dormir, muitos já estavam em seus quartos preparando-se.

— Jaebum — perguntou Jungkook a ele, que estava no corredor, como sempre. — Sabe onde está o Yoongi Hyung?

— Creio que ele já tenha ido dormir.

— Foi sim — disse Mark, passando. — Eu o vi entrar no aposento agora mesmo.

— Obrigado, Mark. E Jaebum, obrigado pela ajuda.

Jungkook se foi, aliviado. Ele ainda não tinha coragem de olhar na cara de Yoongi, então seria ótimo que houvesse uma porta entre eles. Ele foi até lá e bateu na porta com cuidado.

— Yoongi Hyung. Sou eu, Jungkook. Não precisa abrir a porta. Eu só quero pedir desculpas pelo que aconteceu ontem. Eu sei que não foi nem um pouco certo o que eu fiz com você. Não seria certo fazer isso com ninguém, mas principalmente com você foi um grande erro. Não importa que eu estivesse fora de mim, não há nada que me dê o direito de ferir a nossa amizade. Porque você é o meu melhor amigo, hyung. Você sempre foi como um irmão pra mim. Eu não sei se eu quebrei o que sempre existiu entre nós, mas eu espero que não. E eu sei que minhas palavras não são nada comparadas a tudo o que eu te fiz de mau. Mas eu estou trabalhando para reverter isso. Eu espero que você me perdoe, meu irmão. Eu te amo.

Jungkook passou o dedo pelo canto do olho para tirar a lágrima que surgiu e foi embora. Do outro lado, Yoongi tinha se levantado, colocado a mão na maçaneta. Ele estava tentando ter coragem para olhar para Jungkook novamente, mas ainda não tinha. Então ele só chorou.

Depois de alguns minutos, ele foi até os aposentos dos Jung. Hoseok abriu a porta.

— Desculpa incomodar vocês. Será que eu posso roubar a sua esposa só mais uma vez?

— Esse vocabulário não tá te ajudando, hyung — brincou Hoseok. — Pra sua sorte, eu sei o que você quer dizer. Querida, o hyung precisa da sua ajuda.

Daquela vez, Yoongi não teve problemas para adormecer. Levou Michung ao píer no primeiro mundo. Viu Jungkook sentado na beirada, observando o limite entre o céu e o mar. Sentou-se ao lado dele e o abraçou. Jungkook olhou para ele e sorriu.

Sunghee acordou no meio da madrugada e não conseguiu mais dormir. Ela estava inquieta, gastando todos os seus neurônios para tentar entender Min Yoongi. Ele com certeza era uma pessoa cheia de mistérios e segredos. Quando percebeu que não iria dormir tão cedo, decidiu levantar e dar um passeio pela Casa. Logo, encontrou uma boa sacada, no fim de um curto corredor, para ficar sentada. Pegou um cigarro para ajudá-la a pensar. Acendeu-o com aquele isqueiro azul onde lia-se o nome de Yoongi. Aquilo tinha algum significado. Antes, era um objeto roubado, mas de repente era um presente. Ele tinha dito a ela que não sentia nada, mas por que a daria um presente se fosse assim? Além disso, ele tinha dito na festa que sentia algo por ela. Qual das afirmações era verdade? Ele disse que foi ver suas garotas, mas teve uma catarse, e aquilo não fazia o menor sentido. Nada na atitude de Min Yoongi fazia sentido, a não ser que Sunghee considerasse que ele estava atuando. Ora era ele mesmo, ora um personagem desprovido de emoções.

Ela começou a sentir algumas gotas. A chuva estava começando, o que era algo extremamente raro no Segundo Mundo. Ela estendeu a mão e fez uma cobertura de cristal para não pegar chuva. Assoprou um pouco de fumaça densa e cantarolou o refrão de Rain. Era uma música que ela pouco conhecia. Seu appa só a cantava quando chovia, e isso quase nunca acontecia. Ela tentou se lembrar dos versos que falavam da chuva, mas só lembrou do último verso do refrão: “Me vejo parecendo mais miserável hoje”. Tudo o que ela conseguia ver além da chuva eram as luzes desfocadas pela água translúcida e cercadas pelo escuro completo. Não havia nada de admirável para se observar, mas havia o frio. Ela puxou o roupão, tentando fechá-lo um pouco mais. Ela gostava do frio, mas ele não parecia tão bom quando as coisas estavam ruins. E havia também uma neblina densa que se misturava com a fumaça do cigarro. Densa… “A cor densa de um dia chuvoso sem Seoul”.

— Biga oneun jiteun saek Seoul geu wie…

Aquele cigarro era algo quente em seu corpo frio, como aquelas luzes ilhadas na paisagem sombria. Quanto tempo precisaria para a luz tornar-se dia, para o fogo tornar-se incêndio? Quanto tempo demoraria para ela ser feliz novamente?

Estava quase se lembrando do próximo verso quando começou a ouvir passos apressados na Casa. Olhou para o corredor. Os passos certamente vinham do corredor perpendicular. Ela ficou observando enquanto ouvia os passos aumentarem. Ficou esperando que um dos meninos do 7 aparecesse mas, inesperadamente, era ele. Yoongi passou tão rápido que nunca a notaria ali. Ele provavelmente havia sido acordado pela chuva, mas para onde iria com tanta pressa?

Sunghee decidiu que já tinha acabado o tempo de respeitar a privacidade dele. Se ele fazia questão de fingir ser alguém que não era, ela precisaria de outros recursos para entendê-lo. Em vez de segui-lo, ficou sentada na sacada e enviou um pequeno floco de luz sensora, o que foi bem parecido com ela estar lá pessoalmente. Ela via, ouvia e sentia tudo que cercava o floco. Yoongi tentou não fazer barulho ao avançar pelos corredores e descer as escadas, mas ele estava com pressa. Calçava as pantufas, mas estava carregando um par de sapatos pretos nos dedos da mão esquerda e um guarda-chuva na mão direita. Vestia o pijama e o roupão, mas também um chapéu. Ele foi na direção do hall de entrada. Trocou as pantufas pelos sapatos, foi para fora e abriu o guarda-chuva. Os sapatos faziam mais barulho que as pantufas.

Ele começou a andar pelo jardim, cantarolando uma música que Sunghee conhecia das aulas de Namjoon sobre cinema. Era um clássico. Yoongi parecia bastante feliz para alguém que estava sofrendo. Caminhava tranquilamente. Até que parou, olhou para o céu escuro de onde caíam as gotas, colocou a mão para fora da área do guarda-chuva e sentiu as gotas escorrendo em seus dedos. Colocou o guarda-chuva de lado, deixando a água gelada cair em seu chapéu e olhando da mão para o guarda-chuva. Deu de ombros e fechou-o. Com o guarda-chuva apoiado em seu ombro, continuou andando e fez o que parecia impossível para Sunghee: cantou ‘Singing in the Rain’. Como não havia um poste onde se apoiar, Yoongi usou uma das árvores e continuou a atuação, felicíssimo. Uma mão apoiada na árvore, outra segurando o guarda-chuva. Foi andando e fazendo toda a coreografia, exatamente como no antiquíssimo filme. Do nada, parou e tirou o chapéu, sentindo a chuva no rosto com um grande sorriso. Prosseguiu a caminhada, rodando o guarda-chuva. Sunghee já estava achando aquilo tudo completamente impossível quando Yoongi começou a sapatear, fazendo a parte principal da coreografia. As gotas geladas e o chão ensopado não eram empecilho: tudo estava perfeito no cover. Sunghee fazia o floquinho acompanhá-lo, imperceptível, e não conseguia acreditar que aquilo era real.

No final, Yoongi estava fazendo uma completa bagunça com a água empoçada, no meio de sua coreografia perfeita.

— Vai pegar um resfriado desse jeito — disse a voz da pessoa que se aproximou sob seu guarda-chuva. Yoongi olhou para ele.

— Bang Bang! Chegou na hora certa, meu caro. Sabia que nessa hora aparece um policial atrás do Gene Kelly? I’m dancing — cantou, por fim, fechando o guarda-chuva — and singing in the rain.

— Está bastante feliz, pelo visto.

— Você acha, é? Olha, isso é uma atuação, Bang Bang, isso não quer dizer nada. Mas, de fato, eu estou um pouco melhor.

— Por causa das suas crianças.

— Das minhas garotas — corrigiu ele, em tom de advertência. Olhou para os lados e apoiou a mão molhada no ombro de Bambam. — Você sabe que não deve falar assim.

— Não tem ninguém aqui.

— Isso não quer dizer nada. Os sons importantes não encontram barreiras na Casa do Juízo.

Bambam suspirou, impaciente.

— Por que não sai da chuva, hyung? Vai acabar ficando doente.

— Eu já estou doente — respondeu Yoongi, já andando com Bambam de volta para casa.

— Doente de amor?

— Pois é... Quem te viu, quem te vê, Min Yoongi. Eu sei que não devia vir para a chuva de madrugada, mas eu precisava de um pouco de alegria. E eu sempre quis performar essa música na chuva de verdade.

— Sendo que quase nunca chove.

— Exatamente. Entre um resfriado e a solidão completa, eu fico com o resfriado. E isso não vai me matar de novo, embora no fundo eu quisesse mesmo que isso acontecesse…

— Não fale isso, hyung! Eu sei que está sofrendo e tudo o mais… mas a inexistência é algo extremo demais! Você vai superar.

— Será que vou? Eu não sei, Bang Bang… Isso dói demais, mais do que eu achei que pudesse suportar um dia.

— Você não pode ser tão egoísta — disse Bambam, parando na entrada do hall, sob a cobertura. — Você tem que pensar nela, também. Já é horrível ficar longe dela morando na mesma casa… Imagina como ela ficaria se nem ao menos pudesse ter a certeza de que você está por perto…

— Eu nem sei se ela sente a mesma coisa por mim…

Bambam riu.

— Só um tolo não veria, hyung. Fique aqui, eu vou pegar uma toalha.

— Tá — disse ele, enquanto Bambam se afastava. — Já faz um tempo que eu sei que sou um tolo.


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Notas finais do capítulo

E quem pensa que essa longa noite acabou está enganado... Já no próximo capítulo esses dois se resolvem, e aí vem o último arco. Preparem os lencinhos, porque até eu estou chorando com esse começo de arco.
Mas, antes, preparem a imaginação de vocês para o abs de Min Yoongi.



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