Bulletproof Army escrita por Jéssica Sanz, Jennyfer Sanz


Capítulo 24
As garotas do Yoongi


Notas iniciais do capítulo

Gente, queria pedir desculpas pela demora em responder comentários. Achei que minha vida ia se resolver depois do evento do último fim de semana, mas tá hard... Não tô tendo tempo nem pra escrever.
Mas aqui está. Aqui está o grande segredo que Min Yoongi esconde, junto com Jimin, Géssyca e outros personagens que já conhecemos de longa data.



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— Eu preciso da sua ajuda, hyung.

— Fala logo, Kookie, tô meio ocupado hoje…

— Preciso que você me diga a verdade sobre os sentimentos da Sun e do Yoongi Hyung.

— Ah, vai ficar precisando. — Jimin se desfez de Jungkook e continuou caminhando. Jungkook o seguiu.

— Quê? Desde quando você nega a verdade pros outros?

— Desde quando eu tenho promessas a cumprir, promessas que me impedem de falar a verdade pra você. Prometi aos dois que não falaria dos sentimentos deles pra ninguém. Se quiser descobrir, vai ter que fazê-los contar.

— Mas isso não é justo! — Jungkook puxou o braço de Jimin, fazendo-o parar. — Hyung, você não tá entendendo meu desespero. Eu posso ter sido um completo idiota nos últimos dias, pelo menos ontem eu tenho certeza de que eu fui um completo idiota, e eu preciso consertar meu erro. Eu sei que você tem uma brecha nesse seu acordo, não tem?

— Aaah, eu não quero me meter nisso, me ponha fora dessa, Jungkook!

— Então você tem uma brecha! Hyung, por favor… Eu não quero que ninguém sofra por minha causa. Se alguém estiver sofrendo… eu preciso fazer isso parar. Mas preciso saber a verdade. Preciso saber se o Yoongi realmente ama minha filha, se ele realmente tem boas intenções e está disposto a mudar.

— Por que você quer que ele mude? Ah, tá. Entendi. Aish, isso é muito complicado, Kookie… Eu não quero trair a confiança dele.

— Você prefere que ele sofra, então?

— Vocês dois estão errados.

— Pelo menos eu quero consertar meu erro. Preciso muito de você, hyung.

Jimin ficou ponderando, como sempre fazia.

— Aish, tá bom. A brecha é o seguinte: Não posso falar nada, mas posso te levar para que você mesmo veja. Yoongi Hyung vai ver as garotas hoje. Eu e Geh íamos com ele, mas…

— Geh? O que a Geh tem a ver com isso?

— Tudo. Enfim, eu vou dizer que não posso, e vou te levar comigo. Nós vamos ficar ocultos. Uma hora ou outra, Yoongi vai acabar dizendo o que sente pela Sun.

— Ah, eu não sei se quero conhecer essas mulheres, hyung…

— Não são mulheres, são garotas! Para de drama, Jungkookie, você vai entender o que eu tô falando. Mas tem que ficar quietinho até a hora de ir. Partimos às 13h.

Jimin e Jungkook estavam ocultos no hall principal, quando viram Yoongi chegar por um dos portais. Logo mais, Géssyca apareceu.

— Cadê o Jimin? — perguntou ela.

— Ele disse que não vai hoje.

— Não acredito — disse ela, rindo. — Ele não perde uma oportunidade de flertar!

Jungkook olhou para Jimin com uma careta, mantendo suas terríveis suspeitas.

— Também não entendi — disse Yoongi, dando de ombros. — Vamos logo, estou ansioso. Já faz algum tempo que não vamos.

Os dois saíram da Casa e decolaram. Jimin e Jungkook foram logo atrás.

Os quatro voaram através das ilhas flutuantes, por um caminho que não era completamente estranho a Jungkook. Ele estava desconfiado, mas só se pronunciou quando teve certeza do lugar onde os dois iriam pousar.

— Conheço esse lugar — disse Jungkook. — Não é a ilha da ajumma?

— Ilha das Mães-sem-filhos — disse Jimin, pousando. — Isso mesmo.

— Sugaaaaaaaa!

Um grande grupo de crianças bem novas juntou-se ao redor de Yoongi assim que ele pousou, abrindo um grande sorriso. Jungkook já estava boquiaberto. Yoongi e Géssyca foram cumprimentando as crianças, abraçando algumas, chamando-as pelo nome e perguntando das novidades. Depois de algum tempinho, Yoongi disse.

— Nós vamos ter que ir. Teremos pouco tempo.

— Posso ir com vocês? — perguntou a pequena que já estava acomodada no colo de Yoongi.

— Claro, minha flor.

— Depois ficamos um pouco mais com vocês — garantiu Géssyca, sorridente.

As crianças se despediram e outras acenaram e chamaram os dois enquanto eles andavam pelo gramado.

— Não tô entendendo nada — confessou Jungkook.

— Calma — disse Jimin.

Depois de andar um pouco, Yoongi e Géssyca alcançaram uma grande construção toda desenhada, onde entraram. Jungkook estava se perguntando o que aquilo significava, até identificar o texto acima da porta, que dizia “Casa Daegu”. Ele pensou em fazer alguma pergunta, mas sabia que Jimin não ia responder.

Havia um grande hall, com alguns bancos ao redor e um piano de canto. Estava vazio, a não ser pelo cão marrom que se aproximou e recebeu-os com felicidade.

— Oi, Holly — disse Yoongi, feliz. — Também estava com saudade. Tenho que vir com mais calma pra brincar com você.

— Com a gente — corrigiu a menininha.

— É, florzinha, com todo mundo. Verdade!

Eles subiram as escadas na lateral esquerda e começaram a percorrer o corredor superior. Havia salas com janelas grandes de vidro. A primeira delas revelava um grupo de crianças maiores que estavam dançando em perfeita sincronia até avistarem os dois do lado de fora. Então, começaram a se agitar aos poucos até que estavam todas grudadas na janela. Yoongi acenou para todas elas, muito feliz.

— Ensaio geral em dez minutos — anunciou ele, deixando as crianças eufóricas com o início da preparação. — Avisa na Ala E, noona, jebal.

— Pode deixar — garantiu ela, sumindo em seguida.

Yoongi continuou pelo corredor. O próximo vidro revelou uma sala em forma de auditório, com um palco bem pequeno. Havia alguns alunos em cima do palco, usando roupas pretas. Três meninos seguravam rosas vermelhas.

— Ensaio geral em dez minutos — repetiu Yoongi.

— Eu já vi essa peça ou é impressão minha? — perguntou Jungkook. Jimin só riu.

Eles passaram por mais algumas salas de dança e, depois, por uma onde um grupo cantava. Ele continuou fazendo anúncios, e as próprias crianças saíam espalhando a notícia por outras salas. Finalmente, Jungkook entrou em uma sala onde uma orquestra tocava. A melodia era Russian Folk Dances, e estava no final. A ansiedade era perceptível nas crianças, mas elas esperaram o fim da música para soltar os instrumentos e se amontoar ao redor dele.

— Apeoji! — começaram a chamá-lo. Jungkook não conseguiu conter a surpresa.

— Por que demorou tanto? — várias perguntaram.

— Eu vou explicar. No ensaio geral, daqui a… cinco minutos. Vão indo pra lá, temos que ser rápidos hoje.

Todos começaram a se mexer, pegando os instrumentos, exceto um menino que segurava um violino.

— Apeoji, minha corda estourou.

— Espera um pouco, flor — disse ele, sentando-se e deixando a menina no chão por um momento. Pegou o violino, e vendo que a segunda corda da esquerda para a direita estava estourada, pediu. — Alguém me vê uma corda Lá, por favor?

Logo, atenderam a seu pedido, entregando-o um envelope quadrado de papel branco. Ele agradeceu e começou o trabalho. Rapidamente, tirou os restos de corda, colocou a ponta no afinador e o torceu bastante. Em seguida, a outra ponta em um dos microafinadores. Apertou o afinador um pouco mais e foi tocando a corda com pizzicato e afinando até chegar ao Lá.

— Prontinho, campeão. Vai lá.

O garoto correu para fora da sala, que já estava vazia, com exceção dos Juízes, a menininha e uma moça que tinha acabado de chegar. Jungkook se lembrava vagamente dela, e percebeu que Jimin ficou diferente. Yoongi pediu à menina para ir ao Ensaio Geral na sua frente.

— Eles sentiram sua falta — disse a moça, enquanto a menina saia.

— Eu sei — Yoongi se levantou. — Eu também senti falta deles, mas não deu pra vir antes.

— O Jimin contou. Cadê ele, falando nisso?

— Ele não pôde vir hoje.

— Que pena.

— Novidades?

— Sim — disse ela, tirando a prancheta de baixo do braço. Os dois foram andando pelos corredores enquanto Yoongi ouvia o parecer desde sua última visita. A moça contou sobre as duas últimas crianças que tinham chegado.

— São irmãos, um menino e uma menina. Ela entrou para as cheerleaders da Ala E. Ele foi colocado na turma da flauta na Ala A.

— São quantas alas? — perguntou Jungkook.

— Duas, só. Ala A, de Artes, e Ala E, de Esportes.

Finalmente, eles chegaram às portas do que parecia ser o auditório principal.

— Obrigado por cuidar de tudo na minha ausência, Nana. Seu neto parece muito com você, nessa parte.

— Quando você vai trazê-lo?

— Ainda não sei. As coisas não estão fáceis.

— Você tá me enrolando há dez anos, Suga.

— Eu sei. Eu sinto muito.

— Você disse que ia trazer todo mundo no recital desse ano.

— Sim, mas eu não esperava que as coisas virassem de cabeça pra baixo lá em Casa. Se você soubesse das coisas que têm acontecido, Nana… Enfim, melhor eu aproveitar o pouco tempo que terei hoje.

— Boa sorte.

Yoongi acenou uma última vez e abriu a porta. O auditório era enorme e estava lotado até a galeria. Um estrondo se espalhou aos poucos com a felicidade das crianças em vê-lo enchendo o auditório. Yoongi sorriu imediatamente com a recepção calorosa e começou a andar pelo corredor que levava ao palco. Jimin e Jungkook o seguiram. O maknae estava surpreso com a quantidade de crianças que havia ali. As mais próximas do corredor o chamavam de “apeoji” ou “Suga” de todos os lados, falando diversas coisas. Yoongi fazia o que podia para distribuir sua atenção. Finalmente, chegou ao palco, de onde conseguia olhar todos os rostinhos entusiasmados. Todas as crianças eram maiorzinhas, de sete anos para cima. Na fileira da frente, Géssyca estava sentada com a visitante pequenina no colo. Holly estava sentado no chão perto dela. Jimin levou Jungkook para a frente, e eles sentaram no chão. As crianças continuavam agitadas. Yoongi, radiante no palco. Aos poucos, elas se aquietaram para ouvi-lo.

— Minhas garotas — disse ele, e todas as meninas do auditório se alvoroçaram. — Meus garotos — disse ele, e os garotos soltaram a voz. — Ala A. — chamou ele, e todas as turmas de artistas gritaram. — Ala E — os times fizeram um barulho bem alto. — Minhas crianças — disse ele. e o auditório pareceu tremer com todos juntos. Jungkook conseguia ver que Yoongi estava emocionado. — Eu senti muita falta de vocês.

— Nós também sentimos! — gritaram várias crianças.

— Por que não veio antes, apeoji? — perguntou um menino na segunda fileira.

— Eu queria ter vindo, mas não pude. As coisas estão meio agitadas lá em Casa. O ajussi de vocês deve ter explicado.

— Mais ou menos — confidenciaram algumas crianças. Não era uma notícia ruim para Yoongi. Eles não precisavam de muita informação, só iria estressá-los sem necessidade.

— Você parece triste — comentou uma das meninas, e logo começou uma pequena agitação com relação a isso.

— Está triste, apeoji? — perguntou um menino mais novo.

Yoongi sabia que aconteceria. Sabia que elas eram sensíveis, e que sentiriam sua aflição. Ele nunca teria sucesso em esconder algo assim, mesmo que estivesse atuando muito bem.

— Vocês não precisam se preocupar com isso — afirmou ele, ciente de que estava se entregando.

As crianças agitaram-se ainda mais. Uma menina perguntou.

— É por nossa causa?

Yoongi conseguiu sorrir.

— Claro que não. Vocês são a minha maior felicidade.

Então, uma menina mais velha, devia ter uns catorze anos, levantou-se de seu lugar na segunda fileira.

— Conte pra nós, apeoji! Conte o que te aflige!

— Não precisam se envolver — repetiu ele. — Não precisam fazer nada por mim.

— Não precisamos — confirmou ela. — Mas sabemos que só nós podemos te ouvir. Você não pode confiar em mais ninguém, então confie em nós.

Imediatamente, Yoongi lembrou-se de Michung recomendando-lhe uma catarse.

— Cante para nós — pediu a pequenininha, e logo vários outros começaram a pedir. Muitas das conversas mais sérias da Casa Daegu aconteciam assim, com música. Yoongi suspirou para repor energia.

— Não estamos com muito tempo, então eu vou cantar sim, mas só no final. Precisamos fazer nosso Ensaio Geral, ok?

— Ok! — todos disseram.

— Muito bem. Vocês sabem como é. Movam-se para a coxia dois minutos antes da entrada no palco. Ala E, precisamos de todos vocês na parte técnica durante todo o ensaio. Quem está na abertura já pode ir para a coxia, começamos em dez minutos.

Jungkook se encolheu todo quando várias crianças começaram a se levantar e ir para o palco. Vários membros da Ala A entraram na coxia pelas portas nas saídas de emergência. Alguns da Ala E acompanharam, outros se espalharam. Alguns já estavam na galeria para cuidar da parte de som e iluminação. Alguns foram para as entradas do palco para controlar as cortinas e o fosso. Outros, na coxia, preparavam os elementos que entrariam e sairiam do palco.

— Cada time tem uma função na parte técnica do espetáculo — explicou Jimin. — Assim toda a Ala A pode ficar focada na apresentação.

Jungkook não disse nada estava completamente sem palavras. Ainda conseguiu ver a movimentação no palco enquanto as cortinas eram fechadas lentamente. Depois de algum tempo, as luzes mudaram. Jungkook quase não piscava, de tanta ansiedade.

Quando as cortinas se abriram, havia apenas um piano sob o holofote. Yoongi entrou e sentou-se. Começou a tocar uma música bem simples, de poucas notas repetitivas. Estava tudo monótono, até que começaram as entradas. Uma menina pequena, de 8 anos, sentou-se ao lado dele e tocou as mesmas notas, duas escalas acima. As entradas continuaram. Os passos eram lentos. Poucos entravam de cada vez, sem fazer alarde. Começaram com os percussionistas, batendo seus instrumentos bem no fundo. Então, vieram os violinos, as flautas, as clarinetas. A luz se acendeu lenta e bem fraca, amarelada, sutil. A música ganhava volume aos poucos. Vieram, então, alguns cantores, que cantaram bem baixo a letra em inglês, tão monótona e repetitiva como a melodia.

Welcome to our world.

Welcome to our town.

Welcome to our world.

Welcome to Daegu Town.

Então, vieram os dançarinos, executando seus passos inicialmente mornos. Quanto mais crianças entravam, mais aumentava o volume, a velocidade e a emoção da música, que passava a ser executada por múltiplas artes. As luzes se acenderam, piscando em cores diferentes. Lá no fundo, lâmpadas redondas e vermelhas se acenderam e se moveram, formando desenhos abstratos. A dança, a música, tudo foi preenchido com uma energia especial. No fim, havia um pouco de cada grupo de arte representando-a.

Assim, encerrou-se a abertura do espetáculo, que foi aplaudida pelos que não pertenciam a ela. Jungkook fez questão de aplaudir, mesmo sabendo que não seria ouvido. Yoongi se levantou.

— Muito bom, pessoal. Próximo grupo. Não precisa fechar a cortina.

Todas as crianças saíram do palco. O time de futebol levou o piano para fora. O time de vôlei trocou o cenário inacabado, que era só uma árvore de madeira sem pintura. Yoongi desceu pela frente e se sentou em uma cadeira à parte, bem no centro, onde ele comentaria cada grupo.

O fosso abriu e a orquestra subiu. Era bem grande, e tinha todos os instrumentos. As cordas agrupadas ao redor da estante principal do maestro, as madeiras em fila, os metais logo atrás, antes da poderosa percussão. Todas as crianças tinham seus instrumentos descansados no colo.

Géssyca entrou pela direita. Foi aplaudida, e algumas crianças mais conhecidas gritaram brincadeiras para ela. Ela foi para a estante e agradeceu.

— Não estamos prontos ainda — informou ela, mas Yoongi era bastante inteirado dos assuntos.

— Façam até onde sabem. Isso vale para todos os grupos.

A batuta estava sobre a estante. Ela a ergueu, e a orquestra se posicionou para tocar, imediatamente. Contou o primeiro compasso em silêncio e a música, Russian Folk Dances, começou. Ela parecia extremamente chata no começo, mas logo mostrava sua energia. A orquestra mostrou uma versão curta, que era o que tinham aprendido até então.

— Já começamos a aprender a outra música — informou Géssyca. — Mas não tem nada pronto para mostrar por enquanto.

— Que música é?

— Isso é surpresa, Suga.

— Vocês adoram me deixar curioso, não é? Bom, não preciso fazer comentários sobre a orquestra, Geh Noona está cuidando muito bem disso. Obrigado, crianças.

Em meio a aplausos, a orquestra desceu no fosso. O segundo grupo entrou, com a ajuda dos contra-regras do time de futebol americano. Era uma banda grande, com direito a metais, backing vocals e tudo o mais. A banda tocou Uptown Funk, a única que tinha preparado.

— Vocês estão indo muito bem — falou Yoongi. Elogiou a vocal principal, falou da sintonia entre os backing vocals e indicou aos metais o cuidado com a respiração. Depois, a banda saiu.

O fosso abriu novamente. Havia uma escada de degraus altos, do tipo que se usa nos corais. Logo, várias crianças entraram e se posicionaram. Havia uma pequena pianista para acompanhá-los. Ela colocou o dedo sobre as teclas e tocou notas que Jungkook conhecia muito bem. Depois das primeiras notas, que equivaliam a um verso da música, as crianças cantaram toda a Begin. As vozes se combinavam perfeitamente. Jungkook sentiu-se incomodado por aquela música cheia de significado ter sido inserida em um espetáculo planejado por ele, depois de todo o ocorrido.

— Como ele está agora? — ousou perguntar a Jimin. Jimin olhou para Yoongi.

— Normal — Jimin voltou seu olhar para Jungkook. — Ele não tem raiva de você, Kookie.

— Eu sei. Mas… Isso não diminuiu o fato de que ele está sofrendo por minha causa.

Jimin pensou em dizer que Jungkook precisava fazer algo a respeito, mas ele já sabia.

Quando o coral terminou, Yoongi falou algo sobre sopranos e tenores, muito bem explicado, e liberou o coral. Eles saíram pelo lado oposto, e um novo grupo tomou seu lugar. Dessa vez, eles seguravam microfones, e seriam acompanhados por alguns metais. Assim que os metais começaram, Jungkook reconheceu a antiga Satoori Rap.

— Isso é um coral de rappers? — perguntou a Jimin, que estava todo entretido com o ritmo.

— Mas é óbvio.

No fim, Yoongi agradeceu a participação do grupo e deu mais algumas dicas sobre respiração. O grupo saiu e o fosso fechou.

— Agora o bicho vai pegar — disse Jimin, todo animado, esfregando as mãos.

— Por quê? — perguntou o curioso Jungkook. Foi Yoongi quem respondeu.

— O próximo grupo é dança. Vamos abrir com a turma das meninas do pop.

— O que elas vão dançar? — perguntou Géssyca.

— Não sei, Jimin se recusou a dizer… Vocês estão guardando segredo demais.

— Olha quem fala — debochou Géssyca.

A música começou e as meninas entraram. Yoongi nunca tinha ouvido aquela música, nem conhecia o idioma.

— Não acredito que o Jimin escolheu uma música em português! — gritou Géssyca. Jimin só gargalhava sem ser visto.

— É B-Pop? — perguntou Yoongi.

— É. É Anitta.

— Anitta — repetiu Yoongi. — Ok.

Depois da apresentação, Yoongi fez os comentários.

— Bom, vocês estão de parabéns, a dança de vocês está ótima. Eu acho que o Jimin está conduzindo vocês muito bem, e a música escolhida deve falar alguma coisa legal. Ele deveria estar aqui para dizer alguma coisa mais interessante, mas por enquanto é só isso. Obrigado. Meninos, vocês agora. Meninos do Pop. Tô até com medo.

Jimin já estava com a mão na boca para tentar segurar o riso. Jungkook e Yoongi pegaram We Are Bulletproof na mesma hora. Yoongi tentou esconder o quanto estava gostando da apresentação.

— É… Então, meninos… Vocês estão ótimos, parabéns. Principalmente no break. Eu vou pensar em algo mais profundo pra dizer em particular. Vamos começar com as turmas mistas, agora.

As turmas mistas se apresentaram. Eram ritmos diferentes: street dance, contemporânea, balé, sapateado, até stiletto tinha. Por último, entrou a turma de Pop Misto, dançando uma coreografia original de Re-bye, do AKMU.

— Agora é o teatro. Coloquem toda a parte de cenário e figurino que estiver pronta.


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Notas finais do capítulo

Me contem se estavam esperando algo parecido. Quero muito saber o que vocês acharam!



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