Durante as aulas... escrita por Sarah


Capítulo 3
O triste fim da máscara de plástico


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :3



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Era mais um horário do almoço. Ou fim dele, no caso.

A maioria dos alunos se encontravam estirados no chão, conversando, copiando as tarefas mais que atrasadas e dormindo. E é claro que havia os que se encontravam de pé, jogando peteca e brincando de ai.

E é ai que nossa história começa.

A roda de ai nunca esteve tão grande, todos rindo e gritando, porque lá ninguém tinha dó de mão nenhuma. E espremidos entre a roda e a parede das salas: duas amigas e um amigo, uma delas cheias de fantasias preparadas especialmente para aquele dia, com óculos e máscaras e plumas e até um espartilho. Estava só escolhendo qual delas usaria naquele momento.

De marginal, provavelmente.

O motivo daquelas fantasias? Ninguém sabia. Tratava-se de um grupinho com alguns parafusos a menos.

A outra amiga se divertia usando o menino de cobaia: experimentando nele os óculos divertidos (detalhe: o coitado era míope ou algo do tipo), colocava bandanas coloridas em seu cabelo e por fim, amarrando seus cachinhos com fitas cor de rosa.

Os três riam, enquanto recebiam olhares estranhos dos que estavam ao lado, só observando, mas então, ocorreu uma tragédia: uma das máscaras de plástico, de um tom entre rosa e roxo (difícil de definir)}, foi posta momentaneamente de lado, a deriva no corredor, e um aluno, de olhar vidrado como o de um psicopata, que passava pelo apertado corredor exatamente naquele momento, acabou por pisar nela, que devido ao seu frágil e barato plástico, partiu-se no meio.

Um minuto de silêncio, em respeito a máscara partida.

Pronto.

O “assassino” da máscara logo olhou para baixo, assustado com o barulho que ela fez ao se partir, depois olhou para os três amigos num misto de espanto e súbito horror, pediu desculpas repetidas vezes, e saiu rindo meio constrangido, meio se desculpando ainda.

Mas a perda no final não foi total: havia outra máscara igual, e a quebrada foi ainda mais quebrada (o que não foi difícil de se fazer), em vários pedacinhos de vários tamanhos e de vários formatos, e distribuídos aleatoriamente pela escola sem qualquer motivo lógico ou motivo concreto.

Um digno fim para a pobre máscara barata de plástico de cor entre rosa e roxa metalizada.


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