Tudo começou bem antes das aulas começarem Sakura tinha ido para Hokkaido e Yayoi estava em Londres. Eu estava em uma loja de CDs e estava na seção de bandas mais “desconhecidas” da loja, lá não havia quase ninguém, eu estava procurando uma banda chamada “Heart break” é uma banda desconhecida e bem nova, mas suas músicas são muito boas, eu estava procurando seu novo CD que deveria estar naquela ala. Finalmente achei era o último, estava tão feliz de poder compra-lo, quando fui pegar outra mão pegou junto comigo, olhei para cima e era um garoto que parecia da mesma idade que eu, seu uniforme é da escola Madoka, uma escola muito boa por sinal. Olhei para ele e ele olhou para mim, eu puxei o CD e o garoto fez a mesma coisa.

—Você não vai soltar? – Falei em um tom grosso, queria muito aquele CD.

—Uma garota tão bonita como você não deveria falar em um tom grosso como esse. – Ele falou colocando sua mão em meu queixo, soltando o CD por surpresa. – Muito obrigado pelo CD! – Ele falou fazendo uma careta e saindo correndo com o CD na mão, eu saí atrás dele

—Onde você pensa que está indo com o meu CD?! – Eu saí correndo atrás dele para pegar o CD.

—Onde? Estou indo comprá-lo. – Ele já estava no caixa pegando o dinheiro em seu bolso.

—Você não pode comprá-lo eu que achei eu primeiro! – A moça já havia dado a sacola com o MEU CD para ele e ele começou a sair da loja andando e eu segui ele.

—Você pode devolver o meu CD por favor?

—Sinto muito, mas eu comprei. – Ele jogou a nota fiscal em cima de mim.

—Você pode ter comprado, mas foi eu que peguei primeiro e você usou truques sujos para me fazer soltar! – Eu fiquei mais uns 15 minutos seguindo ele e fiquei perturbando-o até que ele desistiu

—Já chega! O que eu posso fazer para você parar de me incomodar?! – Ele tinha parado de andar e ficado na minha frente.

—Me dá o meu CD! – Falei esticando minha mão.

—Eu não vou te dar! Esse CD é meu!

—Então eu ficarei te atormentando até você me dar o meu CD!

—Cansei! Vem aqui comigo! – Ele me puxou até uma cafeteria e nos sentamos em uma mesa dos fundos.

—Por que me trouxe para este lugar? – Eu estava desconfiada de ser puxada para um lugar como aquele por um garoto que eu nem conhecia. Ele abaixou sua cabeça.

— (risadas abafadas)

—Por que está rindo? – Estava com medo dele, rir do nada é estranho.

—Isso só acontece em mangás, (risadas).

—Isso, o que?

—Isso! De um garoto e uma garota se encontrarem e entrarem em conflito e depois terem um interesse em comum! (Risadas)

—Dá para você parar de rir? Está chamando atenção! – Estava envergonhada de estar com um garoto maluco como ele.

—Sinto muito, isso nunca aconteceu comigo. – Ele estava enxugando os olhos, parecia que tinha acabado de chorar. –Se eu te pagar um café você para de ficar brava e de me seguir. – Ele sorriu para mim, agora que eu percebi, ele era bonito, seu cabelo era castanho e seus olhos eram verdes, nem parecia um japonês.

—Eu vou pensar nisso. – Eu tentei esconder minha vergonha e acho que falhei porque o garoto estava sorrindo em quanto olhava para meu rosto.

Uma atendente chegou até nós e fizemos nosso pedido, eu pedi um cappuccino e o garoto pediu um café expresso sem açúcar. As bebidas chegaram e começamos a beber.

—A gente está conversando a um bem tempo e até tivemos uma briga, mas ainda não sei seu nome garota brava. – Garota brava?! Com quem ele pensa que está falando?!

—Meu nome é Sayuri Anju, e o seu ladrão de CDs? – Retribuído...

—Meu nome é Watabe Kaoru e pelo que eu saiba e paguei pelo CD então ele é legalmente meu.

—Mas eu que tinha pego primeiro, e eu vou insistir nisso até você falar que ele é meu.

—Você quis dizer seria certo? Se for assim você está certa, o CD seria seu se eu não tivesse pego-o antes.

—Ok, nisso eu concordo.

—Então você pode parar de me encher a paciência e concordar que o CD é meu?

—Está bem, mas você paga a conta do café.

—Está bem.

Nos dois ficamos conversando por um bom tempo no café e trocamos nossos números de telefone. Nos encontramos no mesmo café mais algumas vezes para falarmos sobre os nossos gostos musicais e o que fazíamos e isso começou a me fazer ter sentimentos a mais pelo Kaoru (depois de um tempo a gente começou a chamar o outro pelo primeiro nome).

No meio do sábado eu recebi uma ligação do Kaoru me perguntando se eu queria ir em um goukon, já que estava faltando meninas. Fiquei muito feliz que poderia encontra-lo mais uma vez então me vesti muito bem para que pudesse impressiona-lo. Eu cheguei no local combinado e Kaoru estava conversando com alguns colegas e garotas que pareciam estar bem “assanhadinhas” para cima do Kaoru, o que me deixou meio desconfortável, mas não poderia fazer nada já que eramos só amigos; as outras garotas eram mais bonitas e mais amigáveis que eu e Kaoru parecia estar tratando-as bem melhor do que me trata. Cheguei mais perto e Kaoru notou a minha presença e me chamou mais para perto, me apresentou a seus amigos e depois me pediu para chamar mais garotas já que o número de garotas é menor. Chamei Yayoi e Sakura para nos encontrar em frente a uma cafeteria perto da estação, fiquei me socializando com as outras pessoas até que a Sakura chegou e depois de um tempo Yayoi também chegou.

Todo mundo entrou no café e as garotas se sentaram de um lado e os garotos do outro e começou o goukon, todos ficaram conversando e no começo eu fiquei um pouco quieta e depois o Kaoru veio falar comigo e largou as assanhadas.

—A tagarela não está falando nada, parece até que o gato comeu a língua.

—O que? Não posso ficar mais quieta no meu canto?

—Nossa e a gatinha mostrou as garras novamente.

—O que? Ta me chamando de bonita?

—E se eu tiver? – Não está, isso eu tenho certeza.

—Mudando de assunto, eu percebi que você não age com as garotas da mesma forma que age comigo.

—Na minha escola eu sou conhecido como príncipe então tenho que manter a minha aparência.

—E perto de mim você vira o ladrão.

—Você ainda pensa nisso?

—Mas é claro, como vou esquecer a pessoas que me roubou.

Nos dois ficamos conversando o goukon inteiro e quando uma garota vinha tentar conversar com o Kaoru ele logo dava um fora nela e isso me fez sentir especial. O goukon acabou e o Kaoru se ofereceu para me acompanhar até a minha casa.

—Gostou de alguém no goukon?

—Hiroki parece ser um garoto legal. – Mal tinha conversado com Hiroki, apenas disse o nome dele sem pensar duas vezes.

—Você pretende se declarar para ele ou algo assim, já que achou ele legal? – Que perguntas são essas?

—Talvez, se me encontrar com ele de novo. – Porque eu disse isso?!

Nos dois estávamos andando calmamente e o Kaoru me empurrou contra a parede e colocou seus braços em volta de mim e me prendeu para que eu não pudesse sair, como era mais alto que eu ele me olhava diretamente nos olhos e ficava me olhando profundamente.

—Você gosta do Hiroki? – Kaoru estava com as bochechas coradas, o que me fez corar instantaneamente.

—Não.

Kaoru instantaneamente saiu de cima de mim e continuou andando em frente e eu fiquei parada encostada na parede.

—Kaoru.... Porque fez isso agora? – Eu estava com o coração em minhas mãos e não sabia o que fazer ou como reagir.

—Você é muito lenta para essas coisas Anju, você não percebeu que estou apaixonado por você? – Ele está apaixonado por mim! Isso é maravilhoso!

—Kaoru! – Eu saí correndo em sua direção e pulei em seus braços, nos dois caímos e eu beijei seus lábios, eles são muito macios.

—A, An, Anju! – Ele estava gaguejando, estava muito fofo.

—Eu também estou apaixonada por você!

Eu e Kaoru começamos a sair assim e ele toda hora define o nosso namoro como um namoro de mangá.