Paizão Adolescente escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 7
Da Festa... Ao Passeio


Notas iniciais do capítulo

Mike vai seguir a filha para uma festa de adolescentes e verá a realidade nua e crua. Além disso, sua situação não melhorará nenhum pouco. Nesse meio tempo, Jack, para impressionar a diretora, promove um final de semana na praia...

Obrigado a todos que estão acompanhando, mesmo não comentando. Passei de 100 acessos e isso, pra mim, é um feito. Agradeço também aos comentários que, com certeza, impediu minha história de floopar. Pensava que esse tipo de enredo agradava mais gente nova, mas já vi que não. Isso me obrigou a não esticar mais a história que teria uns 20 capítulos, agora, no máximo, terá 13 capítulos.

Boa Leitura



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— Pra que a gente vai a essa festa, Mark?

— Para vermos o que vai acontecer com a sua irmã. Percebeu que ela está acompanhada com o cretino do Paul?

— Ela sempre sai com esse cara. Para falar a verdade, melhor ela namorá-lo longe de casa, assim ficarei livre dos trotes dele.

— Jamais vou deixar a sua irmã sozinha com aquele predador sexual. Viu o que ele fez hoje na escola? Por Deus, o cara não deve ter tesão, mas cio. Ficou pegando camisinhas... Até parece que a Jessica vai continuar com esse namoro absurdo. Tipo, o cara pensa que é quem? O Steve Martin do filme 12 é Demais? Tipo, quem transa com uma mulher e fala que a dona vai precisar de uma cadeira de rodas? Terry Crews? Eu não vou deixar que sua irmã se estrague desse jeito, e hoje à noite vai ser decisivo. Será mais fácil o Donald Trump pintar o topete de vermelho do que esse crápula encostar nela.

— Você fala de um modo super protetor. Fala a verdade, está apaixonado por ela?

— Claro que não! É que vocês precisam escolher pessoas honestas para se envolverem. Tipo, aquela Maggie ficaria bem namorando com você.

Junior ficou corado quando eu falei aquilo.

— Ela nem liga para mim. Já tentei me aproximar dela várias vezes... e não deu muito certo.

Flashback on

(3ª pessoa)

— Atenção, vamos fazer duplas para o trabalho que teremos a respeito de bichinhos fofinhos. Quero dupla homem e mulher.

Junior foi deixado para trás e havia sobrado apenas uma garota chamada Margarida ou Maggie. A moça ficou observando se havia algum rapaz sobrando até Junior chegar perto dela.

— Posso fazer par com você?

— Claro. Gosta de animais de estimação?

— Sim, eu tenho um cachorro... Sabe, Maggie, posso falar uma coisa?

— Claro que sim.

— Eu... Eu... Eu... Eu...

— Fala logo. O slide tá rolando e se a professora nos pegar conversando, vai nos dar nota baixa.

— Eu... gosto de você. Tipo, eu te acho linda e tal... Como posso dizer, seu cabelo é tão sedoso que me lembra minha cachorrinha...

— Você tá me comparando com uma cachorra?

— Não... Na verdade ela era linda mesmo e tal... pena que morreu.

— Continua me comparando com uma cachorra, e, de quebra, morta.

— Desculpa... Ahh... melhor eu tê-la comparado com a Kesha?

O rosto de Maggie foi de desprezo.

Flashback off

— Foi um fiasco mesmo.

— Foi não. Apenas isso foi nervosismo inicial, mas com o tempo você consegue...

Na verdade foi um fiasco SIM SENHOR! Quem em sã consciência chega para a garota que gosta e fala que os cabelos dela se parecem com os pelos de um animal? Mesmo que eu ache os cabelos de Anne iguais aos pelos da Lassie, nunca falei isso abertamente para ela. Junior, além de virgem, CDF e tímido, não consegue chegar perto de uma menina para falar coisas coerentes. Meu filho quer ser quem? Forrest Gump? E por que diabos uma escola ensina para uma pessoa uma aula sobre bichinhos fofinhos? Tipo, é a mesma coisa que você ir no circo e assistir Ellen Degeneres. E quem é Kesha?

— Hoje será a sua chance de se redimir com a garota. vai na fé, Junior.

— Ah cara.

Estacionei o carro ao lado do buffet que estava sendo usado como palco para a festa dos estudantes. Saímos e conseguimos entrar facilmente — tipo se um cara do ISIS quisesse entrar ali, conseguia namorar mais rápido que meu filho e depois explodia tudo. O ambiente dentro era espaçoso e visivelmente haviam bebidas alcoólicas. Uma piscina grande também era visível, além de uma pista de dança e uma varanda onde haviam mesinhas e cadeiras.

— Preciso encontrar a sua irmã o mais rápido possível.

— Não vai me deixar sozinho, cara.

— Olha só quem está ali — fui até a tal Maggie e conversei com ela. Quando a trouxe para o Junior, o garoto simplesmente tremia as pernas.

— Oi, Junior. Quer tomar um suco comigo.

— Ah... Eu?

Dei um empurrão nas costas dele que foi obrigado a chegar perto dela. O rapaz tinha um sério problema de autoestima.

Caminhei mais um pouco, havia vômito no chão. Parece que rolava música de rock eletrônico, sei lá. Cheguei perto de umas poltronas quando percebi que as patricinhas me cercaram como se fossem lobas cercando um cordeiro.

— Sabem onde está a Jessica?

— Oi, bonitão? Vamos dançar? Deixa a Jessica — disse a ruiva.

— Não tenho tempo para isso.

— Como não tem tempo? Você é jovem e lindo — disse a morena.

— Isso mesmo. A noite é uma criança — disse a loira.

Eu peguei as três e as coloquei sentadinhas no sofá. O trio ficou me olhando com aquelas carinhas de moças pedindo para namorar, mas jamais ia cair nisso. Apesar de ter o corpo de um adolescente, a minha mente continua a de um pai de família.

— Garotas, se vocês não se valorizarem, quem as valorizarão?

— Não me valorize então — ruiva.

— Isso mesmo — a loira.

— A gente deixa você nos desvalorizar. Olha para o nosso corpinho — a morena.

Fiquei olhando por um tempo e subiu um calor... NÃO! Preciso me manter íntegro. Não vou cair nessa mesmo que o meu corpo peça.

Depois daquela conversa com as patricinhas desta história maluca — que mais parecia uma história de ficção —, eu fui caminhando tranquilamente quando vi uma vitrine com estudantes somente de cueca e com sutiãs. mas que droga era aquela? Como existem seres humanos capazes de humilhar publicamente os seus semelhantes? Sim, havia um ser repugnante chamado Paul Heidern que fazia esses trotes com os alunos CDFs. Esse cara merece uma boa surra, isso sim.

Passei por Paul disfarçadamente e fui para a parte de cima. Vi Jessica sentada numa mesinha, provavelmente esperando o salafrário, mexendo no celular. Aproximei-me dela sem que percebesse a minha presença. Assim que eu me sentei, ela fez uma cara de desgosto.

— Está gostando da festa?

— O que faz aqui? Virou um stalker?

— Jessica, vou ser direto. O Paul não é o cara que você merece. Ele é criminoso, causa bullying a torto e a direito e faz os CDFs vestirem sutiãs. Tipo, isso é desumano.

— O Paul é legal, tá? Conheci ele no tinder há dois anos e no mesmo ano se transferiu. Ele é o homem que estou apaixonada e nada nem ninguém vai me separar dele. Inclusive, depois do colegial, eu vou morar com ele. Vou até fazer uma faculdade pública para ficar pertinho dele.

— Você não pode fazer isso na sua vida.

— Ninguém vai me impedir. Este ano faço 18 anos, portanto eu farei o que eu quiser.

Ela saiu e eu a segurei pelo braço. Não deveria ter feito isso como estou agora, mas o meu instinto de pai falou mais alto.

— Não vou permitir que faça essa besteira.

— Ohhh se liga, meu filho. Nem mesmo meus pais vão evitar isso, quanto mais um idiota como você!

— Jessica, Jessica, volte aqui! Droga!

— Tá difícil, não é?

— Desirée? Apareceu agora, foi?

— Não, eu estava bebendo vodca. Sabia que eu nunca fico bêbada? Posso beber infinitamente... Bom, nem tanto porque meu estômago tem limites e quero preservar meu fígado... Inclusive estou pegando aquele nerd chamado Danny.

Danny era tão feio quanto o cara de óculos do Alvin e os Esquilos.

— Tá difícil mudar a minha vida, viu. Nunca pensei que a minha família estava com um grande problema. Agora sei que o que fiz foi negligência. Mas eu quero me redimir e consertar tudo, só que é difícil.

— Eu sei. Porém o único que vai decidir no final se conserta a família ou ganha um novo rumo será você. Mesmo eu sendo a causadora da sua nova condição, não posso te ajudar. Ah... fale pro papai que vou dormir na casa do Danny. Ele é nerd, gamer... vou pegar muito no console dele hoje.

Depois disso, chega pra mim. Preciso dormir, reparar as energias e ver o que fazer a partir de amanhã. Desirée foi com o tal Danny e eu fui buscar o Junior que já não estava mais com a Maggie. Procurei por ele até achá-lo perto da saída.

— Por que está aqui e não com a Maggie? E por que a sua calça está queimada?

...

Os dias se passaram e minha situação se deteriorou cada vez mais. Ann começou a namorar o idiota do Trevor, a Jessica saía frequentemente com o meliante do Paul, Junior continuava alone e eu perdi meu emprego de anos. A revista Social Vip decidiu me demitir depois de vários dias ausentes e sem me justificar. O que me restou? A minha atual condição.

Um dia desses rolou uma partida com o nosso time e o time de outra escola. Junior estava no banco de reserva, mas com o tempo pedi ao treinador para trazê-lo ao jogo. Olha a minha situação: vi a Ann com o concubino e Jessica se agarrando com aquele nojento. Mesmo assim, eu me concentrei ao máximo.

Faltava apenas um ponto para o nosso time e eu tinha que passar a bola para o Paul ou para o Junior. Todos queriam que eu passasse para o predador, mas resolvi passar para o meu filho. Junior fez uma cesta de três pontos e todos ficaram alegres. Agora sim vi meu filho se dando bem ao abraçar a tal Maggie.

— Parece que você está se dando bem com esse negócio de escola.

— Estou fazendo o meu papel, não é mesmo? E aí, como vai seu rolo com a diretora.

— Eu nem te conto... Tá, vou contar.

Flashback on

(3ª pessoa)

A diretora Christinna terminou o seu horário de trabalho para ir ao estacionamento pegar o seu carro, porém viu Jack no final da escadaria que dava para os carros. Ela tentou ir para o outro caminho, mas foi seguida pelo homem.

— O que você quer?

— Quero um pouco da sua atenção, meu amor.

— Eu já disse que não namoro pais de alunos, senhor Winscott.

— Quem disse em namorar. Só vim dizer que eu trouxe de presente aquele ônibus escolar novinho em folha e notebooks para os pobres alunos. Quero apenas a sua atenção, por favor.

— O que quer?

— Um encontro como amigos. Esse final de semana eu viajarei com o meu filho para Malibu passar o sábado e o domingo num resort da minha família. Pode ir comigo?

— Vou pensar. Não pense que vai me comprar tão facilmente. Mas sua proposta é tentadora então pegue meu contato do whatsapp...

Flashback off

— E foi isso que aconteceu.

— O mais engraçado é você ter me envolvido nisso. E a Desirée?

— Ela disse que tem prioridades na vida. Que vai trabalhar como feiticeira em outros casos, portanto não vai conosco.

— Nossa... um resort. O quanto sua família é rica?

— Somos multimilionários. Só eu tenho pelo menos 100 milhões de dólares na minha conta. Mas quem realmente é rico é o meu pai que é o presidente da W Resort e cadeias de hotéis. Como cansa ser rico.

Fui humilhado, é isso, produção?

Dei uma passadinha na minha casa para ver como estavam as coisas e vi, depois de muitos anos, o irmão de Ann, Simon. O cara estava estragado, meio gordinho, era sedentário... Pelo menos virou técnico de beisebol.

— Então esse é o Mark? O mais engraçado que eu converso com Jack pelo twitter, facebook e vejo alguns vídeos dele pelo snapchat e de vez em quando conversamos ao vivo pelo skype, e ele nunca falou ou mencionou que tinha um filho bastardo chamado Mark.

— Talvez tenha sido na época em que ele me escondia... — mais um questionamento daquele e me desmascarariam.

— Pode ser, mas é estranho.

Preferi ficar um pouco longe do Simon, ele sente o faro como se fosse um cachorro... Fiquei ajudando a Ann a limpar o quintal. Vi Jessica se agarrando com Paul, peguei a mangueira e molhei os dois. Fiquei jogando de basquete com o Junior até ver Ann sozinha precisando de ajuda de um homem novo e vigoroso.

— Coloque o adubo ali.

— É pra já — peguei o saco que pesava uns vinte quilos, diga-se de passagem, e coloquei perto da parede. Eu tava suado e com cara daqueles homens que aparecem em calendários de revistas gays. (Não, eu não leio revistas gay)

Fiquei perto da Anne e percebi que a mesma ficou desconsertada com a minha aproximação. O mais incrível é que ela fica nervosa perto de mim, como se, inconscientemente, soubesse que era o próprio marido ali.

— Olha, melhor você terminar e voltar para casa. Esse lance de pegar a coroa é comum entre vocês, jovens, porém não tenho interesse.

— Eu não tive a intenção de dar em cima da senhora. Só estou mesmo usando isso como experiência para um trabalho escolar.

O carro do Jack parou em frente de casa e dele saiu o cara vestido de toureiro. Cada dia era um personagem diferente. O meu pai fictício foi para convidar toda a minha família, incluindo o Paul e o Trevor, diga-se de passagem, para o final de semana no resort. Jessica, claro, ficou tão empolgada que convidou as suas amigas patricinhas. Já vi que serei atormentado por um trio de vaginas multicor durante o final de semana.

...

Antes de chegar o dia do passeio à praia, resolvi visitar uma pessoa que eu realmente me importo. Há muitos dias, desde que me transformei, não a visitei. A dona Torrance, a viúva Torrance, a mulher que eu mais admiro, apesar de eu amar mais a minha filha e estar amando ainda a minha esposa. A minha mãe, nesse momento, é a minha prioridade.

Parei o carro perto da sua casa, observei aquele local onde passei a minha infância e adolescência. Era a mesma residência depois de décadas. Mamãe ainda estava lá. Preciso inventar qualquer coisa, porque PRECISO URGENTEMENTE ver a minha própria mãe para me acalentar nesses dias difíceis que tive.

Agora é a hora. Saí do carro, caminhei até a porta de entrada e toquei a campainha. Seja o que Deus quiser.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Capa: Diretora Chris

Se gostaram, já sabe... Podem comentar para cada vez mais eu esteja com disposição e nunca deixar a história em hiato. (Se bem que poucas fanfics minhas estão em hiato)

Quem é tímido, não quer se expor nos comentários, tudo bem, eu entendo. Pelo menos favorita, deixa a sua marca registrada. Se você favoritar e não comentar, eu estarei satisfeito.

Tchau e até a próxima!



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