Paizão Adolescente escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 8
Sol e... Praia - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Começam as confusões no final de semana que promete ser o mais agitado da vida de Mike.



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Em poucos dias a minha vida mudou radicalmente. Foi um absurdo, assim como vacas cacarejando ou galinhas dando leite... A minha vida era relativamente normal, no entanto a "normalidade" aqui era para alimentar o meu próprio egoísmo. Minha família deteriorava-se com o tempo enquanto eu não enxergava a um palmo de distância. Conheci uma feiticeira e depois disso tudo mudou.

— Quem é? — perguntou a doméstica que trabalha na casa da mamãe.

— Eu sou Mark Winscott, gostaria de conversar com a senhora Torrance, por favor.

Sentei-me no sofá enquanto esperava boa vontade da matriarca do clã Torrance descer do ateliê para me atender. Depois da morte do meu pai, mamãe resolveu tomar conta do nosso patrimônio, conseguiu se consagrar como artista plástica e hoje possui um estúdio para desenhar as suas obras. Aguardei ao mesmo tempo que bebia uma xícara de café.

— Você deve ser o Mark. Tudo bem, querido? — ela estava igual de vinte cinco anos para cá, exceto o fato dos seus grisalhos e da idade que ultrapassava os sessenta anos.

— Tudo bem, senhora. Sou o filho do Jack Winscott, o melhor amigo do Mike.

— Oh sim... Conheço o Jack, conheço desde que era pirrototinho. Aquele lá sofria com os trotes na escola, foi difícil para ele. Um molequinho, franzino daquele virou um homem, porque para ter um filho precisa mais do que inteligência, não é?

— Só vim mesmo trazer uma notícia do senhor Mike... Ele pediu para meu pai, papai me pediu para que eu viesse falar que seu filho está numa viagem a negócios...

Ela me interrompeu, pediu café, a empregada trouxe e ela continuou. Dessa vez fez algo que me pegou de jeito.

— Michael foi demitido esta semana, querido. Acredito que esteja desinformado quanto a isso. Uma pessoa me disse.

Fiquei surpreso com a revelação dela, provavelmente algum colega da revista que veio aqui ou ligou para informar a minha condição. Entretanto, nenhum integrante do staff da empresa tinha uma relação pessoal com ela.

— Mas acho que ele esteja numa outra empresa agora. Ele não me especificou — suei.

— Empresa ou Empreitada?

— Oi?

— O Mike deve estar numa tarefa ainda mais dura que trabalhar feito bicho naquela revistinha. Mesmo assim deve estar sendo gratificante, não? Por Deus! Meu filho era um rapaz com sonhos, com carisma; porém tornou-se um ganancioso igual seu pai. Por isso estou feliz que ele esteja numa outra missão de vida, pode ser que agora ele esteja vendo as coisas mais claramente. Não acha, querido Mike?

— Hã? O que me chamou?

— Não concorda comigo, querido Mark?

— Ah tá. Sim, eu concordo plenamente com o que disse. Ser livre do peso do mundo deve estar sendo uma maravilha.

Ela olhou para mim, pediu um abraço, fui até ela e a abracei. Ela sussurrou no meu ouvido que Mike, eu, deve estar dando orgulho para a família e se distanciando do que era há pouco tempo. Nos despedimos, mas, antes de ir embora, ela falou algo que me deixou intrigado.

— Não se esqueça que toda mãe nunca se esquece do cheiro do filho — piscou para mim. Lisa Torrance seria a última pessoa do mundo enganada por mim.

...

O fim de semana bateu à porta e meu pai de mentira ficou preocupado com todos os preparativos. O homem passara a semana toda ligando para seu pai a fim de liberar os quartos do resort em Malibu. Ficou para lá e para cá, sempre colocando a diretora ruiva gostosa no centro das conversas.

— Tem como ficar calmo? A mulher não vai sair voando, afinal ela não é um anjo.

— Não é isso. Eu temo que ela esteja na rua e um assaltante a esfaqueie ou ela seja sequestrada; talvez esteja atravessando uma rua e um ônibus a atropele. São coisas assim que me deixam preocupado.

— Você precisa é de um bom psiquiatra. Não vai acontecer nada, entendeu? — ele assentiu. — Vamos embora porque já são 9 da manhã e a minha família está esperando.

Chegamos em casa e vimos Ann com o idiota do Trevor, o Junior com a queridinha dele que eu fiz questão de convidar, Maggie, e também a minha filha com o empata foda do Paul. Juro que eu não me sentia seguro com aquele pervertido de merda agarrando minha filha feito um sanguessuga. O circo de horrores foi montado quando as três patricinhas foram convidadas por Jack sem eu saber, a pedido de Jessica.

Fomos de carro até o aeroporto e de lá pegamos o helicóptero. Não cabiam todos, por isso na primeira viagem foram as patricinhas, Paul sozinho, Jack e Chris. A segunda fomos eu, Ann, Jessica, Junior e Maggie. Havia voado de helicóptero uma única vez, a emoção é bem melhor do que se fosse de avião. Quando chegamos ao litoral, vimos o grande hotel dos pais do Jack. Era um prédio bem comprido, com mais ou menos uns dez andares, várias piscinas bem à frente e uma praia esplêndida. O helicóptero pousou no terraço em que ficava o heliponto.

— Sejam bem-vindos ao Resort W. Levaremos as suas bagagens — disse um homem alto, magro e de bigodinho. Identificou-se como sendo o gerente do hotel. Fomos guiados por esse senhor sem ao menos passar pela recepção, apenas o seguimos para uma das suítes do último andar, ele com um notebook ali mesmo fez as reservas e nos deu o cartão de acesso. — Esta suíte possui uma vista privilegiada para o mar e também tem condições de abrigar até quatro pessoas.

— Olá — o meu papai havia acabado de chegar. — Foster, só há duas suítes master neste hotel. Vamos dividir assim, ficarei com a Chris e o resto de vocês divide este aqui. Vocês dão um jeito para dormir... Um dorme no sofá, outro no chão e por aí vai.

— Acontece, papaizinho, que eu sou o seu filho, lembra? Vou ficar na sua suíte e vou levar o Júnior junto comigo. Assim ficarão as meninas aqui e...

— Eu vou dormir juntinho com a Jessica. Ainda bem que não vai ter o seu primo empata foda aqui conosco.

Nem me lembrava do canalha do Paul, e agora se aproveitou do que eu falei para estuprar visualmente a minha filha, quiçá levá-la para atrás de algum muro... Se isso acontecer, ele estará acabado em dois tempos.

— Trevor vai ficar comigo também... Mas, como ainda sou casada, não é certo que durmamos juntos. Você vai ter que ficar no sofá.

— Isso, Trevor, no sofá — falei convencido.

Horas depois, Jack preparou um verdadeiro banquete no restaurante, juntou as duas mesas. Era o almoço que estava sendo servido para o dono da porra toda.

— Hoje o cardápio será frutos do mar. Sirvam-se à vontade — disse ele.

Um garçom foi colocar uma lagosta no meu prato, mas rejeitei porque eu sou alérgico a crustáceos e a maioria dos frutos do mar.

— Engraçado, Mark, meu marido também é alérgico a frutos do mar. Cada vez que se passa eu te acho muito parecido com ele. E você é um péssimo pai, Jack. Não sabia do problema do seu filho?

— Ele é filho bastardo e eu o conheci há pouco tempo. Não saberia de tudo, não é? Por favor, dê o que o meu filho precisar. Chris, o que achou do resort?

— Para mim está uma maravilha. Nunca pensei que você fosse rico assim. Mesmo assim não venha com gracinhas, é apenas um encontro como amigos.

Pedi bife normal com os acompanhamentos. Pena que não podia beber o vinho, parecia estar ótimo.

Momentos após o almoço, Junior e eu fomos passear, pai e filho, quase da mesma idade. Visitamos a piscina onde muitos hóspedes brincavam, quadras de tênis e vôlei, além da praia e do oceano Pacífico à nossa frente. O rapaz, assim que viu Maggie, ficou paralisado. A moça estava com as patricinhas conversando enquanto se bronzeava na areia da praia.

— Por que esse medo todo, cara?

— Ah não, cara. Eu fui muito idiota quando me aproximei dela na festa. Não tenho jeito para essas coisas de namorar uma garota...

— Tem sim, pensa o quê? — fui até Maggie, para o desespero do outro, e falei que Junior estava pedindo para sair com ela na amizade. A menina topou na hora e levou o rapaz que estava incrédulo.

— Oi, gatinho? — disse a ruiva.

— Vamos namorar? — disse a loira.

— Prefere uma morena? — disse...

Saí para não ser incomodado por essas três canibais. Acredito que a melhor coisa que saiu da boca desse trio foi alguns falos, porque haja descaramento.

...

Em 3ª pessoa...

Mike ficou lendo algo enquanto descansava numa cadeira à beira da piscina. Junior chegou com um sorriso de orelha a orelha, tirou o outro de concentração e pediu para que fosse com ele numa partida de vôlei de praia contra Trevor e Paul. O pai de família fechou o livro e foi imediatamente.

O homem retirou a camiseta mostrando que estava em plena forma, o mesmo corpo sarado de 25 anos atrás. Arrancou alguns suspiros das patricinhas.

— Mulher, pena que ele deve ser gay. Porque eu lamberia esse peitoral sem dó nem piedade — disse a morena.

— Nossa, que safada. Eu pensei a mesma coisa, mas você que falou — disse a ruiva.

— Fala a verdade, ele é lindo de rosto e de corpo — falou a morena.

— Pode apostar que sim — respondeu Anne. As patricinhas olharam para ela desconfiadas, ela desconversou.

A patricinha loira ficou quietinha observando o jogo e também Mike. A garota aproveitou que Annelise estava ali para inventar algo como insônia e que precisava de um remédio. Anne falou para ela que na suíte onde estava, sobre a cômoda do quarto estavam os comprimidos relaxantes. A loira agradeceu e foi ao hotel pegar.

O time de Mike perdeu, para o seu lamento.

— Mais um pouco para cima — falou a diretora Chris.

— Assim tá bom? — perguntou Jack.

— Assim tá ótimo — respondeu.

Jack estava colocando protetor solar nas costas da ruiva enquanto ela descansava de bruços numa cadeira à beira da piscina. O homem estava tão feliz que morreria feliz dali em diante.

...

1ª pessoa

Acabei de receber uma derrota humilhante dos dois homens mais infames que eu já vi na minha vida. Um é o fura olho do caramba, insosso e feio, o outro era um tarado que provavelmente se masturbava com qualquer objeto com buraco no meio. Sorri amarelo e fui para o bar que havia perto da piscina. Pedi um refrigerante, o barman colocou gelo no copo e despejou o refri dentro.

— Oi, gatinho?

— Oi. Não te vi junta com as outras... a morena e a ruiva. Vocês andam juntas que até parecem siamesas. Até que pegou a alcunha "patricinha loira".

— Pois vai mudar hoje. Meu nome é Hester. Eu também quero um refrigerante, por favor. Quero brindar com um amigo meu.

— Aqui, senhorita — falou o barman.

— Obrigada. Então, Mark, você é gay?

— Não... Por que essa pergunta?

— Caras da sua idade já teriam cedido às cantadas de garotas como eu. Você é um caso raro. Só pode ser gay ou pode ser algum candidato a sacerdote budista.

— Hester, você está bem enganada quanto a isso. É que eu levo a sério relacionamentos.

Meu celular tocou, virei para pegar do bolso da minha bermuda e atendi. Era telemarketing, odeio isso. Virei e vi Hester sorrindo para mim. Não entendi e continuei bebendo o refri. Poucos segundos depois bateu uma sonolência, provavelmente porque dormi pouco hoje, a viagem e pratiquei vôlei na praia. Despedi-me da loira e subi para a minha suíte. Dormiria aquela noite no sofá, mas como Jack não estava, fui à cama espaçosa. Apaguei de vez, mas senti que algo não estava certo, poucos minutos cochilando, eu acordei com Hester bem na minha frente.

— Olá, gatinho. Diga olá para o Instagram.

— Hester? O que faz... — ainda estava tonto. Percebi que os meus braços estavam presos na cabeceira. — O que é isso? Tire-me daqui imediatamente!

— Não, gatinho. Vamos nos divertir muito a partir de agora — ela ficou me filmando e depois veio na minha direção bastante disposta.

— Não faz isso, por favor. Não quero ter relacionamento com outra mulher — o que eu disse foi em vão. Ela começou a passar a mão na minha perna.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.

Capa: Junior Torrance



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