Yume - Diário de Sonhos escrita por Kath Gray, Melissa Sbragia


Capítulo 1
Apresentação - Isabel Lins! o/


Notas iniciais do capítulo

*"Eu sou Isabel!" em japonês (básico/formal)

Não, eu não costumo usar emotcons em meus textos XP Por algum motivo, com essa apresentação me senti como se estivesse trocando mensagens com alguém, então acabei anotando assim! Nos meus registros não será dessa forma, prometo >,
Espero que gostem! o/



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Hey-hou! Watashi wa Izabe-ru desu!* o/

Eu já estava pensando em fazer esse diário de sonhos faz um bom tempo. Para ser totalmente sincera, inicialmente isso era mais para mim do que para vocês (XP); eu sempre gostei de lembrar dos meus sonhos, e achei que se colocasse isso em uma fic seria mais fácil de ver os registros quando me desse na telha.

Mas também confesso que adoro contar histórias. Às vezes eu acho que sou uma contadora de histórias nata. As pessoas geralmente têm dificuldade para reparar em mim - não sei por quê, já que só o meu tamanho não seria capaz de algo tão gritante, mas metade das pessoas parece não me enxergar quando não estou fazendo algo extremamente chamativo. Ser a única a levantar a mão na aula, fazer sinal para o ônibus, atravessar a rua na faixa, chamar a atenção de um conhecido no corredor da escola... em todos esses casos eu geralmente passo batida.

Porém, quando começo a contar alguma coisa, a história muda de figura. Se a pessoa começa a prestar atenção, geralmente não para até que eu tenha terminado. Eu gesticulo e interpreto como a atriz que um dia quero ser, como se estivesse em uma peça de teatro. Quando conto coisas engraçadas, as pessoas riem - e isso não é sempre tão fácil quanto parece!

E se tem algo de que gosto tanto quanto contar ou ouvir histórias, é dos meus sonhos. E nada me faria mais feliz do que compartilhar isso com as pessoas. Inclusive, foi assim que comecei minha amizade com Mel.

No começo, eu estava procurando um jeito de ter sonhos lúcidos, e ela me disse, no grupo do Nyah!, que sabia um truque. Chamei ela em um chat e começamos a conversar e a contar nossos sonhos. Acabou que nunca consegui ter um sonho lúcido, mas na verdade não fiquei muito triste por isso. É claro, eu adoraria poder controlar mais meus sonhos, e voar quando tivesse vontade, e viver as aventuras que escrevo...

... mas meu cérebro me intriga demais. Meu subconciente, principalmente. Criando histórias e cenários tão incríveis... se pudesse controlar meus sonhos, talvez eu pudesse realizar alguns desejos, mas ao mesmo tempo eu corria o risco de perder essa pequena dosagem de loucura que só podemos viver quando dormimos.

Quando falamos em sonhos, as imagens quem vêm à nossa mente são sempre parecidas, mesmo que apenas de relance. Talvez algo ao estilo Alice no País das Maravilhas - objetos voando em uma queda infinita, bolos mágicos para crescer e diminuir, animais falantes. Talvez algumas coisas um pouco mais malucas, como correr em escadas infinitas e acabar caindo em cima de um cometa e saindo voando pelo universo. Ou algo mais simples, como você e seus amigos brincando de pega-pega quando eram pequenos.

Aquela sensação ao mesmo tempo simples e complexa - de que nada faz sentido, e não precisa fazer - e toda aquela liberdade para quebrar as regras... a realidade não tem isso. Oras, nos sonhos nem mesmo a gravidade é obrigatória!

Como uma amante de livros, histórias e loucura, sempre amei os meus sonhos. Me lembro de crescer com eles - ainda mais naquela época quando se é criança, e se dorme cedo para acordar tarde, e se acorda sem pressa de acordar. Houve uma fase de minha vida em que eu me lembrava dos sonhos absolutamente todos os dias, com a mínima excessão de um a cada duas semanas ou algo em torno disso. Naquela época, meus sonhos eram curtos e simples, clássicos; um parque de dinossauros que criava vida, eu sendo uma fada com uma irmã sereia, uma lava com carinha que desce de um vulcão desenhado em giz de cera para bater papo. É claro, havia pesadelos, mas eram tão escassos que hoje eu só saberia citar dois, no máximo três. E um deles é relativamente recente. Muito embora ele seja especialmente ruim.

Depois dessa fase bela da minha vida, da qual me recordo com muito carinho, veio uma não tão boa. Muitas coisas se juntaram para fazer com que eu não sinta saudade dela; primeiro, minha vida era um caos. Eu estava começando a crescer, e a minha escola não era o lugar mais agradável do mundo. Além disso, eu não conseguia mais sonhar à noite, e estava desenvolvendo insônia e um pânico irracional de escuro, que provavelmente não se encaixava como fobia, pois tinha raízes psicológicas. Nada relacionado diretamente à minha vida, mas a uma sensação muito estranha de que eu estava entendendo o mundo. Não a violência e as guerras, mas o tamanho dele, e o fato de que, perto do universo, eu mal existia. E que minha existência não faria diferença nenhuma. Quando eu apagava a luz para dormir, o Nada me cercava, e eu sentia minha respiração ficar irregular, a ponto de esquecer como respirar sem pensar. Não ajudava o fato de que eu estava apenas começando a dormir em um quarto sozinha, sem a minha irmã ao lado.

Enfim, algo não muito bom para uma menininha que nem chegava à idade da pré-adolescência ainda.

Mas, embora eu ainda não sonhe tanto quanto costumava, essa fase passou, e algumas coisas se ajeitaram. Mudei de escola, o que melhorou muito meu psicológico. Achei um livro muito bom, de um médico, que me ajudou a conviver com meus pânicos - eu sempre confiei mais na ciência do que em qualquer outra coisa, e suas palavras me prenderam como botes salva-vidas: "eu sempre tinha sido cético demais." Eu me via nele. Nunca me recuperei totalmente, e até hoje sinto uma ligeira angústia ao apagar a lâmpada, mas ela é discreta e passageira.

E, nisso, eu recuperei um pouco dos meus sonhos. Durmo cerca de 5 horas por dia durante a semana, o que me dá poucas chances de sonhar, e depois de muito tempo acordando metade do ano antes do sol e sempre tendo que me atentar ao horário, meu cérebro desenvolveu um sistema automático muito irritante: assim que ouço o despertador, uma lista de afazeres surge em minha mente tão rápido que qualquer vestígio de sonho some num piscar de olhos. Um robô não seria mais eficiente - isso eu posso dizer com certeza, pois já sonhei com um (XP).

Mas, durante os fins de semana em que posso dormir até tarde, eu tenho sonhos. Até consigo voltar a eles, se acordar e estiver a fim de continuar. Com minha mente amadurecendo e a minha escritora interior florecendo, meus sonhos começaram a ganhar histórias. Alguns deles, como os Mercadores de Escravos e a Prisão, eu me lembro como se tivesse tido ontem. A Imperatriz teve uma aparição na minha primeira fanfic, "Memórias". Outro, Forgotten, já até comecei a escrever uma vez - com alguns aperfeiçoamentos, é claro! (XD) Alguns apenas têm personagens cativantes, e quando Mel me pergunta se é estranho ela me shippar com um garoto de meus sonhos, eu geralmente respondo que até mesmo eu me shippo com ele (XP). Acho que uma das coisas mais tristes da realidade é que nunca conhecerei aquele garoto do colégio. Um sonho tão simples e tão curto, mas eu juro, nunca me senti tão amada por alguém. E nem era no sentido romântico!

Ah! E, é claro, tem a história de como aprendi a voar. Isso é realmente engraçado, mas acho que é o máximo que já consegui controlar um sonho meu sem dormir e acordar de novo (XD).

Enfim, desculpem pela apresentação longa! Basicamente, o meu estilo de narrativa será bem variado. Eu tenho registros bem antigos de sonhos meus, e na época eu não escrevia tão bem, mas como não me lembro direito deles não quero mexer muito, me limitando a corrigir erros de digitação. Os primeiros e mais alguns aleatórios não têm data; vou escrever as dos que me lembrar!

Uma coisa também notável é que eu sempre achei que a coisa do "saber" e do "não-saber", nos sonhos, é algo extremamente intrigante. Como sabemos das coisas sem saber, ou sabemos pela metade, ou simplesmente as sentimos. Por isso, alguns de meus sonhos têm muitos "não-sei-quem" e "não-sei-o-quê", e aviso que não vou tirá-los. Se você quiser mais detalhes sobre alguma coisa, posso até tentar lembrar (ficaria feliz em lhe dizer), mas não tenho como saber até onde é lembrança e até onde é a mente me pregando peças. Como uma leitora assídua, costumo fantasiar minhas memórias um pouco (XP).

Quanto aos sonhos mais curtos, vou tentar colocar mais de um por capítulo. Acho que vou colocar até alguns capítulos específicos para "não-sei-o-quê"s (XD). Assim fica mais fácil para quem quiser pular (XP).

E... é isso! Essa foi a minha apresentação! Espero que achem meus sonhos tão interessantes quanto eu - ah! E espero que a Mel poste vários sonhos do Deserto! Vou ficar no pé dela até ela lembrar! (XD)

~Mata nè~!* o/


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Notas finais do capítulo

*"Até depois!" em japonês informal



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