All Of The Stars escrita por MaryDiAngelo


Capítulo 9
Encenação


Notas iniciais do capítulo

Olar amorinhas ♥

Estamos na reta final da fanfic, em?
Particularmente eu amo esse capítulo! ♥

Good Reading ^-^



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— Droga.

Aquela manhã era mais um dos dias que Thalia iria ter que apelar para Jason e pegar seu carro para ir trabalhar, já que, misteriosamente, sua BMW preta havia parado de pegar.

Deixou sua bolsa deslizar pelos ombros e cair na garagem, notando que era a bateria que havia acabado, o que a fez xingar o automóvel em todas as línguas que sabia, já que não tinha deixado ligado por muito tempo, nem tinha esquecido o farol acesso, muito menos rodado com ele o fim de semana.

 Saiu dali, voltando para a casa e chamando por seu irmão, que estava no sofá ao lado de uma Amélia desnorteada pelo sono, porém firme e forte ao assistir as meninas superpoderosas.

— Você não foi ainda? – Questionou o loiro assim que a morena entrou no seu campo de visão.

— Meu carro morreu, me empresta o seu?

— Seu carro morreu? Você matou ele? – A pequenina perguntou, olhando para a tia parada no meio da sala.

Thalia se permitiu rir da confusão de Mel, negando em reprovação.

— Ele apenas acabou a bateria.

— Acho que temos um problema, então. – Jason chamou a atenção da Grace, que fez uma careta. – Piper saiu para ir na padaria e foi com o carro.

— Aquela preguiçosa. – A professora resmungou e deu a meia volta, mandando uma mensagem para Lysse, avisando que iria se atrasar um pouco e indo para a frente da casa na esperança da McLean voltar logo.

Se encostou no portão e ficava alternando o olhar entre o começo e o fim da rua, ambos desertos.

Ela já tinha se cansado de abrir o celular e rodar por ele, descobrindo que estava mais frio do que pensava e se encolhendo contra seu moletom quentinho, decidindo que mataria a esposa de seu irmão assim que a visse.

— Você não foi ainda?

Pela segunda vez na manhã, alguém perguntou a ela, que rolou os olhos e focou na Harley-Davidson preta a sua frente.

— Meu carro pifou e Piper foi na padaria com o do Jason. – Respondeu, agora subindo os olhos para o Di Ângelo.

Ele suspirou e desligou a moto, abrindo o pé de descanso e saindo de cima dela.

— Se está pensando que eu vou aceitar a sua proposta de carona implícita com você dirigindo, está muito enganado. – Thalia se apressou em falar, vendo-o pegar outro capacete na mão.

— Você dirige, vamos. – O Di Ângelo jogou o capacete para a morena, que o pegou e rolou os olhos, sabendo que fora uma boa coisa ter escolhido prender o cabelo em um rabo de cavalo desleixado.

— Me impressiono você ter deixado o seu lado orgulhoso para trás. – Comentou a Grace, subindo na moto e esperando que o garoto tomasse seu lugar atrás de si, sentindo um frio na barriga assim que ele o fez.

— Só dirija. – Orientou o moreno, preferindo não comentar a frase dela, apenas segurando nos apoios na parte de trás da moto assim que ela começou a dirigir.

Alguns minutos passaram-se em silêncio, até que Thalia pegou um farol vermelho e parou, tirando as mãos do guidão por alguns segundos para se esticar, sentindo seu moletom subir um pouco conforme levou as mãos para o alto.

O italiano levou as mãos para a cintura da Grace, infiltrando-as embaixo da blusa preta, notando a ausência de pano ao acariciar a área de propósito, vendo-a se arrepiar conforme seus dedos gelados tocavam suas curvas quentes.

— Não está usando nada por baixo? – Nico questionou, soando rouco demais para o gosto da garota, que se sentiu desnorteada por alguns segundos, até que o farol se tornou verde e ela acelerou, sentindo as mãos do garoto se firmarem mais ao corpo dela.

    - Tire suas mãos de debaixo de minhas vestes, por favor? – Ela retrucou, fazendo uma curva e logo reconhecendo a enorme construção que era o lugar onde trabalhava. – E eu estou usando uma blusa, porém seus dedos não a alcançaram, e também não vão.

Hum. – Foi tudo que ele emitiu, tirando as mãos de dentro do moletom da garota em forma de respeito, endireitando a postura e soltando-a assim que a moto parou no estacionamento do instituto.

— Obri...- A garota começou, mas se interrompeu ao notar que iria agradecer o italiano, que, agora, tinha um sorriso um tanto malicioso nos lábios.

— O que, Grace? – Ele retrucou, observando-a tirar o capacete e apoiar no guidão da moto, verificando se seus cabelos negros estavam intactos.

Thalia não respondeu, apenas deu de ombros e caminhou até a entrada, tendo sua bolsa em seu ombro, que antes estava na caixinha onde Nico costumava levar as coisas na moto.

Antes que ele a perdesse de vista, o professor a seguiu em passos rápidos, porém parou ao ver Emelysse conversando com uma das secretarias no meio do corredor. Trocou um olhar rápido com a Grace, que assentiu prática, e ambos se separaram, indo cada um por um corredor, para, no fim, darem de cara com a diretora que não teve para onde correr.

— Então quer dizer que você gosta de quando trabalhamos juntos? – Thalia tomou as rédeas da situação, cruzando os braços abaixo dos seios.

   - Não vou negar que isso não foi muito inteligente da sua parte! Já pensou que podemos botar fogo na sala? – Nico seguiu o raciocínio da Grace, que assentiu em concordância.

— É só algumas aulas, não tem como vocês colocarem fogo em tudo..., - Lysse começou, mas pareceu ponderar o fato da escola se incendiar. - Vocês nem usam fogo!

— A Grace é a faísca do meu fósforo, Lysse! – O Di Ângelo respondeu, fazendo Thalia franzir o cenho e analisar seriamente a frase, desconfiando de aquilo ser tanto um argumento, quanto uma cantada implícita.

— Não posso fazer nada, só quero que trabalhem juntos. Já que os alunos adoram as aulas de vocês, então não a nada mais certo do que colocar vocês juntos, não é mesmo? – A diretora argumentou contra, porém passou pelos dois apressada, mandando um beijinho no ar. – Até mais e boa sorte no primeiro horário!

— Que cara de pau! – Thalia murmurou, rolando os olhos e caminhando em direção a sua sala, sendo seguida pelo melhor amigo do seu irmão.

 - Poderia ser pior? Dar uma aula tão fácil igual a sua? 

A garota não conseguiu conter a cara de ofendida, já que não gostava nada desse jeito dele, que sempre fingia ser superior, sendo que as duas matérias tinham o mesmo grau de dificuldade. 

— Di Ângelo, não me provoque.

 - Achei que já tivesse percebido que esse é meu passatempo favorito. – Ele retrucou, passando a ponta da língua nos lábios, coisa que chamou a atenção da menina para sua boca.

— Para de ser ridículo. – Thalia revirou os olhos, empurrando ele para longe de si e entrando em sua sala.

— Primeiramente: eu não sou ridículo. – Ele se escorou no arco da porta, descendo os olhos pelo corpo da Grace, que caminhava até a mesa e depositava seus pertences ali. – Segundo: quem te disse que vai ser na sua sala, não na minha?

Seus petulantes olhos azuis elétricos faiscaram, coisa que fez o moreno morder o lábio inferior de leve, já que aquela cena se tornava tentadora ao seu ver.

— Vai ser na minha, Di Ângelo.

Para voltar a sanidade, ele piscou os olhos rapidamente e balançou a cabeça, deixando de ser inebriado e assentindo, levando suas coisas até a mesa também e colocando ao lado das dela.

Seu corpo estava próximo ao dela, que respirou fundo e se virou de frente para ele, erguendo as sobrancelhas ao notar que estava sendo observada cautelosamente.

— O que foi? – Questionou, notando que ele se aproximou mais do que deveria, fazendo-a trocar o peso de um pé para o outro, nervosa.

— Sobre ontem, eu...- Ele começou, porém, a Grace fechou a cara e o cortou antes que pudesse prosseguir:

— Esqueça, Di Ângelo!

 Dito isso, como se fosse ensaiado, o sinal tocou e ambos se afastaram, para logo após os alunos começarem a entrar na sala, checando seus horários e estranhando totalmente o fato deles estarem juntos no mesmo recinto. Alguns até se perguntaram se estavam na sala certa.

{...}

— Quer que eu apague, senhorita Grace? – Nico questionou inexpressivo, evitando encara-la.

— Sim. – Ela respondeu, desviando os olhos de seu caderno para seus alunos totalmente alheios ao mau-humor estranho de ambos.

As aulas dos professores eram famosas por serem alegres e divertidas, tendo brincadeiras quase sempre, coisa que não tornava a coisa toda cansativa, nem dava sono nos alunos. Muito pelo contrário, isso os incentivava a continuar e não largar tudo.

— Então aqui finalizamos a dinâmica, vocês têm esse tempo livre para conversarem um pouco, aproveitem e falem de algo prestativo... - Thalia começou, porém semicerrou os olhos e levou uma das mãos ao queixo, como se ponderasse outra coisa. -...ou pensando bem, podem fazer o dever de casa.

Uma onda de vaias ecoou pela sala, fazendo-a sorrir pela primeira vez em horas.

— Estão liberados. – Deu-se por vencida, se levantando e indo para frente da mesa, encostando o quadril ali: uma mania que tinha desde quando começou a dar aula.

— Vocês ouviram sobre a chuva de meteoros que vai ter dentro de algumas semanas? – Will questionou, levantando a mão para chamar atenção dos professores, que procuravam encarar o chão a qualquer custo.

— O que vocês acham disso? – Nico foi o primeiro a responder, tomando a frente e entrelaçando suas mãos em frente ao peito.

— Eu acho que vai ser magnifico se ficarmos em um lugar adequado para ver. – O loiro continuo a argumentar com eles, chamando a classe para uma conversa.

— Está certo, Solace! – Thalia foi quem respondeu dessa vez, dando um sorrisinho de canto, mesmo tendo os olhos opacos. – Eu quero ver todo mundo fora das camas, ok? Quero fotos para provar que estavam mesmo vendo a chuva; e se reclamarem, vou passar um trabalho para contarem quantos foram os meteoritos. – Brincou, recebendo risadas em troca.

  - Oh, não! – Molly se manifestou, levando as mãos ao peito em uma atuação dramática. – A senhorita Grace é muito má! Nos proteja professor Di Ângelo!

Nico suspirou, mas deu um sorriso de canto e pegou a primeira caneta que viu pela frente, retorcendo o corpo em uma pose de luta e apontando o objeto para a morena.

— Venha me enfrentar! – Disse dignamente, arrancando risadas da turma.

Por mais que Thalia não estivesse no clima para brincadeiras, não poderia deixar essa passar. Portanto pegou seu lápis que estava em cima da mesa e avançou para cima do garoto, imitando um caranguejo.

— Eu sou bem mais forte que você! – Nico bateu sua caneta contra o lápis dela, fazendo isso repetidas vezes, obtendo sucesso em distrair seus alunos do clima tenso que ambos estavam envolvidos.

— Não mesmo! – Ela respondeu, vendo-o subir em cima da cadeira e pular para a mesa de madeira, dando risada da pose máscula que ele assumiu.

— Eu ganhei! – O italiano levantou sua caneta – ou a espada, do jeito que ele via -, para o teto branco. – Crianças, não subam nas mesas em casa, ok?

Ele pulou da mesa, largando a caneta e envolvendo a Grace pela cintura, inclinando-a de leve, copiando as cenas de grandes filmes do cinema.

Principessa...- Começou com seu sotaque italiano forte, molhando os lábios. -...não tente ser a rainha má quando se sabe que é a dama inocente.

Por mais que Thalia achasse graça em tudo aquilo, ela conseguia enxergar o opaco nos olhos negros de seu parceiro, sabendo que aquilo tudo não passava de atuação de ambas as partes.

 


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Notas finais do capítulo

YAY! Chegamos ao fim de mais um capítulo! :3
O que vocês acharam? O que vocês querem que aconteça? Gostaram das frases de efeito? Da cantada (ou não) do Nico indiretamente?

Até o próximo o/
Beijos de Escuridão ♥
~Mary.



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