Depois Do Fim escrita por brigadeiro de panela


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

*sem revisão, sorry!*



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Pov – 3 pessoa

Quando Peeta saiu para mais uma caçada, ele só conseguia pensar em como seria de agora em diante. Por que querendo ou não, a chegada de Katniss em sua vida teve uma grande mudança. Um lado dele queria acreditar que depois que ela estivesse perfeitamente bem, ele conseguiria mandar ela embora e assim poderia continuar com a vida dele, porém seu outro lado sabia que desde o dia que ele viu aquela garota sentada em cima do muro olhando as estrelas, ela iria mudar sua vida.

Ele voltou a se concentra no seu trabalho e mais rápido do que esperava, achou uma casa que tinha alguns enlatados suficientes para os próximos dias e achou alguns remédios que podiam ajudar a Katinss. Feliz por ter achado tudo que precisa, ele voltou para o esconderijo com um breve sorriso no rosto que logo sumiu quando abriu a porta e não encontrou Katniss deitada na cama, como ele havia deixado.

Um sentido ruim passou pelo seu corpo, e a raiva o atingiu. Ele já tinha percebido que ela era teimosa, mas não sabia que era tanto. Rapidamente arrumou suas coisas na mochila, deixando-a pronto para caso ele tivesse que mudar de abrigo. Sua raiva cresceu ainda mais quando percebeu que nem um misero bilhete ela foi capaz de deixar.

Com seu sobretudo e suas facas, Peeta saiu novamente, mas dessa vez era atrás de uma garota ferida e teimosa. Ele passou horas e mais horas a procura de Katniss e cada vez sua raiva aumentava por não ter nenhuma pista dela e por não conseguir pensar com a cabeça dela – o que ajudaria muito nas buscas.

A noite já tinha chegado e ele já tinha desistido de procura-la. Ele pensou que talvez assim seja melhor, ela longe dele.

Quando voltava pro seu esconderijo já pensando em outro lugar para se esconder - pois não queria ter o risco de ser descoberto, já que tem um bom tempo que estava ali – ele deu de cara com um rebelde. Peeta logo tratou de se esconder atrás de um muro caído, a faca já estava em sua mão pronta pra ser usada.

Sem que o rebelde percebesse, Peeta andou cuidadosamente e logo percebeu que o homem estava procurando uma mulher. Num movimento rápido o Peeta já estava na frente do homem e com corte certeiro o matou. Mas uma morte para sua lista.

Logo ele percebeu a presença de outra pessoa e como todo bom soldado, já estava com a faca preparada para mais uma vitima. Mas para seu alivio e desespero quem apareceu foi Katniss. Alivio por saber que ela estava bem e desespero porque ele percebeu o horror no rosto dela quando ela viu as mãos dele cheias de sangue e o corpo imóvel, que ela nunca tinha presenciado tão de perto a morte.

Mal tiveram tempo para falarem porque logo outros rebeldes apareceram – que o Peeta logo suspeitou que era o grupo do homem morto. Teimosa como só ela, Katniss foi para o carro em vez de seguir ele, e com um revirar dos olhos ele foi atrás dela, pois ele nunca se perdoaria se algo acontecesse com ela.

As horas passaram e Peeta sabia que os rebeldes não estavam mais por perto e que eles podia perfeitamente sair do carro e fugir dali, mas no estado que a Katniss se encontrava ele não queria correr o risco.

Quando enfim o dia amanheceu, Peeta achou que era a hora certa pra sair e que a Katniss já estava recuperada do susto da noite passada.

Mas para sua surpresa quando ele estava averiguando o perímetro deu de cara com o grupo de rebelde caregando o corpo do morto.

— mas que surpresa, o assassino resolveu voltar a cena do crime.

Diz o homem que aparentava ser o líder, pela sua postura e modo de falar.

— chefe, talvez possamos colocar ele no grupo - fala um homem baixinho analisando cada pedaço do Peeta - ele é forte e parace que matou nosso amigo de uma forma rápida e ligeira, sem deixa sujeira na cena do crime.

Com o corpo em alerta, Peeta analisava cada homem e se preparava para qualquer possível ataque.

— peguem ele, talvez a delicinha esteja com ele e venha o procura-lo.

Diz o líder enquanto dá as costas e volta por um caminho desconhecido pelo Peeta. Não tarda muito e uma Katniss sendo carregada aparece para o desespero do loiro. O líder que até então estava ocupado brincando com as facas do Peeta, abre um sorriso enquanto analisava Katniss de cima a baixo.

— ora ora, não era que esse inútil tinha razão –  diz o líder enquanto da um chute no morto - você é uma delicia.

— chefe, parece que ganhamos o dia hoje, temos uma nova puta e um novo faz tudo.

Enquanto Katniss entrava em pânico, Peeta tentava bolar um plano para que os dois saíssem vivos das garras desse grupo de rebelde. O único problema é que Peeta estava nas mãos de três homens, ou seja, ele não conseguira sair dali sem matar alguém.

— traga ela pra cá – diz o homem que parece ser o líder – hoje o dia vai ser cheio.

O homem que estava segurando firmemente os braços de Katniss, arrastou a morena até o chefe, que quando botou as mãos nela, fez questão de apalpar a cintura, os seios e as cochas.

Seu sorriso arrogante deixava claro que estava gostado do que sentia. Katniss até tentou se afasta, mas logo os braços fortes a imobilizaram.

— solte-a.

Peeta ruge entre os dentes. Seus olhos estavam vermelhos e a raiva estava clara em sua face.

— calma aí bonitão. Eu não vou fazer nada que eu não queira.

Foi o que bastou para que todo os outros homens caíssem na gargalhada. Com Peeta e Katniss sendo arrastados pelos rebeldes, eles andaram até um acampamento improvisado perto do que restou o centro da cidade.

Lá já tinha tendas e barracas armadas. Os dois foram jogados literalmente dentro de uma barraca pequena que mal cabia Katniss de pé ali dentro.

— aproveitem enquanto podem, porque daqui a pouco eu e meus homens vamos nos aproveitar de você - disse o chefe jogando uma piscadinha para Katniss que sentiu todo seu corpo se arrepia de medo, só de imagina o que eles pretendiam fazer.

O silêncio reinou na barraca, mas os dois tinham o mesmo sentimento: medo. Sim medo, pois era uma situação nova para os dois. Para a surpresa da morena, o Peeta a puxou para sua braços e os dois ficaram agarrados um no outro como se aquele abraço fosse o necessário para sobreviverem. 

— sua perna, como tá? 

Peeta interrompe o abraço e analisá Katniss de cima a baixo. 

— acho que é o menor dos nossos problemas. 

— claro que não. Deitesse. 

Ordena Peeta enquanto pega um pano de dentro do seu sobretudo. Mesmo envergonhada Katniss tira a sua calça e não se assusta quando vê que sua perna está pior, já que passou o outro dia sentido uma dor insuportável. 

— merda Katniss, por que você não ficou quietinha no esconderijo? 

— talvez seja porque por que eu não sou nada sua para ficar lhe dando trabalho. 

— pelo amor de Deus, você não estava me dando trabalho. Alguma vez você me viu reclama? - ele olha bem pra ela, esperando a resposta que não veio - não,  não viu. E sabe porque não viu? Porque pra mim não é nenhum trabalho cuidar de você. 

Ele focou novamente seu olhar na perna dela e viu que o roxo estava pior, ainda mais com o sangue seco que estava espalhado pela coxa dela. Balançando a cabeça e com mil xingamentos passando pela sua cabeça,  ele começou a cuidar da coxa dela com o único pano que ele tinha.

— desculpa. 

Sussurrou Katniss depois de um tempo. Enquanto era cuidada pelo Peeta, ela percebeu que que se tivesse ficado deitada na cama como ele tinha deixado ela antes de sair, nada disso teria acontecido. Então ela chegou a conclusão que a culpa era toda e completamente dela, e que novamente ela estava dando mais trabalho para o loiro.

— não precisa pedir desculpa. 

— claro que precisa Peeta, a gente pode morrer e a culpa vai ser toda minha.

— para com isso. Ficar se culpando agora não vai adianta nada.

— mas me desculpa do mesmo jeito. Prometo que se a gente sair vivos daqui, eu sumo da sua vida.

Quando ele ia responder,  a curtina da barraca foi aberta bruscamente. 

— aqui esta a comida de vocês. 

Um dos rebeldes jogou um pedaço de carne mal passado neles e foi embora. Quando Katniss se mecheu para pegar a carne, Peeta a puxou para mais perto dele.

— se eu fosse você, eu não pegaria isto.

Sussurrou no ouvido dela.

— por que não? 

— porque isso é um pedaço do cara que eu matei ontem a noite.

E mais uma vez Katniss estremeceu. Ela estava com fome, mas sabia que nunca conseguiria comer a carne de um ser humano. Já estava a quase 24 horas sem comer nada e não sabia como ainda conseguia ficar em pé, foi pensando nessas últimas 24 horas que ela se lembrou da lata que pegou do estoque do Peeta.

— ei, me empreste seu sobretudo. 

Peeta sem entender nada tirou o seu sobretudo e entregou para ela que de dentro de um dos bolsos tirou a lata de sopa.

— como isso parou aí? 

— antes de você sair do carro eu coloquei sem que você perceba.

Ele sorriu de lado e sentiu algo estranho dentro de você. Um sentimento que ele não sabia e nem queria explica. Depois de Peeta pegar um estilete de dentro da bota e abrir um buraco na lata, os dois se puseram a comer em silêncio e cada vez mas perto um do outro.

— o que vamos fazer agora Peeta?

— sinceramente? Eu não sei, o melhor a fazer é esperar uma oportunidade para sair daqui.

Ela fechou os olhos e se lembrou da primeira vez que viu o Peeta. Não pode deixar que um sorriso bolo crescesse em seus lábios. O que ela não sabia era que o dono dos seus pensamentos estava a observando atentamente,  como se tivesse decorando cada parte do rosto dela.

— boa noite Katniss.

Ele se deitou e puxou ela para seus braços,  a cobrindo com seu sobretudo. Antes de se aconchega nos braços dele, ela colocou a calça. Pois seu maior medo era que os rebeldes a vissem de uma forma tão íntima, porque para ela a única pessoa que podia vê-lá desse jeito era o loiro que a estava abraçado de forma protetora. 

— boa noite rebelde mistério. 

Durante a noite os dois não conseguiram descansa, mas ficaram o tempo todo grudados, aproveitando a presença um do outro. Afinal podia ser a última vez que eles ficariam tão próximo assim.


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