Inês – Quem te falou?Ah!!! deixa.... cofff cooff eu advinhar sua amante? A mulher com quem você se diverte cofff cofff ....em baixo do mesmo teto que eu?coff cofff cofff Não se preocupe cofff coofff, craccc ...não sou como você! coofff coofff...

Victoriano fica calado embora não durma mais com Estela, ele sabe que ela estava certa, porque já havia feito aquilo.

Inês- Viu? Como estou certa.... cofff cooofff

Victoriano se calou e de raiava  e foi até ela e a pega firmemente pelos braços, de forma que a machucasse.

V- Escuta aqui, você não vai debochar de mim ouviu bem! VAI ME DIZER ONDE ESTEVE E AGORA?

INÊS- cofff cooofff PARE... SOLTE-ME! ANIMAL coff.

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Rosa entra e vê a cena e não se contém.

Rosa- Ela estava no banco tentando pagar as suas dívidas, com as jóias que juntou ao longo desses anos, que está naquele baú em cima da penteadeira.

Ele num impulso a solta ela cai na cama chorando e assustada.

V- Rosa porque esta encobrindo as mentiras dela? Se eu descobrir a verdade você sairá daqui Rosa, pois, não admito que mintam para mim.

Inês-Eu só... queria.. coffcoff sal...var a nossa... família, não.... me....coff coof julgue mais uma vez, por favor!

V- E eu Inês? NÃO SOU CONSULTADO

Inês- Aceite...Coff coof

V- Não posso aceitar que doe sua joias

Inês- Porque não? Coff coff Eu ...não... preciso delas coff coff e não importo... de ficar coff coff sem elas, aqui  foi onde tivemos a nossa coff primeira filha não  quero perdercoff coff este lugar coff coff coff

V- Ah sim! Claro e suas noites de prazer com Loreto! Jamais vai querer esquecer isso também?

Ela tosse sem parar e ele já sem paciência, disse isso e saiu batendo a porta.

Emiliano do lado de fora chega no corredor sem entender nada e vê o pai nervoso.

E- O que aconteceu?

V- Não é da sua conta moleque! Saia da minha frente.

E- Mas pai me desculpa eu só queria saber como você está, pois, não foi na consulta de hoje. Estava preocupado contigo.

V-Deveria se preocupar com seu pai de verdade!

E- O que? O que esta falando?

V- Nada! Saia eu já disse.

         Emiliano continuou sem entender achou que ele falou aquilo por falar e foi para o quarto. Achou melhor não incomodar mais.

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Quarto de Inês

Inês- Não deveria.... ter dito isso Rosa.Coff!cooff.

Rosa- Desculpa senhora, não poderia deixar ele te machucar. Agora que já tomou o chá é melhor a senhora dormir.

Inês- De nada adiantou coff coff, pois, ele não acreditou em você, coff coff e ainda pode se... Prejudicar... por minha culpa coff coff coff.

R- Melhor descansar senhora você não está bem e neste momento é o que mais me preocupa. Não deveria ter tomado esta chuva.

A noite passou e Inês não levantou da cama estava com muita dor no corpo e febre... e tossia sem parar.

O banqueiro chegou e Victoriano levou um susto achando que foi lhe tomar a fazenda.

V- O que? Está me dizendo que me dará um prazo maior para pagar a divida?

G- Sim, confiamos na sua palavra e sempre honrou suas obrigações.

V- Isso tudo por que?

Neste instante Rosa entra desesperada.

R- Desculpa seu Victoriano, mas a senhora Inês não se levantou hoje esta na cama e não comeu nada e esta quase inconsciente ardendo em febre.

V- Chame um médico?

Ordenou ele e correu para quarto vê-la

V- Inês?

Ela mal conseguia abrir o olho. Ele se senta ao lado dela e logo Diana chega com Alexandro e entram no quarto correndo.

D- Mamãe!

Al.- Me deixe examiná-la se afastem!

V- Você é veterinário e não médico!

Al. Ela pode estar correndo risco de vida se não for atendida de imediato.

D-  Papai por favor deixe de implicância, essa pode ser a ultima chance da mamãe.

Inês-Vic...to..riano coff coff

V- Inês?

Inês- Dei...xe coff  coff Ale..xandro...cooff coff ...me... exami...nar coff coof

Assim Alexandro o fez a examinou e fez todos os procedimentos médicos. Ela já parecia melhor não tossia tanto, mas ainda estava fraca e quase inconsciente.

Al- Ela vai ficar bem precisa descansar agora.

Todos saem e Victoriano vai se despedir do gerente que ficou plantado

V- Foi uma emergência me desculpa.

G- Tudo bem! Pode ter sido resultado da chuva que ela tomou ontem!

V- Chuva? Ontem? Você a viu?

O gerente percebeu que falou de mais e não conseguiu mentir.

G- ÉÉÉ...

V- Tudo bem já sei que ela foi vê-lo

G- Sim, ela esteve lá tentando pagar sua divida, mas eu não aceitei é claro, porque confio no senhor, confesso que jamais havia visto algo parecido, ela realmente o ama muito.

Victoriano baixou a cabeça, pois, mais uma vez ele a decepcionou.

V- Me ama!?

G- Sim! Ela o ama nenhuma mulher arriscaria a vida como ela fez e ainda dar todas as suas joias e pedir para não te contar nada.

V- Ela te pediu isso?

G- Sim! Não sabia? Quando me disse que sabia que ela tinha ido me ver imaginei que soubesse de tudo.

V- Mas eu fiquei sabendo pela cozinheira.

G- Bom tenho que ir dê lembranças a Senhora Inês quando acordar.

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Mais tarde quarto de Inês...

O médico já havia examinado ela.

Dr. - Meus parabéns rapaz

Disse ele cumprimentando Alexandro, enquanto Victoriano, Diana e Emiliano os olhavam.

Dr. Graças aos seus procedimentos ela já esta bem melhor, acredito que poderia ser ainda pior, se não tivesse colocado oxigênio nela a tempo, pois, não estaria viva agora, o pulmão dela esta muito danificado, ela não consegue respirar sozinha, esta com um quadro de pneumonia muito preocupante ainda. Temos que cuidem dela, vou deixar este remédio e terão que ser dado na dose e na hora certa, pois, são antibióticos muito fortes, se der errado poderá comprometer ainda mais a saúde dela, damos apenas em hospitais, mas ela não tem condições de pegar estrada, e uma enfermeira a essas horas creio que será difícil encontrar.

D- vamos cuidar dela doutor, obrigada.

Disse Diana.

V- Eu vou cuidar da minha esposa, passarei a noite com ela.

D- Mas, você não esta bem, esqueceu que está ferido?

V- Eu vou cuidar dela. Ponto!

Assim Diana Alexandro e Emiliano acompanharam o médico até a saída e Victoriano ficou sentado em uma cadeira ao lado dela admirando sua beleza.

V- Morenita meu amor! Perdoe-me você tinha razão! Sou um animal!

Ele chorava copiosamente.

Lá ele passou a noite cuidando dela até que ele acorda e vê-la acordando.

V- Morenita! Como você está?

Ela estava no aparelho respiratório, apenas o olha sem poder falar.

V- Tudo bem meu amor não fale...o médico já está chegando.

.....................

E assim foi por aquela semana ele passava o dia e a noite com ela cuidando como podia, só não dava banho, porque ela não permitia, sempre pedia a ajuda de Rosa. Já estava respirando sem ajuda do aparelho.

V- Como está hoje!

Inês- Melhor e você?

V- bem também, pronto para outra.

Disse isso e eles riram juntos.

Inês- Por que cuidou de mim?

V-Você é a minha mulher. Embora não pareça eu ainda a amo muito, Inês!

Inês fica sem saber o que dizer diante daquela declaração e pensa “será que esta dizendo isso porque estou doente, por pena?”

Inês- Victoriano...

V-shiiii! Eu sei que você estava tentando me ajudar, foi por isso que quase morreu e te juro se algo tivesse te acontecido eu morreria junto contigo, não suportaria te perder, me perdoa por ser tão grosso com você.

Inês- Esta me deixando confusa.

Ela sorri. Ele se aproxima da cama se senta e pega as mãos dela e as beija.

V- Inês! Quero passar a borracha no passado, deixar tudo que ficou para trás e recomeçar contigo do zero.

Inês- Eu não posso Victoriano, entre nós existe muita mágoa.

V- Por favor... esqueça tudo e  me perdoa sei que te fiz sofrer.

Ela engole em seco e responde.

Inês- Victoriano.... eu tenho uma coisa chamada dignidade, não vou deixar que me humilhe como das outras vezes lembra?

Lembranças de on Inês.

         “Inês estava com uma camisola azul marinho curta e usava com um roupão da mesma cor aberto, que permitia que ele visse seus seios que estavam a mostra pela fina renda que tinha naquela região da camisola e da cintura para baixo cetim que caia solto, ela estava linda, toda maquiada, seus lábios vermelhos queria que ele a ouvisse e achava que assim ele não a rejeitaria, precisava dizer a verdade e também precisava de amor.

         Inês- Victoriano!  Te atrapalho?

         Ele fica pasmo no primeiro momento querendo possui-la com saudades, mas resiste desviando o olhar.

         V- Com que direito entra em meu quarto sem bater!

         Ela engole seco.

         Inês- Me perdoe, é que eu pensei que... 

         V- Pensou errado! Você não é paga para isso. Ou anda fazendo esse trabalho extra para os peões também. 

         Inês- Eu me enganei, achei que pudesse ter uma conversa amigável com você, mas me trata como uma qualquer.

         V- E o que você é? Uma dama da sociedade? Que nunca traiu o marido e nem teve filho com outro homem que não fosse seu marido.

         Inês começa a chorar.

         Inês- Pare eu já disse que está enganado.

         V- O que quer? Quer apenas dormir na minha cama como uma qualquer, como você mesma disse?

         Disse pegando-a pelos braços com violência e a jogando na cama.

         V-Pare esta me machucando!

         Inês se recorda de Loreto e começa a ficar desesperada e respira ofegante. Victoriano para percebendo seu desespero. Ele começa a rir, por ter conseguido  humilhá-la. Fazia parte da sua vingança. “Ela se levanta e sai correndo.”

         Lenbranças off de inês.

         V- você estava linda naquela noite tudo que mais queria era estar com você e sentir a sua pele na minha, mas estava ferido achava que tinha me traído, por isso, reagi daquela maneira era uma forma de me defender.

Inês- Defender! Estava apenas tentando te agradar e disposta a dizer toda a verdade.

         V- Verdade? Que verdade?

         Inês- Eu não vou dizer você não merece saber.

         As lágrimas começaram a cair lágrimas pela face dela.

         V- Inês! Você sempre diz isso disse na noite que levei o tiro também a que verdade se refere?

         Ela disfarça, pois achava que ele estava inconsciente naquela noite.

         Inês- Nenhuma verdade, saia daqui! Eu não estou bem quero descansar.

         V- Está bem vou porque quero que melhore, mas vou querer saber amanhã.