La Doña del Rio escrita por Araimi


Capítulo 22
Capítulo 22




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Paulina acaba a deixando.

Ela conhece um marinheiro em uma cidade e os dois ficam se encontrando várias vezes em cidades diferentes, ele a leva em uma roda gigante certa vez. Bárbara não acha nada demais. Não é o primeiro que se envolve com Paulina (apesar de que é o primeiro que continua aparecendo), mas então o rapaz um dia sobe em seu barco, vestido com seu uniforme e agindo formalmente, e pede a mão de Paulina em casamento.

Bárbara ri.

Paulina está sorrindo e ela olha para o rapaz com um brilho no olhar que, não pela primeira vez, faz Bárbara lembrar de si mesma. Ela pensa em negar no início. Não quer perder Paulina, não quer ficar sozinha de novo, não quer correr o risco de tirar a menina de debaixo de seus olhos e ela acabar machucada.

— Tem certeza disso? É o que você realmente quer?

Paulina assente alegremente, seu sorriso aberto, os olhos brilhando. Bárbara não consegue dizer não.

— Muito bem. – Ela olha para o rapaz, que se apruma como se ela fosse um oficial da marinha. – Mas você vai cuidar muito bem dela, ouviu? E não pense que porque ela vai estar longe de mim isso significa que eu não vou mais tomar conta dela. Se você magoá-la ou, Deus te ajude, se você tocar num fio de cabelo dela, eu vou atrás de você até o fim do mundo, eu vou arrancar as suas bolas e vou ver você sangrar até a morte. – Ele engole em seco e tenta um sorriso amarelo. – Eu vou mesmo.

Ele para de tentar fingir que não está nervoso com a situação.

Dois dias depois, Paulina arruma suas coisas e parte com seu noivo. Bárbara a abraça apertado, sem querer deixa-la ir. Paulina não se importa que o abraço seja longo.

— Eu vou voltar. – Bárbara promete. – Para ver se está tudo bem. Se você se arrepender, se não quiser mais, não tem problema. É só pular de volta no meu barco.

Paulina sorri e assente.

— Eu não vou me arrepender. – Ela engole o choro, seus olhos marejando. – Obrigada. Ah, obrigada por tudo.
E a abraça de novo, ainda mais apertado que antes, quase a sufocando. Bárbara não deixa suas lágrimas caírem, por pura teimosia.

— Obrigada você, princesinha. – Ela sussurra em seu ouvido. – Seja feliz.

Paulina segura a mão de seu marinheiro e sorri para Bárbara em meio as lágrimas e acena como uma criança.

Bárbara quer pegá-la de volta, amarrá-la ao seu barco. Mas ela a deixa ir. Ela aprendeu isso com o tempo. A deixar as pessoas irem.


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