La Doña del Rio escrita por Araimi


Capítulo 21
Capítulo 21




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Ela havia dito um milhão de vezes para Pedro não se meter com aquele tipo de gente.

Pedro gostava de perigo, gostava de ser metido a malandro. Ela não poria sua mão no fogo pela índole de Pedro, mas, mesmo assim, havia algo de inocente nele, algo que o faria ser massacrado por pessoas daquele tipo. Ela conhecia aquele tipo de gente. Era gente como ela, como a Dona. Eles eram perigosos de uma maneira que Pedro jamais seria.

Então um dia Bárbara chega a cidade e vai para o bar de seu Melquior. Ele lhe serve a bebida por conta da casa como de costume, Paulina pisca e mexe com os rapazes a algumas mesas de distância, a esposa de seu Melquior tenta parar a enxurrada de reclamações que ele sempre tem sobre tudo.

Bárbara espera por Pedro, para que ele venha lhe puxar para uma dança, lhe contar uma história engraçada. Ele nunca demora muito. Mas Bárbara espera em vão. Paulina também está impaciente.

Cansada de esperar, ela vai até onde seu Melquior cuida do dinheiro e dos pedidos e pergunta sem rodeios:

— Onde está Pedro?

As feições dele caem e seu Melquior olha para esposa, que parece triste e apreensiva. É quando Bárbara percebe que algo de muito errado está acontecendo. Seu Melquior tira o chapéu da cabeça para falar e o coração de Bárbara começa a bater mais rápido.

— Dona, a senhora sabe que o Pedro estava se metendo com umas pessoas barra pesada. Bem, pelo o que me contaram, ele tava devendo muito dinheiro. Umas semanas atrás... Dona... O Pedro morreu.

Paulina reage primeiro que ela, chorando profusamente. Bárbara está em choque, não sabe o que fazer, o que dizer, como reagir aquela informação. Com certeza é uma brincadeira de muito mau gosto. Pedro não pode estar morto. Não Pedro que é jovem e alegre e cheio de vida.

Ela abraça Paulina e a leva de volta para o barco e as duas tentam entender que Pedro não está mais vivo. Naquela noite, Paulina dorme abraçada a ela. Bárbara não consegue chorar como Paulina, ela nem ao menos consegue ficar triste, pois a raiva que lhe invade é tão grande que a faz se sentir como a Dona novamente.

Ela investiga e faz perguntas e compra informações até descobrir quem meteu uma bala na cabeça de Pedro e quem deu a ordem. O primeiro não faz diferença nenhuma, mas Bárbara o joga contra a parede quando ele está desprevenido e coloca uma bala em sua cabeça. Sua arma funcionando de verdade pela primeira vez em muitos anos. Quando chega a vez do segundo, o mandante, é um pouco mais trabalhoso e Bárbara deixa a cidade com um chefe do crime a menos.

Ela sai da cidade na mesma noite e é apenas quando está longe o suficiente (longe de Paulina também) que ela se joga contra o timo e chora pela morte de Pedro.
Bárbara nunca mais volta àquela cidade.


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