A Rosa Dourada escrita por Dhuly


Capítulo 31
Maquinações de Fim de Guerra


Notas iniciais do capítulo

Alguém ainda companha essa fanfic? XD
Eu espero que sim, porque eu disse e reafirmo que vou finalizar ela, não importa o tempo que leve HAHAHAA!
Boa leitura!



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t o r r a l t a

Terresa e o resto da pequena corte restante de Niklaus se curvaram quando o rei deixou o salão do trono, assento esse que mais parecia um mísero cadeirão de senhor do que um verdadeiro lugar de rei, entretanto ela mesmo imaginava que aquele não fosse o momento de se preocupar com um detalhe tão pequeno como aquele, ainda estavam em guerra, uma perdida, mas ainda assim que permanecia.

Aparentemente ninguém havia feito objeção a volta dela para Vilavelha, ou ao menos ninguém se importou em escorraça-la como Lyra havia feito. Não guardava mais mágoas dela, a coitadinha já estava sendo punida o suficiente. Grávida e presa numa torre, não fora o futuro que planejara para sua família e para sua caçula, mas ainda havia salvação, ela ainda poderia mudar o rumo daquelas águas traiçoeiras e sair por cima de toda aquela rebelião. Afinal, por mais que tivesse se coberto de rosas, ainda era uma raposa.

Meneou uma reverência de cabeça quando Lady Olyne se aproximou em passos leves e portando um sorriso corriqueiro.

— Como está em um dia tão abençoado pelos Sete, Senhora Tyrell? — A jovem não escondia as segundas intenções por debaixo de sua voz de veludo, suave como o rouxinol mais cantante. Cabia a ela seguir aquela valsa e conseguir o apoio que tanto precisava em um momento tão conturbado.

— Ora, vou muito bem e a senhorita? — Devolveu a pergunta com amabilidade e doçura, lançando um sorriso praticado e decorado por ela depois de tantos anos no meio dos lordes e ladys da Campina.

— Excelente, ainda mais ao me encontrar em tão agradável presença. — A moça delicada respondeu piscando os olhinhos cristalinos angelicalmente. — Tão triste as coisas horríveis que dizem sobre tão boa senhora no meio desses nobres, eu fico chocada, realmente.

— Lady Redwyne não deve ouvir tais fofocas, precisa pensar, na verdade, em quem realmente são seus verdadeiros amigos.

Lançou a semente com cuidado já que não sabia muito bem em qual solo a estava plantando. Olyne podia ser um campo cheio de espinhos e ela tinha que ter cuidado para não se furar no meio deles.

— E a senhora seria tal amiga?

— Certamente que sim, mas é claro que preciso de um pouco da sua ajuda para colocar sua mãe ao meu lado. Veja bem, sua família é bem influente nessa nova corte, ainda não foram destruídos pela guerra como os pequenos cavaleiros com terras na fronteira ou os senhores menos abastados. — Explicou com calma enquanto brincava com a manga de seu vestido com se não quisesse absolutamente nada.

— Obviamente, precisaria de algo em troca, não? Minha querida mãe pode ser um pouquinho difícil de ser persuadida se eu não possuir algum incentivo. — Agora estavam falando a mesma língua, de barganha Terresa entendia e entendia muito bem.

— E do que gostaria boa lady?

— O que toda a garota na minha idade mais anseia minha senhora?

— Casamento.

A moça sorriu docilmente e virou a cabeça para o lado, como um cachorro que pede um osso ao seu dono.

— E eu quero o melhor deles.

— Pode ter certeza que terá minha querida, será a senhora de uma grande casa. — Sorriu tão docilmente igual a Redwyne e acrescentou por fim, tirando a bondade da face. — Se me ajudar.

— Assim farei minha senhora.

 

 

b o s q u e m e l

Arthur tossiu. Sangue sujou o pano encardido que usou para cobrir a boca, tentou alcançar o copo de barro com água, mas o movimento o fez grunhir com a dor angustiante em suas pernas e coluna. Desistiu de pegar o líquido e engoliu em seco, sentindo a garganta arder. Às vezes achava que teria sido melhor os deuses o terem levado em sua queda, do que ter sido capturado pelo inimigo e ainda ter ficado naquela condições. Nenhum homem deveria se sentir impotente como ele se sentia.

O ranger metálico da grade da sua cela chamou a atenção do enfermo, que cerrou o cenho ao ver quem adentrara no recinto com um sorriso vitorioso.

— Enfim tenho você em minhas mãos sobrinho. — Axel brincava com um punhal em suas mãos longas, o cheiro forte de perfume que ele emanava dava náusea em Arthur. — Depois desse nosso pequeno jogo de gato e rato, finalmente você voltou para minha tutela.

— Não se envergonha?

— Ora, do que caro sobrinho? — Sua voz fria brincava com uma ironia exacerbada.

Arthur fechou o maxilar em repulsa e nojo do homem que dividia o seu sangue.

— Tomou o meu lugar, meu próprio tio! — Exclamou com raiva entre os dentes, suas pupilas azuis cinzentas quase saltando para fora das órbitas. — Traiu o próprio sangue e ainda tem a cara de pau de vir aqui e zombar na minha face, os deuses irão te castigar por seus atos Axel.

— E você foi tonto o bastante para ter sempre acreditado em mim. — O mais velho retrucou com um sorriso venenoso. — A vida toda se achou o grande maiorial e o futuro de nossa casa, tão egocêntrico como seu pai.

— Eu?! Tu chamas eu de egocêntrico?

— Você sempre viveu em seu mundinho Arthur e nunca realmente tomou percepção do que acontecia ao seu redor. Tomar o seu lugar foi mais fácil do que eu pensei, ainda mais depois de você se aliar a causa tão fraca como a dos Hightower. Admita para si mesmo o quanto burro você foi durante toda a sua vida!

— Eu admito que confiei e amei o homem que me traiu, isso eu admito Axel.

— Oh, quão sentimental. — O lorde de Montechifre riu com escárnio das palavras do sobrinho. — Deve ser a febre, os meistres disse que talvez você nunca volte a andar meu sobrinho. Agora você pode fazer companhia ao coxo dos Tyrell, já que você gosta tanto deles. Mas veja bem, eu poderia lhe fazer um favor e te livrar desse sofrimento Arthur.

Axel segurou firmemente o punhal e seus olhos azuis e gélidos miraram a face febril do filho de seu falecido irmão.

— Não ouse! Seria tão baixo a matar seu sobrinho que nem ao menos pode se defender? — Axel olhou ao redor, mas não achou nada que pudesse usar para se defender, duvidava muito que o tio tivesse deixado algum guarda no recinto.

— Eu apenas estaria fazendo um favor para você sobrinho, uma morte rápida ao invés de uma vida em dor. — Ele se aproximou da cama lentamente e sussurrou. — E meu posto finalmente estaria seguro, o obstáculo que me deteve durante tantos anos.

Arthur cerrou os punhos pronto para se defender com as próprias mãos e o tio avançou o último passo, a lâmina a centímetros de distância. E então o barulho de uma porta se abrindo, seguido de passos metálicos. Axel se afastou.

— Eu pedi para não ser incomodado enquanto falava com meu sobrinho Sor. — O lorde repreendeu o cavaleiro que se curvou e pediu por perdão.

— Sinto muito meu lorde, mas a senhora sua esposa está aqui e deseja a sua presença imediatamente.

— Cecily… — Axel divagava o motivo da vinda dela. — Muito bem, já estou indo, deixe-me apenas me despedir do pobre Arthur.

O cavaleiro se distanciou e o Tarly abaixou-se a perto da cama.

— A sorte parece sempre estar a seu favor Arthur, mas se sua morte não vier por mim com certeza virá pela doença nessas celas imundas. — Falou para que apenas o mais novo ouvisse. — Adeus Arthur.

 

 

Cecily tocou a cabeceira de madeira negra de sua antiga cama e teve recordações de seu passado. Um tempo que já parecia outra vida depois de tanto que havia acontecido em tão pouco tempo, seu primeiro casamento, Willas, o luto, Gwayne, a guerra, seu segundo casamento e agora a perda de seu primeiro amor. Ela teve que realmente se segurar para não chorar com tantas memórias e emoções a flor da pele, pois sabia que Axel estava a caminho.

E assim o seu marido abriu a porta, fazendo ela se virar para a porta e direcionar uma mesura respeitosa para ele.

— Isso é jeito de receber o senhor seu esposo depois de tanto tempo? — O lorde questionou com um sorriso de canto. — Por que não me dá um beijo de verdade?

Cecily se sentiu acuada, mas fez como foi pedido sendo uma boa esposa, encostou seus lábios nos dele. Eram molhados e frios, fazendo ela sentir repulsa. Já haviam se beijado antes, porém o tempo longe dele fez a jovem mulher se esquecer de como era sensação e como ela sentia-se desconfortável. Não era respeitoso como fora com Armand ou apaixonado e gentil igual os de Gwayne, eram sem emoção.

— Agora… — Ele começou dando a volta no quarto e sentando-se numa cadeira qualquer. — O que te traz a tão longe de meu castelo minha doce esposa? Tenho certeza que não pedi a sua presença aqui e não é nem um pouco adequado que uma dama como você permaneça tão próxima da guerra.

Ela fechou as mãos na frente do corpo, sentindo-se como a jovem que um dia fora em Jardim de Cima, sem saber das coisas da vida. Porém respirou fundo e tomou a fala de uma senhora, ou melhor, da princesa que ela ainda era.

— De que serventia eu tinha tão longe em Montechifre? Posso realmente ser apenas uma mulher, entretanto fui educada como uma princesa e fui senhora desse castelo por conta própria, tenho certeza que posso ser útil em uma sala de reuniões. — A loira apresentou seus argumentos com uma voz aveludada, porém isso não pareceu agradar ao lorde, por isso acrescentou. — Além de que não é certo uma senhora se manter tão longe do marido por tanto tempo. Eu senti sua falta.

Ela sabia que os deuses puniam aqueles que usavam da mentira, mas ela precisava de algo que melhorasse os ânimos de Axel e se mentir fosse a única maneira, que seja.

— Bem, creio que não seja um grande problema, sua presença pode fazer bem para seu irmão que não anda muito bem depois da partida de seu tio e sua comitiva.

— Eu soube disso, como venceremos sem as tropas de Bosquedouro?

— Não se preocupe com isso, nossas forças ainda são maiores e mais supridas dos que as de Niklaus que se encontram cansadas, debilitadas e com comida escassa. Mas, podemos conversar disso mais tarde? No jantar, talvez?

Ela concordou com um sorriso gentil e ele pareceu satisfeito. Levantou-se de seu assento e depositou mais uma beijo em seus lábios, assim saindo do recinto a deixando pensativa. Precisava realmente ir tratar com John.

 

 

Cecily entrou no quarto depois de algumas batidas na porta sem resposta. Ela virou a cabeça em decepção ao ver seu irmão jogado na cama em uma péssima aparência, nada da magnificência de um monarca da Campina.

— Mamãe mataria você se te visse assim. — Cecee comentou se aproximando do dossel em passos lentos, sentou-se na beirada do colchão e sorriu para o seu irmão.

— Ela sempre pegou demais no meu pé. — Ele respondeu com um olhar vago para o teto e perdido em seus próprios pensamentos, depois completou. — De nós dois.

— Isso é verdade, eu gosto de pensar que isso nos ajudou a sermos o que somos hoje. E o que você está fazendo jogado aqui dessa forma, meu caro irmão? Não deveria estar ganhando uma guerra?

— Como venceremos se nem mesmo meu próprio tio me respeita? Se meu sangue me abandona na frente de todo meu conselho de guerra? Eu sou uma piada para todos Cecee…

— Certamente continuará sendo se não fizer nada!

— Eu odeio quando você faz isso. — O rei confessou em um grunhido sonolento.

— O que?

— Diz a verdade! — Ele levantou-se e seguiu para a mesa que ficava no canto do quarto segurando um medalhão de ouro. Cecily o seguiu e observou o retrato guardado ali.

— Ela é linda, não é? — A adoração na voz dele transformava a pergunta na afirmação mais verdadeira.

— Blair com certeza tem uma beleza abastada meu irmão, pena que está no lado errado da guerra, irmã e filha de traidores da coroa. Essa dama não está mais disponível, a menos que…

— A menos? — Ele questionou sedento por uma resposta.

— Você precisa vencer essa guerra John, assim a casa Hightower poderia receber clemência do rei com um casamento entre um filho Gardener e um filha da Torralta.

— A parte de vencer a guerra não é tão fácil, Cecee.

— Eu sei, mas talvez haja um jeito mais rápido.

— Qual irmã? Você está muito lenta hoje, diga logo!

— Um combate corpo a corpo, desafie Niklaus a um. — A face de John se encheu de dúvida e depois de desprezo pela ideia. — Você treinou a vida toda com o mestre de armas de Jardim de Cima, se preparou a vida toda com a espada, eu sei que pode vencê-lo. O vencedor fica com a coroa.

— Cecee, mesmo que eu quisesse, ainda assim precisaria do apoio dos lordes, eles dificilmente aceitariam.

— Convença eles, você sempre conseguiu o queria por meio de suas palavras meu irmão. Está na hora de acordar para os problemas que nos sufocam desde que esta maldita guerra começou! Nossa família foi escolhida pelos deuses para governarem essa terra, nós somos ungidos pelos Sete! Você não irá perder para um rebelde, nem hoje ou pelos dias pela frente John! Saia desse quarto e anuncie o duelo, mande um mensageiro para as linhas inimigas! Vença!

Brilho cheio de emoção encheu a face do rei que levantou-se, abraçou a irmã e saiu do quarto com a sua antiga confiança renovada. Ela realmente gostaria de acreditar que John venceria aquele duelo, que eles apenas pudessem acreditar na benção dos deuses, mas aquilo não era verdade. Para ganhar aquela batalha Cecily teria de usar de outros meios, uns que ela achava repugnantes, mas necessários. Pelo bem do reino e de seu filho.

Colocou a mão na cabeça e respirou profundamente, ainda havia um último encontro.

 

 

A inteira guarda de Bosquemel a seguiu quando Cecily anunciou que o cortejo até o túmulo de Gwayne aconteceria. Pois no fim todos aqueles soldados haviam conhecido o guerreiro que ocupara o coração dela, eles admiravam o chefe da guarda, haviam lutado ao seu lado e por fim haviam visto ele morto depois que a batalha havia acabado. Dessa forma centenas de passos ocuparam o bosque até que chegaram ao grande carvalho que sombreava a lápide.

Cecily tinha olhos marejados, mas não permitiu que nenhuma lágrima caísse no meio daqueles homens. Afinal apenas o fato de ter vindo até ali já era uma afronta a seu casamento, seu marido não podia saber que ela esteve chorando sobre o túmulo de um homem morto. Ainda mais depois da reprovação que havia recebido de Axel apenas por ter vindo naquele cortejo. Mas ela havia vindo de qualquer forma, Gwayne merecia aquele último ato dela.

A antiga princesa colocou as flores que havia colhido antes perto de onde o nome dele havia sido lapidado da pedra. E a partir desse momento os soldados que serviam seu filho e a casa de seu falecido marido começaram a se dispersar, restando apenas os quatro que faziam sua guarda.

— Senhora, já planeja voltar ao castelo? — Um deles tomou coragem de perguntar depois de minutos dela parada olhando para o chão onde seu amado agora estava enterrado.

— Me dê alguns minutos, nós… — As palavras ficaram presas no meio de sua garganta adornada por joias. — Éramos grandes amigos. Apenas aguardem na entrada da clareira, já irei me juntar a vocês em pouco tempo.

Ela disse e eles obedeceram se distanciando até que Cecily não pudesse vê-los mais.

Então as lágrimas começaram a rolar por sua face rosada, seguido de um grunhido que ela estava segurando desde que soube da morte dele. Tanto sentimento que a mulher teve de manter preso dentro do próprio peito como uma prisão de carne e músculo. Era tão difícil se manter dura e resplandecente quando o mundo parecia girar aos seus pés, quando tanto era esperado dela e tanto lhe era tirado ao mesmo tempo.

Havia perdido sua verdadeira casa, se casado com um homem que repudiava, o poder da casa de sua família estava em frangalhos e agora perdia o homem que ela realmente amava. Havia um buraco em seu peito e ela duvidava que nada além de Willas pudesse preenchê-lo. Ela soluçou, notando que realmente chorava como um bebê recém-nascido e naquele momento, apenas naquele momento, Cecily se permitiu rachar depois de tanto tempo sendo forte e agindo como todos esperavam dela.

Ela chorou e chorou, até perder o fôlego e o nó que havia em sua garganta sumisse. O chão agora deveria ter sido regado com suas lágrimas e o corpo sem vida de Gwayne fora banhado pelo seu luto e sofrimento. Por fim ela soltou um suspiro sentindo um pouco de plenitude, bem a tempo de começar a ouvir os barulhos de discussão que fez com que ela virasse surpresa. Cecily se virou para ver um homem de feições simples e corpo esguio se aproximar sendo arrastado pelos homens da guarda dela.

— Minha senhora, pegamos esse aqui tentando chegar perto da clareira e provavelmente de vossa senhoria. — Um dos guardas explicou enquanto o homem se debatia em seus braços fortes. — O que devemos fazer?

— Quem é você? — A senhora tomou conta mais uma vez de seu corpo e a mulher quebrada foi guardada novamente no fundo de sua alma.

— Meu nome não importa, apenas o que vim fazer…

— Que seria?

O homem sorriu mostrando dentes amarelos, alguns podres.

— Informações... 

Ele falava devagar, como se para fazer com que a atenção de todos demorasse sobre ele.

— Sobre quem mandou eu assassinar esse aí. — Um brilho percorreu o olhar do desconhecido quando acenou com a cabeça para o túmulo e Cecily engoliu em seco.

— Está blefando… — Ela quase arfou ao falar. — Gwayne morreu em batalha.

— Não, me mandaram matá-lo especificamente no meio da batalha.

— Quem mandou?

O homem riu mostrando muito bem seus dentes podres.

— Tudo tem um preço, minha senhora.

Cecily respirou fundo e levou as mãos hábeis até a parte de trás de seu pescoço, tirando a jóia que lhe adornava o local. Entregou na mão do homem sem encostar nele.

— Agora diga, quem mandou você matar Gwayne. — Era uma ordem, uma que deveria quebrar o novo nó que havia se formado em sua garganta.

Ele pareceu analisar a joia um pouco antes de começar a falar.

— Lorde Tarly mandou eu matar o rapaz, ele me pagou muito bem para que eu fosse especificamente até ele no calor da luta e disse que a minha palavra não teria valor contra a dele se dissesse alguma coisa. — O homem disse tirar os olhos das pedras negras da jóia. — Mas vim contar mesmo assim por um bom preço…

Cecily respirou fundo e sentiu algo estranho surgir dentro de si mesma.

— Diga novamente, você matou Gwayne? — Ela precisava ouvir com todas as palavras.

— Sim!

Ela sentiu um peso tomar conta de si.

— Mataria novamente se eu te pagasse bem?

— Claro… a senhora tem alguém em mente?

Ela tinha.

— Pois então pelos Setes Deuses e pelo poder que tenho nessas terras eu te sentencio à morte, pelos crimes contra um dos homens de minha casa e um cidadão do reino. — Os olhos dele se esbugalharam ao ouvir suas palavras e começou a se debater mais uma vez, mas não se importou apenas focando em seus homens. — Matem ele no bosque e deixem seu corpo intacto para que os lobos tenham um durante a noite, isso se tais feras não sentirem nojo do que encontrarem.

— Eu te falei a verdade! — O homem gritava. — Eu te dei informações!

— E eu te paguei por tais informações. — Ela disse por fim e o assassino olhou para a jóia que brilhava em suas mãos.

Cecily se virou ignorando os últimos pedidos do assassino. Aquela coisa dentro dela se mexeu no seu estômago e a mulher sentiu vontade de vomitar quando pensou no que o homem havia admitido sem um pingo de arrependimento. E seu marido… Axel… o nome era como ácido e ela se recusou a pronunciá-lo. Cecily precisava de uma confissão primeiro, precisava ouvir da boca do Tarly assim como havia ouvido do homem agora a pouco.

Assim ela saberia que estaria vingando seu amado.


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Notas finais do capítulo

Perdão por qualquer erro!!
Espero que tenham gostado :D



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