A Rosa Dourada escrita por Dhuly


Capítulo 23
Noite de Emoções


Notas iniciais do capítulo

Comentários são sempre apreciados! Boa leitura.



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j a r d i m   d e   c i m a

Amélie caminhava em um tédio aparente pelas muralhas internas do castelo. O vento forte mexia com suas madeixas escuras e ela não tentava arrumá-las pois sabia que bagunçariam novamente. Não era permitido que a Crane viesse até ali, era considerado muito perigoso e não muito apropriado para uma dama de alto nascimento, mas Amélie nunca esteve dentro dos padrões pré-definidos. E afinal, apenas receberia mais uma bronca de sua mãe, coisa que ela já estava acostumada.

A verdade era que a garota odiava Jardim de Cima e a grande maioria das pessoas que ali habitavam, a rotina entediante e as regras rígidas de conduta, era tudo tão massante e sufocante. Ela sentia-se como um animal preso em uma gaiola. Por isso ela vinha quase sempre que podia para as muralhas, era um dos poucos lugares em que podia se sentir livre e sem se preocupar em manter as aparências para as pessoas ao seu redor.

Respirou profundamente e observou a bela paisagem que tinha dali. As árvores altas e verdes, o rio Vago, os campos floridos e o sol se pondo ao longe. Apoio os cotovelos na ameia e a cabeça nas mãos enquanto tentava se lembrar de cada palavra que havia lido na pequena carta que Kirlon havia lhe mandado respondendo a que ela mesma havia enviado contando sobre seu noivado. O guarda não fora educado formalmente como ela e por isso não sabia escrever ou se expressar muito bem, de qualquer forma aquele pequeno pedaço de papel ainda fora a melhor coisa que acontecerá em dias já que era um pedacinho do seu lar. Estava guardada numa gaveta de seu quarto e dizia o quanto ele se encontrava feliz em saber que ela tinha arrumado um futuro marido.

Amélie sentiu que a palavras dele continham algo estranho, um certo tipo de polidez que nunca havia existido entre os dois e isso a preocupava. Seu grande amigo de longa data agora pararia de falar com ela da mesma forma que antes? A jovem lady sentia um certo aperto em seu coração e talvez soubesse o porquê. Talvez estivesse nutrindo sentimentos pelo homem que a ajudou a melhorar com o arco e flecha e ensinou ela a acalmar um cavalo. O rapaz que tinha o sorriso mais carismático do mundo e que sempre esquecia de arrumar o cabelo.

Essas dúvidas deixavam sua mente na loucura e a de cabelos negros não sabia como reagir a essas novidades que ela nunca havia sequer imaginado. Não haviam eles dois sempre sido amigos? Até irmãos? Porque apenas agora quando ela estava prometida a outro sentia aquele tipo de coisa? Suspirou em meio a seus dilemas e fechou os olhos por um segundo, sentido o vento passar por si calmamente.

Abriu eles novamente apenas quando ouviu um miado. O pequeno gato cinza e de olhos amarelos a observava na beirada da ameia, sem medo de cair ou que um vento mais forte o carregasse dali.

— Olá amiguinho? Está perdido ou pensando em seus problemas como eu? — Esticou um pouco a mão para tentar acariciá-lo e o próprio animal se empertigou nela. Era um pequeno bichano de pelo macio, mas sujo, provavelmente vivia escondido pelos jardins do palácio. — Deve ser tão bom ser livre como você é.

Ele miou e ela sorriu achando aquela uma resposta muito adequada para o felino.

— As crianças do orfanato te amariam, eu tenho certeza. — Continuou a conversar com ele, mesmo que o pequeno ser não entendesse nada do que ela falasse. Pelo menos ela tinha alguém com quem desabafar. — Você provavelmente não tem um nome não é mesmo?

Ele olhou para ela com aquele olhinhos amarelos e chamativos.

— O que acha de Brandon? Esse foi o nome do antecessor da minha família... — O gato miou mais uma vez e presumiu que aquilo fosse algo positivo.

A noite já havia caído e do sol não se via nem mais um fresta no horizonte, o vento que antes era fresco se tornou frio e ela percebeu que aquele era o momento de voltar para o castelo. Esticou os braços para o gatinho e ele veio docilmente para seu colo.

— Vamos Brandon, ainda tenho uma longa discussão até mamãe deixar eu ficar com você.

 

 

Eyla Rowan estava meio escondida em dos cantos do salão da rainha. Bebia vinho com especiarias de um cálice prateado e sabia que já havia passado de sua cota por um dia, mas com suas duas irmãs dançando, seu pai e irmão fora, ela não tinha ninguém para repreendê-la. Observava com olhos atentos todas as damas presentes no salão.

A rainha mãe, ou a verdadeira rainha como alguns gostavam de cochichar maldosamente, era a anfitriã no salão, mesmo que o aposento na verdade estivesse na posse de Roslin agora que ela era rainha. Mas parecia que aquele detalhe era misero para sua tia que se divertia de sua cadeira acolchoada enquanto as damas ao seu redor aproveitavam para conversar ou dançar com parceiras femininas, já que a maioria dos homens presentes eram soldados nenhum um pouco atraentes ou que pisariam no pé delas mais de uma vez.

A ruiva arrumou uma mecha de seu cabelo que saiu do penteado bem elaborado feito por sua criada. Aquele baile estava sendo horripilantemente chato e ela não estava suportando nem mais um minuto daquilo. A rainha Roslin também não parecia estar aproveitando do momento, permanecia de cabeça baixa enquanto passava a mão pelo cabelo castanho de seu irmão mais novo, o olhar perdido no chão de mármore. Todos já sabiam do “desaparecimento” de lady Ellynor e Eyla não duvidava que aquele era o motivo pelo qual a esposa de seu primo estava tão deprimida ultimamente. Talvez ela devesse falar com sua monarca, mas sentia-se bêbada e avoada demais para isso. Tinha certeza que receberia uma bronca de Ayla se a mesma a visse naquele estado, por conta disso permaneceu em seu lugar escondido.

A porta do salão abriu um pouco depois e lady Ágata apareceu junto de sua duas filhas. Com a música tocando quase ninguém percebeu a presença das recém-chegadas. Aquelas mulheres fariam parte de sua família dali a alguns meses se tudo ocorresse como previsto. Ela não gostava da mãe e da filha mais velha, contudo sentia uma certa empatia pela noiva de seu irmão Amélie e por isso sorriu para a mesma quando ela seguiu para onde a ruiva estava.

— Parece que não sou a única a não ser apaixonada por bailes. — A mais velha comentou com uma mesura simples, seu vestido também não era muito chamativo e ela realmente não parecia desconfortável com isso, aquele fato daria um ataque de nervos em Aella, já Eyla não se importava nem um pouco.

— Apenas não sou uma grande apreciadora da dança e como o principal objetivo desse evento é dançar eu acabo ficando sem opções. — Comentou dando mais um gole em seu cálice, já devia ter parado, mas o gosto só parecia melhorar cada vez mais.

— Eu te entendo Eyla.

— Sabes meu nome?

— Como não saberia? Você é irmã do meu noivo.

— As pessoas normalmente não conseguem lembrar do meu nome por conta dele ser tão parecido com o das minhas irmãs, acabam dizendo o delas antes de chegarem ao meu. — Se estivesse sóbria provavelmente estaria triste com aquele fato, porém o vinho fazia seu efeito e ela deu uma leve risada após sua frase.

— Eu penso de forma contrária, seus nomes são parecidos e isso só me deu vontade aprendê-los o mais a rápido possível.

A mais nova sorriu mais uma vez para a moça ao seu lado e só então se deu conta do quanto risonha ela estava. Talvez estivesse bêbada pela primeira vez, mas não saberia dizer ao certo agora. Sentia que precisava de ar e por isso se despediu de Amélie e foi para os jardins mais próximos, o que não demorou muito já que Jardim de Cima era um completo jardim em si.

A bela lua iluminava o céu estrelado e ela percebeu que era o mesmo céu que Aeden deveria estar observando também muito longe dali, talvez ele estivesse pensando nela do mesmo jeito que a garota pensava nele. Queria tanto que ele e seu pai voltassem para casa. Era tudo que ela queria.

Escutou soluços vindo de perto e seguiu o som, deu em um grande arbusto e atrás dele se encontrava uma menina não muito mais velha que ela. Tinha o cabelo loiro e cacheado preso em um coque alto, seu vestido azul estava com a barra suja por ela ter se sentado em um local do jardim com terra ao invés de grama. De seus olhos cor de mel lágrimas quase invisíveis caíam, mas ela parou assim que percebeu a presença de outra pessoa.

— Não pare, eu li em um poema que elas limpam a alma. — Comentou aleatoriamente e se sentou ao lado dela, a menina olhou para a recém chegada com curiosidade e espanto.

Eyla não deu importância e olhou para sua mão, uma garrafa de vinho estava ali, não sabia quando havia pego aquilo, deu de ombros e bebeu. Depois ofereceu a menina que aceitou sem grande demora. As duas olhavam para o muro branco coberto de relva verde musgo. A Rowan sabia que ela era nobre, todavia a casa a qual ela pertencia era um breu em sua mente alcoolizada. Talvez uma Ambrose ou Ashford, ela não se lembrava.

— Porque está chorando? — Achou por bem perguntar depois dela devolver a garrafa que agora se encontrava na metade.

— Minha família parece ter se esquecido que eu sou uma refém e resolveram brincar de reis. Eu temo que não demore muito para eu e minha irmã sermos jogadas nas masmorras ou coisa pior…

Meadows, ela era uma Meadows e o pai dela havia se coroado rei a poucas luas.

— Minha família se esquece de mim também as vezes, mas eu já me acostumei. — Ela riu mais bêbada do que nunca e a loira a seguiu. Duas jovens embriagadas rindo no meio dos jardins a noite, era algo para se recordar.

Elas pararam de rir depois de alguns minutos e a mais velha se deitou sobre o colo de Eyla. A ruiva não soube muito bem como reagir, apenas começou a fazer carinho em sua cabeça. O vestido da Meadows estava meio caído e por isso ela conseguia ver um pouco de seus seios já formados, maiores do que os de moça que a lady de Bosquedouro tinha. Desde quando ela prestava atenção nos seios de outra meninas? Talvez ela estivesse muito bêbada, mas foi descendo sua mão até o ombro dela e por fim parou por cima do peito dela, apenas o tecido separava a pele de uma da outra. Ela levantou-se e olhou para Eyla, ambas sustentaram o olhar, a bebida fez com que as duas perdessem um pouco do pudor e da vergonha. Foram se aproximando aos poucos até seus lábios se encontraram. A ruiva era um pouco mais baixa e por isso ficou olhando-a de baixo, foi a loira que tomou a iniciativa de introduzir a própria língua na boca de Eyla e ela retribuiu da mesma forma. Era uma sensação completamente nova e excitante para a mais nova que nunca havia beijado ninguém em toda sua vida. A mais alta colocou as mãos no rosto dela e a Rowan movimentava sua cabeça de um lado para o outro apenas seguindo seus instintos. Apenas pararam quando as duas estavam sem fôlego e muito coradas.

A loira pareceu recobrar seus sentidos de súbito e perceber o que havia feito, levantou-se em um pulo e arrumou o vestido.

— Acho que já está tarde, boa noite milady. — E seguiu rumo a uma das entradas para o palácio.

— Espere! — Eyla gritou ainda do mesmo lugar, apenas virando seu corpo para onde a menina ia. — Não sei seu nome.

— Ceryse e o seu? — Ela questionou com um sorriso no canto do lábio.

— Eyla…

Ela concordou com um meneio e seguiu seu caminho rapidamente deixando ela ali no mesmo lugar. Passou os dedos levemente pelos lábios, relembrando cada momento de seu primeiro beijo como se estivesse acontecendo mais uma vez.

 

 

Roslin olhava de um lado para o outro como uma fugitiva. O barulho de seu salto ecoava pelos corredores assim como as botas de Florian Flowers, seu guarda-costas e uma das únicas pessoas que ela ainda confiava naquele castelo. Desceu rapidamente a escadaria circular apertada que dava direto para as masmorras. Um cheiro forte e repugnante a atingiu assim que chegou ao primeiro andar subterrâneo que guardava os inimigos do rei. O odor era um mistura de fezes e comida podre ao mesmo tempo, ela segurou-se para não botar seu almoço para fora.

Continuou andando até a cela que a interessava.

Florian abriu a porta para ela e lhe lançou um olhar nervoso avisando para ela se apressar.

Entrou na pequeno cômodo e surpreendeu-se com o que viu. Deitada sobre um colchão de palha no chão estava sua irmã, a primeira vista ainda se questionou se aquela era sua irmã, mas depois não houve mais dúvidas. Havia emagrecido, tinha o corpo inteiro sujo e seu cabelo era um grande emaranhado. Ainda usava o mesmo vestido do dia que havia sido presa, entretanto o mesmo estava tão sujo e maltrapilho que parecia uma obra feita pela pior costureira de Westeros. Todavia assim que a mais velha levantou o rosto para a visita inesperada ela pode reconhecer a irmã por baixo de toda aquela sujeira.

— Oh Roslin! Finalmente veio me soltar, não sabe o que passei aqui, as pulgas me mordem a todo tempo, acho que estou com piolhos, tenho de fazer minha necessidades em um potinho e os ratos, oh os ratos… — Ela levantou-se e abraçou a irmã mais nova com mais amor do que havia demonstrado toda sua vida. — Eu preciso de um banho e…

— Ellynor, eu não vim para te tirar daqui. — Ver a completa decepção no rosto de sua irmã foi como um murro certeiro em seu estômago.

— Como assim? Eu não vou aguentar ficar mais do que um dia nesse lugar.

— John ordenou que ninguém podia te visitar ou te tirar daqui até ele voltar e decidir o que fazer, eu estou indo contra a palavra do rei apenas por estar aqui.

Ellynor estava pronta para discutir, porém ela mudou sua postura de imediato, voltando a ser a lady que ela sempre fora mesmo que as condições não fossem as mesmas.

— Então o que veio fazer aqui? — Sua seriedade e jeito ríspido era afiado como uma faca.

Puxou a sacola com comida e a garrafa de cidra.

— Trazer isso e procurar por respostas. — Os olhos da irmã pareceram brilhar ao ver comida de verdade depois de tanto tempo comendo migalhas que eram destinadas ao presos. Ambas sentaram-se no colchão, Roslin nunca havia visto alguém comer um pedaço de pão com tanta ferocidade. — Eu não sei o que fazer, por mais que passe o dia usando uma coroa de ouro sobre a cabeça Elizabeth ainda age como se ela fosse a rainha, manda e desmanda no castelo como bem entende, ainda finge que não me ouve quando tento falar com a mesma sobre a sua condição.

— Você nunca soube se impor irmã e é por isso que estamos nessa situação. Como está Raymund?

— Bem, ele pergunta todo dia sobre você e eu minto dizendo que você está em Solar de Cidra, ele quer voltar para casa e eu também.

— Foco Roslin, como a guerra está se desenrolando?

— As forças Gardener estão seguindo rumo ao sul onde enfrentarão os exércitos de Niklaus, ele vem vencendo muitas batalhas. Mas esse não é o importante agora, preciso tirar você daqui e não sei como, você sempre cuidou das coisas e eu não sei se vou poder manter tudo em pé por muito tempo.

Ellynor suspirou, havia se esquecido do jeito e das falhas da mais nova, sempre tão tola.

— Preste atenção. Você é rainha e está na sua corte, por mais influente que Elizabeth possa ser ela não pode passar por seu direito de casamento, esse castelo é seu e o poder está em ti agora. Não podemos botar tudo a perder agora que finalmente estamos tão perto de garantir o futuro de nosso irmão e de nossa casa. Lute Roslin, lute como nunca lutou, lute por mim, por papai, por mamãe, por Raymund, lute por você!

Florian bateu na porta avisando que o tempo delas havia acabado.

— Agora vá e não me desaponte, você não pode ficar mais debaixo da asa de alguém, precisa criar as suas e voar.

Ela confirmou com um aceno e deu um último abraço na irmã antes de sair da cela.

— Deixe a chave onde ela deveria estar e volte para Raymund, eu posso voltar para meus aposentos sozinha. — Falou para seu guarda-costas e ele lhe obedeceu, os dois seguindo caminhos diferentes.

Seguiu com passos leves, sua cabeça martelando em cima das palavras de sua irmã. Era tempo dela tomar sua próprias decisões e seguir por si só. Chegou a porta de seu quarto e percebeu que os guardas não estavam mais ali. Entrou com cuidado em seus aposentos, afinal o próprio rei havia sido morto em seu castelo, o que garantia que ela não fosse a próxima? Surpreende-se com a presença de Elizabeth e de seus guardas ali.

— Onde você esteve Roslin? — Ela foi direta.

— Estava caminhando.

— A essa hora?

— Não tive sono, o baile foi deveras animador.

— Não minta para mim garota, acha que eu não sei onde foi? — A mãe de seu desprezível marido estalou os dedos e Florian entrou no quarto de cabeça baixa.

— Meu bom rapaz, onde a rainha esteve?

— Nas celas, junto de sua irmã.

Roslin olhou para ele incrédula, achava que ele fosse seu amigo, conhecia ele de Solar de Cidra. A rainha mãe sorriu e estalou os dedos mais uma vez, dois de seus guardas pegaram o homem pelos braços.

— Matem ele por desobedecer as ordens do rei.

— O que? Você me prometeu dinheiro! Disse que nada aconteceria comigo! — Ele gritava enquanto era arrastado corredor afora.

Ela estava estática, sem saber o que fazer ou falar. Queria dizer algo em seu favor, mas sua língua parecia feita ferro.

— Roslin, o que eu devo fazer com você? — Ela andava pelo quarto em círculos, olhando pacientemente para o chão. — Você desobedeceu o rei e isso merece uma punição, Sor Garred.

O guarda olhou para Elizabeth sem entender.

— Vossa majestade, quer que eu bata nela?

— Falei em valiriano? Ande logo.

Roslin sentiu a manopla recoberta de ferro bater com tudo em sua bochecha, sentiu o gosto sangue consumir sua boca e a dor imediata. Ela segurou as lágrimas, enquanto permanecia jogada no chão por conta da força do impacto. A mãe de John abaixou-se ao seu lado antes de ir embora.

— Nunca, em hipótese alguma, desobedeça o rei!

Logo todos saíram dos aposentos e ela continuou no chão frio, embora não tivesse deixado nenhuma lágrima cair. Sabia de onde havia vindo a monstruosidade de John e também sabia de outra coisa: faria com que todo eles pagassem.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado, se puder deixe um comentário, me motiva muito a continuar :)



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