A Rosa Dourada escrita por Dhuly


Capítulo 2
A Donzela Na Torre


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!Desde já quero agradecer a todos que comentaram e mandaram fichas!Muuuitoo obrigada!
Esse capitulo demorou mais do que eu pensava para se postado,eu escrevi ele pela metade,então eu achei que havia ficado ruim,ai eu reescrevi e dessa vez achei que ficou melhor!
Então tenham um boa leitura e digam oque acharam!



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v i l a v e l h a

Sor Willem depositava beijos em seu pescoço fazendo Armelyne se arrepiar por inteira. O Bulwer era um verdadeiro homem. Másculo, bonito e forte. Ela gostaria que seu prometido fosse da mesma forma, quem sabe o Redwyne não pudesse surpreender a garota. Enquanto o Willem passava as mãos por suas curvas, a jovem Hightower mexia nos calções do homem. Aquilo era divertido, mas enfim teria de terminar. Ela já estava entediada do rapaz.

Lyne empurrou o Bulwer e arrumou o corpete que deixava um seio a mostra. Passou a mão alisando a saia bagunçada e olhou para o homem a sua frente, ainda cheio de desejo nos olhos.

— Temo que nossos minutos tenham se esgotado, meu caro — Disse ela, com um sorriso travesso.

Armelyne tinha sorrisos para tudo, desde os mais doces e amáveis até os mais safados e inapropriados para uma lady como ela. Poderia convencer qualquer um com eles.

— Mas já? — Perguntou Willem, passando uma mão por sua cintura.

— Sim, tenho assuntos a resolver — Respondeu Lyne, tirando o sorriso da face e saindo abruptamente da pequena dispensa onde se encontrava.

Homens eram tão prepotentes e dominantes. Ela tinha sempre que mostrar que ela estava no controle das coisas. Você não podia estender o mindinho que eles já queriam o braço inteiro. Era assim com todos os amantes dela. Com sorte ela tinha se tornado uma garota esperta e inteligente para resolver esses detalhes.

Enfim seus dias com Willem Bulwer haviam chegado ao fim.

O corredor onde ficava a pequena dispensa era escuro e poeirento. Contudo era raro pessoas passarem por ali, ou seja, o local perfeito para suas pequenas escapadas com os jovens galantes. Todos sabiam que Armelyne Hightower era a moça mais rodada da Campina, muitos já tinham tirado uma casquinha, mas nenhum jamais havia conquistado seu coração.

Ela queria ser independente e livre. Seu casamento iminente iria destruir isso. Para Armelyne aquilo era um preço pequeno para se pagar enquanto o casamento traria uma ilha inteira sob seu domínio e um título importante. É claro que princesa soava muito melhor na frente de seu nome do que senhora, mas ela já havia se conformado.

Em seus devaneios Lyne nem percebeu que já descia as escadas. Era um caminho longo até seu quarto e uma escadaria maior ainda. Esse era o problema de Torralta, para todos os lugares que você ia tinha de subir escadas e mais escadas. Era necessário uma manhã inteira para chegar dos portões até o topo. Talvez os ancestrais de Armelyne pudessem ter pensando que seria fácil para as damas subirem tantas escadas de salto alto.

Das janelas era visível o porto. Lotado de embarcações feitas para a guerra. Se só com as forças de seu pai e os lordes costeiros já tinham tantos navios, Armelyne nem queria saber como ficaria com a chegada de Lorde Redwyne.

Pensar no Senhor da Árvore fez a jovem se lembrar de seu prometido. Curiosamente, mesmo que os Redwyne tivessem vindo várias vezes até Torralta, ela não conseguia se lembrar muito bem do herdeiro. Talvez ele fosse bem comum para nunca ter reparado nele.

Lance após lance Armelyne finalmente havia chegado à área dos aposentos do lorde, agora recém-coroado rei.

Passou pela porta de sua irmã sem pretensão de encontrá-la no momento, veria a mesma no jantar. A porta de seus aposentos era de ardósia, a maçaneta era trabalhada em ouro, um dos luxos da nobreza. Ela entrou no quarto. Estava iluminado pela luz vinda das duas janelas que existiam ali, as cortinas se encontravam abertas deixando a brisa típica da Campina entrar.

Sua cama de dossel encontrava-se bem arrumada. Os lençóis brancos e sem nenhuma mancha. Tudo em seu devido lugar.

Armelyne foi até a sacada e olhou para baixo. Dali tinha uma bela vista, não tão boa quanto do farol que coroava a torre, mas ainda assim uma bela vista. Abaixo alguns metros se encontravam os jardins bem cuidados, ainda mais abaixo se via o forte de pedra negra que tinha origem desconhecida. Barcos pequenos navegavam pelo Vinhomel, alguns de pescadores, outros de passeio. O Septo Estrelado também era bem visível, com sua cúpula de vidro e as imensas estátuas dos Sete Deuses. Há poucos dias a garota havia se encontrado lá dentro, velando por sua falecida mãe.

Sentia imensamente falta dela, mesmo que a mesma brigasse com ela por conta de suas escapadas secretas, tinham sempre muito amor e carinho para Armelyne e seus irmãos. A morte dela mudou muitas coisas, seu pai nunca seria o mesmo sem sua senhora e a Campina estava em conflito por conta da falta de atitude do Rei Garth. Lyne esperava que seu pai pudesse vingá-la, para que Dalena Hightower não tivesse morrido sem motivos e tudo não se acabasse por isso.

Pensar em sua mãe fazia a garota sentir uma angústia no coração e um nó na garganta. Por isso Armelyne não pensava muito no assunto. Diferente de seu pai ela preferia seguir em frente ao invés de chorar rios de lagrimas, uma vida melancólica não fazia seu estilo. Ela era alegre e animada demais para isso.

A porta do quarto foi aberta revelando duas aias cabisbaixas. Os servos eram sempre assim, o tempo todo achando que ela poderia morder as pessoas.

— Minha princesa, temos ordens para prepará-la para o banquete que haverá está noite. — Informou a aia morena.

— Qual banquete? — Questionou Armelyne, sem saber nada sobre o assunto.

— Os Redwyne chegaram por terra e o senhor seu pai, o Rei Gerold organizou um banquete de última hora para recepcionar os convidados — Dessa vez quem falou foi à loira.

Então seu noivo desconhecido finalmente havia dado o ar da graça, pensou Armelyne com um sorriso divertido na face, está noite será interessante.

— Pois bem, podem começar! — Ordenou Lyne entusiasmada com a notícia.

Armelyne apenas ficou sentada em sua cama enquanto as aias enchiam uma bacia com água quente. Quando seu banho finalmente ficou pronto o sol já estava se pondo no horizonte. A garota loira deixou uma das aias tirar seu corpete apertado enquanto outra a ajudava com os saltos. Por fim ela tirou o vestido e suas várias saias.

A sensação de estar sem várias camadas de pano era boa. Uma brisa gelada passou pelo quarto fazendo Armelyne se arrepiar. Logo tratou de entrar na banheira, a água não estava fervendo e nem morna, estava na temperatura perfeita. A Hightower relaxou dentro da bacia e as aias logo trataram de ajudá-la no banho. Seus cabelos foram lavados e escovados para ficar limpos e cacheados. A pele estava vermelha depois de ter sido escovada muitas vezes, contudo ela estava limpa e apresentável.

Ela havia separado um vestido vermelho para o banquete com um belo colar de rubis. Vestiu-se e depois se perfumou. Armelyne olhou-se no espelho e viu como estava bela. Nenhum homem poderia resistir a ela.

Lyne deixou seus aposentos e seguiu por uma escadaria circular. Ela teria de descer por vários lances até finalmente chegar ao Grande Salão onde o banquete estava acontecendo. Como ela odiava ter de descer e subir por tantas escadas. Temia chegar ao salão suada e ofegante.

A lua brilhava no céu escuro e sem nuvens, tochas iluminavam o caminho da princesa. Mesmo assim Armelyne tomava certo cuidado para não acabar tropeçando e sair rolando escada abaixo.

Depois de andar bastante a jovem finalmente havia chegado a seu destino, ela já podia ouvir o som da música e as risadas animadas de homens. A porta estava entreaberta, Armelyne apenas ajeitou a saia antes de entrar chamando toda a atenção para si.


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Notas finais do capítulo

Então oque acharam??
Eu amei a Armelyne,ela é uma personagem bem interessante.
E eu vi que muitas pessoas leram mas não comentaram,só um "gostei do capitulo" já está ótimo para mim viu gente!
Enfim,o tumblr também está atualizado podem dar uma passadinha lá!
Beijos e até os reviews!