Illusion escrita por Ana


Capítulo 5
Capítulo Cinco - O Legado da Princesa


Notas iniciais do capítulo

Hey Yo!

Demorei mais que o normal, mas não estava conseguindo, de maneira alguma, terminar esse capítulo (assim como não consegui responder todos os comentários do capítulo anterior, mas já vou resolver isso).

Espero que gostem ♥

Obs. o Tumblr já tá lá, podem fazer perguntas e conhecer os personagens: https://illusionfanfic.tumblr.com/



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ILLUSION, CAPÍTULO CINCO:

O LEGADO DA PRINCESA

Dentre todas as pessoas no mundo, não havia uma mais afortunada do que a jovem Amanda Trevor. Desde sua infância, Amanda havia sido abençoada pelos deuses com dons que nem mesmo poderiam ser descritos em palavras; seu sangue lhe tornava descendente direta de Zeus e sua mãe, Diana Prince, fora agraciada com a habilidade única de matar deuses.

Além disso, sua vida parcialmente humana não poderia ser mais satisfatória do que já era; mesmo em sua contraparte humana, Diana Prince havia tido a sorte de conseguir um emprego com facilidade, tal como seu pai, Steve Trevor, que nunca saiu da Força Aérea.

Ainda assim, algo lhe faltava; ou melhor, ela sentia como se algo lhe faltasse. Esse pensamento nunca havia governado sua mente — não em seus últimos anos de vida —, mas, ao observar aquele dia, soube que algo estava errado; todas as suas certezas haviam sido apagadas e seus amores haviam sido deixados de lado: algo estava errado, algo estava faltando.

Pela primeira vez em anos, a vida de Amanda Prince Trevor estava incompleta, vazia. Era como se um pedaço dela houvesse sido tirado de si, transformado em pequenos pedaços espalhados pelo planeta, sendo que, possivelmente, alguns haviam ficado na Ilha.

— Querida?

Amanda virou-se lentamente na direção da porta de seu quarto e sorriu ao reconhecer a figura de seu pai. Pensou que — se aquele dia fosse normal —, ela provavelmente correria na direção de seu pai e lhe daria um dos mais fortes abraços, afinal, em dias comuns, ele teria passado três dias fora de casa fazendo um trabalho que não poderia esperar; aquele dia, porém, ele havia passado todo com ela e sua mãe, desde a manhã — por volta das 10h, quando as duas acordaram — até o pôr-do-sol — que era o período pelo qual passavam naquele momento.

Seu pai havia passado um dia inteiro com elas, um evento mais que raro na vida de Amanda, que desde pequena fora obrigada a se acostumar com a ideia de que se pai nunca passaria mais que algumas horas ao seu lado. Amanda estava feliz de dizer que seu pai havia passado a última semana inteira com elas. O motivo? Ela desconhecia; apenas sabia que a força aérea havia o dispensado nos últimos dias, dizendo que seus serviços não seriam necessários por tempo indeterminado. Diana havia entendido como uma demissão, Steve como férias, Amanda como benção.

Era incrível o modo como a família Prince tinha pensamentos divergentes.

— Olá, papai — sorriu — Que está fazendo aqui?

— Sou seu pai, meu amor — Trevor deu um sorriso maroto — Estou vendo se você não fugiu de casa para ir atrás de algum garoto.

— Posso garantir que não, pai. Afinal de contas eu teria que conhecer algum garoto antes de fugir com ele.

— Martha não pensava assim no ano passado.

Amanda sorriu ao lembrar-se do ano anterior, quando Bruce Wayne ligou desesperado, pedindo que os Prince ajudassem-no a encontrar Martha após a mesma ter sumido no meio de sua festa de aniversário; lembrava-se de Diana rindo após encontrarem a garota, prometendo para Martha que não contaria para Bruce o motivo de sua fuga, e que tampouco o contaria que o tal namorado de Martha não havia feito nada além de tentar lhe tirar tudo o que lhe era mais sagrado — coisa que ela descobriu após dois meses, quando conversou com Martha sobre o ocorrido.

Desde então, seguranças caminhavam pela mansão, espreitando saídas por onde Martha poderia fugir novamente. Ela, por sua vez, nunca mais havia tentado fugir, temendo que a próxima pessoa tivesse hesito em sua missão.

Amanda era diferente; ela, como uma boa Amazona, não via a necessidade de se apaixonar por ninguém, nunca. Tudo o que não queria era a obrigação de, além de cuidar de si mesma, ter que cuidar de um homem disposto a lhe entregar o coração, a alma e todas as coisas boas que lhe restavam. Ela não estava disposta a se doar tanto por alguém e duvidava que alguém estaria disposto a se doar dessa maneira.

— Por sorte não sou Martha — falou, por fim — Ainda tenho algo em minha cabeça, papai.

— Bom saber — respondeu — Sua mãe quer saber se você tem interesse em jantar em um restaurante chique junto com os Wayne. Ela tentou chamar os Kent, mas eles não atendem o telefone.

— Será um prazer — riu, desviando seu olhar para o lado de fora da casa, onde algumas pessoas passavam — Vou apenas tomar um ar antes de sairmos, preciso esfriar minha cabeça o mais rápido possível, ou acabarei louca.

Steve apenas assentiu, deixando o quarto da filha apenas alguns segundos antes da mesma deixa-lo também. Amanda sempre havia adorado espaços públicos; ela acreditava que as pessoas se revelavam completamente quando estavam em locais públicos, não conseguindo fingir que eram qualquer outra coisa que não elas mesmas. Os locais públicos eram como espelhos, os únicos lugares onde Amanda podia ser ela mesma sem críticas ou julgamentos.

Onde ela era apenas Amanda.

Onde ela podia simplesmente esbarrar em alguém e agir como se nada tivesse acontecido. Se essa pessoa não fosse completamente insistente, obviamente.

— Eu sinto muito, senhorita. Muitíssimo mesmo!

— Está tudo bem, garanto — declarou — Eu estava perdida em meus devaneios e não vi que estava chegando. Completamente minha culpa.

— Bem, se você deseja que seja assim... completamente sua culpa — riu — Meu nome é Caius Hawke, moro aqui perto.

Amanda pensou em dizer que seu nome não lhe interessava, que não havia possibilidade de ela revelar seu nome para um estranho e que não iria revelar seu nome principalmente para um homem, não se dispondo a fazer amizade com qualquer homem que não fizesse parte de seu atual círculo de amizades — que apenas abrangia os filhos dos amigos de sua mãe. Pensou em lhe socar após se dar conta de que ele havia, de fato, concordado que a culpa era dela — iria ser um lindo soco na boca —, assim como pensou em mil maneiras de apenas desviar e fingir que não havia parado para conversar com ele após esbarrar com ele.

E ela faria todas essas coisas em um dia normal. Mas aquele não era um dia normal.

— Meu nome é Amanda — apertou sua mão — Amanda Trevor.


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Notas finais do capítulo

Kisses ♥



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