Todos os alunos foram chamados para quadra de esportes. O Diretor Kenichi anunciaria os membros que iam formar o grêmio estudantil da escola. Um palco estava montando na quadra e de frente para eles, estavam todos os alunos. Kenichi pegou o microfone e foi para o meio do palco, tossiu, antes de falar:

- Como todos já devem saber, hoje fizemos entrevistas com dez alunos que se candidataram para o grêmio estudantil. Também fizemos entrevistas com conhecidos dessas pessoas. Desses dez candidatos, apenas cinco serão escolhidos, sendo o presidente do grêmio, o vice, e os outros três para os demais cargos. – uma professora deu um papel para o velho. – Direi o cargo a ser anunciando e a pessoa escolhida, compareça aqui em cima do palco.

O diretor chamou o cargo de tesoureiro, secretário e orador. As pessoas chamadas subiram no palco com um sorriso discreto.

- “Só falta o de presidente e o de vice. Me chama, me chama!” – Sayo estava agoniada, tinha até cruzado os dedos pra dar sorte.

- Sayo, porque quer tanto ser presidente? – perguntou Saito.

- Por quê? Ainda pergunta por quê? – ironizou Sayo. – Eu quero ser famosa!

- Mas ganha fama sendo presidente do grêmio? – indagou Louise.

- Se ganha, deve ser pouquíssimo. – disse Soka.

- Não interessa se é pouco, se eu não for famosa no pouco, eu não vou ser famosa no muito.

- Não entendo por que a Sayo insiste em falar difícil. – Soka comentou.

- Nem eu. – completou Saito.

- Eu estou aqui, seus ignorantes.

- Mas qual é a vantagem de ser presidente? – perguntou Louise.

Sayo riu de canto, e um tanto que maleficamente.

- Minha queria cunhada, a vantagem que posso garantir pra você, é que se eu me tornar presidente, você pode explodir o Saito quantas vezes quiser, e não será punida. – disse Sayo.

- Sayo, eu adorei. – os olhos de Louise brilhavam.

- Acho que elas têm algum problema. – comentou Saito.

- Eu tenho certeza que elas têm. – afirmou Soka.

- Repete, Soka! – disse Sayo, cerrando seus punhos.

- Vocês têm algum... – alguém esbarrou em Soka, interrompendo-o.

- De-Desculpa, Soka-senpai. – disse Sakura, tímida como sempre. – Yo, pe-pessoal.

Todos a cumprimentaram, até Sayo, meio que indiferente, mas cumprimentou. Não que Sayo não gostasse dela, mas se sentia estranha perto dela, Sayo não queria acreditar que o Soka e Sakura tinham feito alguma coisa, principalmente “aquilo”. Era por causa disso que Sayo se mantinha distância dela.

- Agora anunciarei o presidente do grêmio. – disse Kenichi.

- É agora! – Sayo cruzou os dedos de novo.

- O presidente do grêmio é... – o diretor o nome no papel. – Digo, a presidente do grêmio é... Hiraga Sayo!

- AWE! – berrou Sayo correndo para o palco, ela não foi nada discreta com sua empolgação.

- Parabéns, Sayo-san. – disse Kenichi quando ela chegou toda sorridente no palco.

- Obrigado! Posso fazer meu discurso?

- Pode, mas primeiro vamos chamar o seu ou sua vice. – disse o diretor.

- “Ainn, estou tão feliz, nada pode estragar esse momento!” – Sayo sorria.

- A vice-presidente e que trabalhará do lado de Sayo é... Hanamia Sakura!

- HÃ?! – Sayo congelou.

Sakura subiu no palco, agarrava suas próprias mãos em sinal de timidez.

- “Isso não vai dar certo.” – pensou Soka.

- Pronto, pode fazer o discurso, Sayo. – disse Kenichi.

- ... – Sayo pegou o microfone, mas nada disse.

Ela ia ter que ficar com a Sakura por um longo período de tempo, Sayo não gostava de falar muito com ela, mas agora seria obrigada.

- “Mas tem uma vantagem nisso.” – pensou a Hiraga. – “Eu vou poder saber tudo o que aconteceu com ela e o Soka.”

A Hiraga respirou fundo e fez seu discurso, no qual dizia que seria uma ótima presidente, e que a escola ia ser bastante organizada. Também disse que ia tentar acabar com as perversões dos garotos, coisa que é difícil de fazer, eu tenho que admitir, mas como a Sayo falou no seu discurso: “Nada é impossível!”

Depois do extenso discurso de Sayo, o diretor Kenichi disse que todos os alunos teriam aula de educação física, pois ele precisava conversar com a maioria dos professores.

Todos os alunos foram para os vestiários, para trocar para o uniforme de educação física. Os uniformes dos meninos era uma camisa branca e um short azul, o uniforme das meninas era praticamente a mesma coisa, só que mais apertados.

No vestiário feminino, todas as meninas conversavam, Louise comentou com sua cunhada:

- Esses shorts são muito apertados, olha como eu fico. – Louise mostrou sua bunda que estava toda marcada.

- Nem me fale, olha meus peitos. – amostrou Sayo, os peitos dela estavam tão apertados que se a camisa tivesse decote, os seios dela saiam.

Já na área de ginástica, os garotos já tinham chegado, alguns estavam sentados, outros estavam em pé. Eles esperavam as meninas e o professor que ainda não tinha chegado.

As meninas começaram a chegar, e os garotos começaram a olhar os seios delas, as bundas e sim... Eles são um bando pervertidos. Alguns cochicham que faltava a Taka ali, pois ela gostava de provocar os meninos e outros perguntavam ela Karin que ainda não tinha chegado. Mas nenhum deles é tão pervertido como Saito, quando o Hiraga viu sua amada Louise, e viu como a bunda dela estava empinada por causa do short, ele começou a babar por ela. O Fã-clube da Louise aproveitando a bela cena que viam, começaram a tirar foto da rosada. Keiko também apreciava aquela cena, mas fingia que não via, mas estava corado.

- Parem de tirar foto! – Louise gritava, mas seus pedidos eram em vão, o fã-clube continuava.

Saito continuava babando e com os olhos brilhando, feito um cachorro balançando um rabo quando vê seu dono, no caso dele, sua dona.

- Saito! Faz alguma coisa! – gritou Louise.

- Woof! – Saito late. Depois se vira para o fã-clube e pede – Depois me dão uma dessas fotos da Louise?

- Claro! – responderam todos do fã-clube ainda tirando fotografando Louise.

- Seu cão tarado, pervertido, safado! Não sabe fazer nada! – Louise berra pra Saito.

- O Saito é um tarado mesmo, ele só quer uma foto da sua bunda, sabe lá o que ele vai fazer.

- Ele vai fazer o que? – Louise cora espantada.

- Ah, Louise, eu sei que você não é tão inocente assim. – disse Sayo.

Um grupo de garotos, mas especificamente do terceiro ano, também conversavam sobre as garotas. Uns gostavam mais da Sakura, pois era fofa e tímida. Mas um garoto fala:

- Ela não tem nem peito e nem bunda! – disse ele se referindo a Sakura.

- É melhor não falar da Sakura, ela é do Soka. – disse outro garoto.

- Ainda tá pegando ela, Soka? – pergunta um garoto com cara de pervertido.

- Tá só pegando ela? Eu pensei que vocês tivessem namorando. – comento outro menino.

- Isso não interessa pra vocês. – responde Soka.

- Ah, tá desculpa aí! É que vocês sempre iam para o deposito do ginásio depois da aula, aí eu nunca mais vi vocês indo pra lá, eu estranhei – disse o com cara de pervertido.

Soka nem dá atenção pros comentários, e eles logos mudam de assunto. Mas agora eles começaram a falar de Sayo, e de como o corpo dela era lindo, busto, quadris, eram tudo, como o pervertido, “Perfeito!”. Mas quem não estava gostado daquela história era Soka, ele estava se sentindo incomodado por estarem falando da irmã, ou melhor, estava com ciúmes, e disse:

- Parem de falar da Sayo!

- Por quê? – perguntou o pervertido.

- Porque ela é minha namo... – ele hesitou. – Minha irmã.

- E desde quando você liga pra isso? Vocês se odeiam mesmo.

- Agora ela é presidente do grêmio. – Soka tentava disfarça. – Se ela saber que vocês estão pensando coisas pervertidas com ela, vocês vão se ferrar.

- Tem razão. – disse o pervertido, que foi facilmente enganado por Soka.

Mas mesmo com o aviso se Soka, os garotos continuaram a falar, mas só que estavam falando mais discretamente, mas ainda com assuntos pervertidos.

Os cochichos entre os meninos continuavam, e por incrível que pareça, o fã-clube de Louise ainda tirava a foto da mesma. Ela até ficava de costas pra ver se eles paravam, mas era assim que eles gostavam mais, e continuavam a fotografar. Pelo que eu vejo, esse fã-clube da Louise é muito pervertido.

O professor de educação física finalmente chegou, um homem forte e musculoso, que tinha uma cara brava, e pra completar era feio, mas eu não estou pra julgar ninguém.

- Calem a boca, seus bando de vagabundo. – disse o professor de educação física gritando com os meninos. E como vocês puderem perceber ele não é nada educado. Opa, já estou julgando de novo. – Droga, me esqueci o galão d’água. – ele reclama. – Saito vai pegar o galão que eu me esqueci.

- Hai! – Saito vai correndo pegar o galão, pois se desobedece ele só ia levar chute na cara pelo professor. Só pra vocês saberem, esse professor costumava chutar a cara dos outros sim.

Logo quando Saito saiu, Karin chegava, ainda com o uniforme escolar.

- Desculpe o atraso, Katashi-sensei. – disse Karin fazendo uma breve reverência.

- Tá, vá logo se trocar. – a ruiva saiu correndo.

Em um dos corredores da escola, Saito voltava com o galão d’água em mãos, andava com dificuldade, pois o galão era um tanto que pesado. E nesse mesmo caminho, Karin corria para o vestiário, porém ela não vê Saito na sua frente e eles se esbarram, os dois caem, e o galão caiu e abriu, jogando água por tudo que é canto e molhando Karin. O uniforme escolar da ruiva ficou transparente por estarem molhadas e amostrou o sutiã de flores que ela estava usando. Saito também não deixou de ver as coxas da ruiva, que estavam mais brilhantes e chamativas por causa d’água. Saito rapidamente coloca a mão no nariz interrompendo o sangramento nasal.

- Des-Des-Desculpa... Desculpa! – o moreno mal conseguia falar.

- Não tem problema. – Karin se levanta, e como sempre muito gentil, diz – Eu vou me trocar, e aproveito pra encher o galão e pode deixar que eu levo.

- Não tem problema mesmo? – pergunta Saito.

- Não. – ela deu um sorriso forçado, pra disfarçar a raiva que estava sentido, pois é logico que ela não queria estar molhada. Karin pega o galão do chão e continua a andar.

- Tem certeza? – Saito pergunta, pois estranhou o jeito dela.

Karin se vira para ele. O galão nas mãos de Karin estava completamente esmagado por causa da força bruta dela, mas a ruiva respirou fundo, abriu um sorriso e disse:

- Tenho!

Depois disso, Saito agradeceu Karin, e correu pro área de ginastica. O professor Katashi já tinha feito a chamada, estava separando grupos, pra correrem os 100 metros rasos. Mas com a chegada de Saito e a ausência do galão, o professor pergunta:

- Onde está o galão?

- Katashi-sensei, é que eu encontrei a Karin e...

Saito levou um chute na cara.

- Eu mandei VOCÊ trazer o galão d’água! – eu disse que esse professor dava chute na cara. – Agora vai correr nesse grupo! – o professor chutou Saito pra se alinhar na corrida. Esse professor tem que ser denunciado, maus tratos aos alunos.

- Hai... – disse Saito com a mão no nariz, que estava doendo por causa do chute.

Um grupo de seis meninos incluindo Saito, ficou na beirada da área de ginastica, aonde tinha demarcado uma pista dos 100 metros rasos. O professor Katashi começou a falar de 100 metros rasos, quando foi criado, era apreciado por quem, qual o recorde mundial, entre outros assuntos.

- Agora vamos correr. – disse o professor.

- Será muito fácil. – disse um menino loiro do lado de Saito.

- Touma! – disse Saito.

- Gandalf! – Touma riu.

- Meu nome é Saito. Prefiro que me chame assim.

- E quem disse que eu ligo pra suas preferências? – o loiro retrucou.

- Vamos fazer uma oposta. Se eu chegar por primeiro na corrida, você me chama pelo nome. – sugeriu Saito.

- Interessante. Mas caso eu chegue por primeiro, você vai me chamar de mestre.

- Até parece que você vai ganhar. – falou Saito.

- Veremos. – o loiro ajeitou seu cabelo.

- Em suas posições... – o professor avisou, e todos se posicionaram. – Preparar... JÁ! – ele deu a largada.

Os meninos correram, no final dos 100 metros rasos tinham duas meninas com segurando uma faixa para o vencedor atravessar. Touma tinha avançado rápido, tivera passado de Saito, mas o moreno concentrou toda sua força no pé e pisou com tudo, passando de Touma. Saito estava preste a cruzar linha de chegada, quase tocando na faixa, mas ela foi puxada, alguém já tinha cruzado e não era Touma. Despois disso respirou fundo por causa do esforço e viu quem tinha vencido.

- Quase ganhou, Saito. Se não fosse pelo quase. – disse Keiko rindo, ele que tinha vencido. Ele acenou pra Louise só pra provocar, e ela respondeu o aceno.

- Quero ir de novo, Katashi-sensei! – disse Saito querendo ganhar a próxima.

- Eu também. – falou Touma.

- Como eu ganhei posso ir de novo mesmo. – disse Keiko.

- Tudo bem, mas vamos deixar isso mais interessante. Vai ser 1000 metros.

- HAI! – os seis meninos disseram.

Eles se posicionaram, as meninas mediram 1000 metros e colocaram a faixa, marcando a linha de chegada. Novamente o professor gritou “JÁ!” dando a largada. Eles avançaram correndo com tudo que podiam. Keiko logo tomou a liderança, e em seguida vinha Saito e Touma disputados.

Saito estava se esforçando ao máximo queria ganhar por Louise, e esse sentimento foi crescendo a ponto de fazer as runas de contrato brilharem. A velocidade do animal de estimação foi crescendo e ele passara do ruivo. Touma também não ficou pra trás, ele viu a marca do contrato brilhando na mão de Saito.

- “Se você pode trapacear, eu também posso.” – pensou Touma – Rokaido Style – ele sussurrou, enquanto uma pequena aura amarelada o rodeava.

Touma passou de Keiko, e ficou perto de Saito.

- Jun Unarmed Style – Keiko também sussurrou, e uma aura vermelha o envolveu.

Os três corriam feito desesperados, os outros meninos tinham ficado totalmente pra trás. A linha de chegada está perto, Saito estava na frente, evidentemente era ele que ia ganhar. Porém Saito dá uma leve tropeçada o fazendo perder o equilíbrio, Touma que estava vindo logo atrás esbarrou nele, eles começaram a sair rolando pelo chão, e nesse amontoado todo, Keiko não conseguiu esquivar deles e acabou rolando juntos com eles. Final da corrida, Saito, Touma e Keiko chegam juntos, um em cima do outro.

- DE NOVO! – os três gritaram.

- Nem pensar! – o professor Katahsi deu um chute neles, fazendo os três voarem. – Agora é a vez das meninas.

Louise estava entre as seis meninas escolhidas. Estava nervosa, afinal nunca tinha corrido daquele jeito, mas pensando bem, só era correr. Só era meio estranho pra ela, pois em Tristain eles não tinham que correr, à toa, ou mesmo por diversão. Corriam pra fugir de golems, dragões, animais mágicos, mas não por que era uma matéria escolar, era novo pra ela, mas era interessante.

O professor deu a largada e ela começou a correr, inicialmente Louise gostou do fato de estar correndo e podendo competir igualmente com as outras. Pois se dependesse da magia, zero, seria a nota dela. Mas na corrida era diferente, ela estava animada, devia estar em terceiro lugar, mas acho que de tanta animação, ela acabou tropeçando, e ralando feio o joelho esquerdo dela. Ela ficou sentada, estava com uma cara de dor, pois seu joelho estava sangrando.

- Louise! – Saito e Keiko falaram.

Saito correu de encontro a amada, Keiko até se prontificou em ir, mas quando se lembrou que Louise tinha Saito, o ruivo desistiu.

- Louise, você está bem? – perguntou Saito.

- Estou sim.

- Não está nada, tem sangue escorrendo do seu joelho. – Saito pegou Louise em seus braços.

- Leve-a para enfermaria, Saito. – mandou Katashi-sensei.

- Vamos, Louise. – disse Saito correndo.

- Não precisava me carregar na frente de todo mundo. – ela disse um pouco vermelha.

- Agora não é hora de falar disso, Louise.

A educação física continuou normalmente após isso.

Já na enfermaria, a enfermeira tinha feito um curativo no joelho da rosada, e pediu pra ela repousar em uma das camas da enfermaria, pois ela tinha caído de mau jeito, e tinha que dar um descanso as pernas. Saito ficou sentando do lado da cama que Louise estava sentando e ficou olhando fixamente a rosada, ela um pouco constrangida, pergunta:

- O que foi?

- Nada, eu só estava me perguntando como alguém pode cair e se machucar feio desse jeito. – Saito falou rindo.

- Morra, Saito no baka.

Ele riu, Louise estava vermelha sim, envergonhada por ter caído em uma corrida, uma coisa que era comum no mundo de Saito.

- Não fica assim, eu não estou mais me aguentando aqui. – ele falou sério.

- Assim como?

Saito chegou sua cadeira mais perto da cama e deitou seu rosto no lado do rosto de Louise.

- Assim... fofa. – Saito disse enquanto fechava os seus olhos e aproximava seu rosto com o dela.

Louise estava queimando de tão vermelha, “Saito realmente é um idiota”, ela pensou. Afinal queria beijar ela ali, mas ela não pode evitar, se entregou ao toque dos lábios dele, e quando ela deu por si, ela mesma tinha pegado na nuca dele, para fazê-lo aprofundar o beijo. E pervertido como o Saito é, ele começou a introduzir a língua na boca da rosada, mas na verdade Louise já esperava por isso, só não esperava que Saito chupasse sua língua daquela forma. Agora Saito segurou a nuca de Louise, não queria terminar aquele beijo, depois disso ele continuou explorando a boca dela. Mas enfim começaram a se separar, mas para o fim do beijo Saito mordeu o lábio inferior da rosada.

Vermelha e ofegante, Louise consegue dizer:

- Seu cachorro tarado.

- Te amo. – Saito riu. – Você me ama?

A rosada se virou ficando de costas pra ele, e diz:

- Depois de eu te dar um beijo desses o que você acha? – percebendo o que ela mesma falou, ela corou. – Esquece o que eu falei! É uma ordem de sua mestra!

- Tá. – ele disse corado também, pois ainda não tinha se acostumado por completo com a Louise falando esse tipo de coisa.

- YO! – Sayo abriu a cortina que fechava a área da cama, e viu o casal. – Que clima é esse? Saito você está vermelho!

- Não é nada. E vê se para de gritar!

- Sei... – desconfiou Sayo. – Saito vai se trocar pra gente ir embora.

- Ah tá! Já volto! – Saito foi trocar de roupa, pois ainda estava com o uniforme da educação física. Deixando Sayo e Louise sozinhas.

- Louise, você está bem? – a Hiraga perguntou.

- Estou sim, isso foi até bom.

- Por quê? – estranhou Sayo.

- Porque posso usar o ferimento como desculpa pra ficar na escola. Depois eu saio com o Keiko pra comprar o presente do Saito. – explicou Louise.

- Oi Louise. – disse Keiko chegando perto dela.

- Falando no Jun, olha ele aí. – disse Sayo.

- Tudo bem, Louise? – o ruivo perguntou.

- Tudo sim. Vamos comprar o presente do Saito agora?

- Vamos sim. Mas e se o Saito descobrir?

- A Sayo vai dar cobertura, não é? – perguntou Louise.

- É sim, cunhadinha. Mas não demorem. – disse Sayo, não gostando muito da ideia, mas tinha que concordar.

- Espero você lá em baixo, Louise. – disse Keiko se despedindo.

- Hai.

Alguns minutos depois, Saito chega.

- Já consegui andar, Louise? – ele pergunta.

- Ainda não. Acho que vou ter que passar mais um tempo na escola.

- Então eu fico com você. – Saito riu.

- Não! – Louise respondeu rápido.

- Não? – ele estranhou.

- É que a enfermeira disse que ela tem que repousar mais um pouco, depois ela vai Saito, ela sabe caminho de casa. – disse Sayo.

- Hum... Não sei. – disse Saito pensativo. – Mas Sayo, você não tinha que está na sala do grêmio estudantil?

- A minha função de presidente do grêmio só começa amanhã, os professores deixaram de dar aula hoje, pois estavam organizando tudo pro pessoal do grêmio estudantil. – explicou Sayo.

- Vai, Saito. Eu vou sozinha depois. – disse Louise querendo se livrar de Saito pra ir comprar o presente dele.

- Não, eu fico.

- É uma ordem. Vai! E aproveita pra fazer alguma coisa gostosa pra eu comer quando eu chegar. – disse Louise.

- É, Saito. Eu te acompanho. – falou Sayo.

- Tá, tá... – disse Saito não gostando muito. – Você vai comer uma coisa que nunca comeu hoje! Até sei o que vai ser! – ele se animou.

Sayo e Saito se despediram da rosada, foram embora juntos. Soka já tivera ido embora, não tinha esperado ninguém. Após a saída, dos dois Hiragas da enfermaria, Louise trocou de roupa, para o uniforme comum e foi de encontro ao Keiko, que esperava no portão. Ela mancava, pois sua perna doía quando ela pisava.

- Vamos? – perguntou Keiko sorrindo.

- Hai! Vamos comprar o melhor presente para o Saito. – ela disse dando um passo, mancou, ficou preste a cair, mas Keiko a segura forte pela mão.

- Quase. – ele deu o seu famoso riso.

- Obrigada. – a rosada fitava as mãos deles, e percebeu o quanto Keiko tinha segurado forte, como se nunca quisesse soltar ela. – Keiko...

- Ah! Desculpa! – ele solta a mão dela.

Keiko e Louise foram andando em direção ao comércio de Tóquio, eles não faram nada até chegar lá.

Na residência Hiraga, Saito estava na cozinha, ele abria tudo que é armário, gaveta, mas não achava o que queria.

- Oka-san! Acabou o shoyu? – perguntou Saito chamando a mãe.

- Acabou sim, meu filho. – respondeu Sayame.

- Eu vou comprar então. – disse Saito.

- Mas filho... – Sayame veio a cozinha. – O seu pai só gosta daquele molho shoyu especial, que só vende no comércio.

- Tudo bem, eu vou lá.

- VAI AONDE? – gritou Sayo que veio rapidamente pra cozinha.

- No comércio. – respondeu Saito.

- EU VOU COM VOCÊ!

- Tá, mas para de berrar, Sayo! – pediu Saito, enquanto saía de casa.

- Tá, vou parar. – disse Sayo sorrindo fracamente e seguindo o irmão. – Mas Saito, não quer que eu vá comprar pra você, não?

- Não, eu vou.

- Deixa eu ir, por favor. – pedia Sayo.

- Eu vou! Se quiser vim, vem comigo.

- Tudo bem. – disse Sayo meio apreensiva.

Eles se despediram da mãe e foram andando para o comércio.

- “Eu tenho que fazer tudo pro Saito não se encontrar com a Louise e o Keiko. Mas eu vou conseguir? Aff! Porque tinha que me meter nisso?” – Sayo pensava enquanto chorava.

- Se anima, Sayo! Não foi você que queria vim? – o Hiraga estranhou a irmã.

- É... – ela conteve as lagrimas, mas ainda estava preocupada. – “Saito e Louise não vão se encontrar!” – ela ficou confiante. – “Pelo menos eu espero...” – na verdade ela tentava ser confiante.