Saito acordou primeiro que a amada, limpou o quarto, ou pelo menos o que tivera sobrado depois daquela explosão. Ele nem se importava, pois estava muito feliz, finalmente tinha Louise ao seu lado. A rosada acordou e quando o moreno a fitou, ela corou, tentando não demonstrar puxou um assunto:

- Saito, o meu uniforme ficou na casa do Keiko.

- A Sayo deve ter um antigo, vou perguntar pra ela. – Saito saiu do quarto, e voltou uns segundos depois. – Está aqui! – ele jogou o uniforme em cima dela.

- Arigato. – ela foi pro canto onde ficava as coisas dela, a varinha, o chicote de cavalo e o vestido azul que Saito tinha lhe dado. Ela começou a vasculhar por ali incessantemente. – Saito! – Louise exaltou-se. – Vocês tem que lavar minhas calcinhas!

- Nani? (O quê?) – ele estranhou, faz tempo que Louise não pedia isso, mas afinal uma hora todas as calcinhas tinham que estar sujas.

- Vai lavar minhas calcinhas. – ela ordenou.

- Mas...

- MAS NADA! – ela gritou. - Eu só tenho uma limpa.

- Hai, hai. Mas quero uma coisa em troca.

- O quê?

- Diz que me ama.

- Nani? – tudo bem que Louise, já tinha dito que ama ele, mas não era tão fácil como parecia. Ela precisava estar muito confiante para dizer aquilo.

- Pode ser ou tá difícil? – ele provocou.

- Eu... Eu... – ela decidiu não falar, só gritou – Vai logo lavar minhas calcinhas! – e jogou a frigideira, que ainda estava ali, em cima dele.

Ele saiu do quarto e foi lavar as calcinhas no quintal da casa, depois estendeu no varal. Voltou para o seu quarto e Louise já estava devidamente uniformizada, uma saia curta e preta, a blusa branca e um laço rosa na gola. O uniforme era muito pequena, até mesmo pra baixinha da Louise, sua barriga ficava aparecendo. Saito a fitava com um olhar apaixonado e pervertido ao mesmo tempo, então sussurrou:

- Se tivesse peitos maiores,... Pena que ela é uma...

- - Louise ouvia.

- ...tábua.

- EU SOU O QUÊ, SAITO? – a rosada gritou tão alto que fez Derflinger, acordar do seu sono.

- “Acho melhor eu nem me ter. Em briga de mestra e tsukaima não se mete a espada.” – ironizou Der-kou.

- Eu não disse nada. – Saito tentou fugir dessa mancada.

- MENTIROSO! Quem manda você tá pensando alto! – Louise pegou o chicote de cavalo e foi pra cima dele.

- Eu já disse que gosto de peitos pequenos.

Ela ia chicoteá-lo, mas ele segura seus pulsos, contudo ela dá um chute nos meio das pernas de Saito, fazendo cair de joelhos no chão.

- “Lá se vai alguns filho do Saito.” – pensou Derflinger.

- Essa só foi uma forma de dizer que você está bonita. – Saito continuava ajoelhado e com dor.

- Sei.

- Sabe que eu te amo. – disse Saito.

- Eu também te amo. – a rosada falou sem perceber.

- Você disse que me ama. – os olhos do moreno brilharam.

- Foi sem querer, não valeu!

- Pra mim valeu.

- Saito! – disse lenta e vagorosamente ameaçadora.

- Eu não quero dar uma de despertador. - disse Derf – Mas vocês vão se atrasar pra escola.

- Tudo culpa da Zero! – Saito começou a se despir e colocar seu uniforme.

- Zero quem?!– a rosada enfureceu-se.

- Vamos logo. – Saito deu um selinho na amada, e num instante Louise nem se lembrava de porque ficou brava.

Saito segurou sua mão e caminharam de mãos dadas pra escola, nem se preocuparam em acelerar o passo, pois queriam curtir aquele momento. Não queriam se separar, estavam felizes, iam caminhando, namorando e flertando um com outro.

Chegaram ao portão do colégio, e eis que Taka esperava alguém, que logicamente seria o Hiraga. Louise e Saito se espantaram.

- “O quê ela está fazendo? O Saito tá comigo!” – Louise pensou.

Pra dizer a verdade Saito gelou um pouco, sabia que do jeito que a Taka era, ela não ia deixar barato quando soubesse. Ainda mais que no dia que ele voltou com a Louise, foi no dia que Saito deixou Taka no meio daquela “coisa” pervertida que eles estavam fazendo.

A Rokaido estava distraída, olhava pro céu, pensativa. O coração de Saito palpitou, sem notar ele soltou a mão de Louise, ele estava nervoso, o que falaria para Taka? Louise percebeu que Saito estava nervoso ao ver a menina de cabelos verdes. A Rokaido por sua vez, percebeu a presença de Saito e saiu correndo em sua direção, ela estava correndo extremamente feliz, Taka esbanjava felicidade, devia ser por ontem ter QUASE feito com Saito.

Taka pulou abraçando o Hiraga, ela se esfregava nele toda íntima, mas ele nem se mexia. Louise ficou brava, queria explodir eles ali mesmo na frente de todo mundo, pois Saito não fazia nada a respeito da Rokaido. Contudo na hora que Louise ia começar a berrar, brigar e xingar Saito, ele para o abraço com Taka, segura na mão dela e diz:

- Vem comigo.

Louise não ficou com ciúme, ela ficou é com medo, Saito estava totalmente sério, era raro vê-lo daquele jeito. Entretanto Taka ficou é feliz por estar de mãos dados com ele, ela se virou pra Louise e mostrou a língua, como se tivesse vencido e como sinal de que nunca mais a rosada ia ter Saito de volta.

- “Eu venci despeitada!” – Taka pensava.

Louise ia seguir eles, mas foi puxada por alguém. Saito e Taka caminharam pra longe da escola, o suficiente para que não fossem vistos por ninguém, até que eles chegaram à mesma árvore que eles haviam se beijado pela primeira vez. Ele solta a mão dela e diz:

- Taka, precisamos terminar tudo. – Taka arregalou os olhos ao ouvir tais palavras. – Eu voltei com a Louise, a menina que verdadeiramente eu amo. Me desculpe Taka, por ter ficado com você, mas...

- Por quê? Porque isso agora? – ela dizia desesperada, era como se algo começasse a desmoronar dentro dela. – Agente estava tão feliz. – ela ria, mas seus olhos estavam emaranhados, prestes a chorar. – Você até mesmo disse que me amava, e agora tá com ela.

- Eu nunca disse que te amava, eu nunca tive certeza disso. – Saito a fita nos olhos. – Desculpa.

Ele vai embora pra escola, deixando Taka sozinha debaixo da árvore, ela chorava, e chorava muito. Ela não entendia nada, Saito era pra ser só mais um alvo de suas fantasias, porque ele mexeu tanto com ela? Porque não queria perde-lo? Mas ela não queria admitir que perdeu Saito para a Louise, uma sem peito, sem “nada de especial”, sem nenhum atrativo sexual, nada, zero.

- “Zero Louise, você vai me pagar, você vai perder. Eu vou acabar com você!” – ela tinha um olhar monstruoso, não tão medonho como o de Takeo, mas era malicioso. Ainda chorava, estava triste e com raiva ao mesmo tempo, iria acabar com a Louise, que é uma forma carinhosa de dizer que ia matar ela. Ela foi embora e não voltou pra escola.

Saito volta pra Louise, estava um pouco pra baixo, afinal ele tinha magoado a Taka, mas logo se esquece disso quando vê Keiko conversando com a sua amada. Saito corre pra alcança-los, mas Keiko o percebe chegando e vai embora. Saito ficou preocupado, enciumado pra ser mais exato e pergunta:

- Louise, o que vocês estavam conversando?

- Não é nada demais, ele só queria saber se a Sayo tinha me contado uma coisa.

Ela pega a mão dele, e se esquece de pergunta o que era a tal coisa, se esquece até mesmo o que tinha acontecido. Pois ela tinha tomado a iniciativa de ficarem de mãos dadas, fazendo ele ficar... Digamos que... Caidinho por ela. O casal entra na escola de mãos dadas, atraindo o olhar tudo e todos da escola, que começam ficar com olhares maldosos e fofocar entre si.

- Aquela não era a namorada do Keiko, neto do diretor? – sussurrou uma aluna.

- É sim, já tá com outro. Oh garota rápida. – comentou outra.

- Aquele não é o namorado da Taka, filha do magnata? – sussurrou certa aluna.

- Eu soube que eles só eram ficantes. – comentou uma aluna.

O clima na escola realmente estava pesado, Saito e Louise nem tinham chegado à sala ainda, mas os olhares pareciam sufocar eles dois, eram cochichos sem fim, estavam realmente abalados com a história.

- Parem de fofocar! – Keiko grita com todos os que estavam no corredor.

Saito imediatamente estranhou, até ontem Keiko estava mal por ter perdido a rosada. Porque estaria ajudando eles agora?

- Eu e a Louise terminamos. Ela tem o total direito de namorar quem ela quiser. Além do mais o Saito é meu amigo, não precisam falar dele também.

Todos os que estavam ali se calaram, Keiko estava defendendo até o Saito, isso que não é ser um mal perdedor. Os alunos prosseguiram pra suas salas e não tocaram mais no assunto.

- Obrigado Keiko. – Louise agradeceu e puxou Saito pra sala.

O Hiraga só levantou a mão pra Keiko em forma de agradecimento, Keiko retribuiu, pensando:

- ^^ “Espere só Saito. Vou te ajudar agora, irei ganhar sua confiança, seu respeito e virar seu melhor amigo. Depois um super amigo pra Louise e da próxima vez que pisar na bola, e eu sei que vai, eu irei rouba-la de você... É como meu avô diz: Deixe os amigos perto, mas os inimigos mais ainda. Até mesmo na famosa frase de Napoleão Bonaparte que Kristain adora repetir: No amor e na guerra vale tudo.”

O sinal toca todos haviam entrado nas suas devidas salas, Taka não apareceu na aula e Louise estranhou, mas Saito não falou nada. A aula prosseguiu normalmente, o velho professor que dava aula na turma de Saito e Louise, parecia muito doente, tossia sem parar, parecia que sua asma estava bem acentuada aquele dia. Um aluno comentou até que o velho estava prestes a morrer. Enfim, o sinal tocou e o intervalo iniciou-se, Louise nem tivera prestado muito atenção na aula, porque ainda não tivera aprendido japonês totalmente. Mas a rosada estava eufórica.

- Louise, você está bem? O.o – Saito estranhou.

- Estou sim, só preciso conversar com a Sayo sobre uma coisa. Enquanto isso leva esses livros pra biblioteca. – ela deu uns cinco livros pra ele. – Eu peguei pra aprender japonês, mas a ideia não deu certo.

- Porque eu tenho que levar?

- Porque você é meu animal de estimação.

- Isso é exploração, isso sim!

- Vai logo.

- Estou indo, Louise-sama.

- Assim que eu gosto!

- Não vai se acostumando não.

- Te odeio.

- Também te amo. – disse Saito saindo da sala.

Louise correu pra sala 3-1, a sala de Soka, Sayo, Toni e Sakura. Sayo estava conversando com umas meninas, mas Louise a chamou:

- Sayo!

- Louise?! – ela estranhou.

- Quero te perguntar uma coisa que o Keiko me disse. – Louise a puxa para o corredor.

- O quê? – a rosada cochicha alguma coisa no ouvido de Sayo – Me esqueci de te contar esse babado fortíssimo, cunhadinha!

- É eu sei.

- Então o que vai fazer?

- O Keiko ele disse que vai me ajudar, já que ele é um garoto, ele deve saber do que ele vai gostar.

- Então tá bom, me avisa quando for sair com ele, pra me segurar o Saito. – Sayo riu.

- Mas que dia é o...?

- O que vocês estão falando tão animadas aí? – chega Soka perguntando.

- Nada que te interesse. – disse Sayo.

Soka nem prestou atenção na grosseria da irmã, ele estava comparando visualmente os peitos de Louise com os peitos de Sakura, que estava dentro da sala.

- “A Sakura parece ter peitos maiores.” – concluiu Soka.

- Pra onde tá olhando? – perguntou Sayo, que percebeu que Soka não estava de cabeça porque Louise era baixa, mas sim porque estava vendo os peitos dela, se é que ela tem peito.

Soka fez menção em pegar nos peitos de Louise, a rosada corou e já estava colocando a mão na sua saia pra pegar a varinha, mas Sayo grita:

- SOKA! – Sayo dá uma voadora na cara dele, gritando – HENTAI!

Soka foi rolando pra dentro da sala, e Toni “sem querer” tropeça e deixa cair uns livros na cabeça de Soka!

- Isso doeu seu...! – Soka foi interrompido.

Sakura cai em cima de Soka, ela estava indo ajudar o Hiraga, mas acabou tropeçando e caindo em cima dele.

- Que vergonha, Soka! Se agarrando na sala de aula. – ironizou Toni, ajeitando seus óculos.

- Rokaido desgraçado!

Toni deu um chute na cara de Soka.

- MAS QUE PO...!

Toni deu outro chute na cara de Soka.

- Desculpa, eu estava tentando andar, mais acho que estou dando passos muito longos, aí sem querer eles pegam em você. – explicou Toni.

- AFF! – Soka tentou se levantar, mas a Sakura ainda estava em cima dele, ele se virou no chão, mas ele não devia ter feito isso. Sakura agora estava sentada no colo dele, ela corou logo quando isso aconteceu.

- Me chame pro seu enterro, Soka. – Toni ajeitou os óculos.

- SOKAAAAAAAAA! – berrou Sayo.

A gritaria continuou, Soka levou um monte de cadeirada na cabeça pela irmã, Louise ficou com uma imensa vontade de explodir naquela confusão, mas não o fez. Sakura até gostou do que tinha acontecido, já que na posição que ela tinha ficado isso lembrava umas coisas que fizera com Soka, e Toni estava morrendo de rir, vendo Soka apanhando.

Mas o intervalo termina, todos voltam pra sala. A aula prossegue normalmente, até que o sinal toca. Todos começaram a sair, Soka e Sayo já tinham ido. Louise já estava pronta pra ir embora com seu animal de estimação, mas Keiko o chama:

- Saito!

- Hai. – Saito meio que estranhou o ruivo estar lhe chamando.

- O Kenichi-ojii-san está te chamando na sala dele.

- O diretor?

- É, meu avô! – o ruivo falou. – Eu acompanho vocês até lá.

Os três saíram da sala juntos, Louise sempre do lado de Saito.

- Sabe o que ele quer? – perguntou Saito.

- Parece ser uma mensagem do Kristain, coisa assim. – explica o ruivo.

- E quem é esse?

- Você vai conhecer.

Apesar de Keiko está bem amigável, Saito não gostava nem um pouco da ideia de Keiko estar muito perto deles, principalmente de Louise. Eles chegaram à porta da sala do diretor, Saito estava preste a entrar, mas olha pra Keiko e Louise, não queria que eles ficassem sozinhos. Keiko percebendo isso diz:

- Vou tomar um pouco d’água. – o ruivo foi andando.

Saito ficou mais aliviado e entrou na sala.

- Okaeri, Saito! – disse Kenichi.

- Obrigado Kenichi-sama.

- Saito, é só uma mensagem de Kristain para Sora, ele disse que vai passar hoje na casa de vocês, para explicar uma situação pendente com Sora.

- Só isso? E quem é esse tal Kristain?

- Ele é líder dos Sacerdotes de Brimir.

- Então eu já posso ir? – Saito disse agoniado pra ficar com Louise.

- Pode sim. - riu Kenichi.

Quando Saito sai da sala vê Louise e Keiko conversando, Louise estava dando risada, uma risada doce e muito adorável, e kawaii. Mas que estava deixando Saito muito furioso e cheio de ciúmes, pois não sabia o que seu rival estava conversando com sua amada. Saito se aproxima e Keiko sai correndo.

- “Correu de novo, medroso!” – pensou Saito. Ele vai até Louise e pergunta – O que vocês estavam conversando?

- Nada não. – ele riu.

Saito ficou desconfiado, mas não queria ter uma briga com Louise logo no primeiro dia que eles voltaram, ainda mais depois da conversa de ontem, em que Louise falou tudo do relacionamento deles e como se sentia. Ele segurou a mão dela e foram pra casa. Eles chegam e não veem ninguém, apenas um bilhete grudado na parede, que dizia:

Meus filhos e Louise,

Eu vou estar no supermercado comprando o necessário, vou demorar um pouco. E o Sora vai chegar tarde do trabalho hoje.

 Hiraga Sayame

- Vou pro quarto. – disse a rosada.

- Estou com fome, vou ver o que tem pra comer. – Saito foi até a cozinha.

Louise subiu as escadas e foi até o quarto. Saito já estava subindo as escadas, mastigando alguma coisa, mas se depara com uma cena.

Soka estava saindo do quarto da Sayo, seu pescoço e sua orelha estavam todos vermelhos. Saito estranha e se esconde ali na beirada da escada e continua espiando. Ele prestou mais atenção e percebeu que as marcas vermelhas em Soka eram marcas de bejio, ou melhor, chupões. Soka estava todo bobo, Sayo estava tomando a iniciativa que ele tanto queria, agora nem precisa mais ele beijar ela, pois ela fazia isso primeiro. Sayo apareceu na porta do quarto, estava toda corada, ela beija o irmão e entra no quarto. Soka vai pro seu quarto todo feliz, Saito nunca tinha visto aquele sorriso.

Com a cena que viu, Saito desde a escada rolando e se quebrando, estava em choque, não acreditou no que viu. A rosada ouviu o barulho e vai lá ver o que aconteceu.

- Saito?! – ela desce a escada. – Você está bem?

Ele estava jogado no chão com os olhos arregalados, ainda tentando entender o que tinha acabado de presenciar. Sayo tinha comentando sobre ela e Soka, mas Saito pensou que era só brincadeira, não podia ser real.

- “Podia?” – ele pensou – “Então é isso que eles fazem quando estão sozinhos?”

Louise o chamava incessantemente, mas Saito tinha mergulhado completamente nos seus pensamentos. Uma letra veio na mente de Saito:

- “H!” (Normalmente refere-se à sexo) – Saito espantou-se – “Eles não podem ter chegado nesse nível!”

- FALA COMIGO!  - Louise dá um soco na cabeça dele.

- O que eu faço então? – ele pergunta coçando a cabeça.

- Do que você tá falando? – ela disse desentendida.

- Incesto!