Menos de 7 segundos escrita por Lívia Thuler


Capítulo 5
5


Notas iniciais do capítulo

Oi! :)
Já são duas da manhã e eu estou aqui postando um capitulo. Queria escrever mais um mas amanha eu tenho médico cedo e se eu nao for dormir agora vai ficar meio complicado de acordar.
Boa leitura!



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Era quinta feira e meu treino estava em progresso. Mamãe estava um pouco preocupada como eu estava exagerando no esforço, ela sabia o quanto era importante para mim então ela não tentou me fazer mudar de ideia.
Eu já havia corrido 4km quando meu nariz começou a sangrar muito. Aquilo sempre acontecia quando eu ficava tempo demais no sol fazendo atividades físicas. Fiquei com as mãos no joelho tentando manter a calma enquanto minha visão ia ficando turva.
— Ei, você está bem? – ouvi uma voz masculina falar. – Meu deus seu nariz tá sangrando muito.
— Sim... – eu só queria deitar em algum lugar e não ficar falando do estado sangrento do meu nariz.
— Ainda bem que estamos perto de casa. Vem. – ele me pegou no colo. Eu estava quase desmaiando e sendo carregada por um estranho. Meu deus eu podia ser abusada agora. Anda Claire aja.
— Não... – tentei falar
— Tá tudo bem. – a voz disse calmamente.

Acordei num quarto. Tinha alguns pôsteres de bandas e de filmes, um Imac e um armário preto. Aquele certamente não era um dos cômodos da minha casa.
— Ah oi – disse a voz tímida. Olhei para o lado, tinha um garoto com olhar preocupado sentado em uma cadeira de escritório.
— Ahn... – eu comecei sem saber o que exatamente dizer sem ser grosseira.
— Seu nariz estava sangrando muito, você estava quase desmaiando então como estávamos aqui perto de casa, decidi tentar te ajudar até que você desmaiou. – o garoto com cabelos loiros bagunçados respondeu.
— Ah, obrigada. – eu disse meio confusa. – Ahn...
— Eu não fiz nada! – ele disse levantando as mãos – Essa seria a primeira coisa que eu ia falar mas eu achei melhor tentar te explicar a situação.
— Tudo bem – eu dei um sorrisinho e fiz uma careta quando senti o cheiro horrível e forte de sangue.
— Quer uma blusa? Esse cheiro tá insuportável. – ele disse e eu ri.
— Não está tudo bem. Ele se levantou e pegou uma blusa branca grande do hard rock café e me deu.
— Toma, usa. O banheiro é ali naquela porta. Havia duas portas, fui aonde ele apontou onde tinha um adesivo escrito: HOMENS
Troquei de blusa e lavei o rosto. O banheiro dele realmente era enorme, apenas um box, vazo e pia mas a simplicidade fazia ser mais “chique”.
— Você pode me dar uma sacola? – perguntei assim que sai do banheiro fechando a porta.
— Claro. Ele disse e acho que foi buscar a sacola em algum lugar. Ele chegou com um saco azul e colocou a blusa ensanguentada dentro. – Aqui.
O rosto dele era conhecido. Talvez eu tivesse aulas com ele mas não lembrava dele nas aulas principais.
— Você pode me passar seu endereço pra minha mãe vir me buscar?
— Claro – ele disse o endereço e ele me deu uma caneta e eu anotei na mão.
Liguei para minha mãe, ela achou que eu tinha sofrido um acidente grave e viria correndo obviamente.
— Obrigada – dei um sorriso.
Enquanto esperávamos minha mãe ficamos sentados e calados. Era uma situação constrangedora, era a minha primeira vez num quarto de um menino sem ser do meu irmão e vim parar aqui pelo simples fato de meu nariz quase cair do meu rosto. Ouvi a buzina do carro de mamãe e levantei bruscamente. Ele arregalou os olhos e se levantou também.
— Obrigada, ahn... – se ele tivesse me dito o nome dele eu realmente não lembrava.
— Elliot. – ele sorriu.
— Obrigada Elliot.
Saímos do quarto e fui seguindo ele, descemos para o primeiro andar e ele me acompanhou até a porta
— Obrigada mais uma vez Elliot – dei um sorriso tímido – Sua casa é bem bonita. Sai e dei um tchauzinho com a mão e entrei no quarto de mamãe.

Minha mãe estava falando como eu fui irresponsável de ultrapassar meu limite e sobre eu ir parar na casa de um estranho. Eu só conseguia pensar em que eu não tinha conseguido ganhar a aposta de correr 7km hoje.
— Por que você não me ligou Claire? – eu odiava quando ela estava me dando um sermão e falava meu nome.
— Porque eu não levei o celular mãe, eu só levei o Ipod. – eu respondi com a cabeça na janela. Ela ficou calada e ligou o rádio. Tocava alguma música pop e eu pensava no que poderia fazer já que não consegui ganhar a aposta. Lembrei dos deveres de matemática e história. Lembrei da festa idiota que eu teria que ir nesse fim de semana com Nina e arregalei os olhos e dei um sorrisinho. Ok, não um sorrisinho, um sorriso mesmo. Lembrei que como a Sra Evans tinha tirado licença, o Professor Michael também seria o professor de Literatura Inglesa. Suspirei e fiquei olhando pra rua.

Cheguei em casa e fui até a lavanderia pra jogar o saco azul na cesta de roupa suja e fui correndo até o banheiro do meu quarto pra tomar banho. Que pena que eu não conseguia chegar em 7 segundos.
Fiz os deveres chatos das matérias chatas, terminei de ler um livro chamado “Tudo e todas as coisas”, arrumei meus materiais e conversei um pouco com Nina pelo telefone. Decidi não contar sobre Elliot, porque provavelmente ela já estaria falando que eu estava apaixonada e não queria admitir, que eu deveria expor mais os meus sentimentos e que não veria a hora de ter um duplo encontro. Ri só de pensar nas ideias mirabolantes que ela imaginava.
— Não sei se vou de saia ou vestido – ela disse
— Não vá com algo muito fácil pra ele ter acesso – eu disse rindo.
— Claire! – ela me repreendeu. – Acho que vou de calça mesmo. Você vai como?
— Não sei Nina.
— Ah qual é Claire, por favor, fique animada, aposto que vai ser legal. – ela disse tentando me motivar, Toda vez que Nina tentava apostar algo sobre qualquer coisa ela sempre perdia.
— Ah não sei, vou de calça, blusa e uma botinha. Pronto, satisfeita?
— Muito. Tenho que desligar já esta ficando tarde e até agora não fiz meus deveres – ela disse bufando.
— Pois eu já fiz os meus
— Chatinha, boa noite Claire até amanha
— Até amanha Nina.
Desliguei e fui dormir. Não era 1 hora da manhã mas decidir ir dormir, mesmo não tendo 7 horas de sono o que eu achava que podia me trazer azar.

 


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Notas finais do capítulo

Boa noite queridas!



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