Menos de 7 segundos escrita por Lívia Thuler


Capítulo 4
4


Notas iniciais do capítulo

Oi! :)
Esse capitulo tem mais palavras por causa de uma sugestão de uma amiga minha.
Qualquer coisa vocês podem me mandar suas sugestões e irei ler todas. Pode me dizer o que está bom e o que não está bom, o que posso mudar/melhorar
Boa leitura!



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No sábado e domingo, Nina e eu continuamos com a programação do final de semana. Sábado fizemos compras e assistimos típicos filmes de adolescentes e domingo seguimos com o karaokê velho do meu pai. Dormiria na sua casa para que o pai dela nos levasse a escola no dia seguinte.
Seus pais eram divorciados. A mãe de Nina decidiu ir morar na Escócia, Nina simplesmente não quis ir e também sua mãe não fez muita questão.
— Eu não acredito que você Senhora Nina Steinfield de 16 anos comprou 5 sutiãs de estampas diferentes e rendas diferentes. – Stevie, seu pai disse enquanto colocava uma garfada do jantar na boca e eu caia na gargalhada. Estávamos só nós três na mesa enorme da sala de jantar. Assim como minha mãe, Stevie era um chef de cozinha, tinha um dos melhores restaurantes da cidade e sua comida era simplesmente fantástica.
— Pai! – Nina disse num tom mais alto completamente morrendo de vergonha.
— Mas é verdade. Pra quê 5 sutiãs daquele jeito? Não me diga que é pra cada dia da semana. – ele realmente estava se divertindo, afinal era uma comédia um pai tentar entender uma garota de 16 anos e suas atitudes.
— Pai eu não posso usar mais sutiã cor da pele – ela disse de boca cheia.
— Qual o problema deles? – ele disse num tom “indignado”
— É horrível! Você faz questão de comprar esses sutiãs cor da pele, sem bojo e em  tamanho mil vezes maior do que o meu peito. Nem pra você comprar na cor preta.
Eu olhava pros dois me divertindo muito. Os dois eram muito amigos e Stevie estava passando por essa fase da Nina junto com ela, porque afinal ela não tinha contato nenhum com a mãe para compartilhas as “impressionantes primeiras vezes da adolescência” e ele fazia questão de tentar participar de tudo, não colocando alguém pra cuidar dela (questões emotivas) e de suas necessidades, pensamentos e afins.  
— Ok Nina, mas me avise quando estiver precisando de absorvente – ele olhou para a taça de vinho mordendo o lábio para não rir.
— Meu Jesus! Isso é um absurdo de conversa – ela disse indignada olhando pro seu prato já limpo de comida. Ela era voraz em questão de comer. – Você nunca compra o certo que eu te peço. Já disse, é o sem abas – ela enfatizou.
— É tudo a mesma coisa – ele respondeu. Não querido, não era! – Claire você poderia me avisar quando tiver um “cavalheiro querendo corteja-la”? Ela me disse que eu não estou preparado ainda para esse acontecimento da vida dela – o modo como ele falava parecendo um lorde inglês era hilário.
— Se bem que... – eu dei um sorriso malicioso – tem um garoto da aula de química.
— O nome dele é Josh! – ela disse rindo – E você nem passou da “fase do absorvente” ainda e quer pular pra “fase dos garotos”? Não! Vai passar por todo o processo – ela disse levantando aquele nariz arrebitado dela e olhou pra mim – E você é uma fofoqueira – ela disse rindo.
Continuamos conversando por mais uma hora e tentamos ajudar Stevie a fazer a sobremesa.

Nina e eu estávamos deitadas no seu tapete branco felpudo, super aconchegante uma olhando pra outra e contando piada. Eu não achava certo eu dormi na cama dela e ela no chão e ela simplesmente não achava certo ela dormi na cama e eu no chão então nós duas dormíamos no chão para ser justo.
— E se eu ficar apaixonada por ele? – ela me perguntou séria.
— Eu e seu pai vamos estar lá para te ajudar em qualquer coisa. – eu respondi sorrindo.
Ela simplesmente sorriu e me abraçou. Nina era completamente meiga e adorável. A melhor pessoa do universo pra mim era ela.

Acordei no meu típico horário e Nina colocou o travesseiro na cara.
— Eu odeio esse maldito número e esse maldito horário – ela disse num tom alto e rouco. Ok ela não era tão meiga e adorável assim de manhã. Ela dormia com a roupa que ela ia pra escola no dia seguinte para ganhar tempo e dormir mais um pouco. Seu pai achava a ideia mais fantástica do mundo.
— Anda Nina.
Ela levantou e sentou na cama e ficou parada olhando para um ponto fixo. Me arrumei enquanto ela ficava em modo catatônico.
— Anda vamos, já são 07:30. Cadê sua mochila?
— Ah Meu Deus, eu não arrumei! – ela “acordou” do transe e foi pegar seus materiais correndo.
Descemos para o andar de baixo e seu pai estava com cara de sono e vestido de  samba-canção azul e blusa azul. Ele podia acordar o horário que quisesse mas sempre acordava mais cedo pra fazer o café da manhã pra ela.
— Acho que não vai dar tempo de vocês tomarem café, mas fiz sanduiche de peito de peru e coloquei crème brûlée pra vocês. – ele disse com sono. Pegamos o pacote de papel pardo e seguimos pro carro.

— Te encontro no almoço – ela me abraçou e entrou pra tão famosa aula de química que ela sonhava. Segui para minha aula de geografia e peguei meu celular no bolso recebendo uma mensagem de mamãe dizendo que já havia chegado.
Todas as aulas foram normais. O técnico do time de vôlei avisou que as inscrições para a seletiva já estavam abertas e que seria no dia 18. Teria que começar a me preparar para essa seletiva. Eu queria muito, muito, muito mesmo entrar pro time então teria que arranjar tempo para os treinos, ou seja ficar na escola até as 07:00 p.m para treinar.

As aulas principais já haviam acabado e eu e Nina estávamos esperando o horário das optativas começarem.
— Josh me convidou para uma festa – ela disse
— Sério? Isso é ótimo Nina. – eu disse empolgada.
— Sim, ele disse que posso chamar uma amiga...
— Ah Nina, eu tenho mesmo que ir? – disse em tom de sofrimento, eu sabia como aquelas festas eram e eu nunca ficava animada para ir em uma.
— Claro, eu vou ficar lá igual um pato na festa enquanto ele vai estar conversando com seus amigos, bebendo? – ela disse irônica
— Tá! – disse convencida. Cara, era extremamente fácil eu ser convencida pela Nina.
Nina tinha trazido o triangulo que eu “sugeri”. Ela disse que aquele era apenas o começo para ela se estabelecer “no mundo da música”
Fui a primeira chegar e tinha um homem virado de costas procurando algo em sua mochila. Ok. Onde estava a Sra. Evans?
— Ahn... Com licença? – eu disse meio tímida e ele se virou pra mim.

Uau.

UAU!

— A Sra. Evans teve que tirar licença por alguns meses e eu vou ser o professor substituto – ele disse meio nervoso.
— Ah sim. Você sabe o que aconteceu com ela? – eu disse tentando arranjar assunto pra ouvir mais daquele sotaque britânico.
— Sinto muito, não sei. Você pode me passar as anotações dela?
— Claro.
Pare Claire!
Peguei meu caderno e passei para ele.
Sentei na carteira de sempre enquanto esperava o restante da turma chegar.
O cara era simplesmente gato. Olhos verdes, uma barba rala no maxilar e pescoço, alto, ombros largos e beirava uns 40 anos. Eu acho que estava apaixonada.
Ficamos conversando sobre alguns livros que eu gostava e ele sobre os preferidos dele. Eu estava toda a Sra Sorriso com ele. Será que ele estava percebendo? Meu Deus. Ele tinha idade para ser meu pai. Pare Claire!
O restante da turma chegou e eu me concentrei em ficar olhando pro meu celular. Ele explicou a situação para turma e começamos a matéria.
Duas batidas na porta e ela abre. Um garoto loiro estava com o cabelo todo bagunçado e começa a entrar na sala quando o Professor Michael o interrompe.
— Desculpe cara, você tem o passe de atraso? – perguntou
— Ah... não – ele disse revirando os olhos
— Desculpe ser chato mas você não vai poder ficar na aula. A diretora está me vigiando – ele disse e nós rimos.
— Ah tudo bem – ele disse por fim e saiu da sala.
A aula prosseguiu e o dia também. Avisei minha mãe que ficaria na escola até as 7 e perguntei se ela poderia vir me buscar.


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Notas finais do capítulo

Eai? Oq acharam?
São 02:47 e provavelmente terei q editar esse cap (espero que não)
Eu realmente to tentando não correr com a história pq quero q fique perfeita e "lível", mas jaja vcs vão conhecer o personagem principal.
Beijas!



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