Call me Miss V escrita por LaudaLua325


Capítulo 2
Ccapitulo II


Notas iniciais do capítulo

Já peço desculpas pela demora a postar o novo capítulo, foram semanas trabalhando, e eu espero que meus erros em algumas partes do capítulo não desanimem vocês a ler, meu público é o mais importante para mim, então boa leitura, obrigada pela atenção



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Num estalar de dedos da vampira um assistente corcunda e manco apareceu arrastando a mala de Melissa no chão e a largou no pé dela, como estava em estado de choque a jovem demorou alguns segundos para pegar sua bagagem, mas assim que a pegou saiu correndo em disparada como se estivessem a perseguindo, o que não estava acontecendo de fato. Quando Melissa se deu conta ela já estava do lado de fora da fábrica, só precisava pular a cerca e deixar tudo pra trás, tentar seguir a vida, ainda estava de madrugada, ela andou até a grade do limite da fábrica, atirou sua bolsa para o outro lado e escalou. Ainda estava escuro lá fora, mas isso já estava acabando, em breve o sol nasceria, do lado de fora da fábrica ela se sentia mais segura, mas mesmo assim ela sabia que estava sob certo perigo, recolheu suas coisas e foi para o ponto de partida, o único lugar daquela cidade que ela conhecia, o terminal rodoviário. Chegando lá ela se sentou no primeiro banco que viu e tirou os sapatos, seus pés doíam, sua respiração estava ofegante, e então ela começou a chorar, não havia mais nada a se fazer, ela estava faminta, aterrorizada e com saudades de casa, chegou a cogitar a ideia de voltar, mas um traço marcante da personalidade de Melissa é que mesmo com todas as dificuldades e perrengues ela se recusava a desistir, a maior humilhação para ela seria voltar para casa de mãos vazias, então ela só continuou chorando, chorou até dormir abraçando sua mala com força, imaginando sua mãe lhe abraçando com força.

Enquanto Melissa sofria, Senhorita V desfrutava de uma taça de sangue recém colhido por seus capangas, os caçadores a encarava com um certo medo no olhar, como que se fizessem uma coisa ruim ela os mataria na hora, e de fato aconteceria, não se deixem enganar pelo galantismo e romantismo de V, ela era uma assassina fria e cruel sempre a um passo do frenesi, por isso ela é líder de sua máfia, e também porque ela é uma das vampiras mais antigas daquele lugar, por tanto a mais forte e com mais estratégias, mas, pode parecer ridículo um vampiro, alguém que deveria ser uma assassina cruel, ter sentimentos, mas pois é, alguns vestígios de humanidade ainda sobraram em V, ela ainda precisa de algo para ama-la, algo que ela ame e alguém que ela confie de verdade, obviamente não seus capangas, pois ela não confiaria cegamente neles, mas ela tinha uma pessoa a quem ela confiava a vida dela. O nome dela era Tara, a muitos anos ela traiu V, e sendo assim foi amaldiçoada com a imortalidade, então percebeu a besteira que fez, desde então jurou fidelidade a Senhorita V e é sua consciência, sua maior conselheira.

Miss V, para soar mais elegante, saboreava sua taça de sangue quando Tara bateu a sua porta logo em seguida entrou e jogou em sua poltrona no canto da sala com uma taça do seu elixir de conservação, pois se ela não bebesse desse liquido sua carne putrefaria, pois seu corpo deveria estar morto a muito tempo.

Enquanto V saboreava seu sangue, Tara quase cuspia seu elixir de vitalidade: “isso aqui é uma droga!” ela reclamava depois de beber metade da taça: “Pois é, você traiu a vampira errada” V pousou sua taça de sangue sobre a mesa e se levantou, tirou o seu casaco de líder revelando sua camisa branca manchada de sangue e toda surrada e seu short curto cheio de correntes e linhas soltas. Tara continuou então a conversa com a vampira: “Eu já me arrependi” ela disse de cabeça baixa encarando as botas de camurça toda desfeita da criatura, que por sua vez respondeu: “Foi uma longa noite” E suspirou. “Eu não te vejo assim há uns vinte anos ou mais” Disse Tara antes de tomar mais um gole de seu elixir e quase cuspir tudo, Miss V encarou sua prisioneira e então disse “Aconteceu de novo.”, Tara analisou a expressão facial de V e então revirou os olhos “Ah não, de novo não!” E então um silêncio se estendeu pela sala.

Essa é a deixa perfeita para voltarmos nosso foco a senhorita Melissa.

Ela caiu no sono abraçada a sua mala no banco no terminal rodoviário e foi acordada por um guarda que passava ali perto, ele cutucou o rosto de Melissa até ela acordar e ele então começou o interrogatório “Essa bagagem é sua? Quero ver seus documentos” Melissa teve uma péssima noite, quase não entendeu o que o guarda disse, pediu para que ele repetisse, e ele sem paciência quase que rosnando disse “Não me teste, ladrazinha!” Então Melissa, mais desperta disse: “Mas, senhor, eu não roubei nada” e o policial, com o tom de voz cada vez mais agressivo gritou “Quero ver os documentos!” Melissa, tremendo de medo tirou os documentos recém feitos do bolso para que o guarda os analisasse um por um e concluísse aquela história toda com um: “Não toleramos vagabundos nessa cidade, se eu te pegar dormindo em público novamente o bicho pega” Depois de dizer isso ele deu meia volta e começou a andar na direção contrária da de Melissa. Depois de perder o guarda de vista, nossa protagonista se sentiu um pouco mais calma, levou sua mão a testa e suspirou, então levantou e voltou a vaguear por aí, pegando todos os jornais gratuitos e panfletos que ela achava pelo caminho, ela precisava de um emprego, mas antes precisava fazer o cadastro na faculdade, para que não perdesse a vaga. Pedindo informações achou o caminho para o local desejado, a faculdade. Ela chegou no balcão e perguntou para um rapaz alto, magro e de cabelo cacheado como ela poderia fazer sua inscrição, o garoto respirou fundo com o nariz próximo a Melissa, como se ele quisesse cheira-la mesmo, então ficou nervoso e empolgado, engoliu em seco e ajeitou a gravata, Melissa apenas o encarou confusa e desconfiada: “O que foi?” ele em resposta, um pouco demorada, como se ele caçasse uma desculpa, ele engoliu em seco e disse: “é que o perfume que você está usando é o meu favorito” Ela se cheirou e respondeu “mas eu não estou usando perfume” O garoto apenas a deixou falando sozinha, então ela foi atendida por uma moça logo em seguida, ela foi bem útil e rápida com a inscrição de Melissa.

Miss V observava a garota de longe, se esgueirando nas sombras, e achou a atitude do garoto que atendeu Melissa mais cedo muito mais suspeita do que parecia, e com razão, tinha caroço nesse angu mesmo.

Melissa terminara a inscrição na faculdade, mas ainda assim só tinha vinte reais na sua enorme bolsa de viagem, de resto eram potes vazios e roupas surradas e antigas, além de materiais de higiene pessoal e roupas de cama, ou seja: ela estava quebrada, sem ter onde ficar ou pra onde ir, ela se apoiou em uma parede do prédio e escorregou até sentar no chão e levou a mão a testa, então suspirou e disse: “Eu estou perdida”, em seus lamentos nem percebeu que alguém se aproximava, a garota de cabelo preso em dois coques de cor roxo escuro, cuja a pele é branca em contraste às roupas escuras e a maquiagem pesada se agachou ao lado de Melissa e pigarreou para que a mesma notasse sua presença, e funcionou, a loura olhou diretamente para ela. Ela sorriu pra Melissa e começou: “É nova por aqui, não?” e ao ver que a garota não se sentiu à vontade para responder ela fechou um pouco o sorriso e falou: “Calma, eu não mordo. Pode me chamar de Tom-Tom, e você, como eu posso te chamar?” Melissa olhou nos olhos de Tom-Tom e não viu maldade alguma, pelo contrário, detectou uma bondade inigualável em seus olhos azuis esverdeados, diferentes dos da vampira vistos por Melissa mais cedo que eram azuis-celestes e inspiravam certa... intimidação, não que Miss V fosse causar algum mal a Melissa, mas ela ainda era um ser das trevas, isso é algo certamente assustador, para alguns talvez um pouco excitante, mas para Melissa, por ora, era apenas amedrontador.

Depois de alguns minutos de conversa, Tom-Tom e Melissa finalmente chegaram ao assunto que nos interessa quando Tom-Tom perguntou: “Ei, você tem onde passar a noite, senhorita?” E a garota negou com a cabeça, e sua nova amiga sorriu com doçura e pediu: “Me acompanhe, se quiser.” E então levantou, Melissa achava que já não tinha mais muita coisa a perder então seguia a garota com os cabelos roxos e um rebolado sexy até uma lanchonete de café da manhã, onde Tom-Tom apresentou: “Melissa, você pode morar comigo lá em cima, se trabalhar para mim no café aqui em baixo... de graça, sabe, é pra eu poder trabalhar mais, é complicado... eu sei que é estranho e suspeito, mas eu juro que não lhe causarei mal algum, eu apenas estou oferecendo uma...” antes que a garota completasse a frase, Melissa agarrou-a num forte abraço e agradeceu, Tom-Tom sorriu, pois pela primeira vez alguém conseguira enxergar a doçura que havia em seus olhos entre toda aquela maquiagem exagerada.

O quarto onde Tom-Tom hospedou Melissa era até confortável, com uma TV pequena, um armário que viria a ser preenchido com as roupas de Melissa em breve e um sofá cama cor-de-rosa, com a hospede já confortável, a moça ficou mais tranquila, mas logo que Melissa terminou de se instalar Tom-Tom já lhe deu as regras da casa: “sem visitas, você cozinha as terças, quintas e sábados e se chegar depois da maia noite use uma lanterna ou algo assim, nada de ascender as luzes, certo?” “Certo” E então, Melissa já se sentia mais segura, mal ela sabe que Miss V não era nem um problema para ela comparando ao o que estava por vir.


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Notas finais do capítulo

Aos que leram até aqui, obrigada mesmo de coração, e eu sei que vocês não gostam, mas eu peço por favor, divulguem minha história se gostarem deem like e acompanhem também se for de seu interesse, comentem o que vocês mais gostaram e sugiram coisas para eu melhorar, mais uma vez obrigada e até o próximo capitulo



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