Call me Miss V escrita por LaudaLua325


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá, espero que goste da história, já peço desculpas por qualquer erro gramatical aqui cometido



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O céu estava alaranjado, o cheiro de grama e de chuva estava bem forte, em meio aquele lamaçal todo das fazendas o carteiro andava com uma carta vinda da universidade X.... aquela carta era capaz de mudar todo um destino.

Na rua de terra número 257, uma jovem esperava apoiada na caixa de correio, ela estava lá com a sua capa de chuva e seus cabelos dourados ensopados pela chuva da manhã, ela estava lá a espera desde que acordara, também não é todo dia que você recebe um envelope que guarda todo o seu futuro dentro. Finalmente estava na hora, o carteiro estava passando na rua de terra e a garota começou a tremer, e parece que a fazenda inteira ficou ansiosa com ela, o canto dos animais muito alto, as galinhas correndo enlouquecidas, os cavalos pulando no estabulo, os bodes escandalosos comendo tudo o que viam pela frente. Finalmente com a chegada da carta, a moça tomou o envelope da mão do carteiro e saiu correndo e gritando para dentro do singelo barraquinho construídos em tabuas de madeira sem farpa, ao chegar a garota soltou um berro: “CHEGOOOU” ela gritou sua mãe, já de camisola e cabelos com bobs, pronta para dormir desceu as escadas com uma cara de sono, mas ao avistar o envelope da universidade na mão de sua filha, a empolgação surgiu em seu rosto: “Herb, venha aqui” E o pai da menina desceu as escadas, com uma cara de assustado e o seu pijama também, a expressão do pai dela não mudou muito ao ver o envelope.

Os três se sentaram à mesa de jantar, com o envelope no meio, a mãe sorridente e esperançosa, o pai aflito e ansioso, e a menina sentia uma mistura de todos os sentimentos aqui apresentados. Como já dito antes, o envelope aguardava no centro da mesa, ao lado de um abridor de cartas, Melissa, ou a garota, nossa protagonista no caso, foi a primeira a quebrar o silencio: “Meu Deus, deixa que eu abro!” pegou o envelope e o abridor, e no nervosismo se cortou apenas um pouquinho, deixando o seu sangue cair na mesa e o cheiro de ferro invadiu o ar.  Melissa abriu a carta, leu e a deixou cair com o choque diante do que estava escrito, seus pais se aproximaram esperando alguma informação ela olhou para os dois e falou: “Eu entrei” e a empolgação dominou a casa, mas a expressão de seu pai permanecia a mesma, ele abraçava a mulher e a filha, mas sem animação nenhuma, ele não gostava da ideia de “sua garotinha” a última filha que ele tivera ir embora, mas agora ele não tinha escolha, já estava feito, ninguém nunca imaginou que a jovem Melissa teria inteligência suficiente para entrar para a universidade X, foi realmente uma surpresa, e assim, ele teve de ficar assistindo a esposa tirar a velha mala de viagem de cima do guarda roupas, entregar para a filha e ainda ver as roupas passando do armário da filha para a velha mala uma a uma. Pela primeira vez sentiu o cheiro de quiche de queijo de sua esposa e não se alegrou, pois sabia que ela colocaria a quiche numa marmita para a viagem de sua filha, junto a um pedaço da deliciosa torta de amora que ela fazia.

Naquele fim de tarde, os pais de Melissa acompanharam a moça até o terminal rodoviário daquele fim de mundo, seu pai abraçou-a e a apertou contra o peito, ela olhou nos olhos do aflito senhor e disse: “Ei, pai, mantenha a calma, está tudo bem, estou bem, eu sei me cuidar” O homem suspirou, beijou a testa da filha e acenou que sim com a cabeça, assim deixando a menina ir para os braços da mãe, que por sua vez abraçou a filha e pediu que ela se cuidasse, procurasse um bom emprego, um bom apartamento, essas coisas que mães dizem quando os filhos saem de casa. O ônibus que levaria Melissa ao seu destino havia chegado, ela subiu deixando tudo para trás, seria mentira dizer que ela não sentiu medo nem vontade de chorar no colo de sua mãe mais uma vez, mas mesmo com esse misto de sensações ela respirou fundo e foi em frente, a final, ela já estava no ônibus de qualquer jeito. Ela engoliu em seco e respirou fundo, só que mesmo assim começou a chorar, de medo, de saudade, de vontade de gritar para pararem o ônibus, mas não gritou, se encolheu próxima a janela e sofreu em silencio até cair no sono.

Ainda estava de madrugada quando Melissa foi bruscamente acordada pelo ônibus freando no terminal rodoviário da pequena cidade pra qual Melissa estava se mudando, ainda era considerada interior, mas pelo menos tinha ruas asfaltadas, casas de concreto, lojas e prédios e a universidade X. Mas estava muito tarde e escuro, o que significava que nossa protagonista estava sozinha, ou quase.

Ela andou a cidade inteira admirando cada vitrine se impressionando com cada prédio maior que dez andares, mas nada aberto ninguém que pudesse acolher ela, quando se viu ela estava na rodoviária de novo, decidiu pegar na sua mala a quiche que sua mãe fizera e comer enquanto se desfazia em lagrimas de novo.

Ela ouviu ao longe vozes masculinas, pareciam brigar, mas em segundos o silencio volta, e em seguida ela presta atenção nos passos de pessoas se aproximando, um cheiro de carne putrefando se espalhou pelo ar e invadiu a narina de Melissa, esse cheiro lhe causava ânsia de vomito, chegou até a subir um refluxo, mas forçou-se a engolir de volta, sua visão ficou turva e ela então ficou inconsciente, a última coisa que a garota viu foi rosto de um homem careca, cuja a pele ao redor do olho era preta como se ele tivesse passado delineador ao redor do olho todo, e seus lábios formavam um sorriso aberto que revelavam presas.

Quando ela abriu os olhos já não estava na rodoviária, o que a trouxe de volta a consciência foi uma goteira no teto de uma fábrica de perfumes e sabonetes abandonada, seu primeiro suspiro chamou a atenção de alguém, então Melissa piscou o olho e quando abriu de novo estavam diante dela cansados e expressivos olhos azuis brilhantes, envolta tinha um rosto pálido e seco, como se ela não comesse há dias, mas ainda assim não perdia a elegância e beleza sedutora de alguém cheio de vida, e a dona desse rosto era assim mesmo, mesmo estando morta ainda era cheia de vida, com seu sorriso aberto malicioso mostrando suas presas afiadas que ainda estavam sujas de sangue da sua última vítima. Melissa levantou bruscamente batendo sua testa com a vampira acima dela, olhou em volta ofegante com medo, apavorada, na verdade, se viu numa sala com paredes, pisos e teto brancos, com mofo no canto das paredes, mas os principais elementos naquele lugar era um grupo de mortos-vivos salivando enquanto olhavam nossa protagonista com desejo e fome, foi então que ela tentou começar a correr, mas seguraram-na pelo braço, o que a fez se ajoelhar e novamente começar a chorar, mas dessa vez de desespero, ela olhou para a criatura dos olhos azuis brilhantes que a segurava e implorou misericórdia entre choros e soluças esganiçados, quando percebeu que sua sequestradora nem sequer reagira a seu apelo ela parou de chorar por um instante e olhou para a criatura e na hora do desespero ela gritou: “Anda! Me mata logo! Vamos acabar”

A vampira, numa tentativa de ser simpática, sorriu, mas seu sorriso soou ameaçador demais, então ela o desfez, mas continuou olhando para Melissa e decidiu anunciar: “eu não vou te matar. Ninguém aqui se atreveria a te machucar. Certo, meninos?” e um coro de “SIM SENHORA” pôde ser ouvido, mas acompanhado de um tom de lamentação, isso fez Melissa sair do sério, mas só expressou sua irritação com o rosto, encarando a vampira com um ódio descomunal: “Então o que você quer de mim?” Questionou com um ar bem sério ainda encarando a vampira, que por sua vez, se agachou para que o seu rosto se aproximasse ao rosto de Melissa e respondeu sorrindo: “Eu quero VOCÊ” logo levantou as sobrancelhas e piscou para a garota, que tentava libertar seu pulso das garras afiadas de vampira e essa soltou a mão fazendo Melissa cair pra trás, a monstra encurralou Melissa no chão se posicionando em cima da jovem, foi aí que ela propôs: “Eu posso sentir que você está correndo grave perigo, sinto cheiro de caça no seu sangue” ela sorria vitoriosa enquanto completava a frase “... Eu posso te oferecer proteção, se você me prometer seu coração” nesse exato momento, a jovem levou a mão ao coração, e a vampira completou: “Eu só quero amar você e cuidar de você” Ela colocou um dos cachos de Mel pra trás da orelha e sorriu: “De uma mulher para outra, eu digo que você não tem vez nessa cidade sem minha proteção”.

Melissa encarou a vampira apaixonada com uma expressão de nojo e respondeu: “NÃO! Eu nem te conheço, como posso lhe confiar meu coração?” A vampira levantou e ajudou Melissa a levantar também e então disse: “Vamos fazer um teste drive, que tal, quero ver você sobreviver sem mim por um mísero dia. ... Brutus traga os pertences dessa beldade em minha frente, vamos deixa-la em paz” A expressão vitoriosa permanecia em seu rosto enquanto ela falava: “Boa sorte, Melissa, se precisar, me chame de senhorita V”.


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Notas finais do capítulo

Olá de novo se você leu até aqui, espero que tenha gostado, se esse capitulo tiver um feedback razoavelmente bom eu posto periodicamente mais capítulos, então me ajude, favoritando, acompanhando e indicando para os seus amigos que gostam desse gênero, agradeço desde já



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