A Vampira e o Tenor escrita por Nívea Raimundo


Capítulo 8
Dado os Recados




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—Bem vindos à minha casa! – cumprimentou Truzzi assim que recebeu os integrantes do clã do Brooklin no pátio de sua mansão. – Logo vamos enfileirar o nosso banquete, mas, por favor, sirvam-se de alguns petiscos e canapés, e bebidas para enganar a sede.

—Belo lugar, Truzzi. A festa de ontem poderia ter sido dada tranquilamente aqui. – comentou Christopher, apertando a mão do sócio italiano. Breat e Sully apenas acenaram e Jane não se moveu para cumprimentar o italiano – Jane, não seja rude.

—Chris, você sabe que ser rude é minha melhor qualidade. – debochou Jane, olhando de Christopher para o vampiro italiano com um sorriso amarelo.

—E eu comentei ontem que adoro uma mulher de gênio forte. – rebateu Truzzi, puxando a mão de Jane a força para beijá-la. – Mas acho que devo desculpas a você por ontem, quebrei o protocolo de não atacar alguma personalidade púbica tão querida da Itália, e principalmente aqui da região apenas para te provocar.

Jane sorriu maquiavélica para Truzzi, mas antes que pudesse retrucar ou atacar o anfitrião, Christopher puxou assunto dos negócios que eles iam tratar entre os clãs, se afastando de Jane e os demais. Na casa havia alguns dos vampiros da noite passada que também estavam na reunião de negócios. Os provavelmente líderes de seus respectivos clãs se juntavam a Christopher e Truzzi, formando uma roda para conversar sobre os negócios. Jane, Breat e Sully se dispersaram para reconhecer o local. Se servindo de um Bourbon, Jane fingiu beliscar um petisco enquanto apurava os ouvidos para ouvir a conversa de Truzzi e Christopher, que novamente ficaram a sós após algum tempo. Após ouvir sobre os negócios, comércios de artefatos de interesses sobrenaturais, começaram a falar de Jane.

—Então, Kubo, desculpe-me a curiosidade, mas qual a origem da sua vampira? – perguntou Truzzi, os dois olhando Jane, e ela fingindo olhar um dos quadros originais de Da Vinci que estava pendurado num corredor coberto que dava acesso ao interior da casa. – Pelo pouco que sondei ontem, ela é da linhagem de Katherine Pierce.

—Sim, eu fiquei sabendo depois que a criadora da Jane era a filha biológica da maior vadia de todos os tempos. – respondeu Christopher, rindo. – As duas morreram em Mystic Falls. Na época, Jane e eu estávamos em guerra, só por isso ela não estava junto.

—Ela tem a essência da Katherine... a Katherine foi minha criadora. Abandonou-me ao fugir do todo poderoso Klaus – comentou Truzzi com o olhar perdido e depois voltou a encarar Christopher, com um sorriso enigmático – Não deve ter sido fácil vencê-la e tê-la ao seu lado.

—Estou longe de vencê-la, se quer saber a verdade. Nossa história é complicada, pode ficar para outra hora. – respondeu Christopher, encarando Jane, que ainda fingindo não estar escutando, retribuiu o olhar e ofereceu um brinde, e após isso, passou sua atenção a um grupo aleatório.  – Mas o que posso esperar de alguém sem humanidade nenhuma. A única que ela tinha, morreu.

—E isso a torna mais interessante, não é sócio? Conquistar a chance de ser sua chave. É um jogo interessante de se fazer parte. – respondeu Truzzi, olhando de Jane e Christopher, e fazendo tanto o líder do clã Brooklin e a vampira sentirem raiva ao mesmo tempo.

—Eu acredito que você não queira entrar na fila, sócio. A humanidade de Jane está perdida, e ela não é um recurso a ser compartilhado. – respondeu Christopher, com o maxilar trincado, mas antes que eles continuassem, Jane apareceu, fazendo seu movimento favorito ao enfiar o braço no tórax de Truzzi, fazendo o vampiro cuspir sangue ao apertar de leve seu coração e fazendo todos os demais convidados olharem para eles e ficarem na defensiva por Truzz i– Jane!

—Um: Eu não sou seu recurso, Christopher. E não vamos ter essa conversa intima aqui. Dois: Eu te falei, Truzzi, que não estava interessada e eu não tenho a essência daquela vadia, que o Diabo a tenha. Então tira da sua mente fétida que você tem alguma chance porque na próxima eu arranco seu coração e faço churrasco dele. – rebateu Jane, ao se cansar de ouvir as besteiras. Ao tirar a mão de dentro do tórax de Truzzi, alguns vampiros ameaçaram avançar, mas rindo, o anfitrião impediu que seus seguranças fizessem algo. – Qual o interesse pela minha humanidade, hein? A graça de sermos vampiros não está exatamente na de não termos essa porcaria?

—Nós vamos, agora! – ordenou Christopher, tentando segurar Jane pelo braço, porém foi jogado longe pela vampira.

—Vocês estão me tratando como se eu fosse uma porcaria de um troféu! Se vocês querem um, aposto que tem um monte de vampiras sem humanidade aqui que podem ser o troféu que vocês querem! – reclamou Jane, olhando para cada rosto que havia se posicionado contra ela, percebendo que alguns entre vampiros e vampiras relaxavam e deixavam de ficar na defensiva. Antes que pudesse ser impedida, Jane saiu em disparada, deixando a festa.

Chris e Truzzi se olharam, o líder do clã do Brooklin com raiva, e o italiano se divertindo, passando uma ordem para um de seus guardas.

****

—Sério que vamos ficar nesse café até ela aparecer? Estamos de ressaca e você não vai encontrar essa mulher hoje porque ela deve estar de ressaca também e dormindo, nem deve estar se lembrando de você! Ela não disse que te encontrava? Então senta na sua casa e espera! – reclamou Dario, após ele e Piero terem dado a volta por todo o centro de Agrigento pelo menos três vezes e estar há quase uma hora e meia no mesmo café.

—Tem razão, eu estou perdendo a noção disso. – concordou Piero, pedindo a conta – Eu te deixo em casa.

Já havia passado das dez horas da noite quando Piero deixou Dario em casa e voltava para sua, sentindo-se um idiota. Pegando por um minuto o celular para ver as várias mensagens que seus familiares, Gian e Ignazio lhe enviaram, Piero quase perdeu a direção quando algo se chocou contra seu carro e ficara caído na estrada. “Merda!” exclamou Piero apavorado quando percebeu que havia atropelado alguém. Dando ré, e estacionando no acostamento, Piero correu até a pessoa caída, tentando discar para a emergência.

—Meu Deus, eu matei a pessoa... – exclamou Piero, ao ver o estado do rapaz que havia atropelado, ficando de costas para ligar para emergência, Piero não percebeu que o rapaz rapidamente havia se curado. Ao se virar novamente, levou um susto ao ver a vítima do atropelamento de pé – Que merda... o que... eu te matei?

—Eu estou morto mesmo, mas eu preciso que você passe um recado para a sua amiga Jane quando a encontrar, recado do Truzzi – respondeu o rapaz, revelando-se como vampiro para Piero, que sem entender o que estava acontecendo olhou para os lados para se certificar que não poderia ser alguma pegadinha. Deixando o IPhone cair no chão, Piero correu até o carro, mas o vampiro de havia chego antes. Quando este se preparou para avançar contra Piero, urrou de dor enquanto Piero gritava de pavor ao ver uma mão atravessar o corpo do rapaz que havia supostamente sido atropelado. Deixando o coração cair, e removendo o braço, enquanto o corpo do vampiro caía no chão, Piero descobria espantado quem o havia ajudado. – Jane?


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