Autour du petit Black escrita por shadowhunter


Capítulo 4
De volta a Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal, perdão pela demora, para compensar escrevi uma one-shot, contando sobre o quarto ano de Harry e Lotte (https://fanfiction.com.br/historia/735424/Enchanted/).
Aproveitem ^^



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POV Lotte

Primeiro de Setembro finalmente chegou, já estava contando os dias. Eu não estava tão animada, mais uma vez eu não queria ir, voltar era necessário e ao menos eu teria Belle e meus amigos ao meu lado. Belle é quem está realmente animada, tinha acordado cedo e separado as roupas que vestiríamos e terminado de arrumar o seu malão. Quando eu acordei ela estava terminando de se arrumar.

— Nunca te vi tão animada para ir para o colégio – falo rindo e levantando da cama.

— É o meu primeiro ano em Hogwarts e eu quero estar apresentável para os seus amigos – ela explica.

— Se você diz... – falo dando de ombros – Mas não espere que eu me arrume muito, fico contente com uma roupa qualquer.

— Vai sonhando – ela fala rindo – Já separei sua roupa e você tem 30 min para estar pronta – fala me empurrando para o banheiro.

Tomo um banho rápido e quando saio encontro a morena terminando de se maquiar. Ela estava linda. Um vestido branco com flores azuis, um blazer branco, um par de saltos e uma bolsa branca, para completar, ela estava usando sua inseparável corrente e seu anel de noivado (que eu ainda não consigo acreditar que ela tem). O cabelo estava solto e a maquiagem era delicada.

— Aqui está a sua roupa – fala indicando a roupa arrumada na cama – E arrume-se logo porque vou fazer seu cabelo e ainda temos que tomar café e ir para estação, tudo isso em uma hora – fala com pressa.

Ela tinha separado uma blusa preta e uma saia da mesma cor, um sapato também preto e luva de couro, para completar o visual peguei minha capa e coloquei minha corrente. Belle prendeu meu cabelo em um coque delicado e passei uma maquiagem quase que imperceptível (até porque fui obrigada a me maquiar). Dei uma última olhada no espelho e estava pronta.

Descemos e encontramos a casa vazia, a mesa do café já pronta, com um bilhete na mesa:

Filha,

Precisamos ir trabalhar mais cedo, por tanto não poderemos acompanhar vocês. Aparatem perto da estão, em um local seguro, e depois vá direto para a plataforma. Tonks pediu para que vocês ficassem no mesmo compartimento que Harry, para a sua proteção e a dele.

Com amor,

Andy.

Tomamos café e aparatamos perto da estação, depois seguimos andando até a plataforma. Quando chegamos na pilastra entre as plataformas 9 e 10, instrui Belle a correr e atravessar a pilastra, chegando a plataforma 9 ¾. A morena parecia estar encantada com o lugar, o que pra mim é uma besteira já que King's Cross não é nada em comparação as carruagens de Beauxbatons, mas não posso julgá-la, o lugar pode ser encantador as vezes.

— Il est magnifique (É magnifico) – diz a morena sorrindo – Tão simples e acolhedor – então ela volta-se para mim, rindo – E agora, procuramos Potter?

— Acho que não precisamos procurar? – falo vendo o moreno entrar no trem – Siga-me e não perca-se – falo entrando no trem.

Andamos até encontrar Harry, junto com Neville e Luna. Sorri ao ver o moreno, eu posso estar magoada com ele, mas as vezes é impossível não sorrir ao ver aqueles olhos verdes. Mas antes que eu pudesse entrar no compartimento, um grupo de garotas do quarto ano apareceram, eufóricas e cochichando entre si, e uma delas entrou no vagão.

— Oi, Harry, eu sou Romilda, Romilda Vane – ouvi a garota apresentar-se em voz alta e confiante. – Por que não vem se reunir a nós em nosso compartimento? Não precisa se sentar com eles — falou, provavelmente se referindo a Neville e Luna.

— Espero que não esteja se referindo aos nossos amigos – falo me fazendo presente.

— Charlote – fala a garota surpresa – Não sabia que vocês ainda se falavam – dava para notar a irritação na voz dela.

— E eu não sabia que era incapaz de se mexer – falo sorrindo – Estamos querendo entrar no vagão, se você permitir.

— Claro – ela fala com um sorriso forçado – Nos vemos por aí Harry – fala piscando para o moreno.

Entramos no compartimento e um silencio desconfortável se instalou no local. Agora eu percebo porque eu não devia ouvir minha mãe com tanta frequência, eu poderia ter evitado essa situação constrangedora.

— As pessoas esperam que você tenha amigos mais legais que nós – comentou Luna, demonstrando o seu talento para a rude franqueza.

— Vocês são legais – disse Harry resumindo. – Nenhuma delas esteve no Ministério. Não combateram comigo.

— Que coisa gostosa de se ouvir – comentou uma sorridente Luna, que ajeitou o seu óculos estranho na ponte do nariz e se acomodou para ler O Pasquim.

— Mas não enfrentamos ele — disse Neville, levantando-se com os cabelos cheios de cotão e poeira e um Trevo com ar resignado na mão. – Você sim. Devia ouvir minha avó falando de você. “Aquele Harry tem mais coragem do que todo o Ministério da Magia junto!” Ela daria tudo para ter você como neto...

— Eu tenho certeza que ter você como neto é a melhor coisa do mundo – falo sorrindo para Neville, que sorri de volta.

Então Belle decidiu se apresentar e a começamos a fala das notas. Mas eu não estava ouvindo, estava ocupada observando os dois meninos a minha frente. Tão diferentes, mas com tantas semelhanças. Ambos perderam os pais para a guerra e sofrem até hoje com isso, a diferença é que, enquanto Neville conheceu o amor da família, Harry sofreu nas mãos dos tios que o odeiam mais que tudo. Harry ainda tem o peso da profecia nas costas.

Depois de um tempo, Rony e Hermione chegaram e a conversa continuou. Então, interrompendo a conversa, a porta do compartimento abriu-se e uma garota do terceiro ano entrou.

— Mandaram entregar isto a Neville Longbottom, Belle Stuart, Charlote Black e Harry P-Potter – gaguejou ela corando, quando seus olhos encontraram os de Harry. Estendeu a mão em que segurava quatro rolos de pergaminho presos por uma fita violeta. Então a garota saiu tropeçando em seus pés.

— Que é isso? – perguntou Rony, enquanto desenrolávamos os pergaminhos.

— Um convite.

Charlote,

Eu teria grande prazer se você me fizesse companhia ao almoço no compartimento

C.

Sinceramente, professor H.E.F. Slughorn

— Como ele soube sobre mim? – perguntou Belle chocada – É o meu primeiro ano.

— Acha que eu sei? – pergunto rindo – O cara é louco por alunos estrelas, ele provavelmente soube que eu estava acompanhada esse ano e decidiu averiguar, nunca se sabe.

Harry e Neville tinha decidido ir com a capa de invisibilidade enquanto nós duas andamos normalmente até o vagão. Quando chegamos ao compartimento C (junto aos meninos, que desistiram de usar a capa), vimos que não eramos os únicos convidados de

Slughorn (como eu já esperava), embora, a julgar pela recepção entusiástica do professor, Harry fosse o mais esperado.

— Harry, meu rapaz! – exclamou Slughorn, erguendo-se rápido e de tal jeito que sua enorme barriga coberta de veludo pareceu ocupar o espaço que restava no compartimento. Sua careca lisa e a bigodeira prateada refulgiam tão intensamente à luz do sol quanto os botões dourados do seu colete. – Que bom vê-lo, que bom vê-lo, a Srta. Black também, é claro! O senhor deve ser o sr. Longbottom e a senhoria deve ser srta. Stuart!

Enquanto Neville assentia amedrontado, Belle sorria delicadamente enquanto assentia. Então nos sentamos a mesa repleta de alunos “estrelas” de todas as casas, Slughorn tinha conseguido reunir uma bela coleção, mas claro que alguns ali seriam dispensados e outros seriam convidados a se juntar, como Dumbledore me disse que aconteceria.

— Bem, vocês conhecem todo o mundo? – perguntou Slughorn – Blásio

Zabini, da mesma série que você, é claro...

Zabini não fez sinal algum de reconhecimento nem de cumprimento, no que foi imitado por todos sem nenhum ressentimento.

— Este é Córmaco McLaggen, talvez já tenham se visto? Não?

McLaggen, um jovem corpulento de cabelos crespos e armados, ergueu a mão e piscou para nós (Belle e eu) tentando ser encantador, resultando em um sorriso forçado da nossa parte.

— ... e este é Marcos Belby, não sei se...

Belby, que era magro e nervoso, sorriu tenso.

— ... e esta encantadora jovem me diz que já os conhece! – terminou Slughorn.

Gina fez uma careta para Harry e Neville por trás do professor e apenas me ignorou, como sempre fazia.

Então ele começou a tagarelar com um dos alunos, mas não prestei a atenção. A verdade é que estou louca para que isso acabe logo e que cheguemos em Hogwarts, onde eu posso jantar e ir finalmente me deitar. Eu sei que uma hora Slughorn iria falar sobre a minha família, sobre o meu tio, sobre o meu pai, e eu só quero evitar um assunto tão delicado, afinal fui enganada a minha vida inteira achando que meu pai foi um verdadeiro herói quando na verdade ele só tenteou concertar os seus terríveis erros.

 Às vezes, à noite, eu me perguntava quantos ele tinha torturado e matado, quantas famílias ele destruiu antes de se destruir, e o que ele fez que causou tal final a sua vida. Nunca tive a resposta para nenhuma dessas perguntas, nunca as terei, e de certa forma estava contente com isso, acho que a verdade me entristeceria ainda mais. Acho que a dor maior foi saber que durante 15 anos deixaram com que eu me agarrasse a figura de um homem que nunca existiu e agora ouvir falarem sobre seu verdadeiro eu tornou-se estranho.

— E a senhorita? – fala Slughorn tirando-me dos meus devaneios – Soube que é excelente em poções, aposto que herdou isso do seu pai – fala com orgulho.

— Difícil saber – falo tentando sorrir amigavelmente – Não cheguei a conhecer os meus pais e nunca soube nada sobre eles, a única coisa que sei é que sou apaixonada pela matéria desde que me entendo por gente.

— Entendo – ele fala com um sorriso simpático – O seu pai foi um bom menino, sabe? Acho que as coisas teriam sido diferentes se ele não tivesse seguido o caminho que seguiu.

— O senhor pode dizer que ele foi um Comensal da Morte – falo, fazendo as pessoas me olharem espantados – Eu não me importo com isso, é a verdade, o que importa é que sou diferente dele.

— Sim, é claro – ele diz encabulado e voltando sua atenção a Harry.

***   

O resto da viagem é um branco em minha mente, tudo o que me lembro foi de sair daquela reunião alegando estar me sentindo mal e logo em seguida estava sentada na mesa da Grifinoria vendo Belle sendo selecionada para a Corvinal, como já era esperado por mim. E então, do nada, Harry estava do meu lado e ele conversava com os amigos sobre o seu atraso. Logo o diretor começou o seu discurso anual.

— Uma grande noite para todos! – começou ele sorridente, abrindo os braços como se quisesse abarcar o salão.

Todos pereciam notar a mão dele e, mesmo que ele não me tenha dito o que estava acontecendo, eu já sabia o que estava prestes a acontecer, os sonhos nunca mentiam.

— ... e o sr. Filch, nosso zelador, me pediu para avisar que estão banidos todos os artigos de logros e brincadeiras comprados na loja chamada Gemialidades Weasley. Os que quiserem jogar nas equipes de quadribol das Casas devem se inscrever com os diretores das Casas, como sempre. Estamos também procurando novos locutores de quadribol, que são convidados a fazer a mesma coisa. Este ano temos o prazer de dar as boas-vindas a um novo membro do corpo docente. O professor Slughorn – o bruxo ficou em pé, a careca brilhando à luz das velas, a grande pança sob o colete sombreando a mesa – é um antigo colega meu que aceitou retomar o cargo de mestre das Poções.

Todos estavam surpresos com a nova informação, estavam esperando um professor de DCAT e não de poções.

— Por sua vez, o professor Snape – continuou Dumbledore, alteando a voz para abafar os murmúrios – assumirá o cargo de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas.

— Não! – exclamou Harry tão alto que muitas cabeças se viraram em sua direção.

Mais uma vez as pessoas voltaram a fofocar, mas eu a minha concentração já tinha ido embora. Viajei por questões de segundo e, do nada, já estava deitada na minha cama, entrando no mais profundo sono.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Não deixem de comentar!!!
Bjs ♥



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