Autour du petit Black escrita por shadowhunter


Capítulo 2
Let Her Go


Notas iniciais do capítulo

Oie gente! Sei que estou demorando para postar, mas o colégio está acabando comigo.
Aproveitem!!!!



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Pov Harry

Eu não imaginava que a veria tão cedo, pensei que ela não voltaria para Hogwarts. Por incrível que pareça, a ideia de não a ver nunca mais me assombrava até hoje. Sei o que fiz e o que falei, mas agora percebo que fui dominado pela raiva e pela dor, eu a quero de volta. Eu só percebi o quão feliz estava ao seu lado quando me sentir pior sem sua presença, só percebi o quando a amava depois de deixa-la ir. Há um vazio em meu coração, esse amor veio e se foi muito rápido, e quando durmo, além de ver Sirius morrendo, a vejo ir. Me joguei de cabeça e acabei me afundando.

Queria falar com ela, pedir perdão pelos meus atos, mas meu orgulho me impedia. Ela tinha mentido para mim, tinha passado informações sobre mim para a Ordem sem o meu consentimento. Mas eu sabia que ela escondia algo, sempre soube, e tinha dito a ela que esperaria até que ela estivesse pronta para me contar. Tinha prometido esperar e ser compreensível, mas acabei me deixando levar e terminando com tudo. Eu a deixei ir.

Passei o resto dos meus dias pensando em quando Dumbledore viesse me buscar, se ela estaria com ele. E agora que o dia tinha finalmente chegado me sinto pouco à vontade. Nunca tive a oportunidade de ter uma conversa séria com o diretor e chega a ser estranho ver Lotte ao seu lado, séria e indiferente. Ainda sinto vergonha de nossa última conversa, mas o diretor parecia não lembrar, ou não ligar.

Tínhamos ido procurar um homem chamado Horácio Slughorn, que seria o mais novo professor de Hogwarts (provavelmente de DCAT). Ele tinha sido professor dos meus pais e dos marotos, também foi professor de Regulus (irmão de Sirius), ele tinha uma impressionante coleção em sua parede. Parecia ser o tipo de homem que só nota os destaques e os tonar prioridades. Eu sabia que o diretor estava me usando, mostrando a Slughorn o que ele estava perdendo ao não aceitar sua oferta, ele estava perdendo o “grande” Harry Potter. Não me importo mais em ser usado, contanto que eu saiba o que está realmente acontecendo...

Estávamos na casinha onde os Weasley guardavam suas vassouras. O diretor estava falando sobre Sirius mas, por mais que eu estivesse participando da conversa, meus pensamentos estavam nos acontecimentos daquela noite. Meu padrinho sendo morto, os meus gritos, Charlote... parece que todas as coisas boas que vivi no ano passado não serviram para nada além de trazer a dor da perda.

— ... imagino que você tenha recebido O Profeta Diário nessas duas últimas semanas? – pergunta o diretor

— Recebi. – respondo, com o meu coração acelerando aos poucos.

— Então deve ter visto que houve não só vazamentos, mas verdadeiras inundações sobre a sua aventura na Sala da Profecia?

Aceno confirmando.

— E agora todo o mundo sabe que eu sou o... – falo

— Não, não sabem – interrompe Lotte. – Só há três pessoas no mundo inteiro que conhecem toda a profecia sobre você e Voldemort, e elas estão aqui neste barraco de vassouras, malcheiroso e cheio de aranhas. Claro que muita gente adivinhou que Voldemort mandou os seus Comensais da Morte roubarem a profecia, e que ela se referia a você. – explica a ruiva, finalmente falando algo desde que deixamos a Rua dos Alfeneiros.

— Agora, acho que estou certo em pensar que você não contou a nenhum conhecido seu o que dizia a profecia? – pergunta Dumbledore

— Está – respondo.

— Uma decisão sensata em termos gerais. Embora eu ache que pode abrandá-la em favor dos seus amigos, o sr. Ronald Weasley, a srta. Hermione Granger e a srta. Malia Black. Sim – continuou o diretor, ao ver o meu espanto –, acho que eles devem saber. Seria um desserviço aos seus amigos se não contasse a eles uma coisa tão importante.

— Eu não queria...

— Não queria preocupa-los – fala a ruiva me interrompendo outra vez – Mas, Potter, eles são os seus amigos. Tenho certeza de que Sirius não gostaria de vê-lo isolado, parece algo que Voldemort gostaria.

— Como assim? – pergunto confuso.

— Seus amigos são sua verdadeira força, sem eles você fica mais vulnerável – fala dando de ombros – Pensei que soubesse disso.

— Sobre um assunto diferente, mas correlato, este ano quero que tenha aulas particulares comigo. – fala o diretor mudando totalmente de assunto.

— Particulares... com o senhor? – repito, surpreso, quebrando o seu silêncio tenso que havia se instalado no local.

— É. Acho que está na hora de participar mais da sua educação.

— Que é que o senhor vai me ensinar?

— Uma coisa aqui e outra ali – respondeu Dumbledore vagamente – Com Charlote ao meu lado, é claro – fala sorrindo para a garota, que abre um sorriso agradecido.

Uma esperança acendeu-se dentro de mim. Eu teria aulas com Dumbledore, provavelmente aprenderia feitiços nunca vistos antes. E ela estaria de volta em Hogwarts, eu poderia tentar pedir perdão e conquista-la outra vez, eu poderia a ter de volta.

— Quer dizer que não voltara para a França? – pergunto para a ruiva, mesmo que já saiba a resposta.

— Para a sua infelicidade, continuarei em Hogwarts – ela fala com desdém.

— Para a minha felicidade, na verdade – falo sorrindo, a deixando surpresa.

Dumbledore riu e eu o acompanhei. Era tão bom saber que a veria todos os dias.

— Bem, isto quer dizer que de agora em diante não verei o professor Snape muitas vezes, porque ele não vai me deixar continuar em Poções a não ser que eu tire um “Ótimo” nos meus N.O.M.s, e sei que não tirei. – falo aliviado.

— Não conte com os ovos que as corujas ainda não botaram – disse Dumbledore sentencioso. – O que, se não me engano, deve acontecer ainda hoje. Agora, mais duas coisas antes de nos separarmos.

— Primeiro, queremos que, a partir deste momento, carregue sempre a Capa da Invisibilidade com você. Até mesmo em Hogwarts. Só para se precaver, tudo bem? – fala Lotte

Confirmo com a cabeça.

— E, por último, enquanto estiver aqui, A Toca estará recebendo a maior segurança que o Ministério da Magia pode oferecer. Isto causou uma certa inconveniência a Arthur e Molly; toda a correspondência deles, por exemplo, é verificada pelo Ministério antes de ser entregue.

Eles não se incomodam, porque a única preocupação que têm é a sua segurança. Mas seria uma péssima retribuição se você arriscasse seu pescoço enquanto estiver aqui. – fala o diretor.

— Entendo – apresso-me a dizer.

— Muito bem, então – disse Dumbledore, abrindo a porta do barraco de vassouras e saindo.

— Vejo luz na cozinha. Não vamos privar Molly, nem mais um instante, da oportunidade de lamentar como você está magro.

— Ela com certeza está louca para fazer isso – fala a ruiva rindo.

— Deixarei você aos cuidados de Charlote, tenho assuntos importantes a tratar – fala o diretor sorrindo – Até logo Harry – então ele aparata.

POV Lotte

Dumbledore só pode estar brincando comigo. Eu sei que ele tinha tempo suficiente para nos acompanhar até a toca, ele só fez isso porque acha que Harry e eu precisamos conversar. Mas não precisamos, ele já disse tudo o que tinha para dizer e eu não tenho o que dizer, então não há necessidade de conversamos. Voltaremos para Hogwarts e cada um irá para o seu canto, tendo apenas que trocar poucas palavras. Simples assim.

Não é o fato dele me olhar com aqueles lindos e hipnotizantes olhos esmeralda, ou ele ter ficado feliz em saber que continuaríamos estudando juntos ou o sorriso que ele está me mandando, aquele sorriso nervoso que diz que ele precisa falar algo, mas não sabe como. Nada disso irá fazer com que eu me derreta e peça perdão, eu fiz o que tinha que fazer e ponto. Eu pulei de cabeça em nosso relacionamento, abri meu coração e lhe dei todo o amor que eu tinha, e, por causa de um segredo, ele jogou tudo fora.

— Será que podemos conversar? – pergunta o moreno.

— Pensei que não quisesse falar comigo – falo – Que eu devia voltar para a França, onde é o meu lugar – falo lembrando das últimas palavras que ele me disse.

— E por que não voltou? – ele pergunta, parecendo triste pelas minhas palavras.

— Eu tentei voltar – digo suspirando – Juro que tentei, mas uma guerra está chegando e Dumbledore não permite que eu fique fora de seu alcance.

— Fico feliz que não seguiu o meu conselho, assim poderei ter você por perto.

— Para quê? – pergunto amargurada – Quer saber se eu vou mentir para mais alguém? Pensei que a conversa com Dumbledore tenha sido clara o suficiente, mas talvez você não tenha entendido.

— Como assim? – ele pergunta confuso

— Chega de segredos, por isso as aulas, por isso estou lhe acompanhando.

Sem dizer mais nada ando até a toca. Chegando na porta dos fundos e a bato três vezes.

— Quem é? – pergunta a sra. Weasley nervosa. – Identifique-se!

— Charlote trazendo Harry.

A porta se abriu imediatamente. E Molly apareceu usando um velho robe verde.

— Harry, querido! Nossa, vocês me assustaram, Dumbledore não disse para não esperar vocês antes de amanhecer?

— Tivemos sorte – digo, fazendo Harry entrar primeiro, para logo em seguida segui-lo. – Slughorn foi mais fácil de persuadir do que imaginamos. Claro que tudo isso graças a Potter. Ah, oi Tonks!

 Minha irmã se encontrava mais uma vez na casa, estava sentada à mesa segurando uma caneca entre as mãos.

— Olá, Lotter. E aí, beleza, Harry?

— Oi, Tonks.

 Ela, como sempre, aparentava estar doente, estava assim desde o ministério, e estava na cara que seu sorriso era forçado. Sem os cabelos rosa-chiclete, ela parecia ser totalmente outra pessoa. Quem a olha agora nem consegue imaginar a pessoa cheia de vida que ela era. Sei que, assim como eu, ela se sente culpada e está tentando ser forte.

— É melhor irmos andando – diz minha irmã se levantando e pondo sua capa – Obrigada pelo chá Molly.

— Querida, por que não vem jantar no fim de semana, Remo e Olho-Tonto virão...? – tenta Molly

— Sério, Molly, não... mas, obrigada assim mesmo... boa-noite para todos.

Tonks passou ligeira por Harry, e saiu para o quintal, parando para me esperar.

— Tentarei convencê-la a vir – falo sorrindo para a sra. Weasley – Mas não posso prometer nada.

— Não tem problema – fala – Virá para o almoço? – ela pergunta esperançosa – Ela fica tão feliz quando você vem...

— Molly – a interrompo – Terá que lidar com ela sozinha, sabe disso – falo rindo – Boa noite a todos.

Então sigo para o quintal e junto com Tonks aparato em frente a nossa casa.

Fleur Delacuor está noiva do segundo filho mais velho da sra. Weasley, por isso está passando o verão com os Weasley. Desde então Molly tenta fazer com que eu a visite todos os dias só para tirar Fleur de perto, ela também convinda Tonks na esperança de que o seu filho se interesse nela, largando Fleur.

***   

Na manhã seguinte sou acordada com os gritos de minha mãe, dizendo que as notas dos N.O.M.s tinham acabado de chegar. Sem pensar duas vezes, visto meu robe, desço correndo as escadas. Eu posso ter ido bem, mas é claro que sempre fica aquela dúvida, talvez eu não tenha tirado a nota máxima em todos. Só talvez...

Peguei a carta na mão de Tonks e a abri ansiosa. Um silencio perturbador se espalhou pela sala, todos curiosos para saber minha nota.

 

RESULTADOS NOS NÍVEIS ORDINÁRIOS EM MAGIA

 

Notas de aprovação:

Ótimo (O)

Excede Expectativas (E)

Aceitável (A)

 

Notas de reprovação:

Péssimo (P)

Deplorável (D)

Trasgo (T)

 

RESULTADOS OBTIDOS POR CHARLOTE BLACK

 

Adivinhação                                                                                          O 

Astronomia                                                                                           O

Defesa Contra as Artes das Trevas                                                        O

Feitiços                                                                                                O

Herbologia                                                                                            O

História da Magia                                                                                  O

Poções                                                                                                 O

Transfiguração                                                                                     O

Trato das Criaturas Mágicas                                                                 O

 

 Eu realmente consegui! É claro que isso já era de se esperar, em base no meio treinamento, mas com todo o que aconteceu no ano anterior, eu realmente consegui tirar apenas “O”. Pensar que eu estava nervosa chega a ser ridículo. Fleur precisa saber disso. Sem pensar duas vezes largo a carta e corro para escrever para a francesa, ignorando os gritos da minha família.

"Cher Fleur (Querida Fleur),

Je me suis!! (Eu consegui!!) Acabei de receber as minhas notas e, como previsto, só tirei “O”. Belle estava certa, não havia necessidade de ficar nervosa por isso. Com tudo o que aconteceu, era difícil acreditar que eu realmente podia conquistar essas notas. Espero que tudo esteja bem, logo irei visita-la, só estou esperando a chegada de Harry esfriar um pouco.

 Je t'aime (Te amo),

Lotte"

 Enviei a carta pela minha coruja e desci para, finalmente, tomar café. Finalmente algo bom tinha acontecido para alegrar a minha semana.

 


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Não deixem de comentar!
Bjs!!!



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