Autour du petit Black escrita por shadowhunter


Capítulo 11
O fim de um grande homem


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal, esse é um dos últimos capítulos da fanfic e assim que a minha recuperação acabar irei começar Relíquias da Morte.
Aproveitem ^^



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POV Autora

O fato de Harry Potter e Charlotte Black estarem namorando outra vez parecia interessar muitas garotas, e garotos, o casal, porém, estavam indiferentes às fofocas. Afinal, ambos já estavam acostumados com a situação e para Harry, ter pessoas fofocando sobre algo bom que lhe aconteceu, e não algo relacionado a Voldemort, era mais do que bem-vindo.

— Mal reatamos e já somos pauta da maioria das conversas – comenta Lotte, recostada nas pernas do namorado e lendo o Profeta Diário – Três ataques de dementadores em uma semana e só o que Romilda Vane me pergunta é se é verdade que você tem um hipogrifo tatuado no peito.

Malia, Rony e Hermione caíram na gargalhada. Harry fingiu não ouvir, estava mais do que contente com a melhora da namorada, que agora parecia está dormindo pelo menos cinco horas por dia e estava mais falante, o que era notado por todos. Estar com Harry a fazia bem, essa era a verdade, o seu mundo podia estar desmoronando, mas se ele estivesse ao seu lado, ainda havia esperanças.

— E o que foi que você respondeu? – perguntou Malia.

— Que era um rabo-córneo húngaro – informou Lotte, virando lentamente a página do jornal. – Muito mais macho.

 – Obrigado – disse Harry rindo e dando um beijinho em sua buchecha.

Mas o tempo dos dois foi se tornando limitado. Charlotte passava constantemente suas noites na sala do diretor, o ajudando em sua missão e deixando tudo pronto para o grande dia, o dia em que ele a deixaria e então a ruiva será a responsável por ajudar a guiar as pessoas durante a guerra. Em uma dessas noites, em que Lotte estava na diretoria e Harry se sentou junto à janela da sala comunal, supostamente para terminar o dever de Herbologia, mas na realidade revivendo uma hora muito feliz que passara com a ruiva à beira do lago na hora do almoço, Hermione largou-se na cadeira entre ele e Rony com uma expressão desagradavelmente decidida no rosto.

 – Quero falar com você, Harry.

— Sobre o quê? – perguntou ele, desconfiado. Ainda na véspera, Hermione o censurara por distrair Charlotte, já que a garota estava ocupada resolvendo milhões de problemas. – O tal do Príncipe Mestiço.

— Ah, outra vez, não – gemeu ele. – Quer esquecer isso?

Harry não ousara voltar à Sala Precisa para recuperar o livro, e o seu desempenho em Poções estava sofrendo proporcionalmente (embora Slughorn, que aprovava Charlotte, atribuísseisso, brincando, ao fato de Harry estar apaixonado). Mas ele tinha certeza de que Snape ainda não perdera a esperança de pôr as mãos no livro do Príncipe, por isso resolvera deixá-lo onde o guardara, enquanto o professor estivesse vigiando.

 – Não vou esquecer – respondeu Hermione com firmeza – enquanto você não escutar tudo. Então, estive investigando um pouco quem poderia ter o passatempo de inventar feitiços das Trevas...

Enquanto isso, Charlotte conversava com o diretor. O tempo de Dumbledore estava quase acabando e os dois precisavam preparar tudo, o diretor tinha uma grande missão para a ruiva e precisava que ela se comprometesse 100%.

— Charlotte – fala o diretor – Chegará a hora em que Harry e os amigos sairão em busca das Horcruxes, quando este momento chegar será preciso que você não interfira na missão, nem para ajudá-los.

— Por que não? – pergunta a ruiva.

— Harry precisa passar por isso sozinho, você sabe a historia toda e sabe os meus planos, eles precisam descobrir sozinhos – explica – E quando Harry souber toda a verdade, e ele irá, você precisará estar ao seu lado para garantir que ele faça a coisa certa.

— Você quer dizer que precisarei garantir que Harry caminhe para a sua própria morte, não é mesmo? – a ruiva pergunta, com lagrimas nos olhos – Quer que eu garanta que Harry permita que Voldemort o mate, quer que eu deixe o amor da minha vida morrer.

— Sempre soube que esse dia chegaria – fala o diretor calmamente – E mesmo assim permitiu-se amá-lo, mesmo sabendo que ele seria morto no final.

— Parte de mim quer acreditar que não precisaremos chegar a esse ponto – ela confessa – Mas sei que não há outro jeito, quando chegar a hora, Harry deve morrer.

— Harry já deve estar chegando – fala o diretor – O momento chegou – embora sua voz não fraquejasse, era possível ver lagrimas em seus olhos.

— Eu tive um sonho – fala Lotte – Nesse sonho havia uma bela menina de cabelos claros e olhos do mais intenso azul, seu nome era Ariana – Dumbledore a olha surpreso com a menção do nome de sua irmã – Ela me pediu um favor.

— E que favor seria esse? – pergunta curioso.

— “Preciso que diga a ele que o perdoou, que estou à sua espera. Diga a ele, por favor, diga que o amo.” – fala a garota – Se você vai morrer, quero que ao menos saiba que foi perdoado por todos os seus erros e que a sua irmã está a sua espera.

Era possível ver o diretor chorando. Alvo Dumbledore sempre foi um homem muito forte e sábio, mas diante das palavras da ruiva sobre Ariana... ele sentiu-se jovem outra vez, revivendo os seus erros e a morte de sua irmã. Como ele se arrependia das coisas que tinha feito, ele era jovem e ambicioso, deixou-se levar pela ideia do poder supremo. Se ele apenas pudesse concertar todos os seus erros...

Por anos ele esperou pela morte, acolhê-la como uma velha amiga, ele merecia morrer. E o momento havia chegado. Morrer estava sendo mais difícil do que ele achava, a ideia de deixar Charlotte, a menina que ele considerava sua única família, o deixava triste. Mas não havia volta, ele estava destinado a morrer.

— Irei sentir a sua falta – confessa o velho diretor – Por anos você foi a única família que tive.

— Também sentirei a sua falta -fala a ruiva o abraçando – Eu passei o ano inteiro esperando por esse momento e agora que ele chegou, estou sofrendo mais ainda.

Então sem dizer mais nada a ruiva abre um triste sorriso e sai. Harry não poderia vê-la daquele jeito, ele iria desconfiar que havia algo errado e começaria a fazer perguntas que ela não poderia responder. Mas isso não queria dizer que ela iria abandonar o seu mentor em seus últimos momentos, ela sabia exatamente o local de sua morte e estaria esperando por ele, pois até que ele fosse enterrado, ela não sairia do seu lado.

***  

Tudo estava acontecendo como o esperado, Harry e Dumbledore procuravam a horcrux enquanto os comensais invadiam o castelo. Charlote, no entanto, estava parada à espera do diretor, aquela seria uma batalha que ela não se envolveria, “Ficarei ao seu lado até o fim”, pensou a ruiva.

Harry havia visto seu diretor sofrer, implorar pela morte, e isso o matava por dentro. Até onde ele seria capaz de ir para destruir Voldemort? Quantas pessoas ele teria que ver sofrer para que ele pudesse destruir cada uma das horcrux? Parte dele estava aliviado, pois conseguiram obter a horcrux com vida, mas como ele estava errado... A marca negra havia sido projetada nos céus de Hogwarts, o que ele mais temia havia acontecido.

Harry e Dumbledore haviam retornado a Hogwarts e então o momento que o diretor tanto esperava chegou.

— Severo... – chamou o diretor, baixinho.

O som assustou Harry mais que qualquer coisa naquela noite. Pela primeira vez, Dumbledore estava suplicando. Snape não respondeu, adiantou-se e tirou Malfoy do caminho com um empurrão. Os três Comensais da Morte recuaram calados. Até o lobisomem pareceu se encolher. Snape fitou Dumbledore por um momento, e havia repugnância e ódio gravados nas linhas duras do seu rosto.

 – Severo... por favor...

Snape ergueu a varinha e apontou diretamente para Dumbledore.

 – Avada Kedavra!

Um jorro de luz verde disparou da ponta de sua varinha e atingiu Dumbledore no meio no peito. O grito de horror de Harry jamais saiu; silencioso e paralisado, ele foi obrigado a presenciar Dumbledore explodir no ar: por uma fração de segundo, ele pareceu pairar suspenso sob a caveira brilhante e, em seguida, foi caindo lentamente de costas, como uma grande boneca de trapos, por cima das ameias, e desapareceu de vista.

Como havia prometido, Charlotte esperava pelo seu diretor. Ele parecia cair lentamente, o tempo parecia ter parado, os céus choravam a morte do grande bruxo que foi Alvo Dumbledore. Quando seu corpo finalmente alcançou o chão, a ruiva permitiu-se chorar. Ela havia sonhado com aquele momento, ela sabia que iria acontecer, mas mesmo assim... Doia ver o diretor naquele estado. Os olhos de Dumbledore estavam fechados; exceto pelo estranho ângulo dos braços e pernas, ele poderia estar dormindo... Mas ele estava morto.

Esse era o fim de Alvo Percival Wulfrico Brian Dumbledore


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Notas finais do capítulo

Perdão pelo capítulo pequeno, mas garanto que o próximo será maior, tenho muito o que contar. Não deixem de comentar!!!
Bjs ♥



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