Dimitry

Minha vida começou a se transformar em um inferno há dois dias atrás, Aliás, meu nome é Dimitry Wilson, tenho 15 anos de idade, minha mãe está viajando com um grupos de ciganos no Canadá e eu estava em Manhattan co meus amigos James e Nionx quando tudo que eu conhecia se tornou uma grande mentira.

~ Dois dias antes ~

Estávamos nós três perambulando pelas ruas de New York, tentando encontrar um lugar para estacionarmos nosso trailer, para assim começarmos a explorar.

Eu nunca tinha estado em Nova York, cidade natal da minha mãe e desde que nasci nós nunca mais voltamos até aqui.

Mas quando minha mãe foi para o Canadá, e me deixou sozinho no Tennessee, eu decidi que era hora de voltar para minhas raízes, lembro-me do que minha mãe Patty me disse quando nos despedimos.

“_Agora você trilhará no próprio destino.

—Mas e se eu não estiver pronto?

—Dimitry, meu filho, nós sempre estamos prontos, isso é apenas medo, e você não pode deixar isso te controlar. Somos livres desde que nascemos, está no nosso sangue. – Ela me deu uma sacudidinha. - nada nos controla! – Ela sorriu.

—Eu vou sentir sua falta mãe!

—Eu também meu filho, mas iremos nos encontrar, em breve, assim que você descobrir seu caminho. Eu te amo Dimitry.

—Te amo mãe.”

Essa foi a última frase que minha mãe ouviu antes de entrar em um ônibus de viagem com vários grafites do lado de fora. Minha mãe sorriu e partiu.

—E aí Dimitry, para onde vamos? – Perguntou James.

—Já estivemos em novo México, Ohio, Kansas, as duas Carolinas, Washington, México, Guianas, Brasil e Argentina. Que tal irmos para Nova York?

James e Nionx se entreolharam de uma forma estranha como se estivessem me escondendo algo.

—Você tem certeza? – Perguntou Nionx

—É minha terra, onde nasci. Eu preciso ir para lá.

—Tudo bem, você escolhe seu destino Dimmy, nós só te acompanhamos. – James disse prendendo sua cabeleira castanha em um coque. – Vamos indo, temos muito chão pela frente.

Nionx dirigia o trailer, o vento bagunçava seus cabelos trançados e negros. Quando a noite se aproximava, já estávamos na Pensilvânia, quase em Nova York, Nionx parou o trailer para que todos nós pudéssemos dormir.

Quando acordei, já estávamos na estrada de novo, já tínhamos atravessado os limites e entrado em Nova York, confesso que senti um arrepio quase que sinistro.

—Bem vindo a Nova York, garoto. – Disse Nionx.

Isso nos leva para a parte que estávamos procurando um lugar para deixar o trailer. Eu peguei o meu celular para tirar uma foto.

—Dimitry! O que está fazendo? - Disse James.

—Tirando uma foto? – Falei como se já não fosse obvio.

—Eu não estou falando da foto. O celular você não pode ter um.

—Porque não? Isso é um aparelho comum da década James, é essencial para a sobrevivência.

—Não para a sua. – Nionx disse seriamente. – Tá na hora, James.

—Hora de que? – Se tinha alguma coisa que detestava era que escondessem algo de mim. – O que estão falando? Me digam!

Os dois ainda discutiam sobre o que estavam me escondendo.

—Você sabe o quão foi difícil mascarar o cheiro dele?

—Eu sei, mas ele tem que saber.

—Dá pra me dizerem o que está acontecendo?

Eu senti uma corrente elétrica passando por todo meu corpo, quando olhei para os meus dedos eles fagulhavam. Eu não sabia exatamente o que estava acontecendo, em uma hora eu era apenas um garoto cigano e agora meus dedos se energizavam como um taiser e eu poderia até ir para a instituição de jovens super dotados do professor Xavier.

—Se quer saber mesmo, você é um semideus, Dimitry. – Disse Nionx. – Filho de um Deus grego, e sim, eles existem.

—Fecha essa boquinha, agora por que teremos que fugir dos possíveis monstros que foram atraídos pelo seu celular.

Eu joguei o celular pela janela do trailer, enquanto Nionx arrancava. Eu ainda estava confuso, enquanto James me explicava algumas coisas, como o porquê de semideuses não poderem ter aparelhos eletrônicos, quem eles são de verdade, espíritos da natureza, eles iriam me levar a um acampamento em Long  Island feito para semideuses ou meio-sangues, se preferir

Quando aproximamos da entrada da floresta Nionx deu uma freada brusca.

—Desçam logo! – Ele disse

Dois monstros, horríveis por sinal, estavam nos dando boas vindas calorosas, com suas presas mostrar.

—Corre Dimitry! – Disse James. – Entre na floresta.

Todos nós corremos, desviando de galhos, pedras e outros obstáculos. Minhas pernas pareciam borrachas, bambas e fracas, minhas mãos suavam frio. Eu Morrendo de medo.

Então o inevitável aconteceu, eu tropecei e caí no chão igual a uma fruta podre. Os monstros se aproximavam rapidamente. James parou parou para me levantar.

—Vamos Dimitry, você tem que chegar ao acampamento.

—Vão logo.

—O que acha que está fazendo? – Nionx disse.

—O meu trabalho. – James sorriu. – Vão logo!

James ficou para trás e Nionx ficava me puxando.

—Venham!

A última coisa que pude ouvir eram provocações vindas de James. Ele estava atrasando os monstros.

—Não podemos deixá-lo!

—Dimitry é o nosso desígnio. – Ele disse correndo. – Desde que você nasceu, nós zelamos pela sua segurança.

E nesse momento, voltamos para a parte em que aqueles três semideuses nos  encontravam.

Os monstros nos encurralaram.

**

Depois que os manticores foram destruídos, eu, Nionx, Annabeth, Thalia e Percy (Que me contou sobre a espada-caneta, sei - lá) entramos no acampamento.

E foi realmente quando percebi o quão ferrado eu estava.