2010, Após a Guerra contra Cronos

(Narradora)

Quinze longos anos se passarão e muita coisa aconteceu, profecias surgiram e se cumpriram, semideuses poderosos se ergueram, tornaram-se heróis honrados, alguns caíram e Manhattan quase foi destruída.

Os semideuses teriam uma folga? Ou teriam que sair em missões mortais mais uma vez? Se você escolheu a primeira opção, Bemp! Você errou feio, meu caro. Bom, vejamos o que está acontecendo no Acampamento Meio-Sangue.

Vejo com os meus olhinhos... Semideuses treinando, outros vagando pelos campos de morango, próximo aos chalés. Percy esta treinando esgrima, Annabeth, com seu notebook que foi um presente de Dédalo, fazendo pesquisas como sempre. Thalia estava ao seu lado, entediada, fazia alguns desde ela havia chegado ao acampamento, resolveu visitar seus velhos amigos.

Ah, estou ouvindo algo! Gritos de desespero? Há pânico pelas redondezas? Rugidos de monstros? Já sabemos o que isso pode significar, carne nova no acampamento!

Ainda não conseguia ver o que acontecia na floresta, mas tenho uma ótima aposta, algum semideus que descobriu a verdade sobre si recentemente, encontrou-se com algum monstro milenar por acaso ( nada aqui é por acaso, principalmente monstros caçando semideuses para um nutritivo café da manhã) É assim que a mágica acontece.

Annabeth já estava de prontidão, sua adaga estava prestes a ser empunhada.

— Parece que temos um novo campista. – Percy riu. – Vamos ajudá-lo.

Percy, Annabeth e Thalia correram em direção a floresta, ao chegarem lá se depararam com uma cena um tanto incomum, dois manticores atacando um garoto e um homem hippie, a parte incomum era o homem que atirava miçangas em um dos manticores, para não ser estraçalhado. O garoto era um pouco mais sensato, se defendia com um pedaço de tronco relativamente grande.

— Mais um daqueles dias super comuns em nossas vidas. – disse Thalia

— Aquilo são miçangas? – disse Annabeth. – Pensei que os hippies eram ‘paz e amor’.

— É difícil ser ‘paz e amor’ quando dois monstros tentam te engolir vivo. – disse Percy.

Annabeth pegou a adaga e foi em direção ao manticore da esquerda antes que ele desmembrasse o cara hippie. Percy retirou do bolso sua caneta favorita que magicamente se tornava uma espada de bronze celestial Contracorrente ou Anaklusmos e começou a desferir golpes contra o manticore próximo ao garoto.

— Como sua caneta se tornou uma espada?

— Uma longa história. Se abaixa! - o manticore tentou um ataque. – Se sobrevivermos, eu te conto. – Percy conseguiu acertar as costas do monstro.

— Espere um momento, objetos simples que se transformam em armas? Já vi isso antes.

O garoto saiu correndo até o homem, que estava encolhido perto de uma árvore.

— Nionx, me dá seu cordão! – ele tirou o cordão do pescoço, era o símbolo mais conhecido do movimento hippie. O garoto então apertou o pingente.

— Vamos lá, hora de se mostrar.

O símbolo se transformou em uma lança. Aquele pobre menino estava perdido, enquanto Thalia atirava flechas nos dois manticores, se alternando entre eles para dar cobertura, uma das flechas atingiu o olho esquerdo do monstro, Annabeth se aproveitou da distração para se aproximar e desferir um ataque fatal, cortando a garganta do monstro.

— Eu realmente odeio manticores.

— Você! Joga sua lança! – gritou Thalia.

Impulsivamente o garoto atirou a lança em direção ao monstro, passando de raspão sobre o ombro direito de Percy e acertando o manticore em cheio, finalizando os golpes de Percy.

— Por pouco você fica sem ouvir a história da Contra-corrente. – Percy sorriu. – Bem vindo ao Acampamento Meio Sangue.

— Qual é o seu nome? – perguntou Thalia.

— Eu sou Dimitry Wilson.