Pottertale - O Encontro de Dois Mundos escrita por FireboltVioleta


Capítulo 37
Esperança




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O ano finalmente estava se encerrando.

Depois de meses de aprendizado e outras intensas experiências, Frisk já não se sentia mais a mesma garotinha que havia chegado à Hogwarts há menos de alguns meses atrás.

Havia passado por situações que jamais havia imaginado. Encontrado amigos incríveis, como jamais havia conseguido na superfície. E, contra todas as probabilidades, havia sido a responsável por salvar ambos os mundos dos quais ela fazia parte.

Agora, ao fim de seu primeiro ano de estudos como invulgar, a jovem sabia que havia dado um grande passo em sua vida.

Porém, também sabia que ainda haveria um longo caminho a percorrer.

Sua jornada estava apenas começando.




Todos os professores que passavam pela mesa da Lufa-Lufa lançavam sorrisos e olhares de aprovação. Como a maioria dos alunos ainda desconhecia os eventos que haviam ocorrido, houve uma troca de olhares confusa entre a maioria.

— Arrasou, meu amor! Continue assim!

— BOM TRABALHO, JOVEM HUMANA!

— Ahuhuhu… você foi incrível, queridinha!

— Er… você foi muita corajosa. Está de parabéns...

Porém, os estudantes mais achegados à Frisk sabiam o motivo. E não paravam de dar palmadinhas e elogios à colega.

— Você derrotou Gaster… de novo! - maravilhou-se Monster Kid – cara! Você é demais!

— Para – a menina riu, corando envergonhadamente.

— Ele tem razão, Frisk! - Doggo insistiu, abanando o rabinho animadamente – você é nossa heroína! A mais destemida… - apanhou a própria varinha, erguendo-a no ar – a mais determinada!

— Um brinde à Frisk! - propôs Dogamy – a invulgar mais determinada do Universo!

Os garotos ergueram seus copos e canecos, fazendo a garota rir, completamente sem graça.

— O que é isso? Uma reunião de despedida?

Os pequenos monstros caninos rosnaram baixo, virando-se para a expressão desagradavelmente sorridente de Sans.

— Sai daqui, Sans.

— O que? - o jovem revenant riu – só queria saber se é uma festinha de adeus. Ouvi falar que vocês atropelaram metade do Código de Regras da escola… imaginei que estivessem se despedindo, já que nunca mais vai colocar seus pés imundos dentro do castelo.

Todos se retraíram – porém, não devido às palavras de Sans.

O próprio esqueletinho congelou, tenso, quando uma mão azulada agarrou-se ao seu ombro, de modo deliberadamente firme e ameaçador.

— Bom trabalho, Frisk – Undyne rosnou, sorrindo de maneira satisfeita para a menina – espero que aproveite o recesso... quero ver você pronta para estudar na classe de Estudo das Almas do próximo ano. Você tem um potencial grandioso…- riu-se igualzinho aos seus pais.

— Obrigada, professora Undyne – Frisk sorriu largamente – eu estarei lá.

Sans estremeceu quando a monstra o soltou, lançando-lhe um olhar fuzilante e hostil pelo único olho descoberto, antes de retornar para a mesa dos professores.

— O que foi, Sans? - provocou Asriel, exclamando lá da mesa da Grifinória – o peixe comeu tua língua?

As crianças gargalharam, enquanto Sans, enfurecido, se teleportava de volta para seu lugar na mesa da Sonserina, evitando olhar para os colegas de sua Casa.

— Você viu a cara dele? - gracejou Dogaressa.

Antes que Frisk pudesse responder, porém, Gerson tomou seu lugar na tribuna, chamando a atenção de todos os alunos e professores.

— Mais um ano se encerra – proferiu, erguendo as mãos para os presentes – mais uma vez, um ciclo se encerra. E quero parabenizar e agradecer à todos que estão aqui por terem tornado este ano letivo tão frutífero e especial.

Houve vários aplausos animados. Gerson fez uma vênia, sorrindo amavelmente.

— Porém – voltou a falar, e todo o Salão principal voltou a mergulhar no silêncio – este também será o início de épocas sombrias. Um antigo mal, infelizmente, retornou ao nosso mundo. Contudo, novamente – Frisk jurou ter visto o olhar da velha tartaruga recair sobre ela – graças aos esforços e ao altruísmo de corajosos indivíduos, pudemos afastar esta ameaça por mais algum tempo.

“Talvez, num futuro próximo, este mesmo mal tente novamente se apoderar de nossos mundos. Por isso, exorto a vocês, jovens monstros e invulgares, à se prepararem para a possibilidade de tempos difíceis. Esta é minha mensagem e conselho final para todos neste ano. Não deixem de confiar em si mesmos. Unam-se. Se fortaleçam mutuamente.”

Asriel e Chara se entreolharam com Frisk, que assentia silenciosamente na direção do diretor.

— E, acima de tudo – concluiu, suspirando solenemente – tenham determinação – afastou-se da tribuna, curvando-se com um sorriso – obrigado.

Outra maré de aplausos ressoou dentro do salão, enquanto vários alunos se ergueram, batendo palmas entusiasticamente.

— Ele sabe fazer um discurso motivacional, não é? - gritou Chara, risonha, em meio ao som ensurdecedor da ovação geral.

Frisk só pôde concordar com a cabeça, sentindo-se radiante, enquanto percebia o olhar orgulhoso de Undyne repousando sobre sua jovem protegida.

As sábias palavras de Gerson seriam importantes em seu futuro..

Muito em breve, isso poderia seria vital para a salvação dos dois mundos.





— Frisk?

Os alunos já tomavam o barco, rumando de volta ás suas respectivas casas. Frisk, Chara e Asriel haviam novamente se acomodado no mesmo lugar de outrora, e faziam os últimos preparativos antes de zarparem.

— Hum? - murmurou distraidamente, sem se virar para o monstrinho de fato - o que foi, Asriel?

Ele fungou, dando um sorriso torto. Parecia estranhamente pensativo.

— É bizarro, não é? Quero dizer… depois de tudo que aconteceu – o cabritinho comentou – chega a ser meio estranho finalmente voltar para casa, não acha?

A garota encarou o amigo, vendo Chara revirar os olhos, ajeitando as suas últimas malas no bagageiro do barco.

Nunca havia se sentido mais bem0vinda e feliz do que ali, naquele mundo imenso e fantástico que era o Underground. Havia sido ali que ela havia se reencontrado - descoberto quem realmente era. Conseguiu encontrar verdadeiras amizades. Tinha provado do que era capaz. E percebido que significava algo importante para os monstros e invulgares daquela incrível comunidade mágica.

Frisk havia lhes trazido esperança.

E era daquele mundo que a garota queria realmente fazer parte.

— Ah, Asriel – disse, ouvindo o apitar do barco começando a zarpar – eu não estou indo para casa… - sorriu – não mesmo….













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