Together Again escrita por Cristabel Fraser, Bell Fraser


Capítulo 3
ஜPessoalmenteஜ


Notas iniciais do capítulo

Boa noite amores de minha vida, tudo certinho com vocês? Preparados para mais um pouquinho desse início Peetniss? Devo dizer que este capítulo está bem docinho e logo no começo terá uma música romântica e para quem quiser entrar no clima do nosso casalzinho procurem aí pela música “For Once In My Life, de Tony Bennett” ela pertenceu a minha fanfic CAMINHOS PERDIDOS em um momento em que Peeta e Katniss estavam se redescobrindo e senti tanta saudade que achei que aqui nesse momento de TA ela se encaixaria perfeitamente, tentem prestar bastante atenção pois terá tudo a ver com o que já aconteceu. Espero que gostem do capítulo, foi editado com todo carinho pra vocês.



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“Por uma vez eu posso tocar o que meu coração costumava sonhar, antes de conhecer”

***

 

 

Meu coração batia a mil por horas. Não acreditava no que meus olhos viam.

— Boa noite, Srta. Everdeen – saudou-me caminhando galante até onde eu estava. Seu look era despojado, diferente do executivo de mais cedo. Sua voz fez meu corpo estremecer. Talvez pela aproximação exagerada, pois desta vez, ele não beijou minha mão, mas sim minha bochecha, fazendo com que sua barba rala pinicasse minha pele.

— O que foi maninha de repente o gato comeu sua língua? – Meu irmão esbarrou levemente em mim e aproximou seus lábios junto ao meu ouvido e sussurrou: — Não gostou?

— Pode me chamar de Katniss. – Dei atenção ao homem à minha frente, ignorando a chatice do meu irmão.

— Pode me chamar de Peeta – disse ele me imitando.

— Ok, pessoal... Apresentações concluídas, vamos nos sentar e pedir as entradas. – Gale chamou nossa atenção e logo sentamos à mesa. Como estávamos ao fundo do restaurante, notei um pequeno palco onde um piano, um saxofone e um baixo solava um harmonioso jazz e em frente tinha uma pequena pista de dança.

Pedimos as entradas e o vinho. Eu estava faminta, mas tentei ser civilizada ao comer.

— Então Katniss, sua cunhada estava dizendo que trabalha como estilista na Asprey&Dormer. – Annie comentou.

— Sim, isso mesmo. – Me sentia estranha naquele momento. Era como se aquele par de olhos castanhos claros que, à luz aparentavam verdes, estivessem observando cada movimento que eu fazia. Ele se encontrava de frente para mim e por conta de suas longas pernas, acabei esbarrando as minhas sem querer. As encolhi o quanto pude para que não esbarrassem novamente.

— E, como é trabalhar para a Cressida. Oh, minha nossa. Aquela mulher é muito diva! – Annie conversava bem empolgada, enquanto os demais dialogavam entre si.

— É bom, mas as vezes sinto como se eu tivesse dentro do meu pior pesadelo. – Seus olhos se arregalaram e quando eu ri, ela me acompanhou parecendo aliviada.

— Nossa foi um babado entanto, quando ela rompeu a sociedade com a irmã. Porque, quando se fala em Tigris Dormer, é outra diva também. Não é? – A ruiva realmente parecia interessada no meu ambiente de trabalho.

— Sim, mas recentemente fizeram as pazes. Tigris cuida da grife de lingerie e moda praia e Cressida do restante.

— Jura? Ai, senhor adoro as lingeries. Você as desenha? – Ela sorriu e eu morrendo de vergonha, pois todos à mesa se concentraram em nós duas, naquele instante.

— Já desenhei bastante para este setor, mas agora estou em outro.

— Pessoal, o que acham de pedirmos o prato principal? – Finnick levantou as sobrancelhas divertidamente e de vez enquando olhava sedutoramente para sua esposa.

Agradeci internamente pelo loiro ter “interrompido” nossa conversa naquele momento. Depois dos pratos principais chegarem à mesa, o jantar transcorreu tranquilamente. Diversos assuntos eram colocados em pauta. Até que, meu irmãozinho começou a falar de carros. Pelo que pude entender, Finnick e Peeta dirigiam a empresa juntos no Distrito 4.

 

***

 

Após o jantar, Finnick fez um gesto ao garçom que logo trouxe um pequeno, mas delicioso bolo.

— Parabéns à minha linda mulher. – O loiro pronunciou todo apaixonado, trocando um beijo com sua esposa, enquanto os demais e até mesmo eu, começamos a cantarolar a famosa canção de aniversário.

— Ah, Finn... você pediu que fizessem um Red Velvet pra mim? Logo o meu bolo favorito... – A ruiva ficou encantada.

— Então, o chefe daqui não é tão excelente quanto ao meu irmão, mas acho que ele conseguiu fazer o que pedi – desdenhou, franzindo o nariz e logo o irmão um tanto sem jeito declarou:

— Menos, Finn. Menos...

— Uh! É mesmo Finn, bem lembrado! – Meu irmão estalou os dedos no ar de um jeito descontraído. — E aí, senhor Peeta Mellark, quando vai nos convidar para apreciarmos seu dotes culinários em Island Green, hein? – A princípio, não entendi a referência do nome.

— Amor! – Madge lhe deu um tapinha e lançou um olhar de repreensão. — Que feio ficar se oferecendo assim.

— Tudo bem, Madge. Acho que mereci essa. Realmente há um tempo, eu tinha comentado sobre termos um dia gourmet especial, na ilha. – Peeta que tinha o olhar concentrado em minha cunhada se volta para meu irmão. — É só combinar um fim de semana, Gale. Que eu dentro.

— Ok, então que tal nesse fim de semana agora?

— Perfeito, combinado. Mas já avisando que teremos a ilustre companhia da Prim.

Me senti confusa com sua fala, mas Annie logo interveio.

— Ah, ela está cada dia mais adorável e parecida com você, Peeta. – Ele sorriu abobalhado e logo buscou por seu celular e mostrou ao meu irmão algo, supus que fosse uma foto. Depois moveu o celular em minha direção e vi uma selfie dele com uma linda garotinha. Os dois sorriam lindamente.

— Essa é sua filha? – Minha voz saiu como um sussurro. Ele sorriu e assentindo com a cabeça me respondeu:

— Essa é a minha garotinha. Primrose está com quase oito anos. – Retribuí seu sorriso, ele parecia sentir um amor e carinho gigante pela filha. Seu olhar me dizia isso.

— Ela é linda. – Foi tudo o que consegui dizer. As palavras pareciam fugir na presença dele.

Depois da Annie fazer um breve discurso, agradecendo pela nossa presença e pelo amor de seu marido para com ela, uma música maravilhosa e muito romântica começou a ecoar pelo ambiente.

 

♫ For once in my life, (Por uma vez em minha vida)

I have someone who needs me, (Eu tenho alguém que precisa de mim)

Someone I've needed so long, (Alguém que eu tenho precisado há tanto tempo)

For once unafraid, (Por uma vez sem medo)

I can go where life leads me, (Eu posso ir onde a vida me levar)

And somehow I know I'll be Strong. (E de qualquer forma eu sei que eu estarei forte) ♫

 

Olhei em direção aos músicos e o homem que deslizava os dedos sobre as teclas do piano, era o mesmo que cantava.

— Aceita dançar comigo, bela dama? – Finnick se empolgou e fez um gesto galante para a esposa que, de imediato, aceitou com um largo sorriso estampando o rosto.

Gale, também com o ar romântico, convidou minha cunhada, deixando apenas eu e Peeta assentados à mesa. Trocamos um longo olhar.

— Quer dançar? – o convidei, saboreando o último pedaço de Red Velvet que se encontrava sobre meu prato de sobremesa.

— Sou um péssimo dançarino, mas tentarei não pisar no seu pé. – Bebi o restante do champanhe que estava dentro da taça e logo ele se levantou estendendo-me a mão.

Minhas mãos se encontravam úmidas de suor. Disfarçadamente as deslizei sobre o tecido do meu vestido, como se nesse gesto tentasse desamassá-lo. Segurei em sua mão direita estendida e senti que a mesma estava gélida. De repente, uma corrente elétrica atravessou meu corpo, enquanto nos conduziu até a pequena pista, onde a luz se encontrava parca. Deixando o ambiente romântico.

Ele me puxou para perto de si e sua mão direita escorregou até minha cintura e a esquerda segurou minha mão, a que não estava pousada em seu ombro. Suavemente a música nos conduziu a um balanço lento, porém constante.

 

♫ For once I can touch what my heart, (Por uma vez eu posso tocar o que meu coração)

Used to dream of long before I knew, (Costumava sonhar antes de conhecer)

Someone warm like you, (Alguma pessoa apaixonada gosta de você)

Could make my dreams come true (Pode fazer meus sonhos se tornarem realidade) ♫

 

A música era tão magicamente linda, que senti todo meu corpo se arrepiar.

 

***

 

Eu trajava o famoso pretinho básico. O único detalhe eram as leves preguinhas abaixo do recorte da cintura, deixando minha silhueta mais acentuada. O decote era canoa e as mangas japonesas curtas.

Em um momento ele me encarou de uma forma tão intensa que pensei, que explodiria por dentro.

— Sente isso? – Ao mesmo tempo que sua voz tinha um timbre grave, também soava aveludada.

— Isso o quê? – Eu me encontrava atordoada e no instante seguinte, ele levou minha mão até seu peito, onde seu coração batia descompassadamente. — Uau.

Foi a única pronúncia que saiu dos meus lábios.

— Já se sentiu assim, Katniss? – Não consegui explicar, se foi sua presença diante de mim ou se me tornei uma retardada em dado momento. A verdade, era que, não entendia onde queria chegar. — Como se seu coração pudesse tocar antes de conhecer, o que só sonhou um dia.

Naquele instante compreendi que ele citou um trecho da música que era cantada.

— E, você já sentiu? – devolvi a pergunta.

— Um dia havia pensado que sim, mas agora acredito que estão realmente se tornando realidade.

Suas palavras pareciam um ritual. No qual eu poderia me perder, talvez, para sempre.

— Não acredito em conto de fadas há muito tempo, Peeta. – Me surpreendi com a amargura, a qual saiu meus pensamentos. Ao longo do tempo acabei guardando algumas frustações somente para mim.

— Não diga isso. Sei bem que conto de fadas não existem. Creio que nós mesmo escrevemos nossa história e basta você decidir que final dar a ela. – Não tinha como eu, não me encantar mais ainda pela figura à minha frente ou tinha?

— Ah...

— Vamos para casa? – Gale nos interrompeu ou pelo menos achei que fosse isso. A música já havia terminado e muitos no restaurante já estavam indo embora.

— Claro, vamos – respondi, me desencaixando dos braços de Peeta.

— Aceita almoçar comigo na sexta? – Antes de me despedir, ele me fez esse pedido que mesmo temendo, aceitei.

— Meu horário de almoço é de 12h às 14h.

— Que tal marcarmos para 12h e 30min? – Ele pegou seu celular e me estendeu. — Pode me passar seu número? – Olhei de soslaio e vi que meu irmão conversava amenidades com o irmão e a cunhada de Peeta. Digitei meu celular em seus contatos e quando fui lhe entregar o aparelho, ele puxou minha mão e plantou um suave e demorado beijo sobre os nós da mesma. — Tenha uma ótima noite, Katniss.

— Ótima noite pra você também, Peeta. E, muito obrigada pela companhia. Você não dança mal. – Seus lábios se entortaram em um magnifico sorriso, igual ao que me lançara mais cedo na biblioteca.

Terminamos de nos despedir do lado de fora do restaurante. Novamente, conversaram entre si, sobre o fim de semana e acabaram por me incluir no roteiro. Foi aí que compreendi que Island Green era uma ilha, a qual pertencia a família Mellark. Entrei no carro de Gale e rumamos para casa. Meu irmão e sua esposa atualmente moravam em casa, já que o apartamento deles estava passando por uma reforma.

Assim que chegamos, os dois foram em direção a escada e eu à cozinha.

— Ei, Catnip – chamou meu irmão.

— Diga grandão.

— Notei você e o Mellark, enquanto dançavam. Formam um belo casal e devo dizer que ele está bem interessado em você – disse ele, bem próximo a mim quando Madge já terminava de subir os degraus.

— Como pode ter tanta certeza?

— Conheci Peeta bem antes do papai. Finnick e eu cursamos a mesma universidade e de vez enquando nos esbarrávamos, entre um evento e outro – suspirei e Gale afastou uma mexa que caía sobre meus olhos. — O único momento em que vi Peeta feliz de verdade foi quando estava na presença filha. E aquele sorriso que lançou para você agora por último, não passou despercebido por mim. Viu mocinha?

— Acho que você anda vendo coisas demais – ele negou com a cabeça.

— Não subestime seu irmão mais velho, Catnip. – Seus lábios acabaram por plantar um beijo em minha testa. — Boa noite.

— Boa noite. – Rapidamente o vi subir a escada. Com isso, girei meus calcanhares e fui até a cozinha beber um copo d’água.

Quando cheguei em meu quarto, retirei as sandálias dos pés. Em seguida, meu vestido e rumei para o banheiro afim de tomar um rápido banho. Estávamos em meados de março e apesar de ser primavera, o calor já era notável em algumas noites. Lancei meu vestido e minhas lingeries no cesto de roupa e entrei sem cerimônia debaixo do chuveiro, cuja a água se encontrava fresca.

Após o banho vesti um baby-doll de seda verde claro e quando busquei pelo meu celular para acionar o alarme, – que me acordaria na manhã seguinte – notei que havia uma notificação.

MENSAGEM NA CAIXA DE ENTRADA.

Abri imaginando ser do trabalho, mas me enganei, o remetente era desconhecido.

 

[23:20]

“O tempo é um grande curandeiro... ou pelo menos assim me dizem”

Tenha uma ótima noite...

P.M.

 

Um sorriso se formou em meu rosto e mordendo meu lábio inferior respondi:

 

[23:53]

“Acreditarei nessa cura se você for o “tempo”

Ótima noite pra você também.

K.E.

 

Me arrependi no mesmo instante em que enviei a mensagem. Eu poderia até culpar a bebida, mas pensando que talvez ela não tivesse sido enviada, corri meus dedos até a caixa de saída. Entretanto, era tarde demais.

 

[23:54]

“Posso ser o “tempo” se você permitir”

O que me diz?

P. M.

 

Eu já me sentia com os nervos à flor da pele e ao ler aquilo. As barreiras, as pequenas barreiras que eu construíra foram se derrubando. Entretanto, respondi tentando ser mais arredia. Estava com medo de bancar a assanhada.

 

[23:54]

Vamos descobrir depois do almoço de sexta.

Perdoe-me, mas agora tenho que dormir. Amanhã terei uma rotina exaustiva.

Adorei ter te conhecido.

Boa noite.

K. E.

 

Sua resposta foi rápida.

 

[23:55]

Esse almoço será inesquecível, pode apostar...

Também tenho reunião com seu pai logo pela manhã.

Devo confessar que te conhecer “pessoalmente” foi uma das melhores coisas que me aconteceram em anos.

Durma bem.

P.M.

 

Pessoalmente?

O que ele queria dizer com aquilo?

 

[23:55]

Como assim? “Pessoalmente”

 

Ele não me respondeu pelos próximos dois minutos que mais pareceram duas horas.

 

[23:57]

Peeta? Não vai me responder essa?

 

Reenviei a mesma mensagem cinco vezes seguida para receber sua resposta.

 

[00:02]

Não seja ansiosa. Responderei a qualquer questão que tiver, no almoço de sexta...

Agora vá dormir. Rss.

P. M.

 

 

Meu corpo tremulou e acabei sorrindo ainda mais ao responder uma última vez.

 

[00:03]

Até lá... Ansiarei por cada resposta.

Fui...

K. E.

 

 

Rapidamente acionei o alarme. Coloquei meu celular para recarregar, deixando-o em cima da mesinha, ao lado da minha cama. Fechei os olhos e tentei dormir, mas quem disse que consegui pegar no sono?


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Notas finais do capítulo

Estou ansiosa para saber o que vocês acharam desse capítulo. Gostaram da troca de mensagens? Querem ver esses dois trocarem mais mensagens? É só me dizerem... pessoal continuem dizendo o que estão achando, estou adorando cada comentário de vocês. Indiquem a fic para os amigos, ok? Rss... bem não ficarei enchendo linguiça, não se preocupem kkkkk próximo capítulo já terá esse “almoço” e algo mais se assim desejarem. Desejo a todos um ótimo FDS. O/



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