Rogue real story escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 4
Sweet Eighteen




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P.O.V. Adele.

Trazer alguém de volta da morte? Que loucura.

Uma garota de dezesseis anos grávida trouxe a minha neta de volta da morte.

—Você devia fazer uma festa de dezoito anos. 

—E quem vou convidar? Todo mundo que eu amava tá morto.

—Eu to viva. Até tenho batimento cardíaco.

—Mas, vai ser você e você?

—Pare de reclamar Marie, tem todos os seus amigos do Instituto Xavier.

—Obrigado. Além do mais, você tá certa, eu mereço uma festa. Depois de tudo o que houve eu tenho que dar um jeito de esquecer o que aconteceu.

—Posso apagar sua memória.

—Não, eu não quero esquecer do Bobby. 

—Posso fazer você esquecer que o matou.

—Isso não vai adiantar. Eu vou esquecer, mas os outros vão lembrar.

—Quem é o Bobby?

—Eu matei o meu namorado porque a cura mutante não funcionou em mim. Porque eu nem era mutante pra começar.

—Eu sou muito boa em planejar festas. Sou boa em planejar coisas em geral, mas nas festas eu sou a melhor.

—Mas, com essa barriga de grávida não vai fazer muita diferença. Você não pode se esforçar muito.

—Eu sei. Eu não vou precisar, mas antes precisamos de algum lugar pra fazer a festa, tem que pensar em quem você vai convidar.

—Eu já tenho uma lista.

—Eu sei. Você tem que escolher um tema.

—Porque?

—Porque eu preciso de um ponto de partida. Nada sai do nada.

—Eu sempre fui a monstra da minha família. Todo mundo tinha medo de mim, me achava estranha. Mas, acho que no meu aniversário eu tenho o direito de ser a Branca de Neve ao invés da Rainha Malvada.

—Então você quer um aniversário com tema de Princesa?

—Não! Eu quero tipo, um baile uma coisa chique e eu quero ser a Princesa da noite.

—To captando a sua ideia. E tendo uma ideia maravilhosa. Cara, vai ficar demais.

—Eu queria muito poder ler a sua mente agora.

—Mas, você não pode.

Ela mostrou a língua e deu risada.

P.O.V. Eric.

Essa coisa de ser princesa sempre fascinou as garotas. Um baile de aniversário? Que coisa mais cafona.

—Deixa de ser pessimista. Northman e se melar a festa da minha amiga, eu acabo com você.

Senti minha garganta fechando, minha pele se desintegrando, era uma dor insuportável.

—Sacou?

—Você é o que?

—Sou uma híbrida duplicata superpoderosa que tem um marido vampiro Original. Eu sou alguém que você não quer irritar.

Porra! Essa mulher é o cão chupando manga.

—E vale ressaltar que estou grávida com os hormônios á flor da pele.

Ele me enfrentou.

—Ok.

—E Sookie, o fato de eu ter te trazido de volta pode ter alguns efeitos colaterais.

—Que tipo de efeitos colaterais?

—Nada de mais. Talvez você comece a ver e ouvir as pessoas do outro lado, mas só algumas não todas.

—O que?

—To dizendo que talvez você tenha adquirido a habilidade de ver e se comunicar com os seres sobrenaturais que estão do outro lado. Só para o caso de você ver alguém que sabe que está morto e não se assustar.

—Meio tarde pra isso.

—Porque?

—Eu consigo ver aquele vampiro tatuado esquisito e ele tá me olhando com uma cara de raiva.

—Não se preocupe. Ele não pode tocar em você.

—Tem certeza?

—Contanto que esteja morto. Ele tá do outro lado e você tá desse lado, não pode fazer contato físico com eles. A única pessoa que pode fazer isso é o meu cunhado.

A garota abriu um pacote de salgadinhos e começou a comer.

—Como?

—Ele é a âncora. Ele existe em dois lugares ao mesmo tempo aqui do nosso lado e do outro lado.

—Âncora?

A resposta veio da filha de Sookie.

—Feitiços muito antigos e muito poderosos são atados a algo ainda mais poderoso. A lua, um cometa, uma duplicata. O outro lado foi feito á dois mil anos atrás e ainda existe. A bruxa que o criou  precisava de algo que pudesse existir tanto quanto ele. A primeira âncora era Amara e a segunda o cunhado dela. Ela fez a troca.

—A troca?

—Troca de âncora. Sem uma âncora o outro lado seria destruído e isso não é vantagem pra mim, eu preciso dele no lugar e precisava de um jeito de salvar a minha ancestral e botar um freio na família Original. Além do mais eu precisava de algo que ninguém pudesse destruir, e o que melhor do que um híbrido Original de vampiro e lobisomem com mil anos de idade, imortal e indestrutível?

—Espera, vampiro e lobisomem?

—É. Á propósito, hoje é noite de lua cheia e tem um clã de lobisomens vivendo aqui.

—E daí?

—Devido aos séculos de rivalidade eles vão atrás da presa favorita. Vampiro. Ou seja, vocês. E essa noite o jogo está virado, eles são mais fortes do que vocês.

—Como?

—A lua está cheia. A transformação acontece e eles ativam seus poderes, correm a cerca de trezentos quilômetros por hora, a mordida de um lobisomem mata um vampiro e a única cura que existe mora em Nova York.

—Como assim a cura mora em Nova York?

—A cura não é uma coisa. É uma pessoa, o sangue dessa pessoa é a única cura que existe.

—E sobre a cura para a imortalidade? Ela existe mesmo?

—Existe. E é transmissível.

—Transmissível?

—Se o vampiro beber a cura, vira humano de novo sem chance de retorno. Se outro vampiro beber seu sangue o que bebeu é curado e o que foi drenado começa a envelhecer mais rápido que o normal. 

—Como?

—Dependendo da idade do vampiro, ele é um homem morto em minutos. Uma vampira de quatrocentos e cinquenta anos levou três dias pra morrer, um Original, levaria segundos.

—E se um imortal bebesse a cura e o outro sugasse?

—Ai é diferente. Imortais são imortais, vampiros são vampiros. São diferentes.

—E como você sabe o que aconteceria?

—Dias de um futuro esquecido. Era para Silas ter bebido a cura, encontrado Amara a trazido de volta a vida só para que ela pudesse fazer um buraco no pescoço dele com um caco de vidro e sugado a cura direto dele. Ela deixaria de ser a âncora pouco antes de sua morte e Silas e Amara passariam a eternidade separados. Eu não pude deixar acontecer. Por isso só eu lembro desse futuro.

—Uau! Eu sabia que você era poderosa, mas nem tanto assim.

—Eu não costumo fazer isso. Eu não costumo interferir no futuro das outras pessoas á menos que seja um futuro muito terrível. Mas, ás vezes nem mesmo eu sou capaz de alterar o que está por vir.

—Como assim?

—Em ambos os futuros Qetsyiah Bennett acabou morta. Porque onde há morte, sempre haverá morte. Para que alguém se salve, outro deve morrer no seu lugar.

—Credo.

—É o equilíbrio da natureza. Vida e morte caminham de mãos dadas, sempre caminharam e sempre caminharão. Só que a maioria das pessoas é burra demais pra perceber. Sempre presos no seu mundinho individual.


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