Just Love To Live - Recomeçando - escrita por Gabriela Ferrary


Capítulo 14
Para todo o Fim, um Recomeço!


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora para postaar! espero que goste!



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Abro os olhos com dificuldade. O que está acontecendo? Porque não consigo me mecher? Porque me falta o ar?

Aliccee! Me solta eu preciso ver ela, me solta cara, Alicce! - Um rapaz gritando meu nome, eu não consigo respirar.

Levem ela imediatamente para o hospital - Sinto ser carregada até uma ambulância.

Olá querida, você consegue falar, sente suas pernas, esta sentindo alguma dor? - A mulher pergunta, não tenho reação nenhuma. Tudo começa rodar, não encontro mais o ar.

Estou no limite e estou gritando meu nome

Como um tolo em plenos pulmões

Às vezes, quando eu fecho meus olhos eu finjo que estou bem

Mas nunca é o suficiente

Porque meu eco, eco

É a única voz a voltar

Sombra, sombra

É o único amigo que eu tenho.

Abro os olhos novamente, agora estou aparentemente em um quarto de hospital com aqueles tubinhos de ar colocados no meu nariz, que negócio irritante, muita dor no pescoço. Entra um Homem alto loiro dos olhos azuis no quarto.

Olá moça, Alicce é seu nome? - Chega perto da cama.

Sim, - Minha voz esta horrível, não consigo falar direito. Coloco a mão no pescoço.

Você se lembra de alguma coisa que aconteceu? - Pergunta meio que me analisando, estranho.

Não - A luz e o quarto branco está afetando meus olhos.

Aquele garoto que estava no carro com você, você sabe quem ele é? - Escreveu alguma coisa no papel.

Não, Eu só quero saber o que aconteceu comigo! - Como não posso me lembrar? Eu bebi? Fui drogada?

Você sofreu um acidente Alicce, não se lembra de nada? - Preocupado.

Não - Engoli seco.

Eu vou sair um pouco, as enfermeiras virão aqui te trazer comida - Se levantou e fez aquele sorrisinho que todo médico faz pra dizer que está tudo bem, mas eu sei que não ta.

O medico abre a porta, e pude ver o mesmo garoto que estava lá no acidente com o semblante preocupado, agora com o braço com gesso.
Ele me olha e sorri e se aproxima da porta mais o medico não o deixa entrar. As enfermeiras entram com o sorriso no rosto, nunca gostei de hospital como elas podem trabalhar onde a morte muitas vezes ganha a jogada.
Como a comida que me serviram meio forçada, e me dão o maldito remédio do sono..

Olá, olá

Alguém aí?

Porque eu não ouço nada

Sozinha, sozinha

Eu realmente não sei onde o mundo é, mas eu sinto falta agora

Alicce, filha o que foi que aconteceu? - Minha mãe passando a mão no meu cabelo, chorando.

Eu não me lembro de nada - Falo pausadamente, mesmo que eu tente, queira lembrar não consigo.

Alicce ela é sua mãe, você se lembra? - O medico dos olhos azuis pergunta, e ela fica aflita.

Claro que eu sei que ela é minha mãe - Confusa - Mas eu não sei como cheguei aqui!

Alicce, você bateu a cabeça e perdeu as memórias presentes, tudo que aconteceu meses antes você não se lembra agora - Falou.

Minha mãe começa a chorar, o medico e ela sai da sala. Levanto e vou até a janela gigante do quarto. Nova York?
O que eu faço em Nova York? Ai meu Deus eu preciso me lembrar. Vejo lá fora na entra do hospital aquele garoto com um Homem e uma Mulher muito elegantes, sinto que já os conheço mais não da, não consigo lembrar.

Alicce, uma boa noticia para você! poderá ir embora com sua mãe, mas vamos manter contato! - O medico entra com ela novamente no quarto.

Você ficará bem filha - Ela me abraça, retribuo o abraço. Vou confiar neles, vou ter esperança que posso sair desse pesadelo, voltar á realidade.

Saímos do hospital pegamos um taxi, e fomos parar num apartamento. Subimos entramos, o lugar tem uma parede só de janela que ta para ver a cidade toda iluminada.

O médico disse para fazer tudo o que você gostava, para você melhorar então vamos ficar aqui em NY por uns dias, depois voltamos para Valencia - Sorriu para mim.

Moramos em Valencia? - Pergunto.

Sim, você gosta muito de lá. Você ira se lembrar filha - Falou com os olhos cheios de lagrimas.

Eu sei - Sorrio - Vou ir dormi um pouco estou com o corpo doendo ainda, Boa noite - Sigo para o quarto.

Esta bem, suas coisas estão no quarto! - Falou indo para a cozinha.

Vejo meu celular em cima da mala, tem mensagem.

Fui um idiota, não me deixaram falar com você.. Só queria pedir desculpas..
— Raffa

Raffa? , Sento na cama vou à galeria do meu celular.. Tem fotos minhas com ele, estamos felizes. Como eu queria lembrar, deito na cama e fecho os olhos.

Flashback

Vem Alicce corre, haha você não me pegaMinha irmã correndo.

Vai filha, pega sua Irmã - Meu pai me fazendo andar com três anos de idade, num campo cheio de flores, meu primeiro passo..

Flashback

Levanto rapidamente, esfrego os olhos. Como posso só lembrar da minha familia. Por que não me lembro dos outros. O que esta acontecendo comigo? Pego uma roupa e vou tomar banho meu corpo ainda doi por conta do acidente. Amanha vou procurar saber o que aconteceu realmente.

Pessoas chorando, é um velório. Quem esta no caixão? Aproximo-me do caixão, é meu pai, nãao meu paai nãoo..

Muitas pessoas vão se lembrar deste grande homem que defendeu muitas famílias honestas, sentiremos muito a sua falta tenente Walker. Vá em paz. - Um homem com uniforme da policia militar falando lá na frente da igreja.

Saio na rua e a vários homens vestidos de farda branca carregando o caixão de meu pai. Muitas pessoas.

Paaai - Grito, mãe abre a porta.

O que aconteceu filha? - Senta do meu lado

Meu pai morreu, eu o vi não caixão - Falei chorando

Filha, foi um pesadelo. Seu pai morreu para os outros, mas para nos ele sempre estará vivo - Ela olha nos meus olhos e sorri. Eu a abraço.

Vamos passear um pouco esta bem, se vista vamos tomar café num lugar bem legal - Falou animada.

Vesti um vestido preto e coloquei um casaco cinza e uma bota, Nova York faz frio, as ruas com neve, Vamos andando até uma lanchonete do lado de um parque. Entramos pedimos panquecas e um suco, minha mãe ficou me contando o que aconteceu um ano antes e me explicando algumas coisas que já sabia, não parece ficar feliz ao falar da morte de meu pai. Vamos andar um pouco no parque, minha mãe resolve ir ver um loja de bolsas eu prefiro ficar sentada no banco vendo o movimento.

Olho para o lado, é aquele garoto do acidente ele esta olhando para mim. Ficamos nos encarando por minutos, até que ele resolve se aproximar mais vê minha mãe e muda o caminho de repente ele some.

Então o que quer fazer agora? - Apareceu com uma sacola da loja.

Mãe, aquele garoto do acidente, quem é? Não consigo me lembrar dele! - Tento procurar.

Você ira se lembrar querida, tenha calma - sentou ao meu lado.

Porque não quer me contar quem é? -Irritada.

Porque foi ele que causou este acidente, foi ele o culpado de você vir para cá, foi ele que fez você se esquecer de tudo.
Se for para o seu bem, você ira se lembrar - Falou seria - Eu quero o seu bem filha.

Quero voltar para casa, agora! - Levantei.

Mais Alicce você não esta boa ainda, como quer voltar assim? - Se levantou.

Lá em Valencia eu vou ao medico, quero ir embora hoje mesmo - Sai andando

Está bem, está bem - Me seguiu.

Voltamos para o apartamento, arrumei minha mala, minha mãe sai disfarçadamente para ligar para alguém. Tento ouvir a conversa.

Oi Helena, Alicce resolveu ir embora hoje, Obrigado por ter pago os médicos e o apartamento. Mas acho melhor voltamos para casa quem sabe ela se lembra de tudo lá - Passando a mão no cabelo.

Raffael esta se sentindo muito culpado por tudo Luciana, sinto muito. Ele esta muito triste sem poder ver Alicce. Foi o que deveríamos fazer por vocês, eu agradeço muito por ter conhecido vocês duas. Queria ter tido mais tempo para ficar com Alicce - Falou a mulher do outro lado da linha.

Acho melhor ela ficar longe dele por algum tempo, quando for a Valencia nos visite. Embarcamos hoje no avião as 19hrs. - Falou.

Tudo bem, até breve - Desliga o telefone.

Saio da porta rapidamente para ela não ver que estava ouvindo. As horas se passam e chega a hora de entrarmos no avião. 10hrs para chegar em Valencia. Cansada vamos para casa.

Lar doce lar - Abriu a porta sorrindo.

É tudo muito estranho ainda - Falei entrando.

Mãe prepara o jantar e ficamos conversando, ela me lembrando de algumas coisas.
Eu acho que estou melhorando, acho.. Acabo dormindo no sofá.

[ 1 semana depois ]

Filha acorda, vou ir trabalhar só chego a noite. Se cuida - Fala baixinho no meu ouvido.

Ta bom - ela sai, esfrego os olhos e me levanto, subo para o quarto, olho o celular 7:30 da matina. Tomo banho pego uma calça preta, coloco uma blusa soltinha vermelha e coloco meu vans, sento e olho meu skate, resolvo sair para andar ver se me lembro de alguma coisa.

Ando alguns quarteirões, vejo uma lanchonete. Eu lembro dela.. eu lembro. Sorri a toa. Entro peço um café tomo e abro a porta, olho o outro lado da rua o mesmo garoto do acidente, espera to ficando louca, ele estava lá em NY agora já esta aqui, ta me seguindo? Ele sai andando, atravesso correndo.

Meu Deus, será que da pra fala comigo? - Ele para, vira e me abraça forte rapidamente.

Desculpa, desculpa, desculpa - Ainda me abraçando.

Ta, mais ta se desculpando do que?
Eu nem lembro que é você - Me soltei dele.

Alicce, sou eu o Raffa você não se lembra de nada? - Colocou as mãos nos meus ombros e olhou no meus olhos.

Desculpa - Abaixei a cabeça.

Foi eu que fiz isso, é melhor eu ficar longe como sua mãe disse - Desanimado virou e continuou andando lentamente.

Espera! Você pode me fazer lembrar?! - Ele se virou e sorriu de canto.

Você é o anjo sim, é o Anjo

Que veio para me tirar dessa escuridão..

Você tem certeza? Não esta com raiva por causa do acidente? - Se aproximou.

Como posso ter raiva se nem lembro do que aconteceu? - Olhei para ele.

É por isso que eu te a.. - Pensou um pouco - Deixa quieto você não vai se lembrar e ficará confusa, vem vou te fazer lembrar, e vou te fazer esquecer as coisas ruins, vou te fazer feliz! - Pegou na minha mão e puxou..


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