O que tem por trás de uma carinha de anjo? escrita por Alessandra


Capítulo 30
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Acho que vai acontecer algo especial aqui!!



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— Cecí... - Me virei e Estefânia me abraçou forte, nem havia percebido ela ali.

— Eu nem sei o que te dizer.

— Você não precisa dizer nada, você não tem culpa. Eu só preciso esquecer de vez o Gustavo, agora é de vez mesmo, sem desculpas e choros a noite.

— Tenho certeza que é a coisa mais certa a fazer. Tens meu total apoio.

Cecilia Pov— Subi as escadas do terraço onde ele e eu conversamos pela primeira sinceramente sem obstáculos apenas mostrando nossos medos, mas agora pensava se tudo foi real, eu me abri inteiramente, mas será que ele fez o mesmo? Lembrei de tudo o que a gente havia conversado. As lágrimas corriam por meu rosto, lembrei do primeiro beijo a sensação de culpa que invadia meu ser. Meu Deus me ajuda a ser forte. Apoiei meus braços sobre a sacada, onde olhei pro céu e admirei o quão bonito estava. Todo estrelado, então prometi a mim mesma. - Eu irei esquecer o Gustavo de uma vez por todas e irei lutar para não ter  mais sentimentos por ele. Que o senhor aí de cima, meu Deus me ajude... Coloco toda essa angústia em suas mãos, não quero mais sofrer. - Suspirei e enxuguei minhas lágrimas. Mas como sempre tudo não é do jeito que espero e aquela voz apareceu novamente, comecei a tremer e lá estavam as mesmas sensações de sempre meu corpo me traindo.

— Cecília? Olha pra mim.

— Já resolvemos tudo o que tinha que ser resolvido, me deixa em paz por favor. Prometi não mais me meter em sua vida e nem nas suas relações só preciso que você colabore também.

— Mas você está chorando, porque?

— Porque prometer me afastar não é a mesma coisa de tirá-la da mente e do coração. Olha Gustavo, peço por favor, pelo amor de Deus que você evite o máximo possível ter contato comigo. Ficarei aqui porque o meu real motivo é a Dulce e eu não vou deixá-la.

— Mais isso é impossível, será que nem sua amizade eu posso ter?

— Gustavo não complica as coisas por favor. Sua noiva está ai embaixo. Ela não gostaria de nos ver assim.

— Minha noiva? Já foi faz tempo.

— Mas mesmo assim não faz diferença.

— Porque você chora então? - Disse se aproximando de mim.

— Porque você faz isso heim? Parece que gosta de me ver sofrer. - Disse me afastando. - Eu te amo Gustavo, será que não percebeu que isso está estampando na minha cara? - Por impulso do momento acabei falando tudo e me arrependendo em seguida.

Cecilia Pov— Ele não me disse nada apenas foi chegando mais perto colocou uma mão por trás de minha nuca fazendo um carinho suave, aproximando nossas bocas, passamos um tempo assim e sua mão já começava a tomar outros rumos, não tentei impedir, pois seria impossível pararmos agora eu queria tanto aquilo quanto ele.

— Você tem certeza disso? - Perguntou puxando minha blusa, assenti apenas, estava muito ocupada com a vista em minha frente pra formular algo mais concreto, ficamos juntos ali mesmo. - Olha pra mim. - Sussurrou puxando meu rosto pra junto dele selando nossos lábios mais uma vez. Concretizamos tudo sob a luz da lua e das estrelas que nos faziam companhia e testemunhavam aquele enlace de amor. Acabei adormecendo sob seu peito num abraço perfeito, as respirações ainda descompassadas pela briga constante de nossos corpos ainda pouco, ele ia começar a falar algo, tapei sua boca não queria ouvir arrependimentos, não agora, deixarei isso pra amanhã de manhã queria apenas aproveitar sua companhia mesmo sabendo que era hoje.

Acordei ainda era madrugada e meio desnorteada olhei ao meu redor, nossas roupas espalhadas pelo chão da sacada ele dormia tranquilamente ainda, me vesti rapidamente saindo de lá. A vergonha e o nojo de ter me entregado a um homem comprometido me davam náuseas, mas agora não tinha mais retorno. Parei na sala escrevendo uma carta pra ele deixando em cima da mesa, abri a porta com cuidado e saí de lá completamente arrependida. Andava com os braços escolhidos, tentando me proteger do frio. - O que você fez Cecília... Burrada como sempre- Entrei em um táxi que seguiu rumo a minha casa.

Gustavo Pov— Acordei dolorido, como assim havia dormido no chão? Olhei no relógio de pulso e o mesmo marcava 5:15 da manhã, lembrei-me do que havia feito ao observar minhas roupas espalhadas trazendo-me recordações incríveis, a procurei mesmo sabendo que não a encontraria. Pena que passou tão rápido e o vazio de sempre estava novamente ali instalado em mim. Me vesti e voltei ao apartamento, tomei um banho demorado e pensei em tudo que aconteceu nessa noite. - Será que casar com a Nicole é a escolha certa a fazer? - Me fiz essa pergunta milhares e milhares de vezes. Desci indo em direção a sala, olhei para o telefone, mas continuava na mesma, sem mensagens e nem telefonemas. Liguei a televisão, mas nada me atraia a atenção olhei para a mesa e existia um bilhete lá. Me levantei e fui até lá, abri o papel e comecei a ler o que estava escrito.


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